Portugal: Proteção de Dados investiga software que filma alunos
Já ouviu falar no software Respondus? Com a pandemia por COVID-19, têm sido vários os desafios nas mais diferentes áreas da sociedade. A área da educação é uma delas, sendo que o online foi a solução encontrada para dar seguimento aos trabalhos. Com as avaliações dos alunos houve também novos desafios e poderão ter existido barreiras que foram ultrapassadas.
Um software usado na avaliação de universitários do Minho que guarda sons e imagens está agora a ser "investigado".
Software Respondus permite captar os movimentos e o som dos alunos
A Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) está a investigar a legalidade da utilização do software Respondus, adotado por universidades portuguesas para a avaliação à distância dos alunos, uma vez que existem suspeitas da violação do Regulamento de Proteção de Dados, revela o JN.
Segundo o jornal, o programa consegue bloquear o computador onde é instalado. Além disso, consegue captar os movimentos e o som dos alunos e analisa-os com algoritmos para perceber se estão a copiar. A investigação da CNPD surge após uma denúncia de André Teixeira, presidente da Associação de Estudantes de Direito da Universidade do Minho.
Confirmo que a CNPD recebeu a denúncia em causa. Tendo considerado que havia indícios de violação do regime de proteção de dados, decidiu abrir processo para averiguar o caso
Na denúncia, o estudante pede à comissão que considere ilegal o uso daquelas ferramentas, uma vez que estas são suscetíveis de violar "o direito à reserva da vida privada dos alunos e das suas famílias", bem como "o Regulamento Geral de Proteção de Dados".
De referir que este software, com a funcionalidade Lockdown Browser e Monitor, impede que o aluno use outros browsers. Nas orientações de captação de imagem e de som em avaliações à distância, a Universidade do Minho declara que não poderão ocorrer “a captação e utilização de dados biométricos do estudante” ou a “exploração remota do computador”. Mas é isso que o programa é acusado de fazer em vários países. Por outro lado, instituições como a universidade do Porto, Aveiro e Instituto Politécnico de Beja recusaram tal sistema.
Este artigo tem mais de um ano
Um bom software para correr dentro de uma vm
Querem tanto que nao se copie que acabam por fazer coisas ilegais
A partir do momento em que o computador não é propriedade da escola não é diferente de instalar RATs (Remote Access Trojan)
Isto não é novidade nenhuma, a Universidade do Minho está uma autêntica ditadura. Estão aproveitar-se da pandemia para fazer o que lhes apetece e ainda lucrar. Todos os dias há alunos a protestar e a fazer denúncias no email institucional… Porque será?! Isto é apenas uma piada, quando comparado com tudo o resto que acontece debaixo dos panos. Até era giro os jornalistas investigarem, ainda era capaz de umas boas notícias e a demissão de metade dos diretores
Este pessoal das universidades só chora. Claramente nunca fizeram uma certificação ou exame com um online proctor. O esquema é exactamente o mesmo, e está autorizado no contexto do RGPD como interesse legítimo. Não aceita as condições, não é obrigado a fazer o exame. Quem não quiser, que faça o exame presencialmente. O putos copiaram todos o ano passado e agora choram.
Sei de faculdades em que os directores estavam informados de fraudes que aconteceçaram durante o confinamento do ano passado. Abusaram, agora aguentem. Não se armassem em chico-espertos!