Spyware que atacou o WhatsApp agora rouba dados do Facebook, Google e iCloud
O negócio invisível do acesso ilícito aos dados está em constante mudança. As empresas visadas defendem-se das falhas existentes e os atacantes procuram novos pontos de ataque.
Depois de termos visto o WhatsApp ser atacado de forma única, a NSO Group, a empresa que o conseguiu tem uma novidade. Agora consegue também roubar dados do Facebook, Google e iCloud.
Problema antigo que a NSO Group traz de novo ao mercado
Foi com o Pegasus que a NSO Group chegou à ribalta e ficou conhecido. Este malware atacava o WhatsApp e por ai era instalado nos muitos smartphones onde esteve presente. Esta falha era aproveitada há já algum tempo, mas esperava-se que estivesse resolvida.
Desta vez o Pegasus vai mais longe e sabe-se que consegue roubar dados das muitas clouds onde o utilizador tem conta. Do que é descrito, consegue principalmente roubar dados de serviços como o Facebook, Google e iCloud. O processo é similar, mas tem agora um alcance ainda maior.
O Pegasus ataca o Facebook, Google e iCloud
Depois de instalado, o Pegasus trata de cimentar a sua posição e garantir o acesso aos dados prometidos. Os dados de autenticação são rapidamente copiados para um servidor remoto, onde o processo de roubo de dados vai ser realizado.
Este servidor vai simular o telefone atacado e apresentar-se ao serviço. Este confia nos dados presentes e envia toda a informação pretendida para o atacante. Para completar o círculo, os dados são depois enviados para o smartphone, onde não é percebido o ataque.
Your regular reminder that NSO is owned by a UK private equity firm and that its acquisition was underwritten by US and European investment banks https://t.co/Qoz7DNSImj
— Robert Smith (@BondHack) July 19, 2019
Ainda não se conhece o alcance deste problema
Não é possível por agora quantificar o volume deste ataque, mas sabe-se que a NSO Group usa-o apenas como parte do seu serviço para países e agências de informação. Há confirmação que este serviço está a ser oferecido a vários países como parte do catálogo da empresa Israelita.
Os serviços visados alertaram já que estão a investigar esta quebra de segurança. Podem em breve corrigir esta falha, deixando a NSO Group sem acesso. Esta empresa também já revelou, contudo, que não irá usar este sistema para vigilância global.
Este artigo tem mais de um ano
Fonte: Financial Times
Há uma regra de ouro, que deve ser sempre, mas sempre, cumprida… Todos os dados guardados na cloud devem ser previamente encriptados.
Eu encripto tudo com pgp antes de fazer o upload.
Até fotos do cão vão encriptadas.
Se por acaso alguém lá for buscar, boa sorte em aceder aos ficheiros.
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