Apps da FIFA World Cup no Qatar suscitam preocupações sobre privacidade dos dados
O FIFA World Cup, no Qatar, está a aproximar-se e tem escolhido caminhos que o tornam no mais polémico até à data. A par do muito que já aconteceu à volta da organização da competição, também as aplicações associadas a ela estão a suscitar preocupações.
Os especialistas estão receosos devido à privacidade dos dados dos utilizadores.
A privacidade dos dados dos utilizadores é uma questão que tem acompanhado muitas aplicações e plataformas, pela falta de transparência relativamente à sua utilização. A par de toda a polémica em torno do FIFA World Cup deste ano, no Qatar, este problema levanta-se também.
Desde o anúncio que deu conta que o Qatar iria receber o FIFA World Cup, em 2022, a competição tem estado envolvida em sucessivas polémicas. A acontecer entre os dias 20 de novembro e 18 de dezembro, este Mundial de inverno já levantou questões relativas à legitimidade da escolha do Qatar para anfitrião, a direitos humanos, em várias das suas frentes, a segurança, entre outras.
Num mundo cada vez mais envolvido em tecnologia, o Mundial está também a levantar questões relativamente aos dados dos utilizadores que as aplicações da competição recolhem. Isto, depois de as empresas envolvidas terem alertado para o risco acrescido de cibercrimes.
Aplicações suscitam preocupações relacionadas com a privacidade
Aqueles que se deslocarem até ao Qatar e aos estádios para assistir ao FIFA World Cup precisam de duas aplicações: a Ehteraz, um sistema de localização COVID-19; e a Hayya, uma aplicação utilizada para permitir a entrada dos adeptos no recinto do estádio, a visualização dos horários, e o transporte público gratuito.
Por isto, e depois de analisarem as permissões de ambas as aplicações, várias agências de segurança digital alertaram os utilizadores devido a preocupações com a sua privacidade.
Utilizado em todo o país antes dos jogos, Ehteraz pede aos utilizadores que permitam o acesso remoto a imagens e vídeos, façam chamadas, e leiam ou modifiquem os dados do dispositivo. Por sua vez, as permissões da Hayya incluem acesso total à rede e acesso a dados pessoais. Além disto, as duas apps rastreiam a localização dos utilizadores.
FIFA World Cup polémico
O movimento "Boycott Qatar" continua a crescer à medida que as coligações globais apelam aos adeptos e aos países para boicotar os jogos, citando uma lavagem das violações dos direitos humanos.
Conforme denota o Mashable, a competição deste ano está a fazer história como a primeira a ser realizada no Médio Oriente e a primeira a acontecer durante o inverno. Contudo, as preocupações políticas, sociais e tecnológicas dos jogos podem “revelar-se mais dignas de notícia do que quaisquer jogos controversos, vitórias de desfavorecidos, ou sucessos regionais”.
Este artigo tem mais de um ano
vai ser um barrete
Já deve ser a 4 tentativa de boicote de um mundial, nunca tiveram sucesso… não há de ser desta.
E toda gente sabe que a FIFA é corruptacao, lavagem de imagem, politiquices…
Mas no fim toda gente come com o barrete, é mais uma vez somos todos marionetes
Não pode ser só um barrete, assim não chega para levar os milhões de €€€ que colocam ao bolso para atribuir ao Qatar a organização
A maior parte das pessoas que conheço consegue identificar o mérito da democracia, do respeito pelos direitos humanos, do combate à corrupção, da racionalização da mobilidade e dos combustíveis.
Se alguma destas pessoas se meter num avião, para ir ver jogos de futebol, em estádios construídos por escravos, e instalar apps que oferecem de bandeja toda a sua privacidade pssoal a um regime de escroques, vou ter também eu um problema. Porque vou ter que lhes oferecer o prémio das Grandes Orelhas de Burro.