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Austrália: Facebook e Google obrigados a pagar conteúdos jornalísticos

                                    
                                

Este artigo tem mais de um ano


Autor: Pedro Pinto


  1. Euéquesei says:

    Duas perguntas, imaginemos que o facebook e a Google pura e simplesmente deixavam de publicar notícias com origem nos media australianos, por não concordarem com a lei.
    O que poderia acontecer?
    Simples, ficavam sem notícias quem usa estas plataformas para as ler, até arranjarem outra alternativa, e ficariam os media australianos com muito menos expansão no mercado.
    Segundo, se os media australianos forem tão independentes como os nossos, nem um dólar merecem.

    • RCS says:

      Muito simples, pelo google as pessoas passavam a ir diretamente aos sites das notícias.
      Em relação ao facebook, tornava-se claro que as notícias disponibilizadas pelo facebook seriam de fontes pouco credíveis, logo as pessoas teriam de ir aos site ou apps oficiais.

    • eurodoid says:

      as leis podem obrigar as empresas a negociar quer concordem com a lei ou não! Se não cumprirem poderiam ser sancionadas, e ser vistas como práticas monopolistas… pelo menos foi esse o aviso que na França já deixaram para a nova lei que têm!

      • Joao Ptt says:

        Os Estados podem obrigar as empresas dentro do seu território, não no território de terceiros (embora alguns tentem).
        Dito isto, provavelmente além de imoral deverá ser inconstitucional até mesmo lá (espero) forçar uma empresa privada a ter de pagar a terceiros se não quiser fazer uso dos serviços/ recursos desses terceiros a partir do momento em que tal Estado obriga a que a dita empresa de rede social tenha de pagar a bem ou a mal pela sua utilização.

        Pessoalmente acho que se as redes sociais utilizam (ou melhor: deixam os utilizadores utilizarem) e as empresas fonte querem receber dinheiro por essa utilização sou favorável a que quem usar na sua plataforma tenha de pagar, agora se quem usa não quer pagar e prefere deixar de utilizar os serviços/ recursos de terceiros também deve ter esse direito.

        Mas o Estado Australiano é mesmo mais uma nódoa da humanidade ao qual não desejo nada de positivo de tão maus que são… ao mesmo baixíssimo nível de muitos outros Estados víboras que proliferam por todo o planeta.

        Se os serviços noticiosos por lá não se safam é porque devem estar a prestar um serviço tão mau como nos outros países, onde a qualidade e a verdade são na sua maioria uma ilusão… não podem andar a destruir vidas umas atrás das outras com as suas falsidades e pensarem que se safam para sempre. Existirão excepções de boa qualidade? Claro, mas não serão é a norma.

        • eurodoid says:

          Ninguém aqui falou nos Estados Unidos nem ninguém falou em obrigar noutros territórios.
          Estas empresas já estão a fazer uso dos conteúdos dos meios de comunicação, sem pagar, sendo que têm uma posição dominante no mercado! Passar a boicotar esses conteúdos pode ser entendido como abuso de posição para evitar pagar pelo uso que já fazem. Esses conteúdos não valem zero, têm valor, e empresas como a Google e Facebook ganham dinheiro ao mostrar esses conteúdos… agora faz as contas!

          • Joao Ptt says:

            Mas a questão não é abuso de posição dominante, a questão é só se o Estado obrigar as redes sociais a pagar para permitir a utilização de links para web sites de jornais/ notícias, ou de aparece os mini resumos do conteúdo… mas ao mesmo tempo a rede social não puder remover qualquer ligação a esses web sites, não li a lei, mas parece-me óbvio que o que virá lá escrito é que se fizerem uso de conteúdo de jornais terão de pagar, mas se não fizerem os jornais não estão a perder valor económico, nem a própria rede social e assim todos ficam contentes.

            As pessoas deixam de ver conteúdos noticiosos do país nas redes sociais, e utilizam para só falar uns com os outros e falar sobre outros assunto, ou até mesmo sobre notícias mas sem as fontes… parece-me bem, e do lado dos jornais não veem os malandros das redes sociais furtar-lhes conteúdos, e se quiserem usufruir então que paguem… e as pessoas interessadas que vão lá directamente ao web site, ou usem portais que respeitem o trabalho jornalístico pagando por ele.

  2. B@rão Vermelho says:

    Eu como não utilizo o FB, não sei bem como funciona as noticias, mas se reencaminhar para página do autor, não vejo em que que os autores de noticias estão a perder, agora se poder a noticia ser lida dentro do FB, sem ir para a referida página do autor, ai sim acho que têm de parar pelas noticias.
    Mais uma vez repito que não sei bem como funciona no FB, só utilizo o FB quando estou a viajar e para dizer que está tudo bem, é este o meu nível de conhecimento do FB.

  3. RJ45 says:

    O free vai ficar muito caro…Então a Internet não é gratuita, por assim dizer, voltem ao jornal de papel.

  4. Jonas says:

    Tenho uma duvida quanto a isto: se eu “postar” um link para uma noticia no facebook, o facebook terá de pagar? Ou seja, ajuda a visibilidade da fonte e paga por isso?

    Se eu manter um “site”/app agregador tipo flipboard também terei de pagar para aceder a notícias?
    O pplware ao noticiar algo com origem num Publico/JN da vida, terá de pagar?

    Percebem a “caixa de pandora” que se está a abrir?

    • Mapril says:

      Não há caixa de pandora nenhuma. Se o Pplware transcrever um notícia do Publico (como exemplifica), está a violar a lei de copyright. Ponto Final. Quanto aos feeds de noticias dos Googles e dos Facebookes: é obvio que estão a beneficiar GRATUITAMENTE do trabalho e do esforço dos médias tradicionais. Boa, Austrália!

      • Vítor M. says:

        Não, o que fazemos é citar uma fonte. O Pplware não viola leis.

        • Mapril says:

          Eu sei que o Pplware não viola leis, desculpem se não fui claro. Eu simplesmente transcrevi uma frase do Jonas, a título de exemplo.

          • Jonas says:

            Obviamente que as fontes TTÊM de ser sempre mencionadas.
            Mas em todo lado lê-se blogs e sites que citam sites noticiosos (que por sua vez ciam Lusa/Reuters et…)
            A Google e outros fazem isso de forma mais automatica e simples, citando sempre as fontes. Se eles pagarem por isso, o que irá acontecer a outros que o fazem igual?

  5. Gondzilla says:

    Onde é que já vi isto antes? Napster, com a indústria da música, video-clubes e VOD, com a indústria dos filmes, chegou a vez da imprensa. Mais uma vez, parece-me que os modelos de negócio desactualizados de mais uma indústria estão a ser ultrapassados pelas novas tecnologias, e mais uma vez, vamos lá castigar esses novos papões tecnológicos.

    • PML says:

      Valorizo mais a imprensa que investiga e cria conteúdos independentes, do que o FB que serve para espalhar qq tipo de “notícia”. Os jornais precisam de dinheiro para que possam dar continuidade ao seu trabalho e pagar a jornalistas. O FC aliementa-se a si próprio com o que qq um lá escreve e tira partido de conteúdos de terceiros sem lhes pagar. Pior, não controla a veracidade das notícias e se forem falssas nada lhe acontece. O mesmo não se passa com um jornal que pode ser processado por escrever falsidades. Portanto, são realizades diferentes e uma claramente deve ser suportada por todos nós. É o “preço” da democracia que vale mais do que qq rede social.

    • Mapril says:

      Já irrita ver tanto comentário contra a impressa tradicional. Óh gentes, não vedes que os Facebooks e Googles desta vida, ao publicarem as notícias criadas por outros (sem pagar) são como sanguessugas, parasitas que vivem à custa do trabalho alheio?

  6. Tiago says:

    Mas o FB publica notícias ? A sério ???

  7. falcaobranco says:

    Mais uma coisa que temos que aprender com a australia… a outra, é a pandemia, e como eles estão a trabalhar com ela… temos mesmo que aprender com aqueles países…

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