Carro autónomo da Uber envolvido em acidente mortal tinha problemas de software
Em 2018, um carro autónomo da Uber esteve envolvido num acidente mortal, mais especificamente atropelou um peão. Depois de uma investigação relativa a este caso, foi descoberto que o carro tinha problemas de software.
Ou seja, o acidente podia ter sido evitado caso o software estivesse devidamente desenvolvido. Será que teremos mais casos como este no futuro? Esta realidade pode vir a ditar a circulação de carros autónomos nas estradas, pelos problemas de segurança inerentes.
A Uber, em 2016, apresentou ao mundo o seu carro autónomo. O objetivo deste projeto era ter um veículo para ser usado, sem intervenção humana, no serviço de transporte da empresa. Obviamente tal só seria possível de alcançar numa perspetiva de longo-prazo, mas a empresa iniciou logo os testes de estrada.
Até ser proibido de circular nas estradas do Arizona, nos EUA, este veículo esteve envolvido em trinta e sete acidentes num período de dezoito meses. Um deles foi um acidente mortal, em que o automóvel atropelou uma pedestre que estava a atravessar a estrada.
A investigação do National Transportation Safety Board (NTSB) já tem conclusões concisas que revelam que o problema esteve no software do veículo... Nomeadamente no software de reconhecimento de obstáculos! Segundo o relatório da agência de segurança rodoviária, o veículo tem problemas no software de reconhecimento e decisão de objetos que deve evitar.
Neste caso, as consequências foram graves e registou-se uma morte devido à falha tecnológica. Em 2018, o veículo apenas identificou a vítima 1,2 segundos antes do atropelamento. A Uber afirmou que o novo software que tem vindo a desenvolver conseguia fazê-lo com uma antecedência de 4,5 segundos, tornando assim o seu carro autónomo bem mais seguro.
Não obstante dos atuais esforços da empresa, é necessário refletir os impactos de colocar tecnologia inacabada no mercado. No caso dos automóveis, os efeitos podem ser trágicos - como aconteceu neste caso - e as empresas tecnológicas devem assegurar um correto nível de desenvolvimento e maturidade da tecnologia para evitar casos destes.
Para além disso, neste caso houve também falha humana. Durante os testes efetuados no Arizona, todos os veículos da Uber tinham um condutor no interior para intervir em casos de falha do sistema. Sucede que, no momento do acidente, o condutor estava a ver o talent show The Voice e não prestou atenção à vítima que estava a atravessar a estrada.
Este acidente com seu o carro autónomo levou a Uber a ser proibida de fazer testes no Arizona...
Este artigo tem mais de um ano
Fonte: NTSB
Neste artigo: acidente, carro autónomo, segurança rodoviária, software, uber
Sendo um software pioneiro é normal irem melhorando e corrigindo bugs ou algo do género ao longo do tempo, assim funciona todas as empresas de software.
Nasa que é a nasa, também melhorou o seu hardware e software conforme os acidentes foram acontecendo, isto é super normal… não podemos olhar para a UBER como uma KILLING machine só porque ocorreu um atropelamento…. O condutor deste veiculo devia estar atento a estrada e forçar a travagem, tal não aconteceu.
Usar as pessoas / clientes como cobaias parece-me bastante mau.
elas que atravessem a estrada quando os carros pararem por completo.
LOL. e se forem animais a atravessar a estrada? eles também vão esperar?
Mas que comentário. Entao vamos lá corrigir erros conforme os acidentes acontecem!? A NASA teve essa aprendizagem, mas não andava propriamente na via publica. E só por que aconteceu um atropelamento? e os trinta e sete acidentes num período de dezoito meses que este veiculo esteve envolvido não contam?
Só vão olhar com mais cuidado para as novas tecnologias no dia em que um familiar vosso morrer por causa de falha tecnológica.
Creio que estão a fazer um alarido sobre o caso, isto com parado com o que acontece com os erros ser humano na condução acredito certamente que haveria uma redução drástica de acidentes na estrada.
Agora, a redução de acidentes envolve outros problemas… ex. menos carros a serem reparados, menos órgãos para transplantes, etc.
Penso que será inevitável o futuro seguir por esse caminho, contudo quando estes carros virarem drones, isso sim, haverá mais riscos a ter em conta.
Eu não acredito que existiriam menos acidentes.
Aliás, os números de acidentes que estes carros estiveram envolvidos são bastante altos.
2 acidentes por mês, numa frota que penso ser bastante reduzida, são, para mim, números altos.
Eles montaram um veiculo voador. Voou 10 metros e caiu. Eu nao acredito que alguma vez a humanidade possa ter veiculos voadores.
Testar em “ambiente de produção” nunca é uma boa prática, ainda por mais quando existe o risco de ceifar vidas.
Fico pelo software dos meus olhos e reflexos por enquanto.
Trata-se de uma questão de “cultura”. Nos EUA é típico querer mostrar serviço sem acautelar os interesses de terceiros. Lança-se o produto o mais depressa possível. É o “time to market”… Depois logo se vê! Foi o caso do 737 Max e do SW MCAS (mais de 300 mortos!) , é a Uber com o SW próprio de “confusão autónoma”.
O que os fabricantes querem com aos chamados veículos ” autónomos” numa primeira fase é eliminar o condutor e poder ter transportes pesados de mercadorias e de táxis aumentado significativamente as margens de lucro das empresas que os explorem (Uber, Amzon, etc). Mas também poderá haver interesse em aplicações militares (que ninguém refere). Basta pensar nos Drones de guerra para perceber que nem tudo o que é avanço tecnológico será desejável.
Na Europa temos a mania de importar quase tudo dos EUA, mas espero que essa “cultura” de usar as pessoas como cobaias em produtos ainda em fase de desenvolvimento não chegue cá.
Espero que na UE continuem com regras bem restritas no que toca a veículos auónomos.
Não é que eu não acredite ou não queira essa tecnologia, até porque tenho bastante curiosidade nela, mas o que não quero é veiculos autonomos a circular na rua que mal sabem como sair de um parque de estacionamento, que não “vêem” pessoas a atravessar a rua, que não entendem o inesperado e que não entendem a dinâmica de um veículo conduzido por pessoas – que cometem erros inesperados, que não respeitam as regras, que usam sinais visuais com as mãos para diversas ocasiões, etc.
Igual devem proibir as atualizações do Windows 10 que lançam todo mês sem testar antes.
tem tudo a ver…
Você é um génio!
+1 no outro dia a minha atualização do Windows matou uma família de 5.
Oa carros autonomos são autenticos tanques de guerra
o ser humano é demasiado imprevisivel e numca um carro eletrico ou autonomo o vai compreender
basta ver que hoje posso acordar bem e amanhã já não ter o mesmo humor
Por dinheiro algum, ponho os pés num carro sem condutor.
EU nao defendo a empresa, mas temos que ver isso nunca vai ser 100% perfeito, por causa das pessoa em si( exemplo claro quem hoje passa na passadeira ??) logo aqui se um maluco aparecer assim do nada na estrada mesmo que o software seja o melhor que há nunca vai conseguir evitar acidentes, por isso é o que digo para por na estrada carro desse primeiro temos que nos( pessoas) educarmos… esta é a minha opinião
“o condutor estava a ver o talent show The Voice e não prestou atenção à vítima que estava a atravessar a estrada.” — NICE!! PQP
Eu também gosto de conduzir, mas vocês esquecem-se que os aviões, helicópteros, etc, já tem piloto automático à anos e anos…
Digam o que disserem isto vai ser o futuro, tudo autónomo pois duvido que consigam ser segundos mais rápidos que um cpu, depois de tudo estar afinado!
não me digas que eles levantam voo e aterram sem o piloto? é tudo com o piloto automático!? alias, comparar transportes aéreos com terrestres, nada tem a ver….
Alguns modelos, sim, se for necessário. Não quer dizer que o façam. Mas que podem, isso podem.
Wikipedia: In aviation, “autoland” describes a system that fully automates the landing procedure of an aircraft’s flight, with the flight crew supervising the process. Such systems enable airliners to land in weather conditions that would otherwise be dangerous or impossible to operate in.
Não tem nada haver, por acaso até tem tudo haver…
A maior parte dos automóveis dos dias de hoje tem muita electrónica, que por vezes até foi desenvolvido para a aviação e vice-versa e que sem elas não tinhas por exemplo o ABS, ESP, GPS, etc, etc… Até o Turbo foi desenvolvido para a aviação!
Se achas que há poucos aviões e não se cruzam, vê isto: https://www.flightradar24.com/
No céu até há pessoas a atravessar de um lado para o outro no caminho dos aviões… E sinais de transito, cruzamentos…
Bela comparação essa! Sim senhor.
No ar tens segundos para reagir. Na estrada tens milésimos de segundo. O exemplo do avião é usado para mostrar a dificuldade da condução autónoma.
O titulo diz tudo… ainda me falam dos carros autonomos… é como os carros electricos… ainda têm muuuuuuuuuitos anos para progredir… e é se chegarem ao ponto de não haver problemas.
A UBER faz-me lembrar um certo clube tecnicamente falido e sem qualquer futuro em vista a que os bancos oferecem perdões de milhões na expectativa de ver algum lucro.
A verdade é que a UBER com os milhares de milhões de prejuízo que continua a acumular já nem devia de existir.
+1
Estava lá uma pessoa para prevenir em caso de falha. Ela estava distraída, como se pode dizer que o software tinha falhas, se era isso mesmo que andavam a testar? Volto a dizer a pessoa estava lá para colmatar essas falhas.
Pelo que vou vendo, também andam por aí muitos condutores humanos com falhas no software.