Por segurança, a Microsoft proíbe que os seus funcionários usem a IA da DeepSeek
A Microsoft endurece a sua postura contra o DeepSeek. A gigante americana proibiu os seus funcionários de utilizarem inteligência artificial chinesa, alegando riscos para a privacidade dos dados.
Esta empresa tomou medidas enérgicas contra o DeepSeek, a IA generativa chinesa que se apresenta como uma alternativa ao ChatGPT. Durante uma audiência no Senado dos Estados Unidos, Brad Smith, vice-presidente corporativo e presidente da Microsoft, revelou que os funcionários da empresa não tinham permissão para utilizar o chatbot.
O executivo esclareceu que o DeepSeek também não está disponível na loja de aplicações da empresa, a Microsoft Store. Para justificar a proibição, Smith aponta os riscos dos dados. Não é de estranhar que a Microsoft tema que as informações partilhadas com o DeepSeek acabem por ficar armazenadas em servidores na China.
Se os funcionários da Microsoft utilizassem IA chinesa, os dados da empresa, incluindo informações confidenciais, poderiam acabar nas mãos da DeepSeek-Vision. Além disso, a Microsoft teme que as respostas da IA possam ser influenciadas pela propaganda do Partido Comunista Chinês. Não é de estranhar que o DeepSeek censure determinados temas.
Desde o seu surgimento, em janeiro passado, o DeepSeek tem gerado preocupações sobre a privacidade e a confidencialidade. Os termos de serviço da IA chinesa afirmam claramente que recolhe informações. O DeepSeek admite abertamente recolher dados pessoais dos utilizadores que interagem com ele.
Apesar dos potenciais perigos do DeepSeek, a Microsoft não hesitou em oferecer o modelo DeepSeek-R1 aos clientes do Azure. Os programadores podem utilizar o poder de computação do cluster para executar o modelo de IA.Por outro lado, teoricamente ainda é possível que a propaganda chinesa influencie as respostas da IA genérica, mesmo que os servidores que executam o modelo não estejam localizados na China.
O DeepSeek será provavelmente banido completamente nos Estados Unidos. A administração Trump considera banir a inteligência artificial chinesa dos dispositivos governamentais e banir a aplicação da Play Store e da App Store. Outras nações já tomaram medidas restritivas contra a IA chinesa. É o caso da Coreia do Sul, que baniu o DeepSeek de todas as lojas de aplicações, ou da Austrália, que baniu o DeepSeek de todos os sistemas governamentais.
Eu conheço é empresas, dos EUA, que, por razões de segurança, quando encomendam o desenvolvimento de aplicações informáticas específicas para si, exigem que não seja usada IA, o que deixa os programadores bastante chateados (e não é certo que não a usem à sorrelfa).
O que os programadores com quem tenho falado o que me dizem é, exceto quando estão proibidos, recorrem à IA para o desenvolvimento do código, o reveem – e frequentemente ficam surpreendidos por boas soluções que a IA encontra, e que nunca lhes ia ocorrer.
Quer se queira quer não se queira, quem cria as diferentes IAs é o homem, técnicos altamente qualificados.
Os técnicos vivem em países organizados pela Política e com Segurança; A menos que vivam em anarquias…
Logo, para simplificar, a Política e a Segurança são condicionantes que balizam e moldam os algoritmos de IA.
Não há volta a dar… a não ser… que a própria IA tenha capacidade de se autonomizar, de se emancipar da IN (Inteligência Natural) que a criou e assumir o seu próprio rumo e destino…
Mas estamos ainda longe dessa “autonomização”, se é que ela alguma vez irá acontecer…