NASA revela o X-59: um jato supersónico experimental como nunca antes visto
Construído em parceria com a fabricante de aviões Lockheed Martin, o X-59 faz parte da missão da NASA, agência espacial americana, de encontrar uma forma de as pessoas utilizarem os voos supersónicos para viagens mais comuns. O X-59 (até o nome soa a mistério), não desiludiu definitivamente.
O seu novo jato supersónico silencioso foi concebido para minimizar o estrondo sónico que cria quando ultrapassa a velocidade do som. Este voará a 1,4 vezes a velocidade do som e o seu voo inaugural está previsto para o final deste ano.
O jato é o resultado de um projeto conjunto entre a NASA e a Lockheed Martin e tem um objetivo simples mas ambicioso. O sonho é revolucionar as viagens aéreas, produzindo uma nova geração de jatos comerciais que podem viajar mais depressa do que a velocidade do som.
É importante notar que esta será a próxima geração de aviões supersónicos, uma vez que o Tupolev TU-144 (voo inaugural a 31 de dezembro de 1968) e o Concorde (voo inaugural a 2 de março de 1969) foram os primeiros.
X-59 espera resolver a o problema do "boom" sónico
O voo supersónico é a capacidade de voar a velocidades superiores à velocidade do som. O valor da velocidade do som varia consoante a densidade do ar, mas ao nível do mar é de 1.224 km/hora. Se voar mais devagar do que isto, o voo é subsónico, se voar mais rápido torna-se supersónico.
Os aviões que ultrapassam a barreira do som produzem o famoso "boom" sónico, mas este não ocorre no momento em que um objeto atravessa a barreira do som.
A explosão sónica, que é o efeito de ondas de choque comprimidas, é um som contínuo que ocorre durante todo o tempo em que a aeronave viaja mais depressa do que o som. Para os observadores em terra, só se sente o estrondo quando as ondas de pressão passam por cima de nós. O som pode ser bastante incómodo, pelo que o X-59 espera resolver a perturbação que provoca.
O design do X-59 parece saído diretamente de um filme de ficção científica. Tem 30 metros de comprimento e 9 metros de largura. Tem uma ponta fina e afunilada que ocupa cerca de um terço do comprimento total e espera-se que interrompa significativamente as ondas de choque que criam o boom sónico.
Devido ao design e à ponta comprida, o piloto senta-se a meio, o que torna difícil obter uma visão frontal adequada a partir de uma janela. Para resolver este problema, câmaras de alta resolução alimentam um sinal para monitores 4K no cockpit como parte do "Sistema de Visão Externa".
O Concorde foi desativado em 2003, depois de ter voado durante 27 anos. Desde então, temos estado limitados a voos subsónicos e a viagens que duram muitas horas. Se os voos de teste do X-59, no final deste ano forem um sucesso, então talvez possamos ver tempos de viagem mais rápidos à volta do mundo nos próximos anos.
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Vão andar a bateria?
Vai usar bateria mas não para impulsionar os motores. Até pork depois ninguém os ia querer comprar em segunda mão
Imagino as decadas que isto já não tem, para só agora estarem a apresentar ao zé povinho…
E o ambiente como vai ?
Ninguém se preocupa ?
Mais depressa para quê?
I just wrote i nice comment, and lost it all. A “morte” do concord ditou o fim da era supersónica a nível comercial, mas não ditou o fim da pesquisa nem do interece de voltar a voar a essas velocidades comercialmente. É uma boa escolha agora que as diferentes ciências evoluiram bastante, permitindo novas construções, novos componentes eletrónicos, novos i diferentes systemas de propulsão novas matérias primas etc.
Sim, acredito que temos toudos os ingredientes para voltar a voar à velocidade do som, i mais