França vai aplicar impostos ao Facebook, Google e Amazon a partir de dezembro
As negociações da União Europeia para atualizar as regras fiscais internacionais está demorada. E a pandemia foi uma das principais culpadas. Mas a França quer que a UE avance com a aplicação de impostos digitais a grandes empresas tecnológicas com sede nos EUA, como por exemplo o Facebook, a Google e a Amazon.
Esta proposta foi feita nesta quarta-feira pelo ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire. E enquanto esta questão não avança, a França vai começar a aplicar a sua própria taxa a estas empresas já a partir de dezembro.
Em 2019, a França aprovou uma taxa de 3% aplicada a empresas como o Facebook, Google e Amazon. No entanto houve um acordo entre outros países da União Europeia que, em janeiro deste ano, se comprometeram a lançar uma iniciativa conjunta. E, assim, a aplicação do imposto francês ficou suspensa.
No entanto, a França está impaciente com a demora que este processo está a levar e vai começar a aplicar a sua taxa já em dezembro.
UE deve avançar com impostos digitais, diz a França
De acordo com o ministro das Finanças francês, Bruno Le Maire, nesta quarta-feira, a União Europeia deve avançar com planos de aplicação de impostos digitais, caso as negociações globais na OCDE para reescrever as regras tributárias internacionais falhem.
Os ministros das finanças do G20 concordaram que se deve estender até meados de 2021 as negociações para atualizar as regras fiscais transfronteiriças para o mundo digital, uma vez que as negociações ficaram suspensas devido à pandemia da COVID-19. Para além disso haverá também as eleições presenciais nos EUA, o que poderá mudar o rumo deste processo.
Segundo a Reuters, Le Maire diz que Steven Mnuchin, Secretário do Tesouro dos EUA, se opôs às propostas da OCDE sobre a tributação digital. Estas taxas pretendem desencorajar as gigantes da tecnologia com sede nos EUA, como a Google, Facebook e Amazon de transferir legalmente os lucros para países com impostos mais baixos, como a Irlanda.
Para além disso, o ministro francês diz que as possíveis mudanças nas eleições, não vão necessariamente fazer mudar a opinião dos EUA sobre este assunto. No entanto reconhece que uma nova administração poderá ser menos agressiva nas retaliações comerciais.
Ou se aceita uma prorrogação por meses, talvez anos, ou se considera que impostos justos sobre as atividades digitais são urgentes e, neste caso, a Europa dá o exemplo.
Consideramos indispensável que a Europa dê o exemplo e adote a tributação digital o mais rápido possível.
disse Le Maire.
França vai aplicar o seu imposto digital a partir de dezembro
Para já então não existe uma regra global sobre os impostos internacionais. Mas são cada vez mais os países que tem seguido o exemplo da França com planos para o seu próprio imposto sobre os serviços digitais.
O país de Emmanuel Macron suspendeu a cobrança dos seus impostos até ao final do ano. No entanto, uma vez que as negociações serão adiadas até 2021, Bruno Le Maire adianta que o imposto francês sobre os serviços digitais será cobrado, como planeado, a partir de dezembro.
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Fonte: Reuters
Neste artigo: Amazon, Bruno Le Maire, Facebook, França, Google, impostos digitais, União Europeia
Acho muito bem, a Amazon destroi uma quantidade enorme de empregos e empresas onde se instala e tem lucro de biliões, tem que começar a contribuir para a sociedade.
Aliás na América ja existe a preocupação de “quanto grande” a Amazon de está a tornar tem um poder descomunal, sou a favor do livre comercio mas quando algo atinge esta grandeza assusta.
A Amazon já contribui, por isso que milhões de pessoas preferem seus serviços e á financiam. Sem contar que arrecadar mais impostos não nessáriamente significa contribuir para a sociedade, geralmente é só para um grupo bem específico de afortunados.
E será que o Jeff Bezos precisa de tanto $$$ ?
Para a Amazon ou o Jeff Bezos, grande nunca é demasiado grande. Que se lixe o peixe miúdo.
Jeff Bezos não tem tanto $$$. Ele tem 11% da loja de livros que ele mesmo fundou e sustentou em tempos em que as secretárias eram na verdade portas recicladas. Essa loja de livros agora vende de tudo, ao melhor preço que Wortens ou Jumbos com décadas de monopólio. Tem entretenimento melhores que RTPs ou SICs com décadas de monopólio e por aí vai.
Não sou nenhum fã boy da Amazon, mas reconheço caso de sucesso deles. Se reinventaram tantas vezes para acompanhar as tendências e as pessoas não conseguem ver o risco disso. A história dos mortos ninguém conta. Parece que há uma tendência de achar sucesso uma coisa errada. E a prova do caso de sucesso é o fato de ser avaliada em 1.5 trilhões $, pois os seus serviços continuam a ser os melhores e com têndencia de melhorem ainda mais.
No final, é uma questão de prespectiva. Eu pessoalmente acho lógica a fortuna de Jeff Bezos. Se ele poderia distribuir -por livre e espontânia vontade-; isso é com ele.
Nós como consumidores podemos agradecer a empresas como a Amazon, pelos seus preços bons (nem sempre) e pelos seus serviços, mas eles ao comprarem em grandes quantidades, não estão propriamente a competir com os outros ao mesmo nivel ou de forma mais justa/honesta.
Então copiar produtos (AmazonBasics) e fazer dumping é aceitável para o sucesso???
+1
Já sabem, se avançam com esse imposto, vão levar com um imposto igual na exportação de vinhos para os EUA.
O Trump é danado nestas coisas…
E então que se aplique um imposto igual nos produtos da Apple.
E quem perde são os consumidores. Tudo por causa dos imbecis dos políticos europeus e da sua apetência por taxar e sugar quem trabalha.
E depois vão obrigar os utilizadores a pagar uma comissão também? A mim não me afecta o Facebook e a Amazon mas uso alguns serviços Google…
Pois, mas isso devia ser consertado com toda a UE!
Enquanto as pessoas forem iludidas a sustentar estes monopolios em vez de apoiar o local
Digital? controlo? perda de peivacidade ? nao obrigado
A europa só sabe criar impostos contra quem produz riqueza, é a unica coisa que os políticos sabem fazer. E eu estou à vontade para falar porque odeio o facebook. Mas é por esta mentalidade que não existem empresas tecnológicas europeias de relevo mundial.
Quando a impostos sobre essas grandes empresas fico num NIM. Sou mais apostolo que essas empresas se desejarem fazer negócio num pais, deveriam ter uma “filial” lá, com NIF local e faturar localmente tudo que é negociado localmente.