Qualcomm anuncia a linha Snapdragon 808 e 810 64bits
Muito se tem falado sobre os processadores ARM de 64bits, a Apple foi a primeira empresa a lançar um CPU comercial sobre a arquitectura ARMv8 mas desde logo outros fabricantes anunciaram também estarem a trabalhar no mesmo.
Nenhum dos fabricantes quer ficar para trás, e de momento, as 3 maiores fabricantes de SoCs já estão na corrida, Samsung, Nvidia e Qualcomm.
A Nvidia anunciou no CES 2014 a linha K1 que deverá ser lançada até Junho deste ano. O Nvidia K1 será lançado em duas versões uma em 32bits e outra em 64bits.
Esta linha vem mostrar o enorme interesse da Nvidia na área dos System On a Chip e no desenvolvimento dos GPUs ARM.
Especificações do Nvidia K1s
CPU 32bits: NVIDIA 4-Plus-1 Quad-Core ARM Cortex-A15 R3@2.3GhzCPU 64bits: Dual Core ARMv8 Denver@2.5Ghz
GPU: Arquitectura Nvidia Kepler com 192 cores gráficos com tecnologia CUDA
OpenGL: versão 3.1
Tipo de memória: DDR3L | LPDDR3
Memória máxima: 8GB com extensão de endereçamento de 40bits
Resolução máxima: LCD: 3840x2160 pixeis | HDMI: 4K (UltraHD, 4096x2160 pixeis)
Fab: 28nm
O Nvidia K1 Quad Core ARMv7 apesar de conseguir ser mais potente que a versão em ARMv8, ambos proporcionam uma enorme evolução neste segmento principalmente no GPU.
Como estava previsto, a Qualcomm apesar de já ter começado a corrida, apresentou no passado dia 7 a sua mais recente linha topo de gama ARMv8, os Snapdragon 808 e 810.
A fabricante já tinha apresentado em finais de 2013 três modelos, o 410, o 610 e o 615, que ingressaram o portefólio de SoCs para equipamentos de média alta gama com a tecnologia ARMv8 A53. Apesar de ainda não estarem a ser utilizados, é natural a gigante alargar a sua oferta para os topo de gama. Vamos ver as novidades desta nova linha.
Ambos os modelos funcionam sobre instruções 32 e 64bits ARMv8A ISA. O 808 tem dois núcleos de alta potência A57, acompanhados com quatro A53 de baixo consumo para pequenas tarefas. Já o 810 chega com 4 cores A57 e com outros quatro A53 de baixo consumo. Tratam-se dos primeiros Hexa e Octacore da fabricante.
Ambos os modelos têm 20nm (o 410, 610 e o 615 têm 28nm) e vêm acompanhados com a tecnologia ARM big.LITTLE.
Pode ser interessante ou não, mas estes dois modelos são os primeiros topo de gama da Qualcomm a seguir o modelo da ARM em vez de um desenhado pela própria empresa como o Krait 400 do Snapdragon 800. Mas talvez seja justificável por serem os primeiros Hexa e Octacore, os próximos já poderão ter um modelo custom.
O 810 também suporta a nova gama de memórias RAM, LPDDR4, Qualcomm VIVE 2-stream 802.11ac com multi-utilizador MIMO, que permite uma melhor eficiência de captação e recepção de sinal sem fios.
Suporta também USB 3.0, NFC e a nova tecnologia Qualcomm IZat (permitindo uma excelente precisão nos serviços de localização) e introduz suporte para a nova versão do Bluetooth 4.1.
Chegando agora ao campo do GPU, o Snapdragon 810 chega com o super poderoso Adreno 430 que promete ser 30% mais rápido nos jogos e um GPGPU 100% mais rápido que o 420 do Snapdragon 805. Também promete conseguir chegar a um consumo energético de menos 20% que o antecessor.
O Adreno 430 foi desenhado para transmitir em resoluções 4K através de uma interface externa com suporte para HDMI 1.4.
Por outro lado, o 808 traz um Adreno 418 que segundo a Qualcomm é 20% mais rápido que a geração anterior (Snapdragon 800 e 801). Suporta uma resolução máxima de 2560x1600 (WQXGA), tem suporte para OpenGL ES 3.1 com suporte Hardware Tessellation, Geometry Shaders e Programmable Blending.
O Adreno 418 proporciona um processamento de imagem de duplo ISP de 12-bit (o Snapdragon 810 proporciona 14-bit dual ISPs), suporte para memória RAM LPDDR3, Frame Buffer Compression e transmissão de imagens 4K para um ecrã externo através do HDMI 1.4.
Quanto à conectividade, ambos os modelos são compatíveis com LTE Cat 6 Advanced com 3 antenas de 20 MHz agregadas, permitindo velocidades de até 300 Mbps.
O Snapdragon 801 e 805 não trouxeram grandes melhorias face ao Snapdragon 800, este fez realmente um salto considerável em comparação aos seus antecessores. Estes dois novos modelos, o 808 e o 810, parecem vir trazer novamente esse salto mas já na arquitectura 64bits.
Possivelmente este ano não iremos ver nenhum equipamento com estes novos chips, no entanto, o Lenovo ThinkVision 28, vai incluir os novos Nvidia K1, não havendo certezas se o de 32 ou de 64 bits.
Press Release
Qualcomm Announces “The Ultimate Connected Computing” Next- Generation Snapdragon 810 and 808 Processors— New High-Performance 64-bit Snapdragon Processors Integrate Cat 6 LTE Advanced / Carrier Aggregation up to 60 MHz —
SAN DIEGO – April 07, 2014 – Qualcomm Incorporated (NASDAQ: QCOM) today announced that its wholly-owned subsidiary, Qualcomm Technologies, Inc., introduced its next- generation mobile processors for the Qualcomm® Snapdragon™ 800 tier, the Snapdragon 810 and 808 processors, which are designed to deliver the ultimate connected mobile computing experiences in video, imaging and graphics. The Snapdragon 810 and 808 processors are Qualcomm Technologies’ highest performing platform to date, completing Qualcomm Technologies’ lineup of 64-bit enabled, LTE-equipped chipsets for premium mobile computing devices. The Snapdragon 810 and 808 processors enable an exceptional overall user experience with seamless connectivity and industry-leading power efficiency for flagship smartphones and tablets.
Both the Snapdragon 810 and Snapdragon 808 processors integrate Qualcomm Technologies’ 4th Generation Cat 6 LTE Advanced multimode modem together with support for the Qualcomm RF360™ Front End Solution, and support 3x20MHz Carrier Aggregation, enabling speeds of up to 300 Mbps in the broadest set of spectrum deployment configurations to date. Both processors are designed in 20nm technology node with Cat 6 LTE, advanced multimedia features and 64-bit capability, all tightly integrated and optimized for exceptionally low power consumption that does not sacrifice performance, making them the first premium-tier 64-bit processors to enable LTE Advanced globally with a single design. These products underscore Qualcomm Technologies focus on 64-bit leadership, accelerating its availability across all product tiers while maintaining a long-term commitment to the continued development of its own next-generation custom 64-bit CPU microarchitecture, with more details expected to be shared later this year.
The Snapdragon 810 processor, as Qualcomm Technologies’ highest performing Snapdragon platform to date, also supports:
Rich native 4K Ultra HD interface and video, along with an upgraded camera suite using gyro-stabilization and 3D noise reduction for producing high quality 4K video at 30 frames per second and 1080p video at 120 frames per second. The combined 14-bit dual Image Signal Processors (ISPs) are capable of supporting 1.2GP/s throughput and image sensors up to 55MP. Advanced imaging software helps enable advanced mobile camera features, including enhanced exposure, white balance and fast low light focus.
The combined 64-bit quad core ARM Cortex-A57 CPUs and Cortex-A53 CPUs are designed to enable an improved user experience based on the advanced technology feature set, while implementation of the new ARMv8-A ISA enables improved instruction set efficiency. Designed for 4K displays, the new Qualcomm® Adreno™ 430 graphics processing unit (GPU) provides support for OpenGL ES 3.1 plus hardware tessellation, geometry shaders and programmable blending. The Adreno 430 is designed to deliver up to 30% faster graphics performance and 100% faster GPGPU compute performance, while reducing power consumption by up to 20%, as compared to its predecessor, the Adreno 420 GPU. The Adreno 430 GPU also enables a new level of GPU security for secure composition and management of premium video and other multimedia.
The Snapdragon 810 processor introduces high speed LPDDR4 memory.
Frame buffer compression and external 4K display support via HDMI1.4.
First mobile platform to implement Qualcomm® VIVE™ 2-stream 802.11ac with multi-user MIMO, which makes Wi-Fi® networks more efficient than ever in order to maximize the performance of local connectivity for mobile devices.
Support for Bluetooth® 4.1, USB 3.0, NFC and the latest Qualcomm® IZat™ location core for ubiquitous and highly accurate location services.
The Snapdragon 808 processor is designed for premium performance and integrates the same LTE-Advanced, RF360 and Wi-Fi connectivity as the Snapdragon 810 processor and includes 2K display support. Both chipsets are fully software compatible with the 64-bit ARMv8-A instruction set. The primary differences of the Snapdragon 808 processor include:
Designed for WQXGA (2560x1600) displays, the new Adreno 418 GPU provides support for OpenGL ES 3.1 plus hardware tessellation, geometry shaders, programmable blending. It is designed to support up to 20% faster graphics performance than its predecessor, the Adreno 330 GPU. The Adreno 418 GPU also enables a new level of GPU security for secure composition and management of premium video and other multimedia.
Configured with two ARM Cortex-A57 cores paired with a quad Cortex-A53 CPU.
12-bit dual Image Signal Processors.
LPDDR3 memory.
Frame buffer compression and external 4K display support via HDMI1.4.
“The announcement of the Snapdragon 810 and 808 processors underscore Qualcomm Technologies’ continued commitment to technology leadership and a time-to-market advantage for our customers for premium tier 64-bit LTE-enabled smartphones and tablets,” said Murthy Renduchintala, executive vice president, Qualcomm Technologies, Inc., and co-president, QCT. “These product announcements, in combination with the continued development of our next-generation custom 64-bit CPU, will ensure we have a tremendous foundation on which to innovate as we continue to push the boundaries of mobile computing performance in the years to come.”
The Snapdragon 810 and 808 processors are anticipated to begin sampling in the second half of 2014 and expected to be available in commercial devices by the first half of 2015. More information can be found at www.qualcomm.com/snapdragon. Developers can find tools to optimize their apps for Snapdragon processors at https://developer.qualcomm.com.
Except for the historical information contained herein, this news release contains forward-looking statements that are subject to risks and uncertainties, including Qualcomm Technologies’ ability to successfully design and have manufactured significant quantities of Snapdragon 808, Snapdragon 810 processors and next-generation CPU microarchitectures on a timely and profitable basis, the extent and speed to which the Snapdragon platform is adopted, change in economic conditions of the various markets Qualcomm Technologies serves, as well as the other risks detailed from time to time in Qualcomm Incorporated’s SEC reports, including the report on Form 10-K for the year ended September 29, 2013, and most recent Form 10-Q.
Este artigo tem mais de um ano
UAU!Acho que é um exagero para dispositivos portáteis! Mas quem sabe? Estes SOCs qualquer dia substituem os PCs de secretária… Estou em pulgas.
Lol, apenas é “importante” para os plebs que jogam no telemóvel.
já podem substituir, mas não verás as grandes marcas a lançar productos desktop arm…porque a intel(e a M$) vai concerteza intervir…a acontecer acontecerá de pequenas marcas…como tem vindo a acontecer…
Uma observação nas especificações do Nvidia k1 64bits, este não usa núcleos A53 ou A57. Usa um núcleo feito pela Nvidia e compatível com as instruções ARMv8
Obrigado pelo reparo e corrigido.
Grande bestialidade!
Isso, num portátil ultra-fino a correr linux, era um mimo!
+1
A ver vamos se o software vai dar uso aos 64bit
Possivelmente já a próxima versão do Android deverá ser 64bits, mas tal como aconteceu com o iOS 7, a primeira versão pode não tirar 100% partido do hardware, mas logo se vê.
O iOS 7 já é 100% a 64bits, tal como as aplicações da Apple! As aplicações de terceiros é que ainda estão a transitar para 64bits,
Eu não me referia ao iOS 7 não estar a 100% em 64bits, referia-me ao facto de quando chegou vinha com vários problemas devido aos 64bits, isto é, não estava 100% operacional.
Tal como irá acontecer com o Android, não há software perfeito.
Os problemas eram bugs, a maioria já corrigidos. Haver bugs não é o mesmo que “não tirar 100% partido do hardware”
Sim tens razão, e sei que dei a intender de forma errada, mas eu queria dizer, que tanto como o iOS 7, a nova versão do Android, se vier em 64bits, pode vir com falhas, tanto no sentido de não tirar aproveitamento a 100% do hardware bem como outros bugs.
O Android poder “não tirar aproveitamento a 100% do hardware”, não tem paralelo com o iOS7!
Mas acho pouco provável que isso aconteça, a não ser que se limite a ter só o kernel a 64 bits, mas numa altura destas já deveriam ter ido além disso, creio eu!
O iOS não teve bug nenhum relacionado com 64 bits… Alguém me elucida nesse aspecto qual foi o bug que apareceu por ser 64b?
Pois… inventar também eu sei…
O android, a vantagem que tem, é que todas as app’s, pelo menos as de baixa performance, ficam a correr a 64bit.
@ Nelson
Os bugs eram falhas ocasionais/aleatórias que ocorriam no iOS no iPhone 5S, e que não pareciam ocorrer noutros modelos! Assume-se ser devido à transição para 64bits, pois é perfeitamente natural que numa transição dessas apareçam alguns bugs ao início!
E como disse, tais problemas parecem já ter sido corrigidos, e nunca foram impedimento para tirar proveito a 100% do hardware a 64bits.
Isto não tem qualquer semelhança com a possibilidade do Android ao início vir só com o kernel a 64bits – algo que não terá quase impacto nenhum!
Não vem só com o kernel a 64bits, as alterações feitas no repositório vão muito além disso. E ao tempo que já andam nisto (há quase ou pelo menos 1 ano), é tempo mais do que suficiente para a nova versão do Android estar a 100% em 64bits.
@ Nelson
“O android, a vantagem que tem, é que todas as app’s, pelo menos as de baixa performance, ficam a correr a 64bit”
Não me parece que as aplicações no Android passem a correr a 64bits sem que tenham sido revistas para a nova arquitectura pelos programadores. O Android deverá ter que manter uma máquina virtual a 32bits para garantir a compatibilidade com as aplicações!
Pelo que sei, o ART já foi desenvolvido com esse objectivo.
@ Hélder Ferreira
Não faço ideia se no início é só o kernel, mas assumi que era a isso que te referias ao falares sobre o sistema não tirar todo o partido do hardware, ainda mais tendo em conta que neste momento é só o kernel que está pronto, e que a Intel está a distribuir uma versão do Android só com o kernel a 64bits!
O ART não resolve a questão das aplicações passarem a correr a 64bits em vez de 32bits. Uma máquina virtual qualquer pode teoricamente fazer isso, o problema é que as aplicações são feitas e testadas assumindo certas condições e bibliotecas, e uma transição destas tende a expor e a criar novos problemas que não foram assumidos a quando da programação. De modo que o mais seguro e o que evitará dores de cabeça durante uma transição destas, é manter a compatibilidade a 32bits para as aplicações que não foram revistas pelos programadores, por mais simples que seja o código!
@Nunes
Bem, o que a Intel fez foi, pegar no kernel do Android e compilar para 64bits, coisa que não deve ter levado mais do que 1 2 meses (suponho). O que a Google está a fazer é totalmente diferente.
Pelo menos já foram feitas alterações no platform/system/core e no frameworks/base, portanto sabe-se à partida que não será só o kernel.
A Google, pelo menos que se saiba, está desde Janeiro a fazer a transição. Visto que a nova versão do Android só vai chegar daqui a uns quantos meses (Entre Junho e Outubro), penso que o tempo é mais do que suficiente para a nova versão vir completa nos 64bits.
@Nunes, não tenho culpa que não te pareçam.
As aplicações correm numa máquina virtual que depois corre no linux/hardware, é tão simples como implementar essa máquina virtual em ARMv8.
@ Nelson
Lê o resto dos meus comentários!
Máquinas virtuais Java a 64bits têm às vezes problemas a correr aplicações desenhadas a 32bits.
A máquina virtual do Android teve problemas ao início para correr todas as aplicações em processadores da Intel – foram necessárias optimizações…
O problema é muito simples, as máquinas virtuais não são perfeitas (muito menos numa primeira versão) e não correm exactamente da mesma forma em todas as arquitecturas. As aplicações são desenhadas e testadas sob determinados parâmetros e usando determinadas bibliotecas, muitas aplicações até incorporam bibliotecas alternativas. Ao alterar a arquitectura corre um sério risco de muitas aplicações quebrarem e isso é perigoso para a reputação dos novos telemóveis. Por isso o mais pragmático é tentar manter a compatibilidade, e não forçar as aplicações a correr numa máquina virtual a 64bits, ainda mais quando os processadores podem correr código a 32bits!
É esperar para ver qual a opção da Google!
@ Helder Ferreira
“para a nova versão vir completa nos 64bits”
agora já é completa? decide-te.
Afinal o que é que querias dizer com “não tirar 100% partido do hardware,”
Vamos por partes, apesar do tempo dar para a nova versão do Android vir a 100%, não quer dizer que não possam haver partes do sistema que ainda precisem de mais tempo para serem transitadas.
Se assim for, a primeira versão da nova versão não vai aproveitar a 100% os 64bits.
Foi isto que quis dizer em cima, eu não disse que o Android não virá a 100%, eu só referi que pode haver hipóteses de não vir (devido a alguns factores).
Nenhum é octa-core que downgrade!!! Kappa
Nenhum é Octacore?
Que estranho… Então o que será um SoC com 2 + 4 ou 4 + 4?
Curioso que é a mesma coisa que os Exynos Octacore – 4 núcleos A15 (Alta performance) + 4 A7 (Baixa performance).