E agora? UE com tarifas de até 35% para carros elétricos chineses
No seguimento da investigação iniciada pela Comissão Europeia em outubro passado às subvenções estatais chinesas a fabricantes de automóveis elétricos, a Comissão Europeia adotou esta terça-feira novas tarifas a aplicar às fabricantes de carros elétricos chineses. E são pesadas!
Exemplo: Carro Elétrico da MG terá uma tarifa de 45,3%
Para evitar concorrência desleal face às subvenções da China, a UE adotou tarifas de até 35% em 5 anos para carros elétricos chineses. De acordo com o porta-voz da instituição para a tutela do Comércio, Olof Gill, em Bruxelas...
A Comissão Europeia adotou hoje direitos de compensação definitivos sobre as importações de veículos elétricos a bateria provenientes da China por um período de cinco anos
Segundo Olof Gill, apesar do que está a acontecer, "a UE e a China continuam a trabalhar arduamente para encontrar uma solução alternativa e mutuamente aceitável".
De relembrar que Bruxelas concluiu terem existido apoios ilegais por parte de Pequim, o que terá possibilitado que estes veículos entrassem rapidamente no mercado da UE a um preço bastante menor do que os dos concorrentes comunitários.
As tarifas a aplicar são: 35,3% à SAIC, 18,8% à Geely e 17% à BYD, bem como de 20,7% (média ponderada) a outras empresas que colaboraram no inquérito e de 35,3% às que não o fizeram. A Tesla terá uma taxa individual do direito fixada em 7,8%, enquanto exportador da China.
Às taxas indicadas, acrescem ainda 10% a importação de veículos elétricos de qualquer proveniência. Como exemplo, um MG elétrico (marca que pertence à SAIC) irá pagar agora de tarifa 45,3% (10% + 35,3%).
Agora vamos ver as tarifas chinesas aos carros europeus, já que o mercado chinês é enorme para terem uma ideia em 2023 os chineses adquiriram quase 1 milhão de BMWs nem a Europa toda junta conseguiu comprar tanto BMW.
As marcas europeias andaram a dormir. Quando a Tesla começou riam-se, diziam que não tinha futuro, e que o elétrico era uma parvoíce. Quando acordaram foram tarde, andam a correr atrás do prejuízo. A UE apostou na eletrificação, mas o setor automóvel europeu não acompanhou. A oferta de carros totalmente elétricos é ainda reduzida, face aos de combustão e híbridos. Já na China há elétricos aos pontapés.
A von der Leyen pensa que estas graçolas com a China não têm retorno. E os resultados não vão tardar.
VW também vendeu mais na China que na Europa. China é o maior mercado das marcas Alemãs
Estou de férias na Ásia, e tenho visto muitos VE Chineses uns são claramente de inspiração Europeia, muitas e muitas marcas que nem nunca tinha ouvido falar, estive a ver uma exposição de duas marcas, NETA e ORA, a segunda os carros são mesmo inspirados no melhor que a Alemanha tem para oferecer
eles são bons a plagiar
Devia ser 400%!
Não percebes nadinha de economia, está visto. Estas taxas não beneficiam ninguém, nem a China nem a Europa.
Arrisco a dizer que quem perde mais com isto é a Europa.
A China só com o mercado doméstico safa-se. Se é bom para eles exportar? Sem dúvida, mas não é algo que seja fundamental para a sobrevivência das marcas chinesas.
Já o contrário não se verifica. As marcas europeias precisam de exportar para sobreviver, o mercado doméstico não chega.
Portanto quem está a favor desta palhaçada ou é muito ingênuo e tem uma abordagem muito infantil aos problemas ou simplesmente é um cego ideológico e é só contra a China porque sim.
Eles contornam bem as taxas europeias. Já têm fábricas cá e podem duplicar a produção e/ou abrir mais fábricas. Sendo os EV’s produzidos dentro da UE já não há taxas a aplicar.
Quem perde? O setor automóvel europeu que terá muita dificuldade em conseguir preços tão competitivos como os deles (se alguma vez conseguir de todo).
Ninguem se “safa” exclusivamente do mercado doméstico, há uma coisa que se chama balança comercial e se não exportamos, estamos condenados a empobrecer, não foi com o mercado domestico que a china se tornou o que é hoje.
vamos soletrar: hi·dro·gé·ni·o
O hidrogénio é o mais abundante dos elementos químicos, constituindo aproximadamente 75% da massa elementar do Universo.
Fuel Cell usa um motor elétrico, a diferença é que a energia que alimenta o motor é gerada no próprio automóvel
A diferença é que aquela que gastou para obter hidrogênio é 4x superior aquela que aproveita no fim. Daí não se usar.
Essa subsidiação do governo chinês a tudo para garantir o controlo dos mercados tinha de ser combatida. Os chineses fazem dumping no mercado. O mesmo se passa com as tarifas postais, eles estão na lista de países subdesenvolvidos da União Postal Internacional, e gozam de preços ridículos nos correios mundiais. Juntando a isso o controlo do governo chinês nas empresas postais, permite que a China coloque no ocidente produtos com envio grátis ou muito baixo, em concorrência desleal com as empresas ocidentais.
E quem vai combater a subsidiação dos governos europeus às suas marcas ?
Peanuts. quando comparada com a subsidiação/estatização dada às marcas chineses!
Exactamente.
Passam o tempo a dar apoios aos construtores europeus e põem em causa os Chineses.
Se evoluíssem na última década também no pensamento, não tinham atitudes ridículas.
Se eu fosse a China fechava por completo a importação de veículos da Europa.
Iam as fábricas europeias de alta gama todas para o “galheiro” e em menos de 1 mês, a UE revogava de imediato a decisão de tributar os VE chineses.
É por impostos sobre os produtos chineses no mesmo valor desses subsídios do governo chinês. E depois dar esse dinheiro as empresas locais. Assim o governo chinês irá subsidiar as industrias dos outros países. è uma medida justa que vai castigar o infrator.
Agora é só esperar pelas taxas e aumentos nos produtos que os chineses vão aplicar aos europeus…
Oh no!…Anyway!
São as mesmas sobretaxas de importação da proposta final da Comissão Europeia e recentemente aprovados em votação individual dos Estados-membros:
– Votaram a favor (10): Itália, França, Polónia, Países Baixos, Irlanda, Lituânia, Letônia, Estónia, Bulgária e Dinamarca
– contra (5): Alemanha, Hungria, Malta, Eslovénia e Eslováquia.
– abstiveram-se (12): Bélgica, Croácia, Chéquia, Grécia, Espanha, Chipre, Luxemburgo, Áustria, Portugal, Roménia, Suécia e Finlândia.
Essas sobretaxas somam-se à taxa de importação de 10% que já existia.
A 7 de julho entraram em vigor as sobretaxas provisórias, que eram mais altas que as atuais taxas finais. O mecanismo que estava previsto na importação era a prestação de uma garantia até vir a ser determina o valor final da sobretaxa, o que aconteceu agora. A Comissão decidiu, agora, não cobrar as sobretaxas provisórias desse período. Ou seja, os carros que houver em stock pagam apenas a taxa de importação de 10%.
Tendo em conta que quem vai pagar as tarifas vai ser o governo chinês (as marcas vão manter os preços), deviam subir as tarifas para 100% e utilizar esse dinheiro para ajudar a re-industrialização da Europa.
Qual infrator? Eles estão a defender os interesses do seu próprio país, algo que os europeus já não sabem o que é. Não acordes Europa (ou melhor, os países que dela fazem parte) e vais ver o que te acontece..
E agora? Agora estamos a meio caminho; só falta desmontar as metas net zero dos políticos paranoicos e insanos que já foram – ou ainda serão – corridos da UE.
Então mas não era a extrema direita que ia resolver o seu desejo ?
Deves ter sonhos molhados com o Musk XD
Isso tem você secalharya, não há assunto que não venha o raio do Musk ao de cima.
Continuem com a mesma conversa da treta e logo vão como a coisa acaba.
Quando mais resistirem com a mudança de mentalidade quanto mais lutarem contra a mudança maior vai ser a queda das marcas tradicionais.
Falem para aí enquanto a coisa cai. só não se esqueçam de fechar a porta quando for o último a sair.
“Quando mais resistirem com a mudança.”
Ninguém está a resistir a nada, é só o mercado a funcionar e o consumidor não está a interessado em mudar para elétricos neste momento.
Existem n motivos, que decerto saberás quais são.
Quando os elétricos forem viáveis para o consumidor medio acredita que as vendas vão disparar.
O que acho mal é está pressão dos governos para ir para elétrico, isso sim não faz sentido.
Roma não se fez em um dia, no entanto as mentes vazias da EU acham que a mudança para elétrico tem que ser do dia para a noite.
Por Roma não se fazer num dia é que não existe pressão nem é para se fazer de um dia para o outro, por alguma razão já se pensa nisso há pelo menos 30 anos.
Claro, nota-se o que está a que esta acontecer com a indústria automóvel na Europa.
Continuássemos nós os a construir carros como sempre construímos e tenho quase a certeza de que os fabricantes não estavam a passar as dificuldades todas que estamos agora a passar.
Não é a primeira nem a segunda vez.
E estão a construir, notou falta de algum ?
O sonho de termos um EV a preços razoáveis ba UE desapareceu.
Ter carro em Portugal já é um luxo.
Guardem e aguentem os vissos velhotes, é o melhor que fazem.
Não! Tens de gastar tens que consumir, tens de desperdiçar, tens de poluir, que é para manter a economia a andar e os capitalistas a facturar. Vem já aí um programa para interditar os velhotes e obrigar a comprar novos. Quem manda é a ACAP.
Sem capitalistas e capitalismo o que resta é a miséria.
Aqueles milhares de malvados da auto europa têm se ser despedidos, entregar as suas casas e viver da esmola do estado, que deve ser o que tu já fazes.
O livre comércio só agrada quando as empresas europeias estão a ganhar. Quando começam a perder lá vem o protecionismo. Se querem efetivamente resolver o problema das emissões então que mal tem o estado Chinês apoiar o sector e colocar no mercado milhões de veículos elétricos a preços que os consumidores efetivamente conseguem pagar? Não por impor tarifas que os fabricantes europeus vão conseguir competir com os chineses, o problema é mais profundo, e tem haver com as cadeias de produção e economias de escala, a única forma de competir com os chineses seria se os fabricantes europeus se unissem em redor de uma só marca de elétricos, se não houver uma consolidação não vão conseguir competir com a Tesla e as fabricantes Chinesas.
Completamente de acordo.
Quando foi para encher os bolsos dos milionários ocidentais, a China era uma maravilha. Agora a China também entrou na corrida e já fomos comidos. Tão rápido.
Enquanto aquela malta da UE lá andar sem ser responsabilizado por nada, vai continuar assim.
Quando é que o povo da UE poderá votar livremente no seu presidente? Isso é que seria bom, ser o próprio povo a votar em quem quer à frente da UE.
https://www.econlib.org/protectionisms-bad-economic-history/
Do que tenho lido, parece-me que o protecionismo acaba sempre mal, mais cedo ou mais tarde. Inicialmente para quem consome os produtos, claro, ficam mais caros. Quem fizer uma pesquisa na net encontra muitos mais bons argumentos (de boas fontes e com qualidade) conta as tarifas e a favor do comécio livre (ou quase) …
Parece-me que daqui as uns (poucos) anos vamos mas é todos andar de automóvel chines, porque … serão melhores que os outros !!
Se taxam carros chineses, deviam taxar carros elétricos de qualquer outro país. Agora é natural que a China vá aplicar tarifas a produtos europeus, sendo países como Portugal penalizados na exportação.
Até podiam ser 0%. Já ninguém quer carro elétrico e muito menos Teslas/chineses.
Então porque as vendas dispararam ? Para chatear o secalharya ?
Deixa cá ver se percebo a nova linguagem dos tempos modernos…
Subsídios europeus às marcas nacionais são incentivos.
Subsídios chineses às marcas deles são ajudas ilegais.
Estou esclarecido…
Às marcas alemãs, que já estão boas de saúde, vão agradecer ficar sem o mercado chinês.
De vitória em vitória até â derrota final….
E apoios portugueses a marcas alemãs é que ainda não descobri o que é.
JL, quando disse nacionais referia-me a empresas europeias.
Resposta à sua pergunta, são incentivos.
Não são ajudas, são incentivos.
Hehehe.
Talvez esteja na altura de rever a política do débito direto aos consumidores e exigir às empresas menos lixo no mercado com preços caríssimos
Então não queriam carros eléctricos baratos para substituir os de combustão atulhados em taxas de carbono ?
Pelos vistos não . É para ficar tudo caro mesmo
E a China ia continuar sempre a subsidiar a produção e exportação de VE para a UE? Ou apenas até liquidar a indústria automóvel europeia?
A bem do ambiente . Não é o destino que a Europa escolheu para si mesma ?
E agora?
E agora nada, estamos a seguir o rumo certo e a obrigar as empresas chinesas que queiram continuar a vender na Europa a terem de investir à séria na Europa. Win – Win.
Estamos simplesmente a fazer o mesmo que a China faz às empresas estrangeiras que querem vender lá as quais têm de montar fábricas lá e partilhar I&D com os empresários locais.
É o resultado de ter idiotas em Bruxelas a tomar decisões sem o consentimento dos europeus e dos construtores automóveis, acabem com a idiotice da proibição de venda de carros de combustão em 2035 e o problema fica resolvido.
É um caminho sem volta. Até nos EUA isso vai avançar. Além disso, a venda não será proibida só não vão haver veículos novos. Entretanto, ainda vão haver carros a combustão no mercado, pelo menos durante duas décadas
Nenhuma lei vai resolver o problema os construtores automóveis. Os construtores automóveis que acabem com a idiotice de só falar e comecem a fazer algo. Se não mudarem e se não se adaptarem vai ficar cada vez pior.
A maior parte das vendas das marcas europeias é fora da Europa. As leis europeias nao afectam as vendas internacionais onde a queda está a ser maior.
Que eu saiba estamos em 2024, e não em 2035, portanto a lei de 2035 não tem. Ada a ver com o que acontece agora.
O Ocidente quando lhe interessou fabricava e vendia carros na China que nem uns doidos. Agora que a China cresceu é preciso aplicar tarifas. Meus caros, se o argumento é que os fabricantes chineses têm apoios do Estado chinês, o Ocidente que faça o mesmo. Rússia+China+India+Irão+Resto dos países asiáticos arrumam com o Ocidente sob todos os pontos de vista em poucos anos. Enfim!
E já fazem há muito, até Portugal que não tem nenhuma marca já “ajudou” um fabricante que não é nacional.
https://pplware.sapo.pt/motores/italia-vai-reduzir-o-apoio-a-industria-automovel-em-46-mil-milhoes-de-euros/
Então qual foi o fabricante de VE com maiores receitas no trimestre passado: a BYD, o maior fabricante de VE chinês, com US$ 28,2 mil milhões, superando as vendas de US$ 25,2 mil milhões da Tesla. No meio de uma guerra de preços na China, representa um aumento de 24% no valor das vendas e um recorde de 1,1 milhão de carros no período de três meses, “impulsionado por uma nova rodada de subsídios do governo chinês para EVs” diz o Finantial Times.
E a BYD vai ficar muito abalada pelas sobretaxas de importação da UE? Não, as vendas no exterior representaram apenas 7,9% em setembro, a maior parte no sudeste asiático.