Vodafone quer recrutar mulheres em interrupção de carreira
Ao longo dos próximos três anos, o Grupo Vodafone vai levar a cabo uma iniciativa à escala global com o objetivo de aumentar as oportunidades laborais para as mulheres.
O programa Vodafone ReConnect pretende atrair mulheres qualificadas que, após um longo período de pausa na carreira (na maior parte dos casos para formar família), enfrentam dificuldades em regressar ao mercado de trabalho.
O programa Vodafone ReConnect vai ser implementado nos 26 países onde a Vodafone opera, complementando outras iniciativas globais dedicadas ao encorajamento e apoio das mulheres no local de trabalho, nomeadamente a melhoria das condições associadas à licença de maternidade nos países onde esta prática não existe ou é insuficiente.
O programa ReConnect inclui:
- Divulgação de oportunidades de emprego e ações de sensibilização direcionadas para mulheres em interrupção de carreira;
- Programas de formação criados para atualizar e reforçar competências profissionais, ajudando estas mulheres a prepararem-se para o regresso ao trabalho;
- Criação de condições de trabalho mais flexíveis, como trabalhar a partir de casa, ou possibilidade de regressar ao trabalho de forma faseada (por exemplo, nos primeiros seis meses, trabalhar apenas quatro dias);
- Formação às equipas de recrutamento para que os padrões de seleção das candidatas estejam alinhados com a missão deste projeto.
Ao longo dos próximos três anos, 10% de todas as contratações do Grupo Vodafone ao nível de direção serão feitas através deste programa.
Este artigo tem mais de um ano
Imaginem assim:
“Vodafone quer recrutar homens em interrupção de carreira”
“com o objetivo de aumentar as oportunidades laborais para os homens.”
“Vodafone ReConnect pretende atrair homens qualificados”
“iniciativas globais dedicadas ao encorajamento e apoio dos homens”
Breaking news no DN e CMTV: “Blog tecnológico da sapo com conteúdos machistas”
ou “Vodafone lança iniciativa machista beneficiando homens”
-Democracy destroys itself because it abuses its right to freedom and equality. Because it teaches its citizens to consider audacity as a right, lawlessness as a freedom, abrasive speech as equality, and anarchy as progress.-
A hipocrisia social.
+1
O teu comentário faria todo o sentido se não tivesse contextualizado, no entanto todos temos conhecimento do paradigma actual em que as mulheres ganham significativamente menos que os homens mesmo ocupando cargos semelhantes. A diferença é que com a contratação de mulheres a vodafone está a contribuir para a diminuição da desigualdade e se contratasse homens estaria a contribuir para o aumento.
* se tivesse um programa especifico para contratar homens.
“as mulheres ganham significativamente menos que os homens mesmo ocupando cargos semelhantes” – Sinceramente ainda não consegui perceber esta frase, que é muito dita!
Em todos os locais onde trabalhei, onde havia tanto homens como mulheres a desempenhar a mesma função, todos recebiam o mesmo valor!
Que trabalhos são esses em que as mulheres ganham menos que os homens, pela mesma função? Ainda não consegui perceber quais são…
Também concordo. E mais, mostrem uma empresa onde exista uma tabela salarial para homens e outra para mulheres diferenciada. Ah pois, não há? Qualquer empresa pode escolher o que paga aos empregados, desde que se guie pelo CCT.
Não têm a ver com hipocrisia, mas sim a vodafone uma oportunidade para enriquecer ainda mais, enquanto passa a ideia que se preocupa com as mulheres. Ora não é segredo nenhum que as mulheres para o mesmo trabalho auferem um ordenado inferior a um homem. Se é uma mulher com interrupção de carreira significa que é uma desempregada de longa duração, que se sujeita a trabalhar por um ordenado mínimo com condições laborais de miséria.
Achas que os callcenters da vodafone são diferentes? lol
É só um método de recrutamento como tantos outros, simplesmente empresas como a vodafone são obrigadas por leis laborais e pressão social a ter um valor percentual de mulheres empregadas e em determinadas posições na empresa, sejam ou não competentes, o importante é cumprir essas metas, ficando assim os homens competentes para trás.
Acho que te escapou o que quis dizer. Não, os call centers não são diferentes. Isto porque os trabalhadores na sua maioria são empregados por uma empresa de trabalho temporário, cujo contrato é precário e onde não existe contrato colectivo de trabalho. Ou seja, as condições são geridas conforme o teu desespero.
Não existe nenhuma lei laboral que obrigue uma empresa a contratar mulheres.
Em Portugal ainda não, existem noutros países, nomeadamente na sede da Vodafone, nos que não existem, existe pressão social e política, tem muito mais impacto que qualquer lei.
Multinacionais regem-se todas pelo mesmo modus operandi.
Não existe definição de mulher ou homem para com a Lei portuguesa.
@José Rodrigues
Que eu saiba não existe nenhuma regulação no Reino unido que force uma empresa a empregar um determinado numero de mulheres.
Hoje é um bom dia para não ler notícias. Volto dia 9 de Março.
é de aplaudir a iniciativa 🙂 estes casos também acontecem (embora em menor número) no sector masculino
Sim e depois dispensam pessoas (neste caso Homem e pai) pq não queriam que o mesmo tirasse a licença de paternidade. Vodafone PT.
E como não havia contrato (outsourcing) é só dispensar….
Enfim, Hipócritas.
Isto.. Se os contratados em outsourcing contassem para as estatisticas da empresa (como pessoas), havia muita empresa em maus lencois..
Vivemos na era em que só se diz o que é politicamente correcto, mas depois pratica-se exactamente o oposto…
Falsidade, cinismo, hipocrisia, mentira, …
As mulheres deviam ter vergonha por serem tratados como seres inferiores e inclusive perante a sociedade em tudo, ao ponto de estarmos em 2017 e há mulheres que ocupam determinadas posições não pela sua competência mas porque as empresas são obrigas a determinada percentagem de mulheres. Eu teria vergonha de ser mulher nos dias que correm.
Eu teria vergonha de fazer um comentário como este…
É por existirem pessoas como tu que a sociedade está como está e que vês mulheres a serem promovidas antes de homens com maiores qualificações e mais competências pura e simplesmente porque são “obrigados” fazê-lo, motivos como este são a root cause das maiores injustiças sociais dos dias de hoje, onde já não existe qualquer descriminação sexual, racial ou de preferência sexual e continuam a fazer de conta que existem para andarem a usurpar “direitos”, por esse motivo aconteceu o que aconteceu nos oscares e acontece o mesmo no mercado de trabalho ou até mesmo nas caixas de supermercado com leis de treta.. Acontece semelhante com vagas para a faculdade nomeadamente direito que os “ilhéus” nem sequer precisam de ter as mesmas médias de entrada que as pessoas do continente, pois há sempre X% de vagas para esses independentemente das médias.
É por se criarem tantos regimes de excepção e tantas tretas se pseudo equidade que essas politiquices de bem-feitorias sociais se toram nas maiores injustiças dos nossos dias.
P.S.: Eu vivo bem com isso, não gosto é de ver ninguém comer gato por lebre.
Concordo. Mulher que é mulher, sobe na vida por mérito, não por cotas.
Depois da Vodafone Portugal ter despedido centenas de mulheres ainda no final do ano passado, e passá-las para outsourcing a ganhar muito menos… esta notícia é simplesmente asquerosa!
Sao menos inteligentes e menos capazes de produzir o mesmo que um homem logo devem receber menos…muitas usam os bebes para ficar em casa sem fazer nenhum..deviam era receber menos
Antigamente contractava-se pessoas pelas competencias 😀
Agora é pelo sexo