Governo vai criar mapa do território com tecnologia LiDAR
O gabinete da ministra da Coesão Territorial autorizou a Direção-Geral do Território (DGT) a realizar a despesa referente à aquisição de serviços de informação geográfica com tecnologia LiDAR para o território de Portugal continental, até ao valor de 5 550 000 €.
Saiba quais são os objetivos.
Portugal vai ter um mapa do território em 3D. O diploma foi publicado no Diário da República hoje e revela que o projeto já estava previsto no Plano de Recuperação e Resiliência (PRR). Segundo o documento, “a altimetria constitui um tema fundamental da cartografia topográfica e é utilizada para múltiplas finalidades pela Administração Púbica e pelas entidades privadas”.
O Governo releva que atualmente não existe uma cobertura integral do território de Portugal continental com informação atualizada.
O que é a tecnologia LiDAR?
A tecnologia LiDAR (Light Detection And Ranging, algo como Deteção e Distanciamento de Luz em tradução livre) é usada em carros autónomos e recorre a lasers para criar um radar que perscrute o ambiente e meça a distância com precisão.
Baseia-se numa tecnologia ótica que mede as propriedades da luz refletida, permitindo assim obter a distância precisa relativamente a um objeto distante. Este conceito poderá soar algo familiar, uma vez que há já alguns anos que podemos encontrar, nas câmaras de alguns equipamentos Android, sensores ToF 3D, uma espécie de LiDAR, mas sem scanner - saber mais aqui.
Considerando ainda que a tecnologia LiDAR tem também a vantagem de permitir obter, para além de informação altimétrica sobre o solo - modelos digitais do terreno, informação altimétrica sobre a superfície - modelos digitais de superfície. Esta característica, que habitualmente não está incluída na cartografia topográfica tradicional, permite que esta informação geográfica seja utilizada em múltiplos setores de atividade, atendendo ao seu carácter transversal. Outra especificidade desta tecnologia decorre do facto de permitir adquirir informação geográfica com um rigor posicional muito superior às restantes metodologias convencionais e com elevada eficiência.
Segundo o que está definido, dos 5,55 milhões de euros aprovados, pouco mais de 3,6 milhões estarão alocados a 2023, com os restantes cerca de 1,94 milhões a serem atribuídos ao ano seguinte, de 2024. “A importância fixada para o ano de 2024 pode ser acrescida do saldo que se apurar na execução orçamental do ano anterior”, permite a portaria.
Este artigo tem mais de um ano
O Musk faz isso só com câmaras. Fica mais barato! :d
Mais uma empresa que será criada para ganhar esse concurso…
Qual será resolução/precisão? Como sempre temos a propaganda mas nunca informação relevante para perceber o valor do trabalho.
Já existem alguma partes do território com LIDAR mas a resolução é mediocre e o site da Direcção Geral do Território é um desastre com links colocados pelos próprios que nem funcionam e uma navegação kafkiana.
LIDAR não tem “resolução”. Não é fotos de 60000gb para os meninos usarem nas redes sociais.
Além de que se soubesse o mínimo dos mínimos, tinha ido ler as 8733 páginas do concurso (ajuda: a resposta que fez, está entre a página 1179 e a 1631).
Haja paciência para LiDAR com este DesGoverno!
Não foi com o meu voto que esses inúteis ganharam as eleições…
Ia jurar que o mapa de Portugal para o OpenTTD já tinha isso…
Nem próximo… Lidar não é só imagens 16k que custaram 652 milhões de euros.
Exato…. dá aí uma apitadela aos gajos. Poupamos todos uns tostões
Lá vai subir o IMI…
Maior problema vão ser umas centenas de autarquias que registaram 83000 milhões de euros em certas situações, que nunca foram feitas.
Desde as alterações de PDM porque um amigo do presidente quer construir um prédio de 28 andares, num sítio que é reserva agrícola, até ás definições de limites de produção, que são violadas e os autarcas recebem bonificações monetárias por isso acontecer, ao mesmo tempo que patrocinam festas de verão.
Faz-me lembrar uma visita de estudo que fiz algures em 2005 a uma camara municipal, já não me lembro de que concelho. Na altura tinham um departamento inteiro a desenvolver um mapa digital do concelho com fotografia satélite em 3D estereoscópico com uma base de dados de negócios e pontos de interesse na zona. Tinham uns monitores CRT gigantescos que usavam com óculos de visão estereoscópica para fazer ajustes manuais os mapas. Um investimento enorme para literalmente meses mais tarde ser tornado completamente obsoleto pelo Google Maps.
É lidar…
As FUNDAÇÔES, já deram muito que falar ! Agora há que arranjar a maneira de o dinheiro escorregar por outros caminhos ! Olhem, já viram os milhões que a TAP vai mamar até ao fim do ano ? E depois logo se vê, só não se vê alguém que acabe com este SAQUE. VOLTA SALAZAR.