Portugal quer produzir hidrogénio no meio do mar
A aposta de Portugal no hidrogénio não é propriamente uma novidade. Recentemente, António Costa Silva, ministro da Economia, num evento em Hanover, referiu a importância do hidrogénio e disse que Portugal quer produzir hidrogénio em ilhas de eólicas no meio do mar.
O ministro acredita que "o futuro vai passar pelo hidrogénio".
Com uma plateia de empresários portugueses que marcaram presença na Hannover Messe, António Costa Silva referiu que "O futuro vai passar pelo hidrogénio e Portugal tem soluções". Portugal tem planos para produzir hidrogénio em ilhas de eólicas no meio do mar.
Para o governante, "na eólica offshore vamos ter produção massiva com ilhas artificiais afastadas da costa e ligadas à produção de hidrogénio", pelo que "as quantidades de hidrogénio serão importantes e temos na eólica offshore uma oportunidade de as desenvolver".
Costa Silva referiu ainda que "Vamos construir um grande polo de hidrogénio em Sines que pode ser fulcral. E a ligação com os nossos parceiros alemães que também estão à procura disso para a transição energética pode marcar paradigma de viragem".
A intervenção do ministro aconteceu no arranque da maior feira mundial da indústria, a Hannover Messe. Neste certame, estão mais de 100 empresas portugueses presentes, um número bastante acima da média habitual, que não costuma ir além das quatro dezenas, revela o Jornal de Negócios. O certamente decorre entre esta segunda-feira, 30 de maio, e a próxima quarta-feira.
O hidrogénio é um elemento químico gasoso, incolor, inodoro e insolúvel na água. É menos denso do que o ar e é o mais leve de todos os elementos da tabela periódica, a fórmula química é H2. Este elemento químico é sem dúvida uma das grandes alternativas para um futuro energético limpo, seguro e acessível. Com a transição energética em andamento, o H2 vai ajudar a acelerar os esforços globais de descarbonização a 100% e até poderá permitir chegar ao objetivo antes do tempo previsto.
Este artigo tem mais de um ano
À velocidade com que normalmente as coisas andam neste país talvez isto esteja em marcha para daqui a uns anos, quando já não for novidade noutros países e esses já estarem a apostar noutras alternativas!
Se a burrice humana for altamente energética, mais que o hidrogénio, talvez alguém possa no “estrangeiro”, claro, lançar a “novidade”, amanhã ou depois.
“Construam porra”…
hidrogenio é um optimo contentor de energia , isto é optimo, são optimas noticias 😀
Ironicamente, não é (ótimo contentor de energia, não as boas noticias). É um produto cuja combustão de facto liberta energia, mas a energia calorifica libertada é muito inferior a do diesel e da gasolina. Portanto, pela vertente da energia de combustão não vamos lá. Agora, pela geração de energia elétrica, talvez. Mas as células de combustível ainda têm de evoluir muito em eficiência. E para teres H2 suficiente para as alimentar, sendo o H2 um gás muito leve, precisas de o comprimir bastante. E para comprimires, precisas de um reservatório capaz de aguentar a elevada pressão interna, logo espesso e por isso pesado. Andas a transportar ferro, contendo um gás potencialmente inflamável a alta pressão num veiculo em movimento acelerado, conduzido por humanos, logo propensos a erros e distrações. Food for thought
Pedro – Sim muita coisa certa. Devo frisar ,com a notícia, não estamos apenas a tratar de hidrogénio, mas do local que se produz a energia eléctrica.
Com a particularidade de devolver menos de 70% da energia gasta para o produzir. É como um negócio em que por cada 100 euros que se entra não se tira mais de 70. Só numas determinadas condições pode dar lucro: se os 100 forem dos contribuintes e os 70 ficarem para mim. No hidrogénio idem.
Mesmo, não faz qualquer sentido armazenar 100 para depois tirar 30 no máximo, isso não se chama armazenamento, mas sim perca.
Tal como diz o prof Joaquim Delgado, o hidrogénio deve ser produzido e gasto no local onde é necessário, porque o seu transporte é caro e ineficiente. Apenas faz sentido para as industrias que o usam, como industria metalúrgica, petroquímica, química, etc.
Por acaso não é, tem todos os defeitos possíveis para que possa ser. Todas as vantagens que elegeram são na verdade desvantagens, dai ser sempre o futuro, porque no presente e no passado nunca teve viabilidade, e dificilmente terá.
Aconselho a verificar o que diz um dos maiores conhecedores da materia, o Prof Joaquim Delgado, doutorado em Sistemas de Energia.
Mais um esquema falido para encher os bolsos a corruptos, com tachos para a família toda.
Realmente uma ideia fantástica, com um oceano profundo e agitado. Vai ficar barata tal construção, não haja dúvida. Tudo é possível, haja dinheiro para tal. Daqui a meio século falamos sobre o assunto, para ver se já saiu do projeto, isto é, dos vários projetos que vão ser feitos ao longo desse meio século.
Gostei da parte do que parecem ser eólicas flutuantes (como na Escócia).
Quanto ao resto, cheira a mais um plano megalómano para alguns sugarem dinheiro de um país falido. O hidrogénio (ainda) não é algo rentável; utilizem a electricidade das eólicas directamente na rede.
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Fazer contas. Depois sera melhor deixar de sonhar… Sejam razoaveis.
No meio do mar para se as coisas correrem mal não haver grandes estragos
No meio do mar ? que falta de visão, o fundo marinho está completamente sub-aproveitado.
Julgas que o fundo marinho com todo o tipo de organismos a nascer e a encrostar-se é viável?
Porque é que julgas que a energia das marés ainda não foi aproveitada?
Mas faria de Portugal líder no domínio da soldadura sub-aquática aplicada a complexos industriais submersos . O dinheiro é para gastar, não é ?
Hehe. Com tanta impressão o dinheiro tem de ir para qualquer lado..
No meio do mar porque projetos envolvendo “hidrogénio é o futuro” têm sido sempre para “afundar” dinheiro, este é só mais um.
Foi só aparecer a UE a “oferecer” dinheiro para todos levantarem as “orelhas”.
Por que no meio do mar é não em terra? Será menos perigoso, como refere um dos comentários!?
Bom dia. O que disse foi apenas que fizessem contas. Vão ser…muito altas, com toda a certeza, pois o Atlântico não é para brincadeiras. Enfim.
Para si , tenho apenas que lhe notar, que o vento é frequentemente mais forte e “constante” no mar. Julgo, no entanto que apostar será difícil economicamente, na costa portuguesa, mais favorável.
No meio do mar porque projetos envolvendo “hidrogénio é o futuro” têm sido sempre para “afundar” dinheiro, este é só mais um.
Foi só aparecer a UE a “oferecer” dinheiro para todos levantarem as “orelhas”.
Realmente o mar é calmissimo.
Galamba e o resto da maralha política ja se está a por a jeito para se encherem de €€€€€ em offshore.
Nas ilhas Panamá, espertos sao eles!
Eu faria o mesmo.
Boa , boa, mais um Toninho…..apostar no certo é que não…produzir energia a partir do sol nos desertos Africanos ou até energia geotermica nos Açores… e depois trazê-la por cabo até cá…é demasiado realizável…interessa mais o hidrogénio e depois ficar a ver navios , como sempre
Sim, como sempre projetos envolvendo “hidrogénio é o futuro” têm sido sempre para “afundar” dinheiro, este é apenas mais um. Assim parece.
Foi só aparecer a UE a “oferecer” dinheiro para todos levantarem as “orelhas”.
Engraçado… Parece que o sr. Ministro nem o secundário fez… Então a grande novidade de que o hidrogénio é o gás mais abundante do planeta… Que planeta??? No nosso planeta não existe abundância de gás de hidrogénio aliás quase nenhuma.. É preciso processar…
O gás de hidrogénio é muito abundante no sistema solar… Não no nosso planeta…
E gastar 60kwh de energia verde para fazer 1kg de hidrogénio a alta pressão que apenas dá 120km faz bastante mais sentido que um BEV que com 60kwh faz 300km… Claro que sim… Mais uma claro exemplo da competência dos nossos políticos… O que vale é o €€€€ que se lixe a física e o futuro dos nossos filhos e netos…
Sim, e tem de contar com toda a parafernália para os abastecer, sejam tanques, bombas de alta pressão, refrigeradores (para arrefecer o gás antes do abastecimento, só para isto são mais uns kwh) os eletrolisadores caso produzam via electricidade, 95% atualmente é via refinarias através da reformulação de gases que contenham metano.
Depois usam as suas particularidades como vantagens, como na verdade são todas desvantagens, deixo algumas:
-é o elemento mais abundante do universo -> sim é, só que não se encontra solto no planeta terra, tem de se gastar enormes quantidades de energia para o obter numa pureza de pelo menos 99.5 %.
– é a molécula mais pequena e leve -> pois, aqui reside um dos maiores problemas, sendo pequena ela escapa-se até pelos intervalos das moléculas dos outros materiais, a produção de tanques é tão complicada que até é mais cara e com maiores emissões que a bateria para fazer o mesmo numero de kms num veiculo. Os tanques têm uma duração definida em X numero de abastecimentos e/ou anos até terem de ser trocados.
Sendo leve não é diretamente uma vantagem, a sua densidade em peso é alta, mas em volume é muito baixa, um camião para transportar 300 a 350 kg de hidrogénio transporta 27 toneladas de tanques, o que torna o seu transporte inviável. Um faro que tem acontecido na Califórnia, onde existe a mais velha rede de abastecimento, tem 18 anos, onde metade dos postos estão avariados e a outra parte com falta de abastecimento suficiente para os 11 mil carros que existem naquele estado ( uma pequena fração do que existe em 100% electrico), tem havido muitas queixas sobre falta de abastecimento e das horas que as pessoas passam nos postos para poder abastecer. Existe um grupo de facebook que até metem fotos quando é feito o abastecimento por trailers a diesel, onde conseguem abastecer 30 a 40 carros.
– é um combustivel barato -> errado, é caro devido a todos os processos que necessita e à energia que se gasta, atualmente na europa o mais barato que é financiado é na Alemanha 10€ euros kilo, França 15 a 17 euros, Noruega 18 euros – Inglaterra 15 a 18euros, Espanha- 17 euros. Em termos práticos um mirai faz 100 kms com 1 kilo numa condução citadina, AE já vai para 1.5 kg. Abastecer hoje a preços correntes custa entre 56 a 90 euros para fazer uma média de 350 a 450 kms. Isto é praticamente o dobro de um a combustão e 4 a 5 vezes mais que um electrico carregado nos postos públicos e 20 x mais que carregado em casa.
Porque é tão querido por muitos -> a maioria por desconhecimento, a outra parte porque é o modo dos carteis manterem os seus carteis.
– É limpo porque não tem emissões -> não é verdade, tem emissões de calor, vapor de água ( que é considerado um gás efeito estufa) e algum NOx. Coisas que nenhum electrico com bateria tem.
Sobre as emissões do fabrico, são bem piores, basta ver o relatório do estudo que a ICCT e T&E fizeram sobre o tema, e no mix atual de energia ficam perto dos veículos a gasolina.
– Abastece em 5 minutos -> é verdade sim, mas apenas nalgumas situações, especialmente se a temperatura ambiente for baixa e se for o primeiro a chega ao posto de abastecimento num intervalo de 15 a 20 minutos, que é o tempo de pressurização após ultimo abastecimento. Ou seja, se tiver fila contem com tempos de 13 a 15 minutos. Outro facto é que só se consegue encher o depósito a 100% no tempo frio, no verão o melhor que se consegue são 85 a 90%.
+100
é por causa dessas maluqueiras todas que eu vou comprar uns 3 carros a diesel, para ter um veiculo diesel por 50 anos!
As baterias também não são solução…são demasiado poluentes para contruir..e depois quando se estragam a poluição é brutal..
Só são pelo menos 3x menos poluentes que o seu diesel.
Pode comprar, duvido é que consiga movimentar com ele em todos os locais.
Deixe lá , você também vai evoluir no conhecimento e vai chegar a uma altura que é Você que não os quer.
Essa historia das 3 vezes menos poluentes parece-me uma falácia..
Já reparou no nível de poluição que é necessária para construir baterias?
E depois quando elas morrem…na melhor das hipóteses 10 anos mais tarde, já viu a poluição que é feita pelas mesmas?
Já reparou que ao fim de 10 anos você tem que pagar mais de 10000€ por uma bateria nova?
E só consegue andar uns 300Km, e demora um dia para carregar o veiculo??
Eu com um veiculo a diesel, encho o depósito em menos de 5 minutos e faço 1200km, com um depósito..
Há e não tenho que tocar o motor ao fim de 10 anos e pagar mais de 10000 por isso..
Quando você tiver uma alternativa para o meu Diesel, diga por favor, que eu ai posso pensar de outra forma…até lá não vale a pena.
Não existe nenhum combustível com uma densidade de energia por área sequer próxima dos hidrocarbonetos..infelizmente.
Talvez um dia podemos vir a descubrir alguma coisa, mas até lá os hidrocarbonetos vão continuar a dominar, pela facilidade de utilização, segurança, densidade energética, preço, durabilidade e autonomia.
Eu o meu diesel posso andar com ele onde eu quiser.
Falam do GPL também é uma alternativa, muito mais limpa e talvez até a opção mais viável ao petróleo, e sem o inconveniente dos electricos e hidrogéneo.
E você reparou onde ? com que contas ?
Eu uso factos, números e relatórios publicados.
Na melhor das hipóteses ? então quais teve ? é que tenho 3 veículos desses e o mais novo tem 12 anos, e nenhum teve de levar bateria.
E porque havia de meter nova ? não posso meter usada ? por exemplo de um carro batido ? por acaso tenho uma.
Quer dizer que você perde 5 minutos mais o resto do tempo para abastecer, e ainda gastar uma fortuna para fazer isso, ou esse dinheiro não conta ?
Eu perco no máximo 20 segundos por semana para carregar o meu, o tempo que ele está a carregar não conta, não estou lá a segurar o cabo.
300 kms num dia ? LOOOOL, já fiz 1200 num dia, e não é dificil encontrar testes onde fazem 1000 kms em pouco mais de 10 horas.
Para si não sei, com todo esse desconhecimento deve ser dificil arranjar-lhe algo.
Mas para mim foi alternativa ao meu diesel.
É verdade sim, que a densidade é muito grande, mas o desperdício também é enorme, não falta muito até que os carros eléctricos consigam passar os a combustão em termos de autonomia.
Não, com o seu diesel já não pode andar onde quiser, já existem cidades onde não podem andar, com o meu sim, posso andar literalmente onde quiser desde que não haja transito proibido.
Já agora fica ai o relatório onde tirei esses numeros:
https://www.transportenvironment.org/wp-content/uploads/2020/04/TEs-EV-life-cycle-analysis-LCA.pdf
Por acaso está muito enganado…
Se quiser informação, de relatórios e não estudos…
https://drive.google.com/file/d/1WxjcCV5TOx4Lmz-wrg4mQtCA9czXzPbG/view?usp=drivesdk
O relatório está acessível a todos…
Que bom saber que está tão interessado no futuro dos seus filhos e netos…
Quando não houver água potável acessível ou local seguro para viver sempre pode dizer que fez a sua parte….
Força Portugal. Quem não arrisca não petisca. E, velhos de Restelo sempre os houve e continuará a haver.
E quem arrisca em tecnologias já testadas e falhadas, o risco de falhar é o mesmo..