Queixas contra os serviços públicos disparam em Portugal
Portugal está a ser governado sob um governo de maioria absoluta e muitos são os que consideram que a situação dos serviços públicos se tem vindo a degradar. Dados reportados pelo Portal da Queixa indicam que houve um aumento de 40% das queixas apresentadas no ano passado, face a 2019, e que, só em janeiro deste ano de 2023, o setor público recebeu 1000 queixas.
Mas afinal, quais os serviços que mais dores de cabeça dão aos portugueses.
Os serviços públicos têm vindo a ser alvo de muita contestação nos últimos meses e as reclamações parece que estão a crescer. Esta semana assinala-se um ano da eleição do Governo de maioria absoluta e o Portal da Queixa apresentou um relatório com as reclamações dos consumidores dirigidas ao setor público, durante o primeiro ano de mandato.
As subcategorias analisadas para o estudo foram: Administração Pública, Câmaras Municipais, Empresas de Gestão Municipal, Institutos Públicos, Polícia, Emergência e Bombeiros e Serviços Sociais e Providência.
Entre o dia 30 de janeiro de 2022 e o dia 30 de janeiro de 2023, foram registadas no Portal da Queixa 13.517 reclamações dirigidas à categoria Serviços e Administração Pública, um aumento na ordem dos 40% em comparação com o período homólogo de 2019, onde se verificaram 9.710 reclamações. Só em janeiro deste ano, o setor público já conta com mil queixas.
Segundo revela a análise, no TOP 10 dos organismos públicos com mais reclamações figuram: o Instituto da Mobilidade e dos Transportes (IMT) com 4845 queixas (36% do total); a Segurança Social com 997 reclamações; o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF) com 915 reclamações; o Serviço Nacional de Saúde (SNS) com 840 queixas; e a Autoridade Tributária e Aduaneira (AT) com 789. Segue-se a Câmara Municipal de Lisboa que recolheu 457 reclamações; seguido o Instituto dos Registos e do Notariado (IRN) a acolher 391 reclamações; o Ministério da Educação teve 391 queixas; o IEFP a registar 348 e a Câmara Municipal de Almada recebeu 286 reclamações ao longo do período analisado.
Afinal, quais são as queixas dos portugueses?
Segundo o relatório, no IMT, o principal problema reportado refere-se à troca de carta de condução, a recolher 64% das reclamações registadas e o mau atendimento do serviço a gerar 12% das queixas.
Na Segurança Social, cerca de 25% das queixas dos portugueses estão relacionadas com o mau atendimento e falta de resposta do organismo e 31% reporta problemas com o Abono de Família.
No SEF, a maioria das reclamações (63%) aponta como motivo os problemas com a renovação do título de residência. As dificuldades no apoio prestado e no mau atendimento das delegações do SEF somam 29% das queixas.
Já no SNS, o mau atendimento e falta de apoio ao utente continuam a ser dos problemas que geram mais queixas, 56% do total. Outro motivo que absorve 21% das reclamações, está relacionado com os constrangimentos nos serviços de urgência hospitalares.
Relativamente à AT, os problemas com o IBAN, por causa do apoio extraordinário do Estado, geraram 63% das queixas dirigidas às finanças e o atraso com o reembolso do AutoVoucher e IVAucher representa 17% das reclamações dos portugueses.
Contra a Câmara Municipal de Lisboa destacaram-se sobretudo duas queixas: as multas de estacionamento (30%) e os problemas com a recolha de lixo (23%).
No IRN, também foram dois os principais motivos de insatisfação reportados: problemas no levantamento do cartão de cidadão (22%) e mau atendimento (14%).
Dirigidas ao Ministério da Educação, 90% das reclamações foram desencadeadas pelos problemas sentidos com o Portal das Matrículas e plataforma MEGA (manuais escolares gratuitos).
Já no IEFP, a demora na aprovação de estágios profissionais foi o motivo que maior percentagem de queixas gerou: 38%.
Da Câmara Municipal de Almada, o que os munícipes mais reclamaram foi da recolha do lixo (26%).
Qual a rapidez com que os problemas são resolvidos?
De acordo com os indicadores no Portal da Queixa, entre os vários organismos públicos, a Autoridade Tributária é a entidade que mais resolve os problemas que lhe são reportados, com 97,5% de Taxa de Solução, 99,9% de Taxa de Resposta e um Índice de Satisfação (IS) avaliado em 91 pontos (em 100), considerado “Excelente”. A destacar que AT foi eleita pelos consumidores “Marca Recomendada 2022”.
Na resposta às reclamações evidencia-se também o IEFP com 99,7% de Taxa de Resposta, Taxa de Solução de 95,2% e um IS pontuado em 88.3. De referir que também o instituto foi distinguido, este ano, como “Marca Recomendada 2022”.
Com altos indicadores de resolução destaca-se ainda o IMT com uma Taxa de Resposta de 100%, Taxa de Solução de 77,6% e um Índice de Satisfação cifrado em 82.2 pontos.
Também as duas autarquias do TOP 10 registam uma Taxa de Resposta elevada aos problemas dos munícipes: Câmara Municipal de Lisboa (100%) e a Câmara Municipal de Almada (97,1%).
Por outro lado, com baixos indicadores de resolução sobressai a Segurança Social com 16,2% de Taxa de Solução, 14,9% de Taxa de Resposta e um IS “Insatisfatório” pontuado em 16.4; o SNS com 8,3% de Taxa de Solução e 8,6% de Taxa de Resposta e um IS “Insatisfatório” de 10.4.
Também é baixo o nível de performance do IRN com 14.4% de Taxa de Solução, 13,5% de Taxa de Resposta e 15.4 de IS. O SEF é outro organismo com fracos indicadores: 15,4% de Taxa de Solução, 14,7% de Taxa de Resposta e 16.6 de IS.
Este artigo tem mais de um ano
O povo tem o que merece.
Teletrabalho no sector público resulta.
35h semanais também resulta.
Pontes nos feriados também resulta.
” São chamados funcionários públicos” mas na cabeça deles trabalham para o estado.
Não para o público que atendem!!!
Mentalidades…..
+1000
pay peanuts, get monkeys
A Grande maioria são pessoas idosas que se acham doutores! Como já trabalham a séculos se veem no direito de fazer o que quiserem no ritmo que quiserem como bem entenderem.
Bom mesmo seria meter malta nova que queira trabalhar!
A partir do momento que existe um ordenado tabulado…
De que vale uma pessoa trabalhar mais do que outro se ao final do mês o ordenado é o mesmo?
É um bom trabalho para quem pouco gostar e quer fazer
Rodrigo, tens um valor tabulado, só aceitas porque queres.
E a partir do momento que aceitas tens de desempenhar aquela função.
Agora eu aceito um trabalho para por parafusos de 1000€ e acho me no direito de só apertar 1 por dia porque é igual apertar 1 ou 50.
Lá está mentalidades…. Chefias que não valem nada, empregos para uma vida etc…
” Estou cá na (empresa) a 30 anos já só aperto 1 parafusos”
Tem alguma lógica???
É despedir essa gente toda, parasitas.
Eu por não querer, trabalho no privado. Neste país há quem aceite, como também há quem aceite viver do RSI… Como também há quem não aceite muitas outras coisas. Não somos todos iguais.
1000€ para colocar parafusos. Sendo trabalhador dependente, eu penso, se eu colocar mais parafusos em menos tempo (ser eficiente e fazer bem, que é o que falta muito neste país), o patrão, à partida, fatura mais porque fico disponível para outros trabalhos. Possivelmente mais tarde, o patrão reconhece o trabalho e aumenta o ordenado. Se não reconhecer, amigo não empata amigo, outro alguém irá reconhecer, há mais opções por aí.
Isto nunca acontece no público, logo por aí, não há motivação para fazer melhor. Depois há mais uma série de outros fatores… Estaríamos aqui o resto do dia.
Um bom fds
No publico não ha motivação para fazer melhor porque aquilo é um emprego para a vida, faças muito ou pouco.
Se ele fossem despedidos como acontece no publico, por mau desempenho de funcoes.
ja havia motivação.
Podiam dar 5000€ limpos por mes aos funcionarios publicos que a qualidade do servico era a mesma….
É mesmo a ver o que faz menos, ” para que me chatear”, é um trabalho para a vida….
Apesar de achar que muitos serviços públicos já estiveram melhor, não considero que analizar dados do portal da queixa seja um bom método. de 2019 para 2022 ocorreu a digitalização forçada da sociedade e por isso é natural que mais pessoas utilizem os meios eetrónicos para reclamar. Provavelmente o número de reclamações no portal da queixa também deve ter aumentado nas empresas privadas. O elevado número de queixas do IMTT revela provavelmente um problema nessa entidade e pode estar a enviesar os dados globais da administração pública.
Quanto à justificação de um comentário a atribuir a culpa às 35 horas, pontes,, etc,, tal situação já se verificava em 2019 pelo que mesmo que tais argumentos fossem válidos, não se aplicam no caso concreto.
Ainda bem que falas te no IMTT, já alguma vez tivestes de ir lá presencialmente??
Eu já, há uns 7 anos, e era uma fila gigante as 8h da manhã.
Por azar uma pessoa da minha família teve também de ir lá presencialmente, eu avisei vai cedo…
Chegou lá às 7h da manhã a fila gigante, havia lá pessoal desde as 5h da manhã!!!
Vivemos em que mundo???
Era digital que 90% pode ser tratado online,as se tiveres de ir lá… presencialmente é isto que encontras.
O problema é esse, atrás do teclado os tugas são todos revolucionários, heróis do teclado basta ler aqui os comentários no Pplware, são todos excelentes trabalhadores até parece incrível como ainda há falências em Portuga.
Mais uma vez relembro, normalmente vamos às instituições publicas para duas coisa, pagar ou reclamar, e qual quer uma das situações não despertam o nosso melhor lado.
Os serviços públicos sempre foram uma miséria. Só metem lá pessoal através de cunhas…