Concessionários estão a usar esta tática dos anos 1990 para venderem mais carros
Desde sempre que as marcas, nomeadamente as de automóveis, depositam grande criatividade nas suas publicidades, procurando mostrar ao maior número de pessoas possível que a sua oferta é a ideal. Contudo, uma vez que a conquista de clientes vai além da promoção, os concessionários modernos estão a recuperar uma tática que remonta aos anos 1990 para venderem mais carros.
Muitas vezes, as fabricantes enviam veículos novos para as redes de concessionários sem que haja um pedido adicional por parte destes, cabendo-lhes, depois, vender os automóveis, por forma a criar espaço para mais unidades. Numa economia em desaceleração, esta tarefa não é simples.
De facto, o processo de compra de um automóvel mudou ao longo do tempo, tornando-se mais impessoal.
À semelhança de outras lojas, normalmente, os potenciais compradores entram nos concessionários à espera de passar despercebidos, pois os vendedores podem revelar-se demasiado insistentes e, por vezes, pouco conhecedores dos modelos que estão a tentar vender.
Por vezes, até, funcionam quase como meros acompanhantes do processo de compra e não como parceiros, em que os cliente pode depositar confiança.
Agora, os concessionários (ou, pelo menos, este) parecem estar a recuperar estratégias dos anos 1990, no sentido de aumentar vendas e receitas.
Clientes devem ser tratados como valiosos em todo o processo de compra
Num podcast recente, David Long, diretor-executivo geral do Hansel Auto Group, afirmou que, "se quisermos fazer crescer o nosso próprio negócio, acredito sinceramente que tem que haver relações comprometidas, consolidadas e duradouras".
Na sua perspetiva, os concessionários têm, hoje, a oportunidade de se destacarem, uma vez que muitos falham em tratar os clientes como valiosos ao longo do processo de compra e em fazê-los sentir especiais, oferecendo pouco mais do que acompanhar o cliente no percurso.
Conforme recordado, nos anos 1990, tudo era mais pessoal. Entregava automóveis em casa dos clientes e expressava gratidão pelo negócio mesmo após a venda.
Ao fazer com que o cliente se sentisse valorizado, os indicadores da sua empresa melhoraram:
Os nossos regressos e referências aumentaram. A taxa de comparência na primeira marcação é, também, muito mais elevada.
Contou, no mesmo podcast, conforme citado pelo Autoblog.






















Podiam dar umas dicas ao pessoal da Vodafone…
Vodafone também é épica, tinha um tarifário de net móvel antigo, cancelaram-me à bruta a dizer “Descontinuado” quando tentei recarregar.
Descontinuei para outra operadora 🙂
Obviamente… hoje em dia compras e parece que não fazes mais que o teu dever, e no final perguntam se quer contribuinte.
Há uns anos os meus pais passaram por problemas semelhantes no Porto…
Visitaram vários stands/concessionários (Toyota, VW, Citroen…) e na maioria foram ignorados ou sentiram-se mal atendidos.
Ainda comentaram comigo: “será que nos ignoram ou não querem vender porque estamos velhos?!”
Acabaram por comprar um Hyundai: já gostavam do carro e do que ele oferecia… e como foram extremamente bem recebidos nesse concessionário… a decisão ficou foi fácil…
Se fariam melhor negocio ou teriam escolhido outra marca. Nunca se saberá! Nas outras não mostraram qualquer interesse em esclarecer potenciais compradores… quanto mais vender!
E no fundo, quem perdeu foram essas marcas. Menos uma venda para eles, muito feedback negativo transmitido para os amigos/conhecidos e eles estão muito felizes com a escolha que fizeram…
Passei por o mesmo com uma moto em 2022
Entrei num stand da Honda, já tinha feito todas as minhas pesquisas e estava 95% decidido.
Fiz algumas perguntas, pedi informações de opções de pagamentos, etc.
Parecia que só os estava a chatear.
Agradeci, fui a outro stand.
No outro stand (mesma marca), fui extremamente bem recebido, informaram tudo e mais alguma coisa, fizeram melhor preço e ofereceram despesas de legalização e 1ª revisão (tudo sem eu pedir nada).
No mesmo ano, 2 amigos meus foram lá comprar motas recomendados por mim. Foram igualmente bem recebidos. Se no 1º stand eu tivesse sido bem atendido, se calhar também tinham ganho 3 clientes.
Tratar as pessoas como valiosas.
Mas está tudo maluco?
Numa época de robôs e pseudo inteligência artificial, o menos valioso parece ser o humano.
Os concessionários têm de descobrir é como vender carros aos robôs.
… “Os concessionários têm de descobrir é como vender carros aos robôs.” —> aos robôs LOLOLOLO mto bom, mto bom!!!
Mas não vendes aos Robôs, estás a falar de coisas diferentes…
a Vodafone já foi muito boa com os clientes, tenho pena. fui dos primeiros 1000 clientes adsl. hoje estou na digi, não tenho bom serviço de atendimento a clientes, mas pago muito menos. Em relação ao carro essa tática não deixou de ser praticada, foi assim que venderam o ultimo carro.
Oxalá a Digi chegue à Madeira com todos os serviços…
Acho que a Fidelização de Clientes é algo que nunca devia ter deixado de existir pois é uma das Práticas-Chave de quem luda com o Público, seja na versão de Cliente, seja na versão de Utente.
Eu sou Funcionária Pública desde 1988 e sempre me regi pela norma de que Um Utente Bem Atendido é um Reconhecido!
Valorizar as Pessoas é algo que estupidamente caiu em desuso, mas temos que nos nortear é pelas velhotas Regras de Ouro.
O empregador mais bem qualificado para não fidelizar ninguém é mesmo a Administração Pública 🙂 E o reconhecimento fica todos os anos patente numa coisa a que chamam “avaliação de desempenho” onde ou “fidelizas” a chefia ou vai pastar para a terra do “Bom” com má vontade 🙂
Tendo em conta que quem lucra mais com a venda de automóveis é o Estado, há já muito tempo que o negócio dos stands não é o automóvel mas sim o crédito bancário, daí tanto “vendedor” que nem sabe explicar as características de um automóvel, mas sabe logo dizer qual o crédito mais favorável 🙂
Giro e tal, mas será que é realmente esse o problema? Não será antes a falta de dinheiro no bolso das pessoas?
Vou falar por mim obviamente, mas quando vou para comprar um carro já dei volta a internet a ver reviews, analises, videos e por aí fora.
Quando chega a altura de comprar já sei o que quero não preciso que façam cara linda e me sorriam. No limite peço um TestDrive do carro e fica por aí.
Mas voltando ao tópico, os carros não vendem, não é devido aos vendedores ou das estratégias, é só mesmo porque não há dinheiro.
quem faz isso é uma minoria, a maioria das pessoas vai a stands de 3 ou 4 marcas que gosta e sabe que pode pagar, e a maioria dos vendedores não está para isso, quer pessoas como tu que lhe metem o dinheiro na mão sem ele ter de fazer nada.
o problema não tem nada a ver com falta de dinheiro, até porque há mais dinheiro hoje do que em qualquer altura do sec XXI, basta veres os indices de poupança dos tugas que está no máximo de 2 decadas, maior que durante o covid, isso revela precisamente que existe dinheiro e preferem não o gastar, em parte devido aos factores macro instaveis e outra parte devido à indefinição do mercado automovel, maioria nao quer ir para EVs, no entanto não estão confortaveis em comprar combustao sem saber o futuro, então está tudo à espera do desenrolar dos proximos capitulos
Eu pessoalmente gosto de mexer no meu carro e na minha mota, tudo original sempre, sem modificações, mas se avaria uma lâmpada troco, se falta travões coloco, se precisa revisão eu faço. E gosto bastante de conhecer o que tenho e os truques e sentir o motor e travões, etc porque entendo como funcionam.
Já em veículos novos (e não só em veículos), desde há muitos anos que tentam limitar a reparabilidade, isso incomoda-me bastante e desde muito tempo fico de pé atrás em comprar carro novo.
Tenho um Micra K11, e recentemente comprei um Mercedes A180D, é fiável, económico, super confortável, etc. mas passados 6 meses vendi, porque não me sinto à vontade em trabalhar nesse carro. (a ideia era trocar o Micra, mas acabei ficando com ele na mesma)
Eu também sou assim, gosto de pesquisar e ter todas as certezas, quanto às características, preço, etc. demoro anos a ter uma ideia fixa e só então compro, geralmente preciso de pouca ou nenhuma ajuda, é chegar comprar e andar.
Isto para carros, telemóveis, etc.
Mas a maioria das pessoas não percebe do que compra, compra porque ouviu alguém dizer bem, ou porque “a marca é boa” e aí o papel do vendedor é muito importante, porque pode elevar a qualidade da marca, mostrar características, truques que o produto faz e torná-lo interessante. Esta interacção com o cliente faz com que ele se sinta à vontade de esclarecer dúvidas e formar a sua opinião no produto.
Da minha experiência, também fiquei com muito má impressão do atendimento dos vendedores nos Stands o que difere de outras situações. Leva-me a pensar que os vendedores não tem comissão nas vendas da loja o que podia justificar a falta de empatia naquela situação. Mas é no mínimo estranho o que acontece
têm comissões, mas como a maioria dos vendedores só lhes interessa as vendas faceis
Anos 90 lá fora, cá em Portugal se ias de tshirt e jeans a um stand nem perdiam tempo contigo.
Ainda havia o clássico de tentarem perceber que carro tinhas antes de perderem tempo.
O stands e quem neles trabalha e assim desde finais de 80, nada mudou, nem para melhor nem para pior.
Sim, isso é verdade e é mau.. aliás completamente estúpido. Muita gente com dinheiro capaz de comprar carros a pronto não anda de fato.
Noutro dia vi uma vendedora que usou a tática de desabotoar o botão.