Carros elétricos poderão diminuir consumo de petróleo em 8 milhões em barris dia até 2035
O portal Carbon Tracker publicou uma interessante ferramenta que nos permite estimar o desaparecimento do consumo de petróleo com a ascensão do carro elétrico.
Este sistema foi pensado e desenvolvido para nos mostrar o importante impacto que terão as novas formas de mobilidade no negócio do ouro negro. Qual será o futuro do petróleo?
Pelos números apresentados, há uma possibilidade da utilização cada vez maior dos carros elétricos levarem o mercado a alcançar o temido “peak oil”, a procura máxima de petróleo, no fim da década de 2020, com o crescimento marginal anual da procura de petróleo totalmente compensada por elétricos a partir de 2027.
Para realizar o cálculo, podemos selecionar entre quatro cenários diferentes. Cada um com uma estimativa de implantação elétrica, mais ou menos otimista. Também podemos adicionar o número de quilómetros que serão realizados a cada ano com um carro sem emissões e também a melhoria da eficiência dos carros com motores de combustão.
Desta forma, podemos obter dados bastante interessantes, como um cenário intermediário, onde se estima que haverá 20 milhões de carros elétricos nas estradas do mundo até 2035, com um alto nível de uso desses veículos e com uma taxa de melhoria de eficiência de carros a diesel e gasolina dentro dos parâmetros atuais.
Com esse cenário, seria possível diminuir 8,4 milhões barris de petróleo por dia até 2035. Um número considerável que podemos comparar com os 10,98 milhões de barris por dia que a Rússia alcançou em 2017, os 9,95 milhões de barris diários da Arábia Saudita, os 3 milhões do Irão, ou os 1,59 milhões de barris por dia extraídos pela Noruega.
E isso apenas está referido num cenário de um estágio intermediário. Num cenário ainda mais otimista, onde se estima que o número de carros elétricos nas estradas chegará aos mil milhões até 2040, o número para reduzir a procura de petróleo chegaria a 13,9 milhões de barris por dia . Quase metade dos 32 milhões de barris produzidos pelos países membros da OPEP todos os dias.
É claro que, como todos os estudos, tentar antecipar esse cenário de longo prazo parece complicado. As variáveis são enormes, como uma melhoria radical na tecnologia que poderia acelerar a implementação de sistemas elétricos, tanto ao nível do transporte privado e, especialmente, em transportes públicos e mercadorias. Algo que ajudaria de maneira notável a reduzir exponencialmente o consumo de petróleo.
As políticas públicas também terão um papel fundamental. Até 2040, as regras que proíbem as vendas de carros a diesel e gasolina em grandes mercados, como o Reino Unido ou a França, devem entrar em vigor . Uma medida que, se mantida, certamente será copiada por outros mercados. Algo que terá impacto na venda de carros convencionais muitos anos antes da sua entrada em vigor.
Este artigo tem mais de um ano
Escelente noticia. Ja agora de me poderem responder sei que o topico nao e o certo mas a loja que vosses recomendam para o Xioami mi mix 2s e de confianća e com garantia de 2 anos? Como posso me registar aqui no vosso blog?
20 milhões de viaturas significa produzir mais 200TW ano de energia eléctrica. Energia que será “roubada” ao aquecimento, à iluminação, à produção industrial, etc. 20 milhões de baterias que terão de ser recicladas. É não falem da produção verde. A produção eólica faz se à custa de destruição montanhas, a hídrica à custa de destruição de vales. A solar está a décadas de poder ser considerada viável. Quando se fala em benificios, convém mostrar os dois lados da balança
Onde quero chegar? Estão a tentar meter os ovos todos no mesmo cesto. O futuro para o automóvel deveria ser outra fonte de energia, como por exemplo o Hidrogénio.
Meu Caro. Ter um motor eléctrico significa que este consume energia… e esta pode vir de várias fontes (baterias, painéis solares, geradores/auxiliares a gasolina, hidrogenio, gasoleo, agua…) . Isto sim é diversificar! Ficar dependente de um tipo de motor que depende exclusivamente de um único tipo de combustivel que só poucos comercializam é continuar a carneiragem do monopólio energético.
Acho que o “Eu” e o “Sergio J” têm ambos razão, embora aparentem desacordo. Estão a olhar para facetas diferentes do problema. Uma é o impacto ecológico do aumento de carros eléctricos, e que de facto não é tão grande como parece à primeira vista, porque há uma troca de “prejuízos” ecológicos, ganhamos dum lado e perdemos doutro. Outra é a faceta económica que aponta o “Eu”. O que é mesmo difícil, é: depois de todos, mas mesmo todos, os prós e contras de todos os cenários serem colocados na balança… para que lado a balança cai? Ninguém tem dados suficientes para responder HOJE a esta questão.
Caro Sérgio J, você precisa entender a diferença entre fonte de energia e forma de energia. A eletricidade é uma formade energia muito versátil e pode ser produzida a partir de diversas fontes (eólica, solar, hidroelétrica, nuclear, etc).
Muita gente confunde fonte de energia com forma de energia porque usamos normalmente derivados de petróleo (gasolina, diesel GLP, etc) como forma de energia (no caso são produtos líquidos que liberam energia química por combustão) que é derivada diretamente do petróleo (que é o resultado da fossilização e metamorfização de seres vivos,ocorrida ao longo de milhões de anos e encontrado no subsolo). A maioria das pessoas não considera o refino e imagina os produtos que usam (gasolina, diesel, etc) ao mesmo tempo como fonte de energia e forma de energia.
O Hidrogênio não é uma fonte de energia, e aí reside seu erro, mas uma forma de energia. Não existe gás hidrogênio livre na atmosfera, nem ele é obtido no subsolo como o gás natural. O gás Hidrogênio é produzido a partir de outro material (como por exemplo a água), com o consumo de energia, que deve vir de uma fonte (eólica, solar, hidroelétrica, solar, etc) exatamente como a energia elétrica. A ideia é que o gás hidrogênio é mais fácil de armazenar que a energia elétrica e sua queima produz apenas água, portanto não gerando a poluição que é gerada pelos derivados de petróleo.
Infelizmente no entanto ainda não existem técnicas eficientes para se obter hidrogênio da água. Por exemplo a eletrólise, mais conhecida, consome grandes quantidades de energia elétrica. De fato, hoje quando se deseja obter grandes quantidades de hidrogênio (para usar como combustível de foguetes por exemplo) esta éretirada de derivados de petróleo. Mesmo assim há grandes esperanças em uma “economia do hidrogênio” (não gosto do termo, mas é muito usado) onde se use fontes renováveis de energia (justamente aquelas das quais você desdenha) para gerar gás hidrogênio a partir da água de forma limpa, armazenar esse gás e usá-lo para gerar energia em células de hidrogênio (que produzem energia elétrica) ou motores a combustão (energia mecânica).
Por tudo isso perceba que o que você está afirmando ao contrapor o hidrogênio à energia elétrica e tratando esse gás como fonte de energia, não faz nenhum sentido.
deve ser por isso é que vao atualizando o preço dos combustiveis todas as semanas,
em 2035 o litro de gasolina deve ser de 15€
Sem dúvida ! Quanto mais se poupar em consumo de combustível mais ele sobe graça a impostos.Este Governo decidiu criar um adicional ao ISP porque tinha havido quebra na receita graças à crise.Agora que os consumos voltaram a subir, diz que já não pode passar sem os 400 milhões de € suplementares.
Será interessante observar a estratégia de preços impostos pelo governo no futuro próximo.
Não é por acaso que os incentivos na compra de autos eléctricos é tão reduzida… qualquer dia vão mesmo taxá-los extraordinariamente !
É precisamente por causa disto quem pelo menos em Portugal nunca vai compensar comprar um elétrico.
A expansão da mobilidade electrica, no momento actual, está comprometida pelo sistema e duração do carregamento das baterias. Se, por hipótese, a maioria da população, tivesse mesmo de adquirir um carro electrico, gostava de saber onde é que o iam carregar, sobretudo quem não reside em moradias. Só se pendurarem uma extensão de 50 metros da janela de casa durante toda a noite. Se forem milhares a fazer o mesmo, o cenario nas cidades seria dantesco, tipo terceiro mundo.
Os carros elétricos para mim vão ser tão ou mais poluidores que os combustíveis, isto porque as baterias que presumo são de lítio e não só, quando estão em fim de vida têm que ir para algum lugar, agora imaginem para onde vão. Também, para fabricar energia para os biliões de automóveis que existem no mundo, teria que ir buscar a energia a algum lugar, e isso teria que ser só com fusão nuclear, já que neste momento não existe energia suficiente para alimentar biliões de carros. A realidade é que isto tudo também tem que ser sustentável, o lítio não existe infinitamente. A única fonte de energia que poderia ser interessante é o hidrogénio. Já vi autocarros movidos a hidrogénio em Portugal e andavam muito bem, com pessoas lá dentro. Existem também carros movidos a hidrogénio. O hidrogénio é a forma de energia que mais existe no universo. Pensem nisso 🙂 Porque investir em carros elétricos em vez de carros movidos a hidrogénio???
Porque existe toda uma agenda a seguir, caro amigo. Hoje o inimigo público é o combustível originário do petróleo (pois as potências necessitam de as garantir exclusivas para elas)…a seguir, quando todos estiverem com eléctricos, começam a cobrar impostos absurdos com o argumento de que as baterias, no fim de vida, poluem e porque novas infraestruturas de carregamento serão necessárias, já para não mencionar a quantidade de energia para carregar biliões de veiculos diariamente, etc etc etc… de alguma forma, temos de continuar a alimentar os vícios e as férias de determinados indivíduos! 😉
Essa é a Solução ! nunca o electrico.
Pouco provável, primeiro esse hidrogénio do “universo”, não é assim tão abundante no nosso planeta na forma atómica, sendo que na maior parte está na forma de água, e para o isolar é preciso utilizar na melhor das hipóteses um processo de electrolise, só de si perde 20% a 30% da eficiência, depois tem o problema do armazenamento, que também não é fácil. Na minha opinião o hidrogénio terá certamente outras aplicações, como armazenagem, ou navios.
Já coloquei a questão em outro comentário neste mesmo post. O hidrogênio não é fonte de energia. Não existe gás hidrogênio livre para uso como fonte de energia, ele tem que ser obtido da água, petróleo ou outra fonte qualquer com consumo de energia. Dizer que o hidrogênio é fonte de energia está errado. Talvez no futuro seja possível obter energia do hidrogênio através da fusão nuclear, mas isso é outra coisa. Hoje o que existe é a queima do gás hidrogênio (H2) para formao a água (2H2 + O2 => 2H2O) e o gás hidrogênio tem que ser produzido com o consumo de energia. Hidrogênio é forma de armazenamento de energia e não fonte de energia. Será que é tão difícil entender isso. Tem pessoas que repetem esse erro de apontar o hidrogênio como fonte de energia como um mantra. Isso é errado, um equívoco. Quem comete esse erro tem que estudar mais antes de espalhar equívocos como esse.
E entretanto a guerra comercial entre Europa e Estados Unidos intensifica-se porque os americanos estão furiosos por mais uma pipeline da gás a ligar a Rússia e a Alemanha!!!!!!!
Pensava que a Alemanha advogava com a diminuição da dependência do petróleo e outros combustíveis fósseis, para sermos mais “verdes”!
Tudo tretas. Tudo roda à volta do dinheiro!!!!!!
Os electricos ainda não se vendem à velocidade desejada e já há preocupação da indústria petrolifera. Claro que são viaveis, tanto como cada um de nós produzir a energia de que necessita mas isso será sempre limitado pelos governos com impostos ou impedimentos. Diversidade e concorrência é o que se pretende e neste momento ainda não há em pleno.
Ótimas notícias para quem ainda vai usar carros a combustível.
E o aumento no consumo da elctricidade vão busca-la onde ?
Ninguém pensa nisso, nem querem pensar.
Essa é uma pergunta que muita gente faz, que não faz sentido nenhum, e deixo-lhe aqui a resposta do porquê, como calcula, quer a gasolina quer o gasóleo são produtos refinados, e para serem refinados é precisa energia, muita até, a ser conservador vou-lhe dar o valor de 2Kwh por litro, se um carro gastar 6 L/100Km , são 12Kwh, ora com apenas a energia da refinação, já consegue fazer pelo menos 80KM num carro eléctrico, isto só a refinar! . Depois tem muitos outros fatores que acomodam poupança, o transporte, e o prazo de vida, mas para quem não sabe, quer a gasolina quer o gasóleo têm prazo de validade. Portanto, a resposta à sua pergunta é fácil, a energia vai vir maioritariamente do défice criado à boca da refinaria.
Bem… essas contas são um pouco facciosas porque não têm em consideração que são “energias” que não são transferíveis dum lado para o outro. É como dizer que 3 mulheres fazem um filho em 3 meses! Por outro lado há a questão da rede de distribuição, que não está dimensionada, na maior parte dos locais, para suportar um aumento de consumo médio em horário nocturno, provavelmente superior ao do horário diurno.
No nosso dia a dia a energia é transformada de uma forma para outra o tempo todo. Não há nada de faccioso nos fatos apresentados pelo Jorge.
E a rede de distribuição não precisa ser estressada pelos carros elétricos. Basta que o carregamento não seja feito nos horários de pico de consumo, o que pode ser feito por dispositivos instalados nos carregadores. Fora do horário de pico de consumo a rede de distribuição tem capacidade de sobra para atender ao carregamento dos aumóveis.
À redução do consumo de electricidade das refinarias que produzem menos combustível
Por mais voltas que deiam não vão conseguir gerar energia Limpa, i. é ., vai gerar de forma escondida outros meios poluentes…