Sem apoio ao Layoff? A culpa pode ter sido do tamanho do ficheiro
Tal como acontece em outras partes do mundo, Portugal luta contra um inimigo invisível que tem feito "estragos" nas mais diversas áreas. Além da área da saúde, a COVID-19 tem também desafiado a economia dos países e são já milhares de empresas a pedir Layoff.
Se submeteu recentemente o seu pedido de apoio ao Layoff e não foi aprovado, a culpa pode ter sido do tamanho do ficheiro.
O Layoff consiste na redução temporária dos períodos normais de trabalho ou suspensão dos contratos de trabalho efetuada por iniciativa das empresas, durante um determinado tempo, devido a:
- Motivos de mercado;
- Motivos estruturais ou tecnológicos;
- Catástrofes ou outras ocorrências que tenham afetado gravemente a atividade normal da empresa.
- Desde que tais medidas se mostrem indispensáveis para assegurar a viabilidade económica da empresa e a manutenção dos postos de trabalho.
Segundo o JN, zipar dois ficheiros para a candidatura ao layoff simplificado é um requisito, entre outros, exigido pela Segurança Social. De acordo com dados recentes, só foram aprovados 61,7% dos 62 341 pedidos de adesão que foram submetidos até ao início de abril. O chumbo de quase 38% tem vários motivos, nomeadamente a falta de um IBAN.
O problema do ficheiro a enviar para a Segurança Social
As empresas têm de enviar um modelo de requerimento em formato PDF e a listagem dos trabalhadores abarcados pelo layoff em Excel
Paula Franco, bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC), revela ao JN que...
A informação que tínhamos era no sentido de enviarmos os dois ficheiros separados. Mais tarde, surgiram instruções no sentido de serem zipados num só ficheiro. No entanto, houve empresas que enviaram em separado e o pedido foi aceite. Noutros casos, não. Há ainda quem envie os ficheiros zipados e, ainda assim, surgem problemas. Isso depende do funcionário ou centro distrital da Segurança Social
Além da parte "tecnologia", e de acordo com informações do Ministério do Trabalho, 15,1% dos pedidos (9458) foram indeferidos por vários motivos, entre eles porque as empresas não tinham a sua situação contributiva regularizada ou não tinham certificação do contabilista ou por não cumprirem as regras da data de início do apoio. Foram ainda rejeitados 3,1% dos pedidos (1946) por estarem incorretamente instruídos ou por faltar a indicação do IBAN.
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Este artigo tem mais de um ano
Pois….o problema afinal nao foi do ficheiro, foi do funcionário. Depende se sabia ou não abrir os ficheiros dentro do zip.
A iliteracia digital existe e não é só nos idosos. Há pessoas nas empresas ou na administração pública, não têm conhecimento para fazer as coisas mais básicas, como compactar ou descompactar ficheiros, reduzir tamanho de um pdf, etc.
A impunidade de quem se esconde atrás de um erro ou dificuldade informática é grave.
Há um erro ou não consegue abrir o ficheiro? Contacta o remetente; mas não – ignora.
O problema? O emprego é viatalício…
Se perdessem o tempo a contactar os remetentes não tinham ninguém para processar os subsidios.
O problema além do emprego vitalicio é serem pessoas acomodadas e pouco trabalhadoras.
Recrutamento na função publica é o pior de sempre.
No meu caso, só a nona tentativa é que foi de vez, sempre com erros infundados, porque o Srº. funcionário só lia as gordas. A ultima vez dizia que não tenha IBAN registado nos serviços, tive que tirar o print da janela da S.S. onde se via e provava que ele estava errado. O meu registo foi aprovado.
Tive a mesma situação, torna se ridiculo
Chama-se a isso: Desculpas de mau pagador
Parecem aqueles clientes que quando recebem a conta inventam desculpas e problemas para evitar pagar, no entanto já têm o problema deles resolvido. Neste caso sendo o estado, se falharmos com eles, estamos tramados; se forem eles a falhar connosco, não há problema nenhum
dado a situação que estamos a passar, agora que foi obrigado o uso de sistemas informáticos para trabalhar com tudo e mais alguma coisa, só veio comprovar aquilo que já se sabia, a existência de muita gente a ocupar cargos e funções só porque sim, e não possui a formação necessária para lidar com coisas básicas no dia a dia nos sistemas informáticos, depois é só entraves e desculpas, quando o real problema está na pessoa que está a tratar das coisas não estar devidamente habilitada para trabalhar com as ferramentas que tem disponíveis…
Portugal no seu melhor…
Sem querer justificar os funcionários, tentem ser mais pacientes e menos julgadores. Isto não é fácil para ninguém. Há muito para aprender à pressão e muito a ser feito em teletrabalho ou em condições anormais.
Os próprios funcionários têm que se desenrascar e adaptar-se, e o acesso à informação também é diferente.
É fácil apontar o dedo e dizer que podiam fazer melhor… demasiado fácil.
Isto é fod*d* para todos infelizmente… respiremos fundo e tentemos colocar-nos do lado de lá sempre… ponham os cenários em perspetiva e as forças externas e variáveis a que poderão estar sujeitos.
Se estas situações bizarras só fossem de agora. Digamos que esta situação só potencializa este tipo de situações, porque lidar com instituições do Estado em geral e com a SS em particular é kafkiano, com os senhores funcionários em vez de apresentarem o tipicamente português “desenrascanço” pelo tradicional funcionalimos “complica”.
Até concordo consigo. E há realmente bons funcionários. O problema está nos que são péssimos mas não são despedidos porque têm empregos vitalícios… E isto mina a percepção da sociedade e o próprio desempenho do serviço em causa.
Pois mas o mal não é só esse estamos em Lay- off e funcionários públicos/ministros/deputados etc ?
Não deviam fazer o mesmo?
Ainda ontem mais um pais Nova Zelândia cortou os salario de ministros e deputados em 20% e cá é sempre a mesma treta pagam sempre os mesmos
Como já muitas vezes aqui referi, estas notícias do PPlware que tanto gosto de ler, padecem de um mal que não me parece nada correcto. O título das mesmas, não bate certo com o conteúdo. Na minha opinião, isto devia de ser corrigido (pplware, aproveite a ideia de se achar bem!!), pois induz em erro quem vai à espera de encontrar o conteúdo, baseado no título. Neste caso, e peço desculpa se estou a vêr mal, o tamanho do ficheiro não é referido em lado nenhum!!! Afinal qual é o tamanho do ficheiro que pode ser aceite!!??
Cumpts.
Boas. Não concordo, até porque no título não diz que o tamanho está referido no texto. No título diz que a culpa de alguns processos de pedido de Layoff ficarem sem resposta deve-se ao tamanho do ficheiro. Depois, dentro do artigo é explicado o processo de pedido de Layoff e refere o problema, diz assim:
O problema do ficheiro a enviar para a Segurança Social
As empresas têm de enviar um modelo de requerimento em formato PDF e a listagem dos trabalhadores abarcados pelo layoff em Excel
Paula Franco, bastonária da Ordem dos Contabilistas Certificados (OCC), revela ao JN que…
A informação que tínhamos era no sentido de enviarmos os dois ficheiros separados. Mais tarde, surgiram instruções no sentido de serem zipados num só ficheiro. No entanto, houve empresas que enviaram em separado e o pedido foi aceite. Noutros casos, não. Há ainda quem envie os ficheiros zipados e, ainda assim, surgem problemas. Isso depende do funcionário ou centro distrital da Segurança Social
Portanto, tal como foi avançado por várias fontes, o problema estará no tamanho do ficheiro (seja ele em zip, PDF ou xlsx, que ninguém sabe qual é), mas que ao enviar os ficheiros em separado, alguns entram com sucesso, quando são zipados e enviados, há problemas nuns e noutros não. Mas ninguém diz qual é o tamanho, dizem que foi por causa do tamanho. Não fomos nós que não dissemos o tamanho 😉
Em resumo… na dúvida, mais vale enviar de forma separada (ficheiros pequenos), porque provavelmente quem gerou a plataforma para receber os documentos não acautelou o tamanho permitido para importação desses ficheiros. Está lá a dica de como tratar a coisa 😉
Obrigado pelo esclarecimento!!!
“Mas ninguém diz qual é o tamanho, dizem que foi por causa do tamanho. Não fomos nós que não dissemos o tamanho ”
É tanto tamanho em tamanha confusão. Espectáculo 🙂
O normal nestas ferramentas no início. Qual delas alguma vez funcionou tudo à primeira?
Estava a brincar com a repetição da palavra “tamanho” nas duas frases.
Um espectáculo 🙂
Afinal o tamanho importa 😉
Curiosamente no texto não falam do tamanho do ficheiro. Mas o problema para o layoff não ser diferido nunca seria o tamanho do ficheiro porque se o mesmo tiver tiver mais de 2Mb não se consegue submeter o pedido. Está escrito no local onde se submetem os documentos:
“Nota(*): Os ficheiros a enviar devem ser imagens (.JPG), documentos Word (.DOC), documentos OpenDocument/texto (.ODT), documentos PDF (.PDF) ou ficheiros comprimidos em ZIP (.ZIP), não podendo o seu tamanho exceder os 2MBytes. “
Obrigado pela informação.
Andamos a descontar para pagar ordenados a incompetentes. No meu caso, sempre que renovo o C.C. tenho uma discussão com a senhora porque quero activar as assinaturas digitais e ela faz sempre a mesma questão: mas isso serve para quê? não sei fazer isso tem de ver com a minha colega.
É isto que temos e PAGAMOS.
Já tive duas discussões com funcionários de organismos públicos que não estavam a reconhecer a validade da assinatura digital. Teve de ser o superior a desbloquear… Irra…
Estamos no sec.XXI e existem apps para tudo e mais alguma coisa, no entanto a S.Social ainda está no sec.XVIII ou menos!! Tudo isto era evitado se em vez de ser em papel o RC3056 ( preencher, imprimir, assinar, digitalizar em pdf com cuidado de não ultrapassar 2MB), depois ainda preencher o anexo RC3056/1 em excel, por fim juntar os dois num ficheiro zipado com o nome do NISS e enviar nos documentos de prova ( ufa…), poderiam ter feito um formulario online com permissões e validações, ficando logo registado o envio e praticamente validado! Mas não… Conclusão: burocracia a mais, quando se necessita de respostas rápidas dos serviços! Vamos para maio e ainda não pagaram março! Onde está o simplex?!
Não está. O Lay-off “simplificado” é tudo menos simples, tem levantado muitas dúvidas a todos, empresas, contabilistas, advogados e funcionários públicos, e eu, que não sou adepto das teorias da conspiração, acho que a legislação Covid-19 em geral está a ser propositadamente complexa para criar alguns constrangimentos, de maneira a impedir o rombo das finanças públicas. Cria-se a aparência de apoio para tranquilizar a economia, espalham-se umas cascas de banana e depois vai-se gerindo a situação aos poucos. É assim que a política funciona.
Por acaso se se tentasse enviar um ficheiro maior q 2 MB o sistema dá erro, não diz que erro é, só diz erro na submissão (é para a malta se pôr a adivinhar qual terá sido o problema).
O portal da segurança social directa é péssimo