Trump intensifica guerra comercial com 14 países, incluindo Japão e Coreia do Sul
Num intensificar da guerra comercial que tem alimentado desde que tomou posse enquanto Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump anunciou a imposição de novas taxas a pelo menos 14 países, a partir de 1 de agosto. A partilha foi feita pelo próprio, através das redes sociais.
Por via de publicações nas redes sociais, Donald Trump partilhou as cartas enviadas aos líderes de vários países sobre a imposição de novas taxas alfandegárias.
Estas representam uma atualização das que tinham sido anunciadas aquando do Liberation Day, em abril.
De acordo com as cartas, os produtos importados para os Estados Unidos do Japão, Coreia do Sul, Malásia, Cazaquistão e Tunísia passarão a enfrentar taxas de 25%.
Por sua vez, os produtos sul-africanos e bósnios estarão sujeitos a uma taxa de 30%, os da Indonésia a uma de 32%, Bangladesh e Sérvia uma de 35%, e Camboja e Tailândia uma de 36%.
As importações do Laos e de Mianmar enfrentarão um imposto superior, de 40%, segundo percebido através das cartas publicadas por Donald Trump.
De acordo com a secretária de imprensa da Casa Branca, Karoline Leavitt, citada pela imprensa, serão enviadas mais cartas ao longo dos próximos dias.
Estados Unidos abertos para negociações sobre as taxas
Além de informarem sobre a decisão, descrita como necessária para corrigir o persistente défice comercial dos Estados Unidos com os 14 países, os documentos enviados esclarecem que o país "talvez" considere ajustar os novos níveis de taxas, "dependendo da nossa relação com o seu país".
Na segunda-feira, Donald Trump assinou uma ordem executiva que adia o prazo das taxas desta quarta-feira para o dia 1 de agosto. A decisão terá sido tomada "com base em informações adicionais e recomendações de vários altos funcionários", segundo a própria ordem.
Todas as cartas afirmam que as taxas gerais são separadas dos direitos adicionais específicos do setor sobre categorias de produtos essenciais.





















As tarifas mínimas agora anunciadas sobre esses países entram em vigor a 1 de agosto. Perto dessa data, logo se verá se entram em vigor ou é prorrogada a atual taxa mínima de 10%, que substituiu as “tarifas do dia da libertação”, que eram para entrar em vigor a 9 de abril e foram adiadas por 90 dias, prazo que terminava a 9 de julho.
Trump diz que é para maximizar a negociação, mas o “anuncia-adia-reanuncia-volta a adiar”, o que torna é o processo muito cansativo e embrulhado. Não sei mesmo se o pessoal sabe a quantas anda ou se limita a esperar por uma decisão final, seja ela qual for. Trump diz que continua aberto a negociações, mas se os países aumentarem as suas taxas sobre as importações provenientes dos EUA, a tarifa agora anunciada é aumentada na mesma percentagem.
Vou usar o termo usado pelo famoso Henry Kissinger (antigo diplomata americano e Prémio Nobel da Paz): “Ser inimigo dos EUA pode ser perigoso, mas ser amigo é fatal.”
“The great nations have always acted like gangsters, and the small nations like prostitutes.” Kubrick
O homem anda desgovernado.
Qualquer dia diz que os Açores pertencem ais E.U.A.
A última guerra comercial com o Japão deu origem à ww2, esta é só de 1% não deve fazer nada
25% a 1 de agosto, se não houver alterações, a que o Japão não deixará de responder. Antes de Trump as taxas alfandegárias entre os dois países andavam entre 1,5% e 3%.
entre? nao andavam!!
Tens razão – estavam paradas. Trump é que decidiu mexer-lhes e: em 2 de abril, anunciou a taxa mínima sobre as importações do Japão de 24%; que passou depois para 10% até 9 de julho e depois 1 de agosto; e agora, anunciou que passam para 25% a partir daí.
Também anunciou, em abril, o início das negociações tarifárias com um primeiro país, precisamente o Japão e que tinha obtido grandes concessões. Está-se a ver que não obteve nada e por isso até aumenta 1%.
Isto para além das tarifas de 25% que aplicou a todos os países, nos carros e nos metais (aço e alumínio).
E como estão as coisas com a UE? Escreve o Trading Economics hoje (dia 8):
“O euro negociou a cerca de US$ 1,17, permanecendo perto de seu nível mais alto desde agosto de 2021, à medida que as tensões comerciais diminuíram após a notícia de que os EUA propuseram um acordo à UE mantendo uma tarifa de base de 10%, com isenções para setores-chave, como aeronaves e bebidas espirituosas. No entanto, Washington não deu nenhuma indicação de que estenderia as isenções a áreas politicamente sensíveis, como carros, aço, alumínio ou produtos farmacêuticos, apesar dos pedidos da UE. A UE pretende finalizar um acordo preliminar com os EUA esta semana para manter a taxa de 10% para além do prazo de 1 de agosto, enquanto as negociações continuam em direção a um acordo permanente. Enquanto isso, a UE anunciou que estava a preparar tarifas de retaliação sobre uma variedade de produtos dos EUA em resposta aos direitos aduaneiros dos EUA sobre os metais. As autoridades alertaram que, se um acordo não for alcançado, outras ações – como controles de exportação e restrições ao acesso dos EUA a contratos públicos – poderiam ser implementadas.”
Esses malvados do Laos, Mianmar, Cambodja, Tailândia entre outros que querem lixar os EUA!
Com esta treta de tarifas para aqui e para ali e para todo o lado, o valor das minhas acções é tipo Montanha Russa, num dia sobem até ao céu e no dia seguinte espetam com o focinho no chão.
Já nem ligo… Vão ser mais 3 anos disto.