Uber usa software para iludir autoridades que a estão a controlar
A semana da Uber não tem sido fácil. Vários foram os problemas que foram surgindo, dentro da estrutura da empresa, e que culminaram com o seu CEO a discutir com um dos seus motoristas.
Mas a semana ainda não acabou para a Uber e por isso os problemas continuam. O mais recente mostrou que a empresa usou software para conseguir iludir as autoridades que procuravam controlar a atividade da empresa em cidades onde não estava autorizada a prestar serviço.
O Greyball, nome com que é conhecido o software que é usado, consegue detetar e iludir as autoridades que fazem o controlo da Uber e que procuram atrair motoristas para depois os multar. Com o uso desta ferramenta, a Uber consegue garantir aos motoristas que estão a salvo das autoridades e que podem continuar a prestar o serviço, mesmo onde não estão autorizados.
A forma de agir da Uber passava por detetar estes agentes da autoridade e mostrar-lhes carros fantasma na aplicação. Sempre que estes requeriam um serviço, era atribuído um destes carros fantasma, que no último momento cancelava a viagem. Na prática estes agentes nunca conseguiam ter acesso aos serviços da Uber. Houve ainda casos em que os motoristas eram alertados para as intenções destes clientes e que acabavam por cancelar os serviços.
Para detetar estes utilizadores, a Uber recorria a vários métodos. Um deles passava por definir zonas geográficas de atuação dos agentes, normalmente perto de esquadras de polícia. Houve ainda a utilização dos dados dos cartões de crédito, que procurava relacionar os utilizadores a entidades estatais. Estes utilizadores eram depois marcados.
Quando confrontada com esta descoberta, a Uber admitiu a sua existência, mas negou que estivesse a usá-la para controlar as autoridades e afastá-la dos seus carros. Segundo a empresa, o "violation of terms of service" pretende apenas identificar potenciais utilizadores que estão a usar o serviço de forma incorreta, negando-lhes o acesso.
Nesta categoria a Uber coloca os elementos da concorrência, taxistas ou sindicatos de taxistas, que procuram colocar entraves à normal utilização ao serviço.
De acordo com o jornal New York Time, que revelou este caso, o Greyball é usado sempre que a Uber chega a uma nova cidade, estando em utilização em todo o planeta, havendo instruções claras sobre a forma como deve ser usado para proteger a empresa.
Via New York Times
Este artigo tem mais de um ano
lol isto já tem mais de 2 anos…
No Brasil um motorista de Uber entrou na justiça trabalhista, que reconheceu o vínculo de emprego entre o aplicativo Uber e motoristas. De acordo com a decisão do juiz Márcio Toledo Gonçalves, o motorista autor da ação judicial, Leonardo Silva Ferreira, deverá ter sua carteira de trabalho assinada e receber horas extras, adicional noturno, verbas rescisórios pelo fim do contrato sem justa causa, valores gastos com combustível e também com água e balas oferecidas aos passageiros, tudo pago pelo Uber.
Leonardo trabalhou como motorista no Uber entre fevereiro e dezembro de 2015 em Belo Horizonte, onde ganhava entre 4 mil reais e 7 mil reais por mês. Após se desligar do app, ele acionou o TRT-MG exigindo a declaração de vínculo trabalhista com a empresa, que afirma que os motoristas são seus “parceiros” e não funcionários.
Conforme a sentença, embora o Uber se apresente apenas como uma plataforma de tecnologia, e não de transporte, existem fatos objetivos de sua relação com os motoristas e clientes que fazem dela sim uma empresa de transportes. “A reclamada não somente remunerava os motoristas pelo transporte realizado, como também oferecia prêmios quando alcançadas condições previamente estipuladas”, afirmou o juiz.
Pelo jeito é o fim do Uber, pelo menos no Brasil.
Não queime o filme meu garoto, diga “Pelo seu jeito” porque não é isso que está acontecendo por aqui.
Isto é usado pela Uber e por outras empresas.
Um que opera em Portugal usa este software para indicar os telemóveis e os clientes que tenham ligações a alguma operação policial ou dos taxistas. É com esse programa que os clientes do aeroporto são dirigidos à saída do terminal 2, para serem lá recolhidos, longe da zona dos taxistas e das autoridades policiais. Se recusarem, deixam de encontrar carros na aplicação da empresa.
Os Gurus da tecnologia, no seu melhor, nao pagam impostos, nao cumprem regras, nao pagam multas, exploram os seus trabalhadores, desculpem “PARCEIROS”, nao tem deveres, somente direitos, e os PALECOS, fazem leis de propósito para branquear isto e muito mais.
De que se queixam ?
As alternativas sao piores ?
Talvez sejam, mas pelo menos eu posso escrutinar isso, nao tenho de ter um cento de Eng. informáticos a tentar saber o que está por detrás da UBER.
Eu como provinciano, nao uso, prefiro andar a pé, poupo dinheiro, saúde e evito de ter de ir ao ginásio, diária ou semanalmente. Eu sei que nao é cool, mas eu sou assim mesmo.