Samsung quer voltar a lançar telefones com Windows Phone

Nunes says:

Relê o que eu disse!
“os custos de venda são ligeiramente inferiores à receita” – isto são dados da Microsoft
Custo de venda é o custo de materiais e fabrico (e creio que transporte tb). O que isto quer dizer é que a Microsoft não está tecnicamente a vender com prejuízo, já que vende a um preço ligeiramente superior a aquilo que lhe custa directamente o hardware.
No entanto, o seu negócio de smartphones dá um grande prejuízo
“mas os smartphones têm dado prejuízo à Microsoft”
por causa de muitas outras despesas associadas, como os salários dos funcionários, as garantias dos equipamentos, o desenvolvimento dos equipamentos, o marketing, etc!

Benchmark do iPhone 6 says:

Não é lucro bruto é margem bruta. No último quadro do link que puseste o
“phone hardware” contribui com 478 milhões para a margem bruta total, de 14.928 milhões.

Se agora fores para o primeiro quadro vês que a margem bruta, de 14.928 milhões não inclui as despesas de investigação e desenvolvimento, vendas e marketing, despesas gerais e administrativas e de integração e desenvolvimento.

Com estas despesas a margem bruta de 14.928 milhões diminui para o lucro operacional de 5.844 milhões (ainda não é o lucro líquido).

Se aos teus 478 de margem bruta do “phone hardware” somares esse tipo de despesas, que não está por áreas, passas (é mais do que certo, mete-se pelos olhos dentro) para resultados operacionais negativos (prejuízos) nos “phones”, Lumias e outros.

P.S. E ninguém contestou, nem a própria Micrososft, que estivesse a perder dinheiro com os “phones”, nem se esperava tal milagre, face aos resultados que a Nokia vinha a ter.

Nunes says:

@ WPMM
O dinheiro gasto na compra da Nokia não entra nesta análise. Nem sequer entra nas contas da divisão de telemóveis da Microsoft – não faz parte de resultados operacionais, é um item à parte nas contas da empresa.

Benchmark do iPhone 6 says:

Vou-te tentar explicar – e não preciso de ir à Wikipedia 😉
Temos então:
Vendas – custo de fabrico = margem bruta .
Quando se quer construir um indicador, para efeitos de comparação exprime-se em percentagem, coisa que para o caso não interessa para nada:

Margem bruta (em %) = margem bruta / vendas (em %)

O que lá está nos quadros da Microsoft como “gross margin” é “margem bruta”, como resulta claro ao não incluir despesas de investigação e desenvolvimento, vendas e marketing e despesas gerais e administrativas. Com estas despesas, a margem bruta de todos os bens serviços da Microsoft, 14.928 milhões, diminui para o resultado operacional de 5.844 milhões (“operating income”).

Na Wikipédia, embora de uma maneira, mal amanhada diz-se “Lucro bruto ou lucro das vendas ou lucro operacional bruto”. Nas contas da Microsoft, corresponde a “operating income” (lucro operacional). Temos então:

Margem bruta (“gross margin”) – despesas I&D, marketing, administrativas, marketing (não as despesas financeiras nem impostos) = lucro operacional (“operating income”).

Para todos os produtos e serviços da Microsoft (ver contas), para esses tês elementos da equação temos:

14.928 milhões – 9.084 milhões = 5.844 lucro operacional (ou, se quiseres “lucro bruto”.

No caso dos “phones” as contas da Micrososft dão-nos a margem bruta (478 milhões, incluídos nos 14.928 milhões, mas não individualizam as correspondentes despesas além das de fabrico (estão englobadas nos 9.084 milhões) nem o respectivo resultado operacional (está englobado nos 5.844 milhões).Então como se pode apurar o resultado operacional (“lucro bruto”) para os “phones” ?.

É apurável/pode ser estimado, mas não com as contas do trimestre que estão muito sintetizadas. Num comentário/link acima digo que é um prejuízo de 341 milhões.

Isso corresponde a 471 milhões (margem bruta) – 819 milhões de despesas de I&, administrativas, marketing e outras = – 341 milhões de resultados operacionais (“lucro bruto”).

Se achas que os 819 milhões é muito para essas despesas, convém lembrar que as despesas a anuais de marketing da Samsung são de 14.000 milhões.

Os teus 314 milhões de margem bruta, em que só consideraste os custos de fabrico (as peças e o que pagaste à fábrica que os montou) não dão nem para pagar as despesas de marketing do Lumia. Sim, os Lumia dão prejuízo e são vendidos abaixo do custo – porque não são só as despesas de fabrico que são consideradas.

P.S 1. A quem me aparecer com “conhecimentos” da Wikipédia, especialmente em português, não respondo mais nada.

P.S 2. O “calhau” tem relação com o “De onde vêm tanta ignorância” 😉

Nunes says:

@ Benchmark do iPhone 6
O Nuno aparenta tem razão! Não é por a tradução literal de “Gross Margin” ser “Margem Bruta”, que “Margem Bruta” tem o mesmo significado em Portugal em termos de contabilidade. Na verdade em Portugal Margem Bruta ou Margem de Lucro Bruto é uma percentagem, e Lucro Bruto é o valor monetário correspondente.
Mesmo em inglês o termo tem usos diferentes consoante o País!

Nunes says:

@ Benchmark do iPhone 6
se tens obrigação de saber explica então o que é lucro bruto, lucro operacional e lucro líquido, que são 3 coisas distintas, e indica uma referência para que se possa aprender mais! E não, não fui atrás da Wikipedia ou a um dicionário.
O que aparece nas contas da Microsoft são os termos em Inglês, não em Português. É isso que está aqui em causa. Em Portugal, Margem Bruta aplica-se à percentagem, tal como no Reino Unido, em quanto nos Estados Unidos tanto se usa para percentagem como valor monetário!

Nunes says:

@ Benchmark
Não sei para que é que estás a repetir isso tudo quando fui logo o primeiro a descrever isso sobre os resultados! O Nuno Vieira por outras palavras disse o mesmo,
Aqui a questão é o termo que se usa em Portugal para essa descrição. O Nuno Vieira disse Lucro Bruto e tu implicaste com isso dizendo que era Margem Bruta. Margem Bruta em Portugal usa-se para a percentagem e lucro bruto é um termo aceitável para o que se está a falar, embora muitas vezes se usem outros termos! Até agora o teu único argumento a defender esse uso em Português é olhar para um quadro em Inglês.

“o que importa é considerar como o custo do Lumia não apenas o custo de fabrico como também os restantes custos operacionais.”
No final é isso que importa [e isso tb eu já referi], mas a questão que foi levantada é que dizer “vender com prejuízo” está normalmente associado a vender abaixo do custo de fabrico/venda, algo que em muitas condições é ilegal – coisa que não parece acontecer com os Lumia! Sim, o Nuno Vieira implicou com algo que no contexto poderia ser interpretado doutra forma!

“depois convertem em percentagem e dá uns lucros fantabulásticos? ”
Isso é algo diferente pois essas análises sobre os preços de componentes e custo de fabrico são bastante incompletas. Podes pegar nos resultados oficiais da Apple e chegar facilmente à conclusão que a margem bruta global da Apple normalmente ronda os 38-40%, e com os iPhones deverá andar perto dos 50%.

Nunes says:

dumping?? Não falei em dumping [isso tem outra conotação e aplicação], falei em venda com prejuízo, algo que na lei portuguesa, por exemplo, está regulamentado e é vender abaixo do custo de venda, isto é, abaixo daquilo que custou a aquisição/produção do produto a vender. Os custos fixos, não relacionados com a produção e que não variam com o número de unidades vendidas [custos administrativos, R&D…], não entram no custo de venda! Se não acreditas vai ver a lei!

Quanto ao resto, a Apple indica “Gross Margin” nos seus resultados, da mesma forma que a Microsoft. Tal como “Operating income”, etc! Os custos que mencionas aparecem agrupados nos custos operacionais da Apple – custos de distribuição/transporte estão normalmente englobados nos custos de venda [Cost of Sales/Cost of Revenue]
A única diferença é que a Microsoft sendo maioritariamente uma empresa de software, no global tem relativamente poucos custos de venda e maior margem bruta. Mas com o seu hardware aparenta ter significativamente menores margens que a Apple.

Nunes says:

Na Indústria tb é possível determinar os custos de produção [mesmo que seja mais complicado de calcular, tb têm facturas e contratos] – há leis da concorrência que regulam a prática de preços predatórios na indústria.
De qualquer das formas o termo “vender com prejuízo” está associado à prática de venda a baixo do custo de venda, não englobando custos operacionais!

Nunes says:

@ Benchmark
Não é proibir, é a autoridade da concorrência poder determinar ser ilegal em determinadas condições a prática de preços predatórios – isso vem na lei da concorrência. No caso duma loja, esta pode vender abaixo do preço de custo em determinadas condições – não é só por ter posto um certo preço que se torna logo ilegal!
Dumping é um termo normalmente aplicado a comércio entre países. Toda a questão aqui foi sobre ter sido dito “vender com prejuízo”…