“Ganhámos a guerra contra as disquetes”: Japão declara vitória à modernização. Falta o fax…
Em matéria burocrática, o Japão não está na vanguarda. Por isso, 20 anos após o apogeu das disquetes (lembra-se delas?), o país declara vitória, rumo à modernização dos seus sistemas.
Numa decisão que peca por tardia, por já não ser uma ferramenta eficiente, o Governo do Japão eliminou a utilização de disquetes em todos os seus sistemas. Esta decisão era altamente aguardada por aqueles que têm exercido esforços pela modernização da burocracia.
Ganhámos a guerra contra as disquetes a 28 de junho!
Disse Taro Kono, ministro da Digitalização, que tem apelado ao fim dos aparelhos de fax e de outras tecnologias obsoletas, que ainda sustentam a atividade do Governo do Japão.
Conforme recordado pela Reuters, em meados do mês passado, a Agência Digital havia eliminado todos os 1034 regulamentos que regiam a sua utilização, com exceção de uma norma ambiental relacionada com a reciclagem.
Japão não está a facilitar a modernização digital
A Agência Digital foi criada durante a pandemia de COVID-19, em 2021, quando uma corrida para lançar testes e vacinação em todo o país revelou que o governo ainda dependia de arquivos em papel e tecnologia desatualizada.
Após dirigir, anteriormente, os ministérios da Defesa e dos Negócios Estrangeiros, orientar a implantação da vacina contra a COVID-19 e falhar a tentativa de se tornar primeiro-ministro do Japão, Taro Kono assumiu a pasta de ministro da Digitalização em 2022.
Nessa altura, conforme vimos, após perceber a bolha obsoleta em que os serviços administrativos do Japão ainda operavam, Taro Kono "declarou guerra" às disquetes.
Digital Minister declares a war on floppy discs. There are about 1900 government procedures that requires business community to use discs, i. e. floppy disc, CD, MD, etc to submit applications and other forms. Digital Agency is to change those regulations so you can use online.
— KONO Taro (@konotaromp) August 31, 2022
Apesar desta batalha bem-sucedida, as investidas para modernizar o país têm, contudo, encontrado obstáculos.
Por exemplo, segundo a Reuters, uma aplicação de rastreio de contactos fracassou durante a pandemia e a adoção do cartão de identificação digital My Number do governo tem sido mais lenta do que se esperava, devido a repetidos problemas com os dados.
Nos por cá ainda se usa CDROM para entrega dos resultados de exames médicos…
usa? eu recebo por email com area de reprodução e área de download, partilhavel com qualquer medico
Sim também há esses casos, felizmente tem vindo a ser mais frequentes mas isso acaba por ser outro problema quando queres mostrar a outro médico que é menos tecnológico.
Já nem falo dos pacientes mais seniores que não sabem lidar com esses resultados de exames on-line…
Não é fácil encontrar um meio te4mo que agrade a todos.
Suporte fisico sempre.
O que anda na “cloud” é para burros que dão o que é deles a companhias de software.
Já chega os telemóveis que ilegalmente ouvem e guardam tudo o wue fazemos
tens telemóvel?
A sorte é que dá para comentar sem ter dispositivos electronicos ou ligacao á internet. Todas as mensagens sao enviadas por carta só e somente
Tenho mas não uso. Ainda gravo CD-RWs em formato áudio para usar no auto-radio do carro e cassetes de áudio ainda tenho umas quantas, algumas delas ainda seladas… 😉