Trabalhadores da Amazon votaram a favor de um sindicato
Os trabalhadores da Amazon, em Nova Iorque, votaram a favor de um sindicato! Esta conquista representa uma vitória histórica para a mão de obra de uma das maiores empresas a nível mundial.
Um antigo trabalhador espera que esta votação motive outros trabalhadores a reforçarem as suas iniciativas.
A Amazon foi muitas vezes alvo de acusações relativamente às condições de trabalho e ao ambiente que os trabalhadores viviam dentro da empresa. Se há cerca de um ano estes votaram contra uma sindicalização, agora, parece que começarão a estar protegidos.
Na sexta-feira, dia 1 de abril, os trabalhadores da Amazon em Staten Island, Nova Iorque, votaram a favor da sindicalização da sua atividade. Este é, então, um esforço histórico no trajeto que a empresa tem vindo a percorrer.
A votação garantiu que o Amazon Labor Union (em português, Sindicatos dos Trabalhadores da Amazon) obtivesse uma vitória com 2.654 votos - cerca de 55%. Por outro lado, e de acordo com o National Labor Relations Board (NLRB), supervisor do processo, 2.131 trabalhadores- cerca de 45% - rejeitaram a proposta.
Além disso, os 67 votos postos em causa pela Amazon não foram suficientes para influenciar a vitória pelo sindicato. De acordo com os funcionários federais, os resultados da contagem dos votos só serão verificados quando ambas as partes apresentarem as objeções que entenderem necessárias. Para isto, têm até ao dia 8 de abril.
De acordo com a BBC News, a vitória foi uma batalha difícil, na medida em que foi levada a cabo por um grupo independente formado por antigos e atuais trabalhadores que não possuíam o apoio oficial de um sindicato estabelecido. Por esta razão, foram muitas vezes superados e derrotados pela Amazon.
Esperançoso, Chris Smalls, um antigo trabalhador que se viu despedido da Amazon, espera que o sucesso da votação relativamente a um sindicato em Nova Iorque possa incentivar os trabalhadores de outras instalações da Amazon a começarem ou reforçarem as suas próprias iniciativas, por forma a garantirem proteção e apoio.
Estamos desapontados com o resultado das eleições em Staten Island, porque acreditamos que ter uma relação direta com a empresa é o melhor para os nossos empregados. Estamos a avaliar as nossas opções, incluindo apresentar objeções com base na influência inadequada e indevida do NLRB que nós e outros (incluindo a National Retail Federation e a Chamber of Commerce dos EUA) testemunhámos nesta eleição.
Disse a Amazon numa declaração, após a votação.
Conforme revelou a assessora de imprensa da Casa Branca, o “presidente ficou satisfeito por ver os trabalhadores garantir que as suas vozes são ouvidas no que diz respeito a decisões importantes no local de trabalho”. Mais do que isso, afirmou que ele “acredita firmemente que cada trabalhador em cada estado deve ter uma escolha livre e justa para aderir a um sindicato e o direito de negociar coletivamente com o seu empregador”.
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As vozes dos trabalhadores não têm de ser ouvidas pelas administração.
Infelizmente lá nos EUA, não dá para simplesmente despedir trabalhadores sindicalizados, os comunas não deixam… é liberdade, mas só se interessar ao governo.
O único alento é que as administrações podem simplesmente ignorar qualquer conversa com os sindicatos. Não se podem ver livres deles, mas também não têm de os aturar. O problema vai ser despedi-los quando começarem com as habituais exigências, tipo ter tempo para ir ao WC e outras idiotices dessas, que obviamente nenhuma máquina gestora pode aceitar… o equipamento humano entra às 10h e sai às 18h, e é para trabalhar as 8 horas seguidas sempre a dar o máximo rendimento… menos que isso o equipamento tem de ser substituído.
É preciso lembrar que a fuga em larga escala das fábricas aconteceu um pouco por todo o lado porque os trabalhadores passavam a vida a arranjar problemas aos patrões com as suas exigências, e estes (os que puderam), fizeram o pirete aos trabalhadores e mudaram as fábricas para países sem liberdade ou com poucas liberdades… e os que ficaram começaram a automatizar tudo ao máximo, para não terem de lidar com pessoas e suas exigências.
Rico patrão que temos aqui.
Brincalhão.
Calado eras um poeta…
Bem, há aqui pessoal que não entende sarcasmo
Vamos ver como vai correr… Pode ser que os sindicatos lá sejam melhores que os nossos…
A mentalidade da maioria dos patroes e igual em todo o mundo.