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Smartphone na gravidez pode aumentar risco de PHDA na criança

                                    
                                

Este artigo tem mais de um ano


Autor: Marisa Pinto


  1. int3 says:

    Estudo.
    “The interpretation of these results is unclear as uncontrolled confounding may influence both maternal cell phone use and child behavioral problems.”

    Como indica: não está claro e existe demasiada influencia. Este tipo de coisas é muito difícil de estudar e provar.

  2. NT says:

    Bem no meu tempo PHDA era denominada por “bichos carpinteiros” e em vez de psicológicos e comprimidos tinha uma cura que era o “chinelo” e outra era ficar trancado no quarto de castigo.
    Acredito que realmente esteja correto o estudo, não por causa da radiação e todas essas tretas que nos querem enfiar… mas sim porque se quando a mãe está grávida e anda de volta do telemóvel, quer dizer que o pai também o deve fazer. Quando a criança nasce vai é sofrer de défice de atenção dos país e começa a perceber se fizer “birrinha” os pais lhes dão tudo para os calar e continuar ao “telemóvel”.
    Realmente estamos a estragar e estupidificar os “miúdos” de hoje em dia, não sou apologista da violência mas ficar de castigo quando fazem porcaria não “matou” ninguém. Também Nós que somos país e mães(ou responsáveis por cuidar da criançada) “ficarmos de castigo” a subir ás árvores ou a brincar com bonecas certamente não nos irá matar e, quem sabe, nos vai aproximar mais dos nossos filhos. É a velha história de termos mais meios de comunicar no entanto estamos mais distantes uns dos outros, tudo em prol de mais um like ou de uma subscrição.

    • Marisa Pinto says:

      Bem, ainda bem que não estamos no teu tempo (onde as crianças diferentes ficavam em “escolas” especiais, fora do contexto dito “normal”e regular) e, felizmente, há mais inclusão e soluções para os casos reais (por muito que se continue e ir buscar ao passado uma justificação que, na verdade é infundada)

      PHDA é uma perturbação que afeta muitas crianças e só quem lida com isso é que consegue perceber a diferença entre a perturbação e a simples ‘birra’, são coisas diferentes. A internet tem muitos bons sites de informação qualificada onde poderás aprender melhor sobre o tema, deixando, se tiveres abertura para isso, o passado para trás.

      • Gato Maltês says:

        A PHDA é uma invenção da indústria farmaceutica. Não se ilude.
        @ NT Tem razão. Antigamente havia solução para esse “problema” sem necessidade de tomar medicamentos.

        • Marisa Pinto says:

          Não não é.. lol, o ‘Gato Maltês’ baseia-se em quê para dizer isso? Sabe o que é PHDA? Lida com essas crianças e jovens? Estuda a etimologia da mesma? Conhece casos concretos em que possa descartar a hipótese de PHDA? Sabe os sintomas e m que contextos podem ser revelados? Conhece as consequências da dificuldade na aprendizagem, qualidade de vida e todas as atividades, incluindo socialização, da criança? Conhece a medicação que está prevista? Sabe em que contextos pode ser receitada? Sabe se ‘vicia e causa hábito’? Sabe que, (esta é demais!) o medicamento, a ser tomado, funciona sobretudo como agente secundário e o principal é a intervenção terapêutica (psicologia, TF, TO, psicomotricidade, etc)?

          Falem do que sabem e se não souberem, procurem saber porque a Internet está cheia de boas informações, só não sabe quem não quer.

          Ignorância? Não obrigada! Deixo isso para o ‘antigamente’

          PS: Antigamente também não havia tecnologia, nem cura para muitos males… mas hey… se querem viver no ‘antigamente, good luck with that! 😉 Mas deixem de usar a Internet então.

          • Marco Rufino says:

            Marisa Pinto já pensou quais os locais onde essas crianças vivem? Acha que estar numa creche desde pequeno faz bem à saude de alguem? Que acha das crianças que crescem sem bloqueio da sociedade (creches / pós creches e pós escolas)?

            Não acha que as crianças se tornam frustradas e hiperativas devido aos habitos ou falta de habitos essenciais de criança?

            😉

          • Marisa Pinto says:

            Cada caso é um caso mas essas hipóteses podem nem estar relacionadas com PHDA (perturbação do neurodesenvolvimento das crianças que resulta de alterações no funcionamento do sistema nervoso.)

            O que diz é apenas a sua opinião, mas em que se baseia? Voltamos ao mesmo… muitas opiniões, muitas teorias, pouco fundamento e, quase sempre, nenhuma prática/experiência.

          • José Rodrigues says:

            Eu quero viver no antigamente, nasci antes dos telemóveis e com pais que nem TV ligavam e tive hiperactividade em criança, nunca tomei nada nem tive nada de diferente na minha infância a não ser que enquanto a maior parte das crianças praticava um desporto eu praticava três, nunca levei com chinelo e nunca tive de castigo, sempre tive boas notas e terminei o meu curso com uma das melhores médias, nunca tive psicologo nem nada do género e tomar medicamentos da familia da cocaína para inibir a hiperactividade tem muito que se lhe diga..

          • Marisa Pinto says:

            Não utilizes Internet 🙂

          • José Rodrigues says:

            Não preciso deixar de usar internet para viver no antigamente, basta pensar por mim e ter noção do que é correcto e do que é atalho, muitas doenças da moda têm cura da moda enquanto atalho e não enquanto solução pragmática.
            É menos mau consumir-se cocaína do que esses substituentes da mesma.
            Se as pessoas se informassem e pensassem por elas não estaríamos como estamos enquanto humanidade, sinceramente preferia que morrêssemos todos.

          • Marisa Pinto says:

            Continuo a não entender em que se baseia… senso comum, só pode.

          • djofight says:

            Acho o estudo interessante, é necessário compreender melhor todas estas temáticas. Faltar no artigo metade da conclusão (segunda frase) é estranho, porque não deixa de ser um estudo inconclusivo. Ir contra o antigamente pode não ser muito inteligente, nem todo o progresso é bom, nem todo o regresso é mau. Continuação de um bom trabalho.

        • Carlos says:

          É com este tipo de pensamentos que se verifica que parte da sociedade ainda tem um pensamento demasiado arcaico, irresponsável e que se baseiam em teorias (ignorantes) para sustentar algo que não faz sentido. PHDA não existe tal como não existem alterações climáticas e, já agora, as vacinas fazem mal à saúde: Parabéns pais e futuros pais! 🙂

      • NT says:

        Peço desculpa por terem levado tão a peito o que disse mas é uma realidade. Felizmente(ou infelizmente) em Portugal(ou pelo menos nas cavernas ao meu redor) isso parece nem sequer ser conhecido. Existem sim essas perturbação e são exploradas por muitas farmacêuticas(principalmente nos EUA…), porém existem muitas crianças que apenas querem um pouco de atenção, fazem uma birrinha e logo de seguida estão no psicólogo ou psiquiatra para serem “tratadas” ou têm um ipad novo…
        Desculpa mas não acredito que sejam assim tantos os casos de PHDA.
        E sim já “lidei” com familiares que sofriam de hiperatividade (felizmente ou infelizmente não foi uma experiência de estar dia e noite durante muito tempo, mas tenho ideia do que é ficar esgotado e ter que aguentar mais um ataque de “berros” entre tantas outras coisas. A todos os pais que têm uma criança com esses perturbações, em vez de tentar entender ou ajudar, vou é mandar uns likes, uns retweets e uns amens na net ver se isso melhora…).
        Mas irrita-me profundamente este tipo de estudos. Como por exemplo a recente intolerância ao gluten ou à lactose… Enfim vamos ver o que o futuro nos reserva.
        Já agora procura aí por noticias de Histeria em massa ou Histeria coletiva. Vais ver que, por exemplo em Portugal já tivemos um caso por causa dos Morangos com Açúcar. Penso que o mesmo acontece quando são “encomendados” estudos e se espalha uma probabilidade como se fosse uma verdade.

        E por fim utilizadas todas as desculpas… acho que tratei ao Sra. ou Menina Marisa Pinto por ‘tu’ sem a conhecer de lado nenhum(a não ser aqui deste cantinho da internet). Peço desculpa se ofendi alguém.

        • Marisa Pinto says:

          NT (Não há problema tratares por tu)

          Sim, tens razão em relação à quantidade de casos suspeitos, infelizmente há MUITOS diagnósticos mal feitos e reconheço que isso, infelizmente, só tem contribuído para descredibilizar a realidade da PHDA.

          Mas uma coisa é não acreditar que haja assim tantos casos, outra coisa bem diferente é insistir que a PHDA não existe.

          Dou um exemplo também comum: depressão.

          Uma significativa parte das pessoas que dizem que tem depressão, estão ‘apenas’ a vivenciar um estado mais triste, mais baixo a nível de humor, comum por exemplo em situações de luto, saudade, insucesso, etc. A ‘verdadeira’ depressão – designada Depressão Major – é algo muito mais complexo que o simples ‘estar triste’ e, infelizmente existem muitos diagnósticos errados, imensa gente a tomar anti-depressivos sem necessidade, o que também contribui para que algumas pessoas considerem que é tudo uma treta.

          Tanto é preciso cuidado a fazer o diagnóstico (não basta ver a pessoa uns minutos, temos que explorar a sua vida, contexto, família, rotinas, amigos…), como também é preciso ter cuidado com o ‘senso comum’ ao insistirmos que as coisas não existem.

          🙂 Bom fim de semana

  3. Vlad says:

    Não, o estudo não estabelece uma correlação entre o telemóvel e PHDA. Diz sim que pode haver uma correlação, pois os resultados são inconclusivos. Até que para provar que existe uma correlação as provas do estudo não podem ser anedóticas. Ou seja, foram as mães que indicaram se utilizavam muito ou pouco os telemóveis. Mas esta medida está condicionada por aquilo que uma pessoa acha que é muito. Também foram as mães que reportaram se as crianças sofriam de PHDA, mas sem testes médicos estas provas também caem na categoria de anedótico.

    • Marisa Pinto says:

      Todos os estudos têm a sua margem de erro, e os inevitáveis ‘ses’. Obviamente que, analisando caso a caso, poderemos ver mães mais ansiosas, menos capazes de lidar com a frustração, etc, e isso tem repercussões nos filhos.

      No entanto, mães já com tendências ansiosas, poderão ver no smartphone uma fonte de alívio (estar constantemente a controlar o que se passa, estar sempre disponível e sempre pronta para responder às mensagens, poder a qualquer momento partilhar fotografias, pesquisar conteúdos, etc) e, assim, o smartphone (não sendo o culpado) poderá ser sim um promotor de mais ansiedade, mais perturbações emocionais que se poderão refletir no desenvolvimento da criança.

      Certamente que haverá mais estudos em breve sobre o assunto até porque, tal como digo no post, uma vez que só a partir de uma certa idade se poderá determinar um diagnóstico de PHDA, estamos a falar de um espaço de tempo bastante significativo (até 8-10 anos talvez) entre a gravidez e o aparecimento dos sintomas e diagnóstico, para que se consigam resultados mais viáveis… tendo em conta que, cada vez mais, se utilizam as tecnologias.

      • João Nicolau says:

        Uma coisa é margem de erro, outra é falta de rigor científico e de método científico.
        Faz lembrar o início do movimento antivacinas, também começou com conclusões forçadas, que rapidamente foram desmascaradas pela comunidade científica.

        • Marisa Pinto says:

          Neste caso como consideras a falta de rigor científico?
          Acho que esse exemplo está desenquadrado aqui, até porque isso dos ativacinas tinha outras intenções por detrás.

          Se vires pela lista de autores, julgo que não estamos a falar de nenhuns ‘leigos’ (http://www.sciencedirect.com/science/article/pii/S0160412016307383), pois até é uma equipa bastante multidisciplinar.

          Um dos métodos, como se pode ler no estudo, é à base de questionário. Sim, poderia haver ‘mentiras’, se bem que os questionários deste género, normalmente têm subtis questões para analisar as ‘falsas verdades’ e ‘falsas mentiras’, de modo a validar o questionário. No entanto não me parece que , uma mãe, a querer mentir, dissesse que usa muito o smartphhone, normalmente mente-se a nosso favor.

          Quanto ao resto, como disse no comentário que tiveste oportunidade de ler, decerto haverá muitos outros estudos em breve que sejam mais viáveis e mais atuais.

          De qualquer forma, penso que se tiveres interessado, podes contactar a equipa que realizou o estudo, de forma a dar o teu contributo de métodos com mais rigor científico.

          Ressalvo ainda que o próprio repositório é considerado viável – http://www.sciencedirect.com/

      • Vlad says:

        Claro que tudo dentro da compreensão dos seres humanos têm uma margem de erro. Todo o que pensamos ser verdade é apenas verdade até um ponto. E tudo o que sabemos, não sabemos com toda a precisão e detalhe. Verdades absolutas apenas existem nas fantasias religiosas. Mas o próprio estudo indica que o resultado é inconclusivo, não sou eu.

        As linhas que escreveste a seguir são pura especulação porque não tens qualquer tipo de dados para as corroborar. Resumindo as causas do PHDA continuam por ser descobertas. Este estudo até pode indicar a possibilidade de o smartphone durante a gravidez ser uma das causas do PHDA. Mas também me lembro de toneladas de estudos que indicavam que os telemóveis causavam o cancro, mas acabaram todos por serem reprovados pela comunidade cientifica.

        • Marisa Pinto says:

          As causas podem ser diversas (mas para isso há equipas que, quando trabalham bem, podem conseguir detetar a origem, o que fomenta e forma de trabalhar/intervir com sucesso no caso), esta pode ser apenas mais uma situação que fomente essa alteração do sistema nervoso.

          De qualquer forma, adicionei ‘possível’ à palavra correlação, no post, pois também entendo que fica mais correto.

  4. Carlos V says:

    Essencial entre aspas. Nas ferias udo um dumbphone. E nao sinto a minima falta das tretas dos smart. Talvez pirque nao tire fotos do que almoço ou janto, ou dos pés com fungo, como os desejosos de likes psicologicos.

  5. Kendimen says:

    Tenho uma dúvida em relação à utilização da virgula em “83,883 pares de mãe e filhos”. Creio que em Portugal a vírgula é sempre um separador decimal e duvido que tenham mesmo utilizado 0.883 de uma mãe e filho 😛

    Acrescento ainda que sei da formação académica da Marisa Pinto e o seu interesse nesta área de estudo. E o artigo é muito interessante!

  6. Luís says:

    Sem ler o estudo completo(não tenho acesso) e colocando só algumas questões só para saber se a “baseline” que permite tirar essas conclusões terá tido em consideração as seguintes variáveis:
    1. O comportamento das mães alterou-se depois do nascimento? Porque o comportamento depois do nascimento influencia também a criança
    2. Tendo em consideração as culturas diferentes do teste(norte da Europa, Sul e Asia), as perguntas foram adaptadas culturalmente? As mães de culturas diferentes e com educação diferente percebem os problemas das crianças de modo diferente.
    3. A personalidade (ansiedade, comportamento sob stress, etc.) das mães/pais foi tida em consideração? E a idade dos mesmos? Pelas mesmas razões do ponto anterior.
    4. Esse aumento de casos foi notado em todos os países, ou a diferença é mais visível em relação aos países do Norte da Europa onde a cultura, comportamento dos pais e da sociedade e o que é interpretado como problemas de comportamento podem ter interpretações um pouco diferentes da Europa ou da Ásia?
    5. As crianças são filhos únicos, convivem com mais crianças na família, na creche, “personalidade” nos primeiros meses de vida da criança? Tudo isso influencia o modo como a criança e os pais/família/conhecidos interagem com a criança e lhe dão atenção e dão dedicação e podem contribuir para a evolução da criança até aos 4/5 anos onde lhe pode ser diagnosticada a doença.
    6. Crianças que vivem na cidade ou no campo?
    Existem mais dúvidas seguindo a mesma lógica das anteriores, mas fico com a ideia que este tipo de estudo seguem sempre a mesma lógica onde as métricas de decisão são variáveis consoante a interpretação das pessoas que respondem aos inquéritos. As variáveis são tantas e com tanta influencia umas nas outras, que qualquer conclusão terá que ser extremamente bem ponderada. Só por ter uma grande amostra não se consegue diluir todas essas variáveis na estatística.
    No entanto, o problema pode ser do meu lado, visto que não sou da área e sou só um interessado por este tipo de matérias e posso não ter acesso à justificação do uso ou não de determinadas metodologias.

  7. Cortano says:

    Vá lá não dizer que é a causa para o autismo, já não está mal de todo.

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