A internet está a “desaparecer”. Mas há quem lute por preservar a história digital
Os números são claros: 38% das páginas de internet publicadas até 2013 já desapareceram. O mesmo aconteceu com 25% das que foram publicadas na última década. A corrida para preservar este histórico digital está em curso, mas não é fácil.
É um comum dizer-se que a velocidade a que tudo se move na internet é avassaladora. Também é normal afirmar-se que uma vez na net, para sempre na net. Afinal, parece que não é bem assim. Muitas páginas que talvez muita gente acedeu vezes sem conta estão a desaparecer sem deixar grande pegada digital.
Por isso, as plataformas de arquivamento digital estão a enfrentar uma corrida contra o tempo para salvar a vasta quantidade de informação que desaparece da internet a cada ano. É que uma investigação recente revela que 25% das páginas web publicadas entre 2013 e 2023 já desapareceram.
A Internet Archive, uma organização sem fins lucrativos, tem desempenhado um papel vital neste esforço, com o objetivo de preservar uma vasta gama de conteúdos digitais. Fundada em 1996, já arquivou mais de 866 mil milhões de páginas web, bem como livros, vídeos e outros materiais culturais.
Mas a verdade é que a história digital da humanidade está em risco devido à fragilidade da internet. Ao contrário de artefactos físicos como manuscritos antigos ou livros históricos, o conteúdo online é mais efémero.
Empresas fecham, websites são descontinuados, e informação importante desaparece num ciclo constante. Este problema é mais visível com o passar do tempo, sendo que 38% das páginas web que existiam em 2013 já não estão acessíveis.
Problema estende-se aos governos
Mesmo as instituições governamentais não estão imunes a este fenómeno. O estudo mostra que uma em cada cinco páginas web de governos contém ligações quebradas, o que compromete a integridade das informações que deveriam ser preservadas para futuras gerações.
Mais de metade dos artigos da Wikipédia também enfrentam este problema, o que significa que as fontes citadas podem deixar de estar disponíveis para consulta.
No entanto, o esforço de arquivamento enfrenta desafios significativos. As organizações que pugnam pela preservação desta história digital estão sujeitas a problemas financeiros, ataques cibernéticos, e batalhas legais, especialmente com empresas que não querem que as suas criações intelectuais sejam armazenadas gratuitamente.
A Internet Archive, por exemplo, utiliza o seu projeto Wayback Machine para capturar múltiplas versões de uma página ao longo do tempo, permitindo que o público aceda a versões anteriores de websites, muitas vezes gratuitos.
Além da Internet Archive, outras organizações, como a Biblioteca do Congresso dos EUA, têm os seus próprios projetos de arquivamento, preservando websites governamentais e notícias. Também há esforços específicos em certas regiões, como no Reino Unido, onde o UK Web Archive captura uma imagem da internet britânica anualmente.
Com o rápido avanço da tecnologia, a maior parte da nossa vida social, cultural e intelectual migrou para o espaço virtual.
É por isso que manter um registo digital do nosso tempo é fundamental para que futuras gerações compreendam a era em que vivemos, tal como hoje estudamos documentos históricos.
Apps, redes sociais, IA estão a ficar cada vez mais com a maioria do tráfego da internet, a velha página de internet cada vez tem menos adeptos é essa a realidade dos números.
Chama se evolucao. Também ha dezenas de sites que copiam ou traduzem e dizem o mesmo como este. As redes sociais sao a internet e ainda bem, os nerds so tem de as programar não tem amigos para as usar. Fui
Na minha opinião a internet está a perder interesse devido ao controlo das BigTech e também UE.
Só servirá para serviços e comunicação no futuro.
A internet está repleta de lixo. Hoje mais do que nunca. Imaginem como estará os servidores das plataformas de redes sociais e de vídeos daqui 30…40 anos. Com os ditos “produtores de conteúdos digitais” a produzires conteúdos cada vez mais irrelevantes para a sociedade poduzidos “toneladas” de vídeos diariamente. Demandando uma estrutura física cada vez maior. Poderiam abordar mais sobre este tema.
Como utilizadora da Internet desde 1994, posso afirmar que nada é como era antes. Muito, mas muito pior nos dias de hoje. Ou seja, a Internet era das pessoas, “agora” é das empresas (poucas). A censura na Internet atual está a níveis nunca antes vistos, as BigTech dominam praticamente todo o conteúdo que vemos e controlam/vigiam praticamente (quase) todo o nosso rasto digital. As BigTech e os governos (todos) ajudam-se mutuamente para combater e calar quem têm opiniões divergentes da narrativa oficial… Está em marcha uma tentativa oculta de uma vasta equipa em apagar a História. A História antes da Internet, e a História do que se escreveu na Internet. O geoblocking foi a pior funcionalidade alguma vês inventada e colocada em prática. As técnicas de manipulação do Ser Humano são hoje usadas de tal forma, que nem nós nos damos conta que estamos a ser manipulados. Estamos na Internet, tal como uma criança de 5 anos que quando chega à caixa do supermercado se vê manipulada (sem saber), com os chocolates que estão junto à caixa de pagamento. As Apps e redes sociais estão pensadas para nos viciar, por isso, conquistam naturalmente mais tráfego. Admitindo estar errada, penso que a poluição mental das e nas redes sociais é um cancro que se vai alastrar e fazer muitos estragos psicológicos a que as utiliza. A produção de conteúdos é cada vez menos humana e de menor qualidade. Disso, não tenho dúvidas. A começar pelas fotografias de perfil e outras, que são alteradas com filtros para se parecer o que não se é, passando pelas vidas sempre “cor de rosa” nas redes sociais, até chegarmos à criação de conteúdos com a AI, confesso que a qualidade do que veremos futuramente na Internet não será melhor do que era antes de aparecerem as GAFAM. Quando os resultados das nossas pesquisas na Internet são manipulados e o seu número é limitado, isto deveria ser um sinal de alarme para nós próprios e pensarmos que algo não bate certo.
Concordo plenamente, cada vez mais, temos “seres não pensantes”, mas é disto e é isto que os Estados querem “Atrofiados Mentalmente”.
“A escravidão começa quando você não tem liberdade de pensar e tudo começa com o pensamento, por isso pense muito bem antes de pensar. Pensar é difícil, por isso que a maioria das pessoas começa a julgar”
Maldito copy /paste que por vezes falha.
“A escravidão começa quando você não tem liberdade de pensar e tudo começa com o pensamento, por isso pense muito bem antes de pensar. Pensar é difícil, por isso que a maioria das pessoas começa a julgar, mas é no pensamento que você começa a vencer.”
Bom post.
+1000
O charlatão Musk já apagou vários posts de promessas que fez há quase uma década. A sorte dele é que os fãs da Tesla têm memoria de periquito.
Quem te dera teres 0.1% da inteligência do Musk. Sempre a chorar estes garotos!
Tenho 0.1%^10
Estas gerações nem gravuras nas rochas vão deixar.
Arquivo.pt é um serviço público do estado Português que preserva milhões de ficheiros recolhidos da web desde a década de 1990 e disponibiliza um serviço público de pesquisa sobre esta informação
Seria muito mais interessante abordar no Artigo o Arquivo.pt do que Internet Archive.