“Demissões silenciosas”: a nova prática das gigantes de tecnologia como a Google ou a Meta
A economia mundial está a atravessar um período particularmente conturbado e várias empresas de tecnologia já afirmaram que irão fazer ajustes, focar os esforços em áreas específicas, abandonar outros projetos e, essencialmente, parar de contratar ou abrandar substancialmente o ritmo de contratações... as demissões serão inevitáveis.
Se estão a ser feitas reestruturações os funcionários, ou têm que ser alocados para outras funções ou são despedidos. Mas sobre despedimentos, as empresas não falam. São as "demissões silenciosas".
As demissões silenciosas das grandes tecnológicas
Foi o The Wall Street Journal que avançou com o conceito de "demissões silenciosas" ao referir-se aos despedimentos que têm acontecido nas grandes tecnológicas e que não são anunciadas, nem sequer comentadas pelas empresas.
Já aqui demos notícia de várias dessas situações que devem ser encaradas de forma séria, já que são um problema para o setor.
Amazon, Google, Meta, Netflix, AMD, Intel, Unity, Tesla, TomTom, Klarna, PlayStation da Sony... a lista vai-se adensando com nomes de empresas ligadas ao mundo da tecnologia que têm vindo a despedir funcionários ao logo deste ano. "Transformação global", "reestruturação da empresa", "reorganização de recursos", são alguns dos argumentos apresentados.
A Meta de Mark Zuckerberg anunciou que estaria a abrandar as suas contratações, mas o WSJ avança que a empresa pretende cortar com pelo menos 10% das despesas nos próximos meses, em parte, através da redução de pessoal.
O que vem depois do investimento?
A empresa dona do Facebook "começou discretamente a demitir um número significativo de funcionários". Os departamentos estão a ser reorganizados e está a ser dada a possibilidade aos funcionários de trocarem de funções dentro da própria empresa.
Relativamente à Google e à Alphabet, o jornal explica que as empresas estão também em processo de reestruturação e, uma vez mais, recentemente, o CEO da Google Sundar Pichai falou que a empresa deve pensar em formas de "minimizar as distrações e elevar a fasquia tanto em termos de produtividade como de excelência nos produtos". Nas entrelinhas é lido que existiram aqui recursos humanos cujos postos de trabalho serão extintos.
A verdade é que, entre 2021 e 2022, ambas as empresas aumentaram de forma substância o número de funcionários. A Meta aumentou 32% e a Alphabet da Google 28%. O investimento feito em recursos humanos e a criação de novas áreas de investigação estão agora afetados pela recessão económica que está a começar e que, segundo as previsões, será agravada em 2023.
Este artigo tem mais de um ano
Cá em Portugal está a acontecer exatamente o mesmo.
É a resposta ao Quiet Quitting
Teletrabalho + Metodologias ágeis (cheias de gente que não faz um carapau) = Pouca Produtividade e Problemas.
Em que é que as metodologias ágeis influenciam na produtividade em teletrabalho?
Pouquíssimas empresas conseguem implementar a metodologia corretamente, e a mesma não é para todo o tipo de desenvolvimento, contudo como veio da Google e a ordem do dia é imitar tudo o que é FAANG porque é bonito e esta na moda, faça sentido ou não.
Acaba-sesempre por implementar um misto de reuniões excessivas com código em manta-retalhisse isolado que depois tem de ser integrado.
Passar a vida em reuniões, demasiada gente a tentar gerir trabalho e pouca gente a executar. Execução em sprints com pessoas com funcões demaseado isoladas umas das outras.
Certíssimo! Explicou todo o horror que se vive no mundo das IT e muita gente tem medo de falar.
Teletrabalho corresponde a pouca produtividade?! Lol! És daqueles que quer mais pessoal no escritório para teres mais com quem te distrair e fazer ainda menos, não és?
O gajo é patrão ou empresário ou infelizmente a profissao dele nao pode exercer em casa é um revoltado mais um triste que por aqui anda.
Mas estás empresas não foram divulgados por supostamente, serem maravilhosas para se trabalhar?!
Em que ficamos!?
Quem fala/escreve verdade, ou esse/es artigos vieram com um “ envelope financeiro “?!
Tudo se coloca em questão, porque os mesmos se deram à questão/retorno!
Não me contem histórias de que foram enganados.
Cumprimentos
Em que medida as duas coisas são incompatíveis?
Há quantos anos a Sonae faz isso? Recolocação…
Mas… Alguma empresa é obrigada a ficar com todos os empregados? A Sonae faz pior h+a anos a nunca vi aqui nenhum artigo sobre isso. E quem diz Sonae, diz meia duzia de empresas tecnológicas que operam emPortugal…
O conceito de “demissão silenciosa” nao tem a ver com o trabalhador presente na empresa mas que faz apenas o minimo dos minimos face aos baixos salários e outros?