Mário Centeno admite que tem “algum horror a pagamentos automáticos” e deixa conselhos!
No encerramento da sessão solene da Semana da Formação Financeira 2025, em Lisboa, Mário Centeno admitiu que tem "algum horror a pagamentos automáticos" e deixou alguns conselhos para as finanças dos portugueses!
Como economista, e seguramente também como governador do Banco de Portugal, e presidente do Conselho Nacional de Supervisores Financeiros, confesso-vos que tenho algum horror a pagamentos automáticos.
Admitiu Mário Centeno, argumentando que "quando automatizamos demasiado a nossa despesa, deixamos de ter exata noção da despesa que estamos a efetuar".
Durante o encerramento da sessão solene da Semana da Formação Financeira 2025, em Lisboa, o governador do Banco de Portugal destacou a importância da literacia financeira, nomeadamente numa era digital.
Além disso, deixou alguns conselhos para as finanças dos portugueses.

Mário Centeno, economista, governador do Banco de Portugal, e presidente do Conselho Nacional de Supervisores Financeiros
Primeiro, aconselhou a que não se "abuse" dos pagamentos automáticos. Depois, ressalvou a necessidade de se começar a poupar cedo: "é de pequenino que se financia o destino", disse.
Citando Herman José, com a canção "amanhã começo a dieta", Centeno explicou que "poupar é como fazer dieta".
O governador do Banco de Portugal sublinhou a necessidade de se criar almofadas financeiras e, assim, criar "as condições para, no futuro, perante aquilo que é incerto", poder "dar respostas afirmativas, mais vezes, a esta pergunta essencial: se estamos ou não preparados".
Na sua intervenção, Mário Centeno exemplificou esta necessidade de preparação para os choques com uma decisão política várias vezes adiada: o novo aeroporto de Lisboa.
Conforme explicou, "a decisão do aeroporto foi tão tardia, porque, quando estávamos mesmo quase, no passado, a decidir, acontecia um choque. E não nos tínhamos preparado para, durante esse choque, poder manter essa decisão em cima da mesa".
Fala muito, mas tem contabilista para lhe tratar de tudo, então assim é fácil de falar. Não tem a vida que a maioria dos portugueses tem. Devia era estar calado, fazia melhor figura.
Sim, mas o portugues paga o netflix, spotify, impressora, cão, gato, piriquito e não se abstém de nada.
Mas aí já sabe.
E não paga em dinheiro vivo.
Quanto ao novo aeroporto de Lisboa, antes da queda/demissão do atual governo, a bola estava do lado da ANA, que tem 6 meses para apresentar uma proposta. Por isso, o processo não é interrompido – senão, tinha sido interrompido outra vez.
Parece óbvio que as grandes obras públicas devem ser consensualizadas, para não acontecer o mesmo que no aeroporto de Lisboa – em que se voltou a uma decisão, de 2008, de um governo de Sócrates.
Pois!
Almofadas financeiras com 800€/mês???
Acredito que 800€ não deve ser fácil mas também depende muito da zona do país onde resides, há zonas do país que 800€ “valem mais” do que outras.
com 800€ a unica solução é mudar de emprego..
ou vives em casa dos pais em freixo-de-espada-à-cinta e o máximo que fazes fora de casa é ir ao café central do freixo ao domingo depois de almoço ou não sei como se vive como isso
deixem-se de politica nos comentários…vamos falar de tecnologia não?
+1, há pessoal que ainda não reparou que aqui se fala de tecnologia
+1000000
Mesmo, a politica não interessa vamos e falar de coisas para totos
O horror que eu tenho aos pagamentos automáticos é a facilidade com que alguém ativa um sem a autorização ou conhecimento do dono da conta. E quanto a isso não vejo o Banco de Portugal preocupado.
hoje em dia precisam de autorização do titular, se o fazem sem autorização é facil resolver
É fácil quando se deteta e quando se sabe o que fazer. Mas há muitas situações em que as pessoas não consultam a conta com regularidade, principalmente pessoas de mais idade.
E sim, precisa de autorização mas na prática podem fazer sem ela. Basta ser uma empresa com serviço DD ativo e arranjar o IBAN. Nós aqui na empresa nem temos de enviar nada para lado nenhum, a documentação fica toda cá. Obviamente numa empresa bem intencionada, fazem as coisas bem feitas. Nas mal intencionadas…
Além disso, muitas empresas têm o número de conta bancária nas faturas. O que já nos aconteceu, foi alguém usar o nosso numero de conta para ativar um DD do círculo de leitores entre outras coisas. E na verdade, nem é assim tão fácil de ver. Numa empresa normalmente os movimentos são todos verificados, mas pode demorar algumas semanas. Já nos particulares a coisa é diferente. Não é assim tanta gente que anda sempre a ver a conta e o prezo para revogação de operações efetuadas é de 8 semanas se não estou em erro, o que não é assim tanto. Apanham as contas dos velhotes e é uma festa.
A minha app do banco notifica-me de todas as transações, Revolut style
A minha também. Mas há tanta gente que nem net banking nem app.
Atualmente há serviços, por exemplo operadores de internet ou de eletricidade, que oferecem descontos com algum significado quando se opta pelo pagamento automático. E pode haver esquecimento de pagar uma fatura e cortarem o serviço (o que no caso da eletricidade pode ser um belo sarilho).
O que é preciso é conferir as faturas antes da data de vencimento do pagamento (e cancelar o débito direto quando se muda de operador, porque senão continuam a cobrar, indevidamente).
Não tenho ideia de ser possível ativar o débito direto sem conhecimento do dono da conta (mas pode ser induzido em erro e burlado).
Dependendo da forma de acesso à rede SDD (serviços de débitos diretos), é completamente possível ativar DDs sem conhecimento do titular da conta.
O nosso procedimento (correto) aqui na empresa é o seguinte:
Solicitamos um comprovativo do número da conta em que conste o nome da pessoa que assine. Se forem vários titulares, o documento não pode estar no nome de outra pessoa, tem obrigatoriamente de conter o nome de quem assina.
Preenchemos o formulário com os dados, a pessoa assina e nós registamos o pedido junto do banco. Não enviamos documentação nenhuma, arquivamos tudo nós. Chama-se algo como “documentação à guarda do credor” ou algo assim.
Ora, uma entidade mal intencionada que arranje o número da conta pode fazer o processo todo. Não tem o documento assinado, mas é preciso que alguém reclame disso dentro do prazo para revogação dos movimentos. Fora do prazo, eventualmente só em tribunal. E já sabemos no que dá isso (ou melhor, não dá em nada).
Homem sensato e inteligente.
Eu tenho é horror aos recebimentos automáticos na minha conta. Há anos que são um horror.
Eu acho que o acesso aos DDs deveriam ser todos manualmente aprovados pelos devedores. Era feito o pedido e o cliente tinha de aprovar o DD na app, no portal web, na caixa MB ou até na agência bancária. Assim seria o procedimento correto.
Quando às operação serem automáticas, não me faz confusão nenhuma. As entidades são obrigadas a comunicar os valores do débitos. Se o valor for variável, é obrigatório (não tenho a certeza se é) comunicar a cada débito. Se for um valor fixo não é obrigatório comunicar a cada movimento. Acima de tudo, a questão não é o “sistema”, mas sim a gestão de cada um. E acho que é exatamente disso que ele está a falar.
A CGD tem uma funcionalidade porreira, é a notificação de um novo débito ou da cobrança de um dévido.
As vezes falha, mas pelo menos tem esse alerta.
Outro banco julgo ser o ActivoBank.
PorcoDoPunjab paga as facturas quando recebe o email do pagamento.
Não há cá débitos directos e indirectos para ninguém.
Antes de pagar quero saber o que estou a pagar e se está certo.