Dirty Pipe: A nova falha grave de segurança do Linux que também afeta o Android 12
Os últimos tempos mostram que os sistemas Linux estão mais vulneráveis que o esperado. As falhas de segurança têm surgido e deixado os utilizadores expostos a ataques simples de implementar.
O Dirty Pipe, uma nova falha grave de segurança do Linux, surgiu agora e volta a deixar estes sistemas vulneráveis. A preocupação maior é que este problema de segurança vai mais longe e afeta também o Android e os smartphones onde este corre.
A nova falha do Linux está num dos seus componentes centrais e que faz a gestão deste sistema. Falamos do kernel, que na sua versão 5.8 e posteriores tem o Dirty Pipe presente e pronto a ser explorado. Este não se fica pelos PCs e vai mais longe, afetando também o próprio Android, em especial a versão 12.
Responsável pela comunicação entre os diversos módulos do Linux, o kernel acabou por ficar exposto. A falha está nos pipes (canais) de comunicação, que têm uma vulnerabilidade encontrada no final de 2021, mas que demorou vários meses a ser confirmada e a criar uma prova de conceito.
Marcado como CVE-2022-0847, permite que utilizadores sem privilégios possa explorar a falha de segurança para alterar ficheiros de outros. Isso leva a que este utilizador possa alterar várias permissões e interagir com processos SUID (Set User ID), conseguindo assim acesso root.
Com este acesso garantido, o atacante consegue mudar o sistema, acabando por colocá-lo face a alterações de configuração de segurança. Falamos de alterar passwords, abrir portos ou backdoors no Linux ou até aceder a dados e configurações que apenas o utilizador root teria acesso.
No caso do Android, esta falha chega pela partilha do kernel Linux no sistema da Google. Os princípios são os mesmos e até a forma de explorar usa os mesmos princípios. A forma de evitar é cm as atualizações ou, pelo menos até estas chegarem, evitar a utilização de apps fora da Play Store e que possam parecer suspeitas.
As várias distribuições Linux estão já a reagir e a resolver o problema do Dirty Pipe. Estas chegam através das normais atualizações, agora focadas em mitigar esta falha de segurança, impedindo que possa ser explorada.
Este artigo tem mais de um ano
@Pedro
“demorou vários meses a ser provada”
2022-02-19: file corruption problem identified as Linux kernel bug
…
2022-03-07: public disclosure
Não chegou a um mês
O facto de “demorar vários meses a ser provada” é em relação ao ser aberto um ticket “2021-04-29: first support ticket about file corruption” e o ser provado que era uma falha no kernel quase 10 meses depois.
No entanto o provar a falha e criar uma correcção demorou cerca de 2 dias para fazer o merge no kernel linux e android, e em cerca de 5 dias a notificar as distros linux.
vou assumir que o artigo se estava a referir a estas duas datas:
2021-04-29: first support ticket about file corruption
2022-02-19: file corruption problem identified as Linux kernel bug, which turned out to be an exploitable vulnerability
e essas sim demoram meses
Eu percebo isso, mas efectivamente não estava ainda encontrada uma falha de segurança, era um simples bug que possivelmente nem seria no kernel, e portanto, nem sequer se estava a tentar provar que ela existia.
A atualização já saiu ontem.
Correção
Saiu no dia 8/03/2022
Como p @Pedro Simões nao dixou o link de relevancia, aqui fica:
github.com/imfiver/
Alem do script em bash, tem tbm outras “ferramentas” interessantes no seu github.
Falha corrigida. Next. E o bom que o linux tem. As empresas nao entram muito em prejuizo.
Deixo aqui um comando para saberem a versão do kernel que têm.
dmesg | greo Linux
Este comando não necessita de root.
tem dias que nao precisa de root
mas o ‘uname -a’ e capaz de não precisar
O “uname”, “cat” e “hostnamectl” não mostram tudo sobre a versão do kernel ou seja ocultam “.118”. No meu caso só consegui ver o “.118” com o “dmeg | grep Linux” 🙂
Uma pequena correcção:
dmesg | grep Linux
Às vezes o dedo foge.
pois neste caso foi 🙁
O problema está já resolvido com a atualização do kernel Linux 5.16.11
Fake news.
Só o Windows é que tem vulnerabilidades graves, o Linux não.
O problema encontra-se sempre entre o ecrã e a parte de trás da cadeira.
* modo irónico terminado *
Essa do ecrã e da cadeira aplica-se entre todos OS. Mas ao contrário do Windows, que demorou mais de 4 meses de volta da falha das impressoras, o Linux é rápido a resolver as falhas.