CO₂: comparação das emissões indiretas dos carros elétricos com os de combustão
Os veículos elétricos estão a mudar o paradigma da mobilidade. São já mais de um milhão a circular na Europa e a tendência é para que esse número continue a crescer. Contudo, são vários os cidadãos que se mantêm céticos em relação a esta nova modalidade de automóveis. Há quem questione a ecologia da energia elétrica produzida para os alimentar...
Deste modo, decidimos fazer um conjunto de simulações para conseguir responder a estas questões e retirar conclusões sobre as emissões de dióxido de carbono (CO₂) dos carros elétricos e dos carros com motores de combustão.
Este estudo é baseado em dados oficiais da EDP e dados das fabricantes dos veículos usados como modelo. Só deste modo se garante um mínimo de coerência e rigor nos resultados, que mesmo assim dependem de um número quase infindável de variáveis. Posto isto, avaliámos a quantidade de emissões de CO₂ desencadeadas por veículos elétricos e veículos de combustão na sua locomoção.
No caso dos vulgares veículos com motor de combustão, esta constatação é simples de realizar visto que a combustão é efetuada in loco e as emissões de CO₂ também o são. Estes valores são facultados pelas fabricantes e dependem de modelo para modelo.
Quanto aos veículos elétricos, não é emitido CO₂ localmente pois o movimento é desencadeado pelo motor elétrico. No entanto, a produção de energia elétrica pode não ser um processo completamente limpo para o ambiente e assim é emitido CO₂ durante esse mesmo processo.
No processo de produção das baterias dos carros elétricos são igualmente produzidas quantidades massivas de gases com influência no efeito de estufa, mas como os estudos nesse âmbito são inconclusivos devido aos diferentes tipos de fabrico, não tivemos em conta tal variável.
Para além disso, a poluição provocada pela refinação dos combustíveis fósseis também não foi considerada.
Emissões de CO₂ por parte dos veículos com motor de combustão
Como referência, considerámos o carro mais vendido em Portugal e as suas motorizações a gasóleo e gasolina. Ou seja, a nossa referência foi o Renault Clio.
Na sua motorização 1.5 dCi com 90 cv e movido a gasóleo, o Renault Clio emite 82 g de CO₂ por km percorrido.
No que toca a motorizações a gasolina, o Renault Clio conta com o 0.9 TCe de 90 cv e emissões de 105 g/km de CO₂.
Foram estes valores que usámos na comparação de emissões com os veículos elétricos. São motores com bastantes vendas, ou seja, têm uma presença elevada no nosso parque automóvel sendo deste modo mais representativos. Para além disso, têm a mesma potência o que acaba por dar mais credibilidade à comparação.
Emissões indiretas de CO₂ por parte do veículo com motor elétrico
Neste quesito, usámos igualmente o veículo elétrico mais vendido em Portugal. O modelo de estudo foi então o Renault Zoe.
O Renault Zoe conta com baterias que perfazem uma potência de carga máxima de 41 kWh. Com estas baterias, o Renault Zoe consegue alcançar 300 km de autonomia e 92 cv de potência, que são valores bastante satisfatórios e que representam bem a eficiência e nível de evolução dos motores elétricos atuais.
Ora, agora é momento de analisar a energia elétrica produzida em Portugal. Em 2017, segundo a EDP, 65% da energia elétrica foi produzida através de fontes renováveis e limpas, com especial destaque para as energias eólicas. Neste aglomerado de energia elétrica produzida através de diversas fontes, registou-se um nível de emissões específicas de CO₂ de 209,09 g / kWh.
Tendo em conta que o Renault Zoe tem baterias de 41 kWh, podemos determinar que o carro elétrico da Renault acaba por emitir, indiretamente, 8572,69 g de CO₂ ao carregar totalmente as baterias.
Simplificando estes valores para comparar com os tabelados relativamente aos veículos com motor de combustão, temos de dividir o valor total de CO₂ emitido no carregamento pela autonomia do Renault Zoe (emissões no carregamento/quilómetros de autonomia). Efetuando os cálculos, concluímos que o Renault Zoe - tendo em conta os dados de produção de energia elétrica em 2017 - emite 29 g/km de CO₂.
Estes são valores nitidamente mais baixos que os apresentados pelos motores a combustão, movidos a gasóleo e gasolina. Fica assim demonstrado o ambientalismo deste tipo de motorização que promete mudar o paradigma da mobilidade, especialmente a urbana.
Não obstante, caso o parque automóvel português passasse a ser totalmente movido a eletricidade, as fontes de energia renováveis seriam largamente insuficientes para o consumo necessário. Deste modo, teríamos de recorrer às fontes de energias não-renováveis.
Neste âmbito, a EDP afirma no mesmo relatório acerca da produção relativa a 2017:
A restante energia consumida pelos nossos clientes foi garantida por centrais, utilizando fontes convencionais (centrais termoelétricas).
No que toca à produção de energia elétrica através de centrais termoelétricas, a maior de Portugal é a Central de Sines. Segundo um relatório da EDP, a Central de Sines tem uma emissão específica de CO₂ de 841 g de CO₂ por kWh de energia produzida.
Assim sendo, temos de analisar também a produção de energia elétrica proveniente das centrais termoelétricas e de que forma isso influencia o ambientalismo dos carros elétricos.
Simulemos então os níveis de emissões, que são lançadas para a atmosfera pelas centrais termoelétricas, necessárias para carregar completamente as baterias de um Renault Zoe.
Como foi referido anteriormente, o Renault Zoe tem baterias de 41 kWh. Segundo o relatório da EDP relativo à Central de Sines, esta emite 841 g/kWh de CO₂. Assim sendo, para carregar as baterias de um Renault Zoe, acabariam por ser emitidos 34481 g de CO₂.
Convertendo este valor para confrontar com as emissões geradas pelos motores movidos a combustíveis fósseis, podemos concluir que o Renault Zoe, quando movido a energia elétrica produzida por fontes não renováveis (carvão) da Central Termoelétrica de Sines, emite indiretamente 115 g/km de CO₂.
Conclusão
Os resultados não deixam dúvidas quanto à eficiência e ambientalismo das soluções de mobilidade elétrica. Tendo em conta a realidade da energia elétrica produzida atualmente em Portugal, o duelo é esmagador e os carros elétricos são indubitavelmente mais amigos do ambiente.
Contudo, como comprovam os resultados, é importante apostar e investir em soluções de energias renováveis. Caso tal não ocorra, será necessário recorrer a mais energias não-renováveis para alimentar o consumo elétrico da população e aí o conceito perde algum sentido, passando os elétricos inclusivamente a registar taxas de emissão de CO₂ superiores às dos veículos movidos a motor de combustão.
Obviamente este estudo efetuado não tem em conta diversas variáveis envolvidas em todos os processos - sendo que a produção das baterias é algo polémico - mas já garante um bom nível de confiança para comparar estas duas modalidades de mobilidade que tanto se confrontam atualmente: mobilidade elétrica e motores de combustão.
Quanto a si, gostaríamos de ouvir a sua opinião. Deste modo, deixe a sua visão e opinião sobre o assunto na caixa de comentários abaixo, nomeadamente o nível de interesse que tem em adquirir um veículo elétrico no futuro!
Este artigo tem mais de um ano
Faltaram 2 análises criticas:
Produção de baterias – todo o esforço e poluição que causam
Reciclagem/Cessão de baterias em fim de vida.
+1, mas não deixa de ser um artigo muito interessante, bom trabalho pplware
bem como a da produção dos motores
depois a da produção das ferramentas que utilizam para a produção dos motores
consequentemente deve-se somar a produção de CO2 dos funcionários que produzem tanto as ferramentas como os motores
A produção do motor elétrico, pela sua simplicidade origina uma produção de CO2 muito inferior a do motor de combustão interna. Temos de ter em conta também os óleos lubrificantes que os motores de combustão interna utilizam e que são fontes de poluição assinaláveis. Quanto à produção das baterias, também é necessário ter em conta a grande quantidade de co2 produzido nas refinarias para a produção dos derivados do petróleo.
Deveremos incluir tratamento de oleos de motor, caixas de velocidades, sistrmas de travagem que tem uma renovacao mais acelerada e no caso dos electrico algumas nao existem. deveremos incluir o uso de componentes de distribuicao e sua producao, desgaste superior dos sistemas de travagem versus carro electrico com sistems de regeneracao… etc
Este estudo fala apenas de circulação, e o complemento que dizes também seria indicado.
Mas a englobar tudo, não apenas as baterias, porque os carros a combustão estão longe de serem considerados limpos a produzir e manter (além do combustível).
Entre filtros, óleos a trocar em pequenos intervalos, 1001 peças que têm que os eléctricos não têm, são só um dos exemplos.
As pessoas quando falam da poluição produzida por um carro eléctrico a nível de bateria, geralmente esquecem-se do pormenor, que um carro a combustão também o produz, seja na concepção dos motores e todo o sistema, como ainda durante toda a sua vida.
E o processo de refinação de combustivel também liberta gases poluentes (tal como referido no artigo)
E a logistica necessária para o transporte dos combustiveis fósseis.
(É de notar que a maioria da energia eletrica usa como transporte a rede eletrica para chegar ao seu destino, sendo assim muito menos dispendioso em termos logisticos, dai o aproveitamento da energia gerada por gásoleo/ gasolina estar na ordem dos 25%-30% e no caso dos elétricos o aproveitamento da energia está nos 60%(?))
Sim…mas só para empatar a coisa….teríamos que acrescentar mais duas análises criticas:
– Transporte dos combustíveis – Desde a poluição de um petroleiro a um camião de distribuição gasolina/gasóleo.
– Poluição gerada pela refinarias.
Esta questão já foi respondida e já existe abundantemente na literatura é uma questão de procurar e ler.
Se quiser um exemplo detalhado, sugiro:
https://fenix.tecnico.ulisboa.pt/downloadFile/395144177964/Thesis%20PCCv%20final.pdf
Nesse sentido, sejam analisadas também analisadas a poluição na construção de ambos os veículos, a produção de gasolina/gasóleo (que produz muito CO2) e não esquecer os óleos/produtos usados na manutenção de ambas as motorizações.
foi exactamente o que pensei… nao faz sentido fazer a comparacao sem falar da producao e substituicao das baterias
Analisando esses factores seria necessario analisar todo o processo de produção do petróleo. Extração, transporte, refinação, transporte, armazenamento… tudos esses processos emitem gases.
Revisões com mudanças de óleo, não no fim de vida, mas em todas as revisões programadas. Valor CO2 feito em teste de conveniência.
E as baterías de 12V nos térmicos (alguns com 2) moldes para motores, producao do oleo e liquido de refrigeracao que leva os térmicos….podemos continuar aquí o dia todo
Alem de que actualmente as baterías sao 99% recicladas e antes de serem recicladas (caso nao tenham sofrido um acidente irreparavel) entram em segunda vida…ou seja leva décadas ate a batería entrar em modo reciclagem
Exato. Não considerar a produção das baterias desequilibra por completo as comparações. Não digo que o elétrico não saísse na mesma vencedor, mas a diferença seria menor.
Se queres equilíbrio com as baterias, terias então de colocar as refinarias e aí ficarias parvo só com a energia eléctrica necessária para refinar o combustível, além das emissões produzidas perante esse processo, juntando o impacto dos petroleiros e o processo de extração do petróleo.
… só pela igualdade
O esforço e poluição provocado pela produção de baterias é menor que o provocado pela produção das caixas de transmissão, embreagens, sistemas de arrefecimento e lubrificação, que não são utilizados nos automóveis elétricos.
Além disso há o esforço e poluição causados pelos lubrificantes usados no motor e na caixa de transmissão, que inclusive precisam ser substituídos ao longo da vida útil do veículo. Os lubrificantes usados podem se tornar fontes de poluição quando não são descartados corretamente,o que nem sempre acontece.
Existe muita desinformação relacionada com a reciclagem das baterias dos automóveis elétricos . Ela pode não ter viabilidade comercial no caso de escalas reduzidas de produção pois o investimento na construção de um parque industrial de reciclagem exige uma determinada escala de produção para se pagar e obter um retorno comercialmente viável, o que é atingido com o aumento da frota de veículos elétricos. Em relação às técnicas de reciclagem eu sugiro a leitura da seguinte notícia:
“Técnica centenária de mineração recicla totalmente baterias de lítio”
https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=tecnica-centenaria-mineracao-recicla-totalmente-baterias-litio&id=010125180809#.W4a0KaKZBpk
Não esquecer que os motores de combustão precisam de óleo, filtros. Coisa que os elétricos não. Já existem empresas que regeneram baterias, causando assim menos impacto ambiental.
Avaliação do ciclo de vida. Completamente de acordo. Isso faz toda a diferença
Então a extracção, refinação e transporte dos combustíveis fósseis também deveriam de entrar nessa conta para ser justo.
Certo, mas no mesmo espírito também se deve fazer o mesmo exercício para reciclar um carro convencional, bem como quantificar quantos litros de óleo ele usa durante a sua vida útil.
pois aqui está o que equilibra a balança. os elétricos são o futuro. mas ainda não
Bem como a reciclagem dos óleos dos motores a combustão e a sua produção…
“No caso dos vulgares veículos com motor de combustão, esta constatação será simples de realizar visto que a combustão é efetuada in loco e as emissões de CO₂ também o serão.”
Só por aqui nem li o resto do artigo…
Continuem a defender o indefensavel!
Como você consegue comentar um artigo que nem leu?
Só uma questão que não entendi. Segundo a vossa referência um motor de 900cc a gasolina actualmente produz mais emissões que um motor a gasóleo de 1500cc? Eu andei uma década sem me actualizar em relação a motorizações mas isto é uma evolução dos motores chamados Diesel ou uma involução dos motores a gasolina? Isto em termos de emissões falando porque um motor com 900cc a debitar 90cv é incrível para mim. E já agora gostaria mesmo muito de ver um artigo sobre carros a hidrogénio porque me parece que o valor de emissões é próximo de zero certo?
Segundo sei os carros a gasóleo libertam menos CO2, tanto que esse argumento chegou a ser usado por algumas entidades para afirmar que o carro a gasóleo era menos poluente. O problema maior do carro a gasóleo é o NOx, tanto que os carros mais recentes têm um aditivo ao gasóleo para tentar minimizar o NOx
https://www.kbb.pt/detalhes-noticia/o-que-e-e-para-que-serve-o-liquido-adblue-dos-carros-a-gasoleo/?ID=279
Relativamente ao hidrogénio o problema atual é que ainda é difícil produzir em larga escala com base na heletrolise da água, como tal a maior parte do hidrogénio produzido nos dias de hoje ainda tem como fonte combustíveis fosseis.
Um motor a gasolina faz sempre mais CO2, mesmo subindo os cc’s nos motores de gásoleo até certa altura isto verifica-se, em alguns casos até aos 1600cc ou mais.
Os 90cv são infelizmente uma treta, já que os motores de pequena cilindrada precisam é de binário. E obviamente os 90cv vêm com custo na durabilidade dos motores, logo manutenções mais apertadas.
se ignorares a energia necessária para isolar o H …
Alexandre, as emissões de CO2 neste comparativo são inferiores no diesel, mas pelo escape não sai apenas CO2. O grande problema de poluição dos diesel está na emissão de outras particulas poluentes, mas dessas “não interessa falar”.
Óxido de nitrogênio, gás nocivo para a saúde pública.
Não, não é zero. Muito longe disso. É necessaria muita eletricidade para produzir hidrogénio. Eletrólise, passar uma corrente elétrica na água e separar as moléculas, obtendo hidrogénio. O problema disto é que a quantidade de eletricidade usada é elevada, um elétrico poderia andar 3 vezes mais que a hidrogénio se partíssemos da mesma quantidade de energia inicial.
Daí muito pouco se fala dessa tecnologia.
Como o Elon Musk disse, mesmo que se utilizem combustíveis fósseis na produção de energia para carregar as baterias de carros elétricos, a poluição será sempre menor, pois uma central de produção de energia eléctrica tem sempre uma eficiência muito maior do que um motor de combustão num automóvel.
Olhem contem me lá os entendidos … a nossa rede nacional de distribuição, não dalo de produção mas de distribuição, está preparada ?
Não!! A nossa rede não se encontra preparada para tal esforço e mais não temos fontes de energia suficientes para “alimentar” um parque totalmente energético. Há certas cidades que nem têm pontos de carregamento de carros elétricos mas eles andam nessas cidades (Exemplo: Rio Maior)
O Alexandre perguntou a nível de distribuição e não de produção. Em distribuição a rede aguenta o que as pessoas e empresas têm contratado.
Quanto às fontes de energia.
Por acaso algum de vocês iluminados, tem noção de como funciona e do que é necessário para colocar uma rede eléctrica a funcionar para virem aqui falar que não temos fontes de energia necessárias? Se a produção estivesse preparada neste momento então estaríamos a pagar por algo que não seria usado hoje! E obviamente alguém teria de pagar a fatura.
É óbvio que as redes não vão mudar de hoje para amanhã, nem as pessoas vão comprar carros de hoje para amanhã. Tudo isto será gradual.
Alem disso, se todos passarmos a conduzir um elétrico, temos de minerar intensivamente o lítio. Além dos custos ambientais é estimado que as reservas mundiais não cheguem para essa procura.
Depende. A rede de tensão média e baixa poderá ter que ser pontualmente alterada para suportar uma subida de consumos.
Mas as redes estão e são adaptadas para suportar os consumos contratados.
A nível de produção é que será maior o investimento.
Sim está. A grande parte de condutores irá deixar o carro a carregar durante a noite nas horas de vazio em que a eletricidade é mais barata. Além disso não vão todos carregar o carro ao mesmo tempo.
Alexandre o meu carro a carregar gasta o mesmo que um termoventilador (aquecedor) em casa 2.200Watts queres ver que não é possível todas as casas terem um aquecedor?
Com 2.2kwh demoras 10h de carga por cada 100km…
unknown, sim o normal chego a casa a noite e meto a carregar as 8horas que dá para 160km visto ter um consumo de 12.2Khw aos 100.
Aí é que está a grande questão. Nos dias de hoje, só faz sentido um carro elétrico ou plug-in se o puder carregar em casa ou num local privado. Bastará um pequeno aumento no número de veículos vendidos para o carregamento em postos públicos se tornar um completo pesadelo. Portanto, para já, carro elétrico, é só para quem o possa carregar em privado ou para maluquinhos do ambiente, dispostos a esperar horas pela sua vez num posto público a 5 km de casa. A massificação, ou pelo menos, a generalização do uso de elétricos está condicionada à evolução do sistema de carregamento. Neste momento isso é inexequível, portanto, comparar as emissões é um mero exercício teórico.
Já pensaste que é tudo gradual ?
Procura/oferta
Claro que depois vem o negócio, os eléctricos não vão acabar por ser muito mais barato em consumo (ainda assim mais barato que o combustível), vão certamente ser mais saudáveis para o meio ambiente, para ti, para mim, para os nossos filhos e futuras gerações.
Agora no final, alguém vai ter de ganhar com isso.
Também vais certamente ter gasolineiras a trocar de produtos e usando painéis solares para vender energia. A isso chama-se negócio.
Claro que com o aumento da procura vem a necessidade de massificar e rentabilizar o consumo, com isso vem a melhoria e redução de custo e a isso chama-se evolução.
Os automóveis a combustíveis fósseis tem evoluído a décadas, o eléctrico acabou de chegar e já lhes faz frente, agora imagina daqui a 10 anos.
Seria interessante também ter em conta as emissões indirectas de manter um carro com combustão interna, nomeadamente:
– Toda a infraestrutura de transporte e refinação dos combustíveis – que no caso dos VE basta re-utilizar a infraestrutura já existente para abastecimento normal de electricidade;
– Impacto da construção e manutenção das infraestruturas de abastecimento (https://www.youtube.com/watch?v=lu4rdvv4Qr4) – que no caso dos VE tem uma pegada ecológica bem mais baixa (exemplo da construção de uma estação de carregamento da Tesla: https://www.youtube.com/watch?v=490YcnU2aO8);
Do que tenho lido, um carro novo acabado de sair da fábrica eléctrico tem de facto uma pegada ecológica superior a um de combustão interna, diferença essa que é rapidamente invertida ao fim de poucos KMs. Em relação ao fim de vida de um VE, acho q as bateria podem ser recicladas.
Seria interessante um artigo que comparasse isto em todo o processo: fabricação – transporte – infraestrutura de abastecimento – fim de vida.
Concordo com o foi dito!
Apenas saliento que em relação às baterias não é só a reciclagem, existe um mercado de milhares de milhões a surgir em torno das baterias em 2ª mão.
Agora é que disseste tudo! Obrigado!
Infelizmente estamos mesmo num país de diesel fans.
Sim, mas a energia eletrica ao ser produzida, mesmo ao com energias renováveis tem um consumo energético muitíssimo elevado. Ja pensou na quantidade de energia necessária para construir uma torre eolica? A dimensão, quantidade de ferro, as maquinas para dobrar e soldar, etc… O mesmo se aplica nas estacoes fotovoltaicas… Trabalhar o vidro dispende de muita energia,. E nao menos importante a pegada ecológica desses todos equipamentos para alimentar a cadeia… Enfim, so colocando desde o zero até ao fim do processo e tendo em conta todas as variáveis seria possível quantificar correctamente os números procurados.
Lá está uma analise completamente desvirtuada então, VE vão ver produção electricidade e consumo, carro a combustão só consumo o combustível nasce nas bombas?
Este tipo de estudos nunca comprova nada. Os valores das emissões que os fabricantes anunciam nem sempre são verdadeiros ou alcançáveis numa utilização normal, tal como um Zoe não tem 300Km de autonomia.
Conheço quem tenha um que muito dificilmente chega aos 200Km. O normal será andar pelos 190Km. Seria ainda interessante ter em conta as perdas residuais de energia eléctrica tanto no acto do carregamento das baterias como no transporte na rede das centrais até ao utilizador. Na realidade é necessária mais energia que a que é utilizada no fim para mover o veículo. Deve entrar nas contas.
Como dizem e bem, também existe depois o impacto quanto à construção e manutenção dos veículos.
Como foi aqui ccomentado, a extracção, preparação, transporte e armazenamento dos combustíveis fósseis também têm muito peso.
Vejamos, se queimar carvão para produzir electricidade são 62 g de CO₂ por km, se tiver um carro a gasóleo são 82 g de CO₂ por km. Uma diferença de 20g, tendo em conta as emissões da central de sines e este modelo da renault.
Se analisarmos todos os parâmetros desde a produção à reciclagem de um carro a gasóleo e um eléctrico, vamos rapidamente perceber que não são tão fantásticos como nos querem fazer acreditar.
Para mim, o futuro passa por converter muitas das centrais mundiais de carvão para gas natural.
E até melhor alternativa, os veículos a GPL são uma optima opção, não perdemos comodidades e poluem muito menos que um equivalente a gasóleo e gasolina.
E o gasóleo nasce na bomba ahahah mesmo assim eram 25% menos acho que não era pouco.
Poderiam ter ido pela abordagem mais simples: RENDIMENTO.
Um motor eléctrico pode facilmente ter rendimentos acima dos 90%!
Os melhores motores de combustão não chegam sequer aos 40%! A maioria anda nos 30% ou nem isso.
https://www.jn.pt/motor-24/interior/toyota-apresenta-o-seu-motor-termico-mais-eficiente-do-mundo-9150837.html
Agora imagina o resultado na soma de todos os elétricos produzidos que estão rodando, o quanto isso representa para a natureza e para a saúde. Levando em conta a cidade de São Paulo/SP (o pulmão dos habitantes da cidade de São Paulo, pode ficar igual ao de fumantes leves (aqueles que consomem menos de dez cigarros por dia)).
Este artigo comparou o que é possível e da forma que é possível de comparar, e nesse aspecto, é um bom artigo. Dificilmente se consegue comparar os custos de produção dos carros e de refinação de combustíveis fósseis.
A questão está na praticabilidade de utilizar os veículos eléctricos na substituição total dos veículos de combustão, o que nos dias de hoje ainda não é viável. Para uma utilização citadina, em que o carro é carregado durante a noite, utilizado de dia, e voltado a carregar, ciclicamente, e com autonomias de apx. 300Km, perfeito. Considero que é de facto uma poupança enorme, tanto para o ambiente como para a carteira (o litro de gasóleo/gasolina é bem mais caro que o kWh).
Mas e então nas viagens longas? Se eu quiser ir de Lisboa ao Porto (pouco mais de 300Km) tenho de parar a meio para carregar o carro. Depois se já não temos paciência para esperar por 2 ou 3 carros que estão nas bombas do gasóleo à nossa frente e que demoram 10 minutos cada, imagine-se ter que se esperar 30 minutos para a bateria arrefecer, e 2 horas para a carregar na estação de serviço, tendo sorte de não estar nenhum carro a ocupar o espaço de carregamento, o que seriam mais 2 horas de espera.
Em vez de demorar 3 horas de Lisboa ao Porto, demoro 6!
As baterias terão de evoluir bastante mais, provavelmente com outros materiais e tecnologias ainda por descobrir, ou utilizando uma fórmula de carregamento baseada na substituição.
Na mouche e mais, mesmo para a utilização citadina do dia a dia, é preciso ter um posto de carregamento próprio, a utilização de postos públicos é exequível enquanto for para meia dúzia de carros e ainda assim, só para quem tiver um amor ao ambiente tão grande que esteja disposto a levar o carro até ao posto e esperar umas horas. E se estiverem lá mais 2 ou 3 em fila de espera, volta para casa à meia-noite ou vai de transporte publico no dia seguinte.
A minha experiência è diferente carrrego maioritariamente o carro em casa utilizando energia solar, com o apoio de uma bateria.
È necessário algum planeamento para carregar o carro quanto o sol está mais forte, e em viagens mais longas è necessário planear a mesma em função de onde se pode carregar.
Boa tarde a todos.
Pessoalmente não acredito que o futuro dos veículos passe pela utilização de baterias, passo a explicar,
o comum dos portugueses vive num apartamento sem garagem, deixando o carro estacionado a dezenas ou centenas de metros da sua Habitação logo tem de recorrer a carregadores na rua para abastecer o seu carro de energia, ora estes carregadores têm potencia nominal na ordem dos 100kwh por saída para carregar 4 carros em simultâneo são 400Kwh o equivalente a cerca de 100 Habitações médias de 3.45KWh.
Será que a rede eletrifica está preparada para este aumento?
Deixo-vos dois link’s para ler um pouco e refletir…
https://www.thegwpf.com/new-study-large-co2-emissions-from-batteries-of-electric-cars/
e
https://www.ft.com/content/a22ff86e-ba37-11e7-9bfb-4a9c83ffa852
Apenas mais um apontamento sou cliente de uma empresa concorrente da EDP que como informação ao consumidor distribuiu um folheto onde dizia que em 2017 por cada Kwh de eletricidade produzida em média tinha sido gerado 426g de CO2.
José, tudo o que diz é errado, não há carregadores com potencia nominal de 100Kwh em Portugal os carregadores rápidos atuais são de 50Kwh e carregam o carro em uma hora se vais estacionar á noite vais carregar nos carregadores normais 3.6Kwh logo o problema que metes não existe. O segundo ponto é uma aberração completa, manda lá o link
Os cálculos para o veiculo eléctrico assumem que a produção de electricidade é de 65% de energias renováveis. Isto é incorrecto, porque a energia das renováveis contribuem em 65% para as NECESSIDADES ACTUASI, sendo que o restante da necessidade é com recurso a combustíveis fósseis, qualquer necessidade adicional de energia eléctrica será obtida 100% com recurso aos combustíveis fósseis.
Utilizando uma analogia com um empréstimo, se comprarmos uma casa de 100.000 € e pedirmos um empréstimo de 65% ao banco. O banco empresta-nos 65.000 e
nós temos de fornecer o diferencial em capitais próprios. Qualquer obra adicional não fará uso do dinheiro emprestado, mas sim 100% de capitais próprios.
O que você está falando não faz sentido. Não vai acontecer a substituição de toda a frota de veículos de uma única vez, portanto a medida que ocorra aumento de consumo pela adoção de automóveis elétricos ocorrerá também a construção de novas centrais eólicas e solares, além da adoção da produção distribuída em residências, aumentando também a produção de energia a partir de fontes renováveis podendo manter ou até aumentar o percentual de 65% informado. Pode ser até que esse percentual diminua, mas não é de se esperar que todo o aumento de consumo induzido pelos automóveis elétricos seja compensado com uso de termoelétricas, mas mesmo esse pior cenário foi considerado no artigo e mesmo assim foi apontada acentuada vantagem aos carros elétricos.
E por fim é necessário recordar que o cenário onde
Mais ou menos poluente e seus efeitos tem a ver, também, com o peso relativo do uso dos veículos.
Pensando em termo de ambiente, creio que a questão se deveria deslocar para os percursos citadinos serem realizados a pé e em transportes públicos electrificados, banindo os veículos a motor eléctrico não público e a combustão interna para fora das cidades (aglomerados urbanos incluindo as zonas dormitório).
Creio que resultaria uma carga poluemte menor do que a atual e de uma eventual circulação de veículos elétricos do nível atual de veículos que circulam nas cidades seja qual for a dimensão destas.
É por esta e por outras que a proposta da nanoflowcell me agrada tanto – https://www.nanoflowcell.com/
Já tinha ouvido falar do conceito, mas estive a ver o site com mais atenção, e, passe todo o marketing à volta, parece de facto prometedor.
Amesterdão quase tudo electrico, é um prazer andar no meio da cidade em hora de ponta…
Um silêncio total e muito menos poluido…!
Taxis muitos deles da Tesla, autocarros do aeroporto carregados através dos paineis solares…
Londres outro caso de sucesso, poucos carros, muitos autocarros a hidrogenio…
Estou a comparar com Lisboa… estamos a anos de luz!
Lisboa é a 2º cidade mais poluída da Europa, pensem nosso… diariamente entra 350.000 viaturas só no centro de Lisboa
Eu nao sei onde foste ver que Lisboa e a segunda ceidade mais poluida da Europa. Eu dou-te duas cidades facilmente com uma qualidade de ar muito pior na Europa, Kracow e Katowice, que entao no Inverno atingem niveis de poluicao de cidades como Beijing. Mas o mal em Portugal sao os transportes publicos que tem muito para melhorar e a mentalidade dos portugueses, que tem de parar de usar o carro para ir buscar pao a 500m de distancia.
Europa central e Portugal não são comparáveis. Andar com um carro eletrico em Amsterdão (ou HOlanda em geral) e andar em Lisboa, é bem diferente. Em Lisboa tens altos, baixos, mais altos e baixos, pára/arranca em todo lado; em Amesterdão é tudo plano, as ruas são largas, o transito foi bem organizado e tens um serviço de transportes publico que deixa qualquer cidade portuguese de rastos (Comboio, Tram, metro, bus e bicicletas).
Depois tens a cultura. Em Amsterdão a malta prefere bicicleta (porque é facil andar lá de bicicleta — tudo plano) e transportes publicos. Em Portugal, nas grandes cidades, a malta tem a cultura de usar o carro para tudo – mesmo que tenha bons sistemas de transporte publico. Por exemplo, enquanto trabalhei em Lisboa, não usava carro para nada em dia de trabalho – porque não precisava: Tinha metro, autocarro e pernas para usar.
É uma questão cultural e isso só muda com mudança de mentalidades. A malta jovem, que podia mudar este paradigma, quer logo carro aos 18 anos para ir para a universidade no seu fiat 500 ou smart…
Só acho que as baterias deviam ser universais… e a geração dessa electricidade devia ser renovável!…
Excelente artigo! Apesar de os dados não estarem afinados, até porque nem seria necessário para esta análise simplista, dá para ter clara noção que nos grandes números a redução das emissões de CO2 que se consegue atingir são notáveis! Inclusivamente se considerarmos uma produção elétrica 100% dependente do carvão, que é a forma de produção com maiores emissões de CO2.
No entanto, sugiro refazer o artigo afinando um valor que me parece exagerado:
Ora, os valores de CO2 em g/km dos Renault Clio que foram apresentados provém dos dados de homologação com o ciclo NEDC. Nesse caso, para o Renault ZOE deveria ter sido utilizada a autonomia oficial de homologação para a versão com bateria de 22 kWh, que é 210 km e não 300 km. Aí talvez os números estejam mais realistas.
Não tenho conhecimentos técnicos para avalizar esta (boa) realidade. Contudo uma dúvida. E a produção de baterias? E o que lhes fazem no fim de vida? É que dizrm o mesmo da energia nuclear mas os resíduos lá estão no fundo do mar. Dizem que os contentotes com os residuos duram 150 anos. E depois? É cwrto que cá não estaremos. E os que estiverem?
https://www.inovacaotecnologica.com.br/noticias/noticia.php?artigo=tecnica-centenaria-mineracao-recicla-totalmente-baterias-litio&id=010125180809#.W4a0KaKZBpk
A industria automóvel tem interesse nesta guerra eléctricos/veículos de combustão, e os que pensam que são ecologistas têm feito o papel de idiotas úteis nesta questão. Os veículos eléctricos devem coexistir com os de combustão.
O estudo é de facto interessante. No entanto, omitir o processo de fabrico das contas retira-lhe toda a validade. Isto, claro, tendo em conta a finalidade do mesmo, que é comparar o impacto ambiental total e não o impacto na estrada.
Porque acerca da produção das baterias, li um estudo há cerca de 2 anos que vinha noticiado no The Gaurdian, salvo erro, e que dizia preto no branco que mesmo sendo mais leve e tendo muito menos aço e ferro fundido do que um automóvel a combustão interna, um veículo eléctrico necessitava de andar em estrada durante cerca de 15 ANOS com energia 100% LIMPA para compensar todo o processo de fabrico de um automóvel a combustão interna a ser abastecido regularmente.
Isto porque a produção de uma bateria emite para a atmosfera uma quantidade imensa de gases poluentes. E aqui não estamos a falar apenas de gases derivados da queima de combustíveis fósseis. Estamos a falar da manipulação de metais pesados como o Lítio e o chumbo, etc. E esta omissão, desculpem, retira a validade do estudo.
Lol, e o processo de extração e refinar o combustível? É isento de gases poluentes?
Como o eléctrico em consumo é de longe menos poluente, atirasse com a construção da bateria para enganar papalvos que creem que o gasóleo e a gasolina nasce naturalmente no poço debaixo da gazolineira lá do bairro.
Além disso a bateria pode ser totalmente reciclada reduzindo a necessidade de mineração, ao contrário dos combustíveis fósseis e os resultantes do processo de refinarias
Felicito o estudo levado a efeito pelo Pplware nomeadamente por todas todas as variáveis nele incluídas, a neutralidade nele patenteada e a exaustividade.
Neste dilema entre carro eléctrico vs carro com motor de combustão julgo ser também importante dar resposta a certas questões mais práticas que um estudo teórico geralmente não contempla, questões que limito a dois pontos.
1 – Portugal é um dos países do mundo com uma maior incidência de renováveis na produção de electricidade, honra lhe seja feita, potenciado pelas chuvas e pelo caudal dos rios para as hídricas, o vento para as eólicas e o sol para as fotovoltaicas.
Muitas zonas do planeta, com climas áridos e pouco ventosos, não possuem todo este variado potencial, parte dele sinérgico, logo este estudo do Pplware não é aplicável a muitas zonas do mundo global, sobretudo as ameaçadas de desertificação como é inclusivamente o caso de Portugal a sul do Tejo onde têm vindo a aparecer sinais preocupantes ( exceptuada que seja o potencial fotovoltaico).
Este potencial renovável, além de sujeito às intermitências que o caracterizam, é um potencial limitado e escasso de tal forma que se pode desde logo adiantar números de capacidade renovável máxima instalável, o que daria um outro estudo que sugiro ao Pplware, por exemplo:
Qual é a capacidade máxima instalável de renováveis e com ela se compagina com uma suposta procura de carros eléctricos se estes conseguissem ocupar, por exemplo, uns extraordinários 50% do parque automóvel ?
É que se os carros eléctricos ocupassem 50% do parque o estudo actual do Pplware ficaria desde logo subvertido em função da correspondente exponenciação da procura de combustíveis fósseis para suprir as também exponenciais insuficiências e/ou intermitências das renováveis, o que equivale a dizer que o estudo do Pplware é um estudo louvável mas estático na medida em que não contempla essa dinâmica ( aliás, nem seria esse o seu objectivo ) e muito menos contempla a ameaça do atentado espanhol perpetrado pelos tranvases nos rios internacionais ibéricos e o consequente impacto na produção das hídricas portuguesas.
2 – Em zonas de grande densidade populacional como as grandes zonas metropolitanas de Lisboa e do Porto que reúnem quase metade da população portuguesa e onde o urbanismo corresponde, na sua esmagadora maioria, a condomínios em propriedade horizontal com instalações eléctricas obsoletas para carregamento e-mobi rápidos e dotados garagens onde se concentram globalmente mais de duas centena de milhar de carros serão VIÁVEIS, escalados que fossem num super optimista rácio de 1/20, dezenas de milhares de carregadores ou pontos e-mobi e será VIÁVEL um trânsito fluído em apertadas e muito transitadas artérias quando uma centena de motoristas (?) queira utilizar o mesmo e-mobi durante o dilatado tempo que este obriga a cada um ?
Devo advertir que nada tenho contra as energia renováveis, ao invés, só posso desejar que o potencial máximo de Portugal seja atingido e no curto ou médio prazo e que a ciência consiga o “quantum leap” capaz de solucionar esta tão candente e emergente problemática, quem sabe se através da fusão nuclear a frio.
Aproveito a oportunidade, já que se trata de questões energéticas, para expressar um outro “best wish”, o de que os sucessivos governos portugueses encontrem a fórmula adequada para não termos no consumidor um dos custos de electricidade, gasóleo e gasolina mais elevados do mundo, ainda mais exorbitante se tivermos em conta o nível de rendimento “per capita”. Se Portugal pretende eficácia económica em geral, investimento externo e turismo tem de estar em de estar, no mínimo, em paridade Espanha nestes preços. Que o digam as zonas raianas !
Bom artigo. No entanto, os dados de refrência sendo da EDPSU, não refletem a totalidade do mercado. Penso que devia usar os dados da REN para o estudo. Piora um pouco, mas é mais real.
http://www.centrodeinformacao.ren.pt/PT/InformacaoTecnica/DadosTecnicos/REN%20Dados%20Técnicos%20-%202017.pdf
Um dos principais problemas de adquirir um carro elétrico e que ninguém fala é o fato que muitas pessoas nos grandes centros, não têm garagem para poderem carregar o carro. Como vão fazer? Um extensão elétrica pela janela?
Há países onde começam a ser instalados postos de carregamento lento nos postes de eletricidade e outros pontos mais simples, e grande parte dos lugares de estacionamento tem acesso a uma tomada. Infelizmente não podemos comparar Portugal, onde são colocados 2 pontos de carregamento a cada bairro (quando há) com estes exemplos (p. Ex. Noruega)
“1.5 dCi com 90 cv e movido a gasóleo, o Renault Clio emite 82 g de CO₂ por km percorrido”
Isso é o que diz a Renault, se fizermos os testes como deve ser, acrescentar esse 82×7 ou mais…
Portanto o carro eléctrico é melhor em tudo menos os 75€ que se +paga por mês de alugar as baterias à Renault assim como a toxicidade das mesmas em fim de vida.
Hoje em dia as baterias já são recondicionadas para outros equipamentos que usem em menor escala a mesma tecnologia. Já agora quem tem paineis solares para carregar o carro, também os CO2 emitidos no fabrico dos paineis entra nas contas? Lol
Se for tudo carros elétricos, deixa de existir legitimidade para os impostos ambientais, iuc, ISP, isv, etc essa ausência de receita para o Estado provoca uma perda de bem-estar em algum sitio, ganhassem em menos co2, nos, etc, perdesse bem-estar de outra maneira, não ha almoços grátis, resta saber onde está o ponto ótimo. É provável que tenhamos as duas realidades muito tempo, a combustão e elétricos, ate porque não ha muitos impostos ainda nos elétricos porque os ha nos a combustão.
Acho engraçado fazerem o teste só ao CO2 quando há muito mais poluentes…
Os automóveis der combustão interna usam imensas peças, óleos etc e daí a poluição e energias consumidas para a produção serem muito mais elevadas que num automóvel elétrico, para nem falar nas revisões em que são necessárias mais peças também. E já agora, os eléctricos tem ainda a vantagem de não poluir nas cortes onde há maior concentração de pessoas. Mesmo que na produção da eletricidade e dos veículos a poluição fosse idêntica, os de combustão interna emitem concentrado no mesmo sítio.
Com excepçäo da autonomia, os carros eléctricos säo uma excelente opçäo. No entanto tenho muitss dúvidas relativamente à pegada ecológica das bateriss. Fazer lembrar-me um pouco as actuais Lampadas eléctricas carregadas de mercúrio que será sempre solto no meio ambiente.
Mercúrio? As actuais lâmpadas (Led) não usam nenhum mercúrio. Acho que está um pouco desactualizado.
A desatualização parece se estender em relação às baterias também.
As atuais baterias de fosfato de ferro e lítio são 100% recicláveis e não tem componentes tóxicos.
Artigo interessante, parabéns pplware!
Mas não posso deixar de comentar 🙂
Tal como já foi referido em outros comentários, há outras tantas variáveis que poderiam desequilibrar a balança. Isto porque deveria ser analisado o ciclo de vida de cada um, para apurar o real impacto no ambiente. De grosso modo, direi que o impacto da produção de uma estrutura, motor, pneus, jantes, ópticas, vidros, revestimentos interiores, pintura, terão igual peso.
A questão estará na produção das baterias vs gasolina/gasóleo e durabilidade.
Nos carros com motor de combustão, já se tem uma noção do seu ciclo de vida e é fácil quantificar o seu impacto.
Nos carros eléctricos é mais difícil, em grande parte porque as baterias têm, normalmente, um ciclo de vida mais curto (4 a 6 anos). Há que ter me conta, também, que a duração destas, é influenciada pela temperatura, profundidade da descarga e ciclos de carga.
Actualmente, não há nenhum fabricante de carros eléctricos que tenha a certeza de qual será a duração do banco de baterias.
Na minha mais modesta opinião, os hábitos dos condutores é que têm de mudar. Para quê comprar um carro de alta cilindrada, para andar o tempo todo em cidade? Um veículo com capacidade de todo o terreno para o dia-a-dia!
O carro eléctrico tem o seu lugar na mobilidade da sociedade actual, seria bom que houvessem mais incentivos. Mas não se podem descartar os motores de combustão de um momento para o outro, porque ainda não há alternativa eléctrica para algumas situações.
Por mais que se diga, é tudo muito fantasioso. O electrico é um nicho. Com o electrico deixa de haver o “parar para abastecer” e passará a haver o “tem quartos ? preciso de abastecer!”… Que ridículo. Já se falou aqui no hidrogénio. Essa parece-me ser a melhor alternativa a esta questão prática que o eléctrico nos coloca. Tudo o resto são modas tontas. Nichos que os fabricantes tentam explorar para acompanhar a moda. O electrico não dá.
O Renault Zoe com 300km de autonomia real usa uma bateria de 41kWh, e não 22… Altera um pouco as contas.
De resto bom artigo.
Dois veículos de entrada, em que nada têm em comum, desde autonomia a velocidade e até preço. Se pensarmos que na velocidade máxima a autonomia dum veiculo eléctrico baixa de forma significativa logo aumenta o coeficiente de CO2 sobe em flecha. Temos ainda o tempo de carga que varia em função do ponto de abastecimento. No preço final temos 10000,00€ de diferença que permitem comprar cerca de 7800 litros de gasóleo, ou seja percorrer mais de 180000 Km. Feitas as contas esta comparação embora bem feita não cativa um condutor a comprar um ZOE, por muito amigo que seja do ambiente . No resultado final, o CO2 no diesel nem sequer será muito maior, sem sequer pôr em causa os tempos de espera de carga ou a substituição das baterias, substituir o motor no diesel será sempre mais barato que substituir as baterias no eléctrico. Entretanto também devemos ter em conta que as “benesses” do estado não são vitalícias e, os impostos, nos eléctricos ainda vão pesar tanto ou mais que nos veículos de combustão. Neste momento ainda não me convencem com um ZOE, talvez um Tesla ou um Jaguar mas mesmo assim depois de fazer contas compramos um com motor de combustão.
Gostei do estudo mas infelizmente a gasolina/gasóleo não nasce nos depósitos dos veículos portanto comprarem melhor… Pois tiveram em conta a produção da energia mas esqueceram a produção refineraçao, transporte do combustível até as bombas de combustível…
Sim os veículos elétricos tem lítio alguns kgs mas atenção nunca será tão poluidor como a extração do petróleo temos de comparar como deve de ser…
Bom artigo.
Falta comparar um factor essencial, o preço.
Esqueci de referir, sem impostos.
Excelente artigo pplware.
Alguns tópicos podem ser adicionados à discussão:
a) Qual o impacto da extração e transporte de petróleo?
b) Qual o impacto da refinação?
c)Qual o impacto dos derrames?
d) Qual o impacto das guerras pelo controlo das rotas e da extração do petróleo?
e) Qual o impacto da produção local da energia vs importação de petróleo?
f) Qual o impacto da poluição ao nivel local (em especial nas grandes cidades)?
É certo que atualmente não existe uma rede de distribuição elétrica apta a satisfazer um parque automóvel 100%. Mas a eletrificação automóvel a ser uma realidade, rapidamente os agentes económicos se irão adaptar, com a grande vantagem de incentivar a aposta nas energias renováveis.
Posto isto, sem duvida que o pais, de uma forma geral, e os cidadãos em particular, beneficiarão da eletrificação da industria automóvel.
Adoro estes documentos baseados sempre sobre o melhor valor do ano de produção eléctrica via energia renováveis.
Depois fazem contas e contas e esquecem o principal. Baterias e as suas componentes super poluentes (muito mais que vários anos a andar a gasóleo).
Pegando nestes valores e equiparando a veículos híbridos. Ainda são demasiados altos, prefiro híbridos.
Estou disposto a contribuir e no futuro mudar para um híbrido muito antes de um eléctrico, para dar a ganhar aos nossos produtores de eletricidade (nós também produzimos e que livramos com isso, népia). Depois ser ecológico é caro, vejam o preço dos automóveis hybridos ou eléctricos. Ou seja ser ecológico é ser rico. O pobre fica prejudicado.
Não é livramos, mas ganhamos.
Cada um fala da realidade que conhece.
O melhor valor do ano, em termos de energias renováveis não é 65%, é 100% em 2017 e superior a 100% em 2018. Sim ocasionalmente produz-se mais energia renovável do que a que é consumida.
Uma bateria de um elétrico, depois de deixar de servir no carro, é reaproveitada para outros fins, por exemplo, para armazenar energia de produção solar. Além disso as baterias são recicláveis. Que percentagem de vários anos de gasóleo consumido é reciclada?
Se calhar é muito novo, não sabe, os vídeos começaram por ser um objeto dos ricos, assim como os computadores, os computadores portáteis, os tablets, os telemóveis, etc.
Qualquer tecnologia é inicialmente cara e apenas acessível a alguns antes de começar a ser produzida em larga escala e passar a ser acessível à classe média.
De qualquer maneira algumas pessoas compram agora os carros dos ricos (elétricos) usados. Já não é preciso ser rico para ter um elétrico.
Um artigo divertido para gerar alguma discussão e apreciar como as mentes estão poluídas em relação aos elétricos.
A electricidade vem de longe e polui, verdade absoluta,certo? A gasolina e o gasóleo nascem na bomba, certo?
O meu elétrico é abastecido, maioritariamente, durante a madrugada quando a energia das eólicas é desperdiçada pois não há consumo e não se pode parar o vento.
Esta vertente não foi considerada no estudo.
Ao abastecer de madrugada garanto que as emissões do meu carro são mesmo ZERO. Alem disso estou a ajudar o país ao utilizar electricidade que seria desperdiçada.
Esta questão da pegada ecológica tem muito que se diga. Os combustíveis fósseis deixam pegada ecológica e grande parte da electricidade é produzida com combustíveis fósseis. Mas as pessoas por comprarem um carro eléctrico já acham que não poluem e sentem-se bem com isso. A presença do ser humano neste planeta gera co2, não há volta a dar a isso. A grande vantagem que vejo no carro eléctrico é as suas emissões não serem emitidas quando se move mas quando a sua energia é produzida. Mas para ser uma alternativa muita coisa ainda tem que mudar. Nesta questão do co2 e da pegada ecológica existe também muita hipocrisia. De que me serve andar de carro eléctrico, se quando vou ao supermercado estou a comprar produtos que vieram de longe e tem uma pegada ecológica pesada. Isto para funcionar tem que ser integral/global mudar hábitos de vida, o consumismo deixa grande pegada. Quando estão a mudar de telemóvel de 6 em 6 meses, pensam nisso? Quando estão a fazer as vossas comprinhas no supermercado pensam nisso? Quando estão a comprar coisas na Amazon, aliexpress e outros que tais pensam nisso? Não é por possuírem um carro eléctrico que são o santo graal das baixas emissões. Por exemplo ontem andaram com o vosso carrinho eléctrico, almoçaram numa cadeia de fast food e foram jantar a uma pizzaria. Eu não andei de carro ontem, almocei uma sandes que trouxe de casa e jantei uma sopa de legumes produzidos localmente. No fim do dia quem produziu mais co2. Quero eu dizer com isto que lá por andarem com os carrinhos da moda não sejam grandes emissores de co2. Isso é só mesmo uma pontinha do iceberg. Já agora o impacto do transportes no total de co2 emitido anda à volta de 18%. Mas ninguém fala disso. Ah, ok isto é um site de tecnologia.
“grande parte da electricidade é produzida com combustíveis fósseis.” Completamente falso.
A que ainda é produzida dessa forma é apenas pretexto para não encerrarem totalmente.
Neste momento hídrica, eólica e fotovoltáica ultrapassam largamente as necessidades nacionais.
Já chegamos ao cúmulo de pagar aos espanhois para consumir energia excedente!!!
A fatura dos elétricos pode chegar no futuro! Quanto menos veículos a combustão, mais impostos nos elétricos vão aparecendo, se não aumentarem impostos nos elétricos, menos dinheiro disponível para a segurança social, saúde, etc. Nem sempre o que pode ser mais eficiente é o mais justo, que maximiza o bem-estar geral da sociedade. As sociedades terão de pensar em encontrar um ponto equilíbrio que maximize as questões económicas, ambientais e sociais, ou seja, um equilíbrio entre eficiência e equidade, mas que não seja encontrado do ponto de vista politico, porque o politico pensa é nas próximas eleições, não nas próximas gerações. Por isso se calhar o melhor é ir crescendo os elétricos/paineis solares até um ponto e diminuindo os a combustão até um ponto, que possamos maximizar o nosso bem-estar geral.
“A fatura dos elétricos pode chegar no futuro! ” A fatura do Mobi-E vai chegar já em Janeiro 2019, salvo erro. Continua bem mais barato do que gasolina mas lembrem-se que até o GPL já foi mais barato do que é agora. Quando é para fazer dinheiro, o governo (com os impostos) e as produtoras/Distribuidoras não querem perder dinheiro.
Por exemplo, Gasolina é mais amiga do ambiente do que gasóleo e, no entanto, é mais taxada em Portugal (CO2 não é o unico poluidor.. apesar de a EU apenas se focar em emissões de CO2) .
Noto que muito poucos leram o artigo até ao fim. Toda a gente presume que a sua própria escolha em termos de eléctrico ou combustão só depende de si mesmo, o que não é verdade. Quem decide se o parque automóvel é de um tipo ou do outro não são os cidadãos, nem sequer os governos, pelo menos o português. Quem decide são os governos alemão, francês, italiano, inglês, japonês, coreano, americano e pouco mais, em função da sua agenda e conveniência própria e claro, a Indústria automóvel. Nós havemos de ter os carros que eles quiserem que tenhamos e que a e eles convenham em termos económicos. Se o futuro for eléctrico, não iremos ser capazes, caso não optemos pelo nuclear, de produzir electricidade sem recorrer massivamente à queima de combustiveis fósseis. Assim sendo as emissões do tal “zoe” disparam para as 115 g/Km de CO₂ contra as 82 g/Km do motor convencional. Relativamente à primeira parte do artigo, não acredito de todo que 65% da energia eléctrica em Portugal provenha de fontes alternativas. A EDP avança com nºs de 43% de energia eólica ? como ?
“Ao abastecer de madrugada garanto que as emissões do meu carro são mesmo ZERO”
Acha mesmo? acha que o fabrico das próprias eólicas é isento de custos ambientais ? desde a mineração (industria altamente puluente) de metais empregues no fabrico dos materiais, ao transporte destes antes e depois do produto acabado. Acha que se eu e todos os outros poluidores do carro a combustão, fizer-mos como o Sr. e optarmos por um eléctrico, e carregar-mos também de noite as eólicas vão chegar ? e os custos de termos o país coberto de florestas de ventoinhas ? Já agora acha que esta electricidade “verde” seria tão barata se fosse artificilamente subsidiada. e oferecida de graça nos postos de abastecimento público, para além do incentivo do estacionamento gratuito. O rendimento é sempre maior quando uma energia é aplicada directamente num motor que quando se aplica na produção de outra para então ser aplicada noutro motor, seja eléctrico ou outra coisa qualquer, só é mais barato se houver batota. Queimar combustivel fóssil importado em centrais temicas, é o que nos espera se parque automóvel for todo convertido a eléctrico se não optarmos pelo nuclear.
“cha que o fabrico das próprias eólicas é isento de custos ambientais ?” É melhor nem ir por aí porque senão… temos a prospecção do petróleo, a extracção do petróleo o transporte do petróleo, os derrames e toda a porcaria e poluição que acontece mesmo involuntáriamente, a construção dos grandes petroleiros com todo o material e energia que isso implica muito além, provavelmente, de todas as eolicas que já foram e irão ser construidas. Depois temos ainda a construção das grandes refinarias, a energia enórme que é necessária para extrair todos os derivados do petróleo. Finalmente temos a distribuição por camiões cisterna para todas as bombas… e já agora o fabrico desses camiões….. Claro que estou a ser irónico, mas é só para demonstrar que tudo tem custos directos e indirectos.
O que eu acho é que o petróleo vai acabar quer queiramos quer não. Não é uma energia renovável pelo menos num prazo humanamente razoável. Assim temos obrigatóriamente de procurar outras fontes de energia ou… o mundo irá párar quando este acabar!!
“O rendimento é sempre maior quando uma energia é aplicada directamente num motor que quando se aplica na produção de outra para então ser aplicada noutro motor, seja eléctrico ou outra coisa qualquer” é muito verdade mas não é assim tão linear muitos dos motores térmicos que circulam pelas nossas estradas têm um rendimento baixíssimo muito longe de um motor eléctrico. Logicamente se a elecricidade for produzida numa central com maior rendimento já temos “ganho” (menos desperdício) em energia.
“Queimar combustivel fóssil importado em centrais temicas, é o que nos espera se parque automóvel for todo convertido a eléctrico se não optarmos pelo nuclear.” Não será tão depressa que isso irá acontecer. Neste momento, e sem aumentar os parques eólicos ou fotovoltáicos já temos um grande excedente de produção. Desconfio que essas cetraizinhas ainda existem apenas como pretexto das rendinhas da EDP.
Sim, acho mesmo.
As eólicas já existiam antes dos carros elétricos não foram postas por causa deles.
Os custos ambientais das eólicas são na sua construção, o resto é residual.
O que espero é que o investimento em energias renováveis continue a aumentar.
Eu carrego em casa, não tenho energia “oferecida” e, felizmente, também não usufruo do estacionamento a preço mais baixo (se está a referir-se a Lisboa, o estacionamento não é grátis).
Por favor informe-se pois o rendimento energético de um motor a combustão anda na ordem dos 30% enquanto o rendimento elétrico de um motor elétrico é na ordem dos 90%.
Por favor informe-se pois um carro elétrico não é um bicho papão de eletricidade. No meu caso já cheguei a carregá-lo a 6A. Atualmente carrego-o a 10A que é menos do que ter uma máquina de lavar ligada.
Resumindo e concluindo, os carros elétricos irá ser a mesma cena dos atuais telemóveis, carregar, usar e ditar fora ao fim de pouco mais de dois Anos e quando derem conta vai ser tanta poluição com tanta bateria usada e produção de energia que nem por sombras se irá comparar com a poluição dos atuais carros de combustão.
Com isto vamos entrar noutro paradigma de aumento no preço da energia uma ou duas vezes por semana como acontece agora com os combustíveis e aí vai ser toda a gente a pagar a fatura, quem tem carro e quem não tem.
Se isso vier a acontecer mais vale cada um ter seu próprio sistema de gerar energia, livrar-se dos contadores e de todos os abusos e taxas que os políticos inventam para desgraçar nossa carteira.
Isto tudo não passa de politiquismo e esquemas para tirar o dinheiro ao zé povinho, lembram quando pagavam o IA na compra do carro??? e o imposto de selo na maioria era entre 25 a 35 Euros !!!, pois bem esse valor em 2007 multiplicaram por dez porque os políticos só pensam em esvaziar nossa conta para se gabarem que enchem os cofres do estado.
Agora com os carros a combustão estão a fazer o mesmo, quem não tem posses para comprar carro novo a combustível todos os Anos, até o aguenta vinte ou trinta Anos e lá vai andando como pode, mas como isso dá pouco lucro aos políticos, aí inventam mil e uma maneira de arrumar o velhinho carro nem que seja simplesmente proibi-lo de circular dentro da cidade, ou porque faz muita poluição.
Ainda estou para ver um brinquedo destes elétricos a durar duas décadas e com um milhão de quilómetros como os atuais carros a combustão.
Este estudo está muito bem feito e muita gente fica elucidada sobre o tema automobilismo elétrico, eu já há muito tempo tinha chegado a esta conclusão, mesmo assim parabéns PPLWARE.
Para mim, nem me dei ao trabalho de ler os argumentos porque considero isto um “não assunto”.
Muito esclarecedor. Mais valia nem ter dito nada.
Com 9 paineis solares carrego durante o dia , o vento da edp faz o resto durante a noite, a garagem sem óleos e cheiros, revisões, mentira. A melhor opção sem duvida para quem as tem. Os beneficios fiscais, as reprises, a exclusividade e o silêncio são incontornáveis.
Já agora, alguem fez as contas ao CO2 dos brinquedos que aterram e levantam a cada minuto, será comparável ou absolutamente arrebatadora, deitando por terra qualquer tentativa de legitimar impostos aos que rastejam.
Os que voam, pagam bem mais impostos e taxas, claro que todas elas são recarregadas ao passageiro.
Se alguma vez olhares para o bilhete vais ver que a viagem custa 20 eur e as taxas 120
Isto é tudo muito bonito mas o que estou a ver é acabarem com as oficinas com calendários de senhoras desnudadas agarradas a pneus e a acariciar chaves inglesas!!! E a expressão “ó chefe” condenada à extinção. Sem óleos como vamos manter o cumprimento de apertar o punho do mecanico???? Uma quebra grave das relações humanas!!!!!
Então e as PERDAS pah ?
O tipo que escreveu este artigo tirou o curso de engenharia nas seleções dos reader digest ?
Carregar uma bateria de um carro tem perdas ENORMISSIMAS em todo o circuito desde a central elétrica !
Tomem juízo ! essas contas nem para uma mercearia serviam !
“Carregar uma bateria de um carro tem perdas ENORMISSIMAS” não tenho dados científicos mas não acredito nisso. Para além das perdas nos fios condutores (joule) as baterias actuais não têm grandes perdas na sua carga. Se quiser falar nisso, para ser justos, temos de fazer comparações: – o petróleo desde que é bombeado até chegar aos veículos…. sería interessante fazer um estudo nesse sentido mas desconfio que as perdas serão “MUITO MAIS ENOOORMIIISSIMAS”
O que consideras como sendo perdas enormíssimas? As perdas de distribuição e transmissão da energia eléctrica rondam os 10%. As perdas nas baterias desde a carga à descarga (significa que na carga apenas são ainda menores) são também na ordem dos 10%.