Ensino profissional: cada vez mais uma alternativa ao curso superior
Quando o acesso ao ensino superior não é a primeira opção, optar pela via profissional pode ser o caminho certo para a continuação dos estudos. Conheça de que forma esta pode ser uma saída muito interessante para o mercado de trabalho.
Há muitas vantagens na via profissional
O ensino profissional tem ganho crescente reconhecimento em Portugal como uma alternativa válida e eficaz ao ensino superior tradicional.
Trata-se de um sistema de educação secundária que combina formação teórica com experiência prática em áreas técnicas e tecnológicas. Ao contrário do ensino secundário geral, que se foca em conteúdos académicos e teóricos com vista à entrada no ensino superior, o ensino profissional prepara os estudantes para integrarem diretamente o mercado de trabalho.
Este tipo de ensino é estruturado em ciclos de três anos, nos quais os alunos adquirem competências específicas numa área profissional, tais como gestão, informática, saúde, turismo, indústria, entre outras.
Ao concluir o curso, os alunos obtêm uma dupla certificação: o diploma de conclusão do ensino secundário e uma certificação profissional de nível IV, que é reconhecida pelo mercado de trabalho.
Como aceder ao ensino profissional?
O acesso ao ensino profissional em Portugal é bastante simples e ocorre geralmente após a conclusão do 9.º ano de escolaridade.
Os alunos que optam por esta via podem inscrever-se em cursos profissionais oferecidos por escolas secundárias públicas, escolas profissionais privadas ou centros de formação especializados.
Para se inscrever num curso profissional, o aluno deve seguir os seguintes passos:
- Escolher a área de formação: a primeira etapa é decidir a área de formação em que o aluno está interessado. É importante que esta escolha seja baseada nos interesses pessoais, aptidões e nas oportunidades de emprego que a área oferece.
- Pesquisar cursos e escolas: após escolher a área, o aluno deve pesquisar as escolas que oferecem o curso pretendido. Esta pesquisa pode ser feita através de sites do Ministério da Educação, de conselhos municipais ou diretamente junto das escolas e centros de formação.
- Inscrição e candidatura: o processo de inscrição varia consoante a escola ou centro de formação. Geralmente, exige-se o preenchimento de um formulário de inscrição, a apresentação de documentos como o certificado de habilitações, e em alguns casos, pode ser necessário realizar uma entrevista ou prova de acesso.
- Início do curso: uma vez aceite, o aluno inicia o curso no início do ano letivo, tal como os alunos do ensino secundário geral. O percurso formativo inclui componentes teóricas, práticas em oficinas ou laboratórios, e, frequentemente, estágios em empresas, que são uma parte fundamental da formação profissional.
Saídas profissionais e benefícios
Uma das maiores vantagens do ensino profissional é a sua forte ligação ao mercado de trabalho. Os cursos são desenhados em parceria com empresas e organizações do setor económico correspondente, garantindo que os alunos adquirem as competências que são realmente valorizadas pelos empregadores.
- Empregabilidade (quase) imediata: os alunos que completam um curso profissional estão bem preparados para ingressar no mercado de trabalho logo após a conclusão do curso. As taxas de empregabilidade dos alunos tendem a ser altas, especialmente em áreas onde há uma procura significativa por trabalhadores qualificados, como tecnologias da informação, saúde, indústria e turismo.
- Estágios profissionais: os cursos profissionais incluem estágios em empresas, que não só permitem aos alunos aplicar os conhecimentos adquiridos em contexto real, mas também facilitam a entrada no mercado de trabalho. Muitos alunos conseguem o seu primeiro emprego através dos estágios realizados durante o curso.
- Continuação dos estudos: embora o ensino profissional seja uma alternativa ao ensino superior, não exclui a possibilidade de prosseguir estudos. Os alunos que concluem um curso profissional podem candidatar-se ao ensino superior, seja através de exames nacionais ou de provas específicas de acesso para cursos superiores de curta duração (Cursos Técnicos Superiores Profissionais - CTeSP) e licenciaturas.
- Empreendedorismo: os cursos profissionais preparam também os alunos para serem empreendedores, fornecendo-lhes as competências necessárias para iniciar o seu próprio negócio. Áreas como a gestão, hotelaria e informática são particularmente propícias ao empreendedorismo.
- Salários competitivos: em muitas áreas, os profissionais formados no ensino profissional têm salários iniciais competitivos, especialmente em setores onde há uma carência de mão de obra qualificada. Além disso, a formação prática e a experiência adquirida em estágio permitem um rápido crescimento na carreira.
Desta forma, o ensino profissional em Portugal oferece uma alternativa prática e orientada para o mercado de trabalho, sendo uma excelente opção para jovens que desejam adquirir competências técnicas e entrar rapidamente no mercado de trabalho.
Este pode muito bem ser o primeiro passo para uma carreira gratificante e bem-sucedida.
A maior parte do pessoal hoje só quer um canudo, nem que tenha pouca ou nenhuma aplicabilidade no mercado de trabalho, acabando quase sempre no desemprego.
Literaturas e humanidades é esse o destino, a não ser que tenha uma qualquer cunha política e vai logo para um organismo estatal fazer nenhum e mamar uns milhares por mês, tipo a sobrinha ou a prima do César…
Um aluno que decida não ir nessas tretas e enveredar pelo ensino profissional, logo aos 17 ou 18 anos, e saia de lá com curso de canalizador, electricista, mecânico, etc, vem para o mercado de trabalho de imediato a ganhar por mês mais que qualquer doutorado em burrologia.
Com a vantagem de poder fazer uns biscates ao fim de semana apenas e só na amizade, sem remuneração hehe, nada de fugir aos impostos, claro…
Canalizador, então, faz o dinheiro que quer…
Isso depende, da ambição de casa um e da vontade de trabalhar.
De que vale teres um curso profissional, e seres canalizador por contra dr outra e ires lá só fazer os mínimos, para receber o dinheiro ao fim do mês??
Também não sais de cepa torta o resto da vida.
Tal como um gajo com canudo, se não tiver ambições e vontade de trabalhar, também não sai da cepa torta.
Agora se fores uma pessoa com ambições e vontade de trabalhar e quiseres progredir na tua carreira.
Não há hipótese, mais tarde ou mais cedo vais precisar de uma licenciado.
Ou vais chegar ao topo da tua carreira profissional e vais ver pessoas a passar por ti, só porque tem licenciatura e tu não.
É a vida, é mesmo assim.
2 pessoas com ambição vontade de trabalhar, conhecimento, boa relação humana.
A que tiver curso superior passa a frente.
Agora ter curso superior e dormir a sombra da bananeira, não vais a lado nenhum.
Até um borra botas sem curso superior passa por ti profissionalmente.
A excepção é trabalhos para o estado, e a Cunha.
Acho que menosprezas quanto podem ganhar por conta de outrem, e vale a pena lembrar que os cursos profissionais não se cingem apenas a profissões manuais, informáticos, electrotécnicos, electricistas, bons exemplos de trabalhadores por conta de outrem que muitas vezes seguem o profissional e ganham ordenados acima de muitas licenciaturas.
Aqui mais de 20% dos nossos programadores vierem de profissionais/vets e alguns são melhores do que malta que tenho que veio do técnico, então se for para áreas como ciber ou sysadmin a diferença é ainda menor
Não fazes ideia do quanto ganha um electricista ou canalizador por conta de outrem pois não?
Não tens mesmo a ideia de quanto ganha um bom electricista ou canalizador por conta de outrem.
Hoje em dia maior parte dos licenciados só escolhem áreas sem interesse de mercado de trabalho e depois acabam a trabalhar em telemarketing ou nos supermercados, por isso o curso profissional cada vez faz mais sentido e com melhores ordenados que um caixa de supermercado.
IMF, um licenciado vai passar à frente de um canalizador numa empresa de construção civil.
Até aí tudo certo
Mas de que licenciatura estamos a falar?
Não vai ser um licenciado em história que vai passar â frente do electricista nessa empresa …
Era disso que eu estava a falar….
Discordo do Sr. Porco. Tenho canudos e ganho o dinheiro que quero. E claro tenho o devido estatuto. Estudar é um investimento, o resto depende da pessoa. Existem os indivíduos resilientes, que investem, sabem esperar e são dedicados à carreira com vontade de adquirir experiência e prática, bem como, os outros que enchem chouriços independentemente de superior ou profissional. Denoto ai algumas contrações ao falar do superior. Para isso a receita é, vá estudar.
Martin, eu disse em algum lado que ter canudo era um erro, no geral?
Eu disse que era um erro nas áreas literaturas, humanísticas…
E continuo a afirmar que é um erro.
Agora um canudo em engenharias, áreas técnicas, isso é outra coisa.
São licenciaturas com aplicabilidade no mundo real e a taxa de desemprego é muito baixa ou inexistente mesmo.
Diz que tem canudo e ganha o dinheiro que quer.
Por certo não será a declamar Camões.
É uma área técnica, aposto.
Vc não faz ideia de quanto ganha um canalizador, que queira trabalhar e trabalhe bem, óbvio.
Electricista, carpinteiro….
Só os extras que faz por fora nem precisa de mexer no ordenado.
Martin, estou mais perto dos 60 do que dos 50.
Portanto, tenho a vida feita e ir estudar, além dos estudos que tenho, já não me aquece nem arrefece.
Casas, carros, férias, é tudo pago a pronto.
Nunca na minha vida usei ou precisei de créditos.
Acho que tenho estudos suficientes, não lhe parece?
Mas lá está, há estudos e há estudos ..
No Grande Porto, recomendo a Escola Profissional de Campanhã:
https://epcampanha.pt
Acho muito bem que o ensino profissional exista e cada vez é uma melhor aposta perante o ensino regular, eu pelo menos falo por mim, fiz o ensino regular até secundário e só teoria bruta prática quase nenhuma, quando sai para o mercado de trabalho, para trabalhar na área foi um fartote, puto sem experiencia e ninguém queria perder tempo a ensinar nada, bem fui para um curso profissional na mesma área, 3 anos mais tarde e com estágios, fiquei numa empresa e não fiquei por aqui, fui para o superior tirei a licenciatura e engenharia e assim hoje vejo a diferença que é passar por um lado e por outro, simplesmente o ensino regular tem de evoluir mais e começar a aprender com o profissional, pois ainda está a funcionar com bases de 1970…
E não esquecer que a escolas só preparam o resto vem com o exercer da profissão, mas cada vez mais vejo empresas a querer jovens de 20 anos com experiencia de quem trabalha na atividade há 40 anos, porque não querem perder tempo a dar formação recorrente.
Mas vendo isto existe ai muitas profissões que são muito bem pagas e a saída pelo ensino profissional dá outro nível de preparação consolidado em contexto de trabalho no decorrer do curso, algo que no ensino regular não existe e depois é o que se vê.
Quando cada vez mais graduados do ensino superior se veem relegados para trabalhos de ordenado mínimo que não necessitam de qualificações para além do ensino obrigatório… impõe-se a questão: e por que não?
Acabam o ensino secundário na via profissional, fazem mais um curso de especialização de 6 meses ou 1 ano e tornam-se, por ex., mecânicos ou electricistas-auto… arranjam um emprego numa oficina para ganharem um pouco de experiência e, caso não tenham ajuda familiar, juntarem algum dinheiro, e ao fim de uns anitos abrem uma pequena oficina (a juntar-se às muitas que pululam por todo o lado) a cobrarem no mínimo 50€ ou 60€ por hora.
Ou então tornam-se canalizadores a cobrarem para cima de 150€ por uma visita que pode nem durar uma hora e servir para trocar apenas uma vedação numa banheira ou lavatório (como já vi em vários casos).
Ou pintores de casas, que nem precisam de cursos… apenas um pouco de experiência, a cobrarem para cima de 1000 ou 2000 euros para pintarem um T2 ou T3.
Ou carpinteiros já que qualquer trabalho que envolva madeira, mesmo prensada, só em mão de obra é cobrado também quase a peso de ouro.
Qualquer trabalho de construção civil que queiramos contratar para o apartamento ou moradia e somos brindados também com orçamentos de susto.
Portanto, este tipo de cursos parece até uma melhor alternativa do que muitos cursos superiores e frequentemente com ordenados bastante maiores.
E nisto há que lembrar que se uma família ganha 100 e gasta 100 não acumula nada ao fim do mês mas se ganhar 150 já acumula 50… com 200 acumula 100 e por aí fora. Com um destes empregos profissionalizantes, se for minimamente dedicado, não é assim tão difícil estar a ganhar 4 ou 5 mil euros por mês aos 30 anos e fica com a vida folgada.
A outra alternativa é fazer um curso EFA, o problema é que na maior parte das vezes, com um EFA, as empresas não querem contratar essas pessoas, com a desculpa de quê ou não precisam ou querem licenciados.
Portanto às vezes não é que as pessoas não queiram trabalhar, mas faz falta de oportunidade para esses que tem um EFA ou um CET.
Ter curso superior hoje em dia é como ter o 9º ano. Não vale de muito.
Os jovens saem bem mais preparados para o mundo do trabalho com um curso profissional.
Ter uma licenciatura não é mau, pelo contrário, o problema é que na universidade aprende-se teoria e num curso tecnológico aprende-se como fazer. Só para terem uma ideia um canilazador, em 2018 só para vir a minha casa levou 25€ (taxa de deslocação) e ainda trouxe um ajudante e para uma coisa de 5 minutos levou 50€, ou seja em 15 minutos mamou 75€, agora pergunto ao Sr. que tem estudos e casa e carros e tudo pago a pronto onde ganha ele 75€ em 15 minutos.
Picheleiros/canalizadores, eletricistas, carpinteiros, são indivíduos que ganham o dinheiro que querem.
Nunca vi um engenheiro civil a assentar massa e tijolo, ou a fazer a canalização de uma casa ou a parte elétrica.
Panda, se ler com atenção, eu disse que um canalizador ganha o dinheiro que quer.
Portanto, aquilo que escreveu está de acordo com o que eu disse.
Muitas vezes ganho bem mais que 75 euros em 15 minutos.
Mas isso são outros quinhentos…
Eu não tenho estudos superiores, apenas sei lidar muito bem com o mundo real…
Mas em que mundo é que vivem? Um canalizado por conta de outrem experiente ganha 18000 €/ano e um eletricista 20000.
Mais, os jovens não querem saber deste tipo de profissões, eletricistas, técnicos manutenção, eletrónica, informática ainda se vai vendo alguns, mas cada vez menos, porque são vistos pela sociedade como desprestigiantes e mal pagas.
O resto pedreiros, canalizadores, trabalhadores da construção civil é raro.