COVID-19: Aluno do Politécnico da Guarda cria sistema que avalia risco de contágio
A tecnologia pode ser uma forte arma no combate à COVID-19. Por estes dias muito se tem ouvido falar em soluções que permitam "rastrear" contágios de COVID-19 de forma não intrusiva e mantendo a privacidade das pessoas.
Um aluno do Politécnico da Guarda em colaboração com amigos e professores criou uma app que avalia risco de contágio.
Pedro Gomes é o mentor e coordenador do projeto "Camlion" (Camera Learning Vision), um sistema que é destinada a ser usada "por entidades públicas e privadas, que tenham fluxo de pessoas no seu espaço". Em declarações ao Pplware, Pedro Gomes refere que a ideia foi apresentada no Hackathon Pan-Europeu #EUvsVirus.
A aplicação destina-se a ser usada por entidades públicas e privadas, que tenham fluxo de pessoas no seu espaço. O objetivo é a deteção de comportamentos de risco e a combinação dos mesmos com variáveis ambientais e geográficas de forma a conseguir determinar precisamente o risco de contágio naquele local.
É compatível com qualquer dispositivo de recolha de imagem digital fixo (Câmaras de segurança, câmaras fixas) e pode ser instalado de forma simples nos edifícios existentes. Uma das nossas prioridades foi a privacidade e asseguramos que o nosso software não guarda qualquer dado pessoal ou tipo de identificação.
O evento realizou-se no passado fim de semana e foi organizado pela União Europeia para encontrar soluções para serem aplicadas em tempos de pandemia e o retorno obtido "foi muito bom".
Em declarações ao Pplware, Fernando Melo Rodrigues, um dos elementos do projeto refere que...
Neste momento estamos à procura de empresas ou entidades públicas que queiram colaborar com o projeto, o próximo passo será testar a aplicação num ambiente público. Ainda estamos limitados em termos de equipamentos, desenvolvemos tudo a partir de casa com os nossos computadores pessoais, mas a aplicação funciona e com a ajuda certa pode ser aplicada em grande escala, tanto a nível nacional como a nível europeu visto que respeita o regulamento de proteção de dados.
Com o sistema desenvolvida pela equipa multidisciplinar liderada pelo estudante do IPG, é criado "um mapa de risco, fácil de perceber, onde são representadas as áreas de maior concentração de pessoas nos locais para que se possa planear o espaço de forma a evitar situações" que podem aumentar o risco de contágio.
Uma das nossas prioridades foi a privacidade e asseguramos que o nosso ‘software' não guarda qualquer dado pessoal ou tipo de identificação O sistema "adapta-se tanto a computador como a ‘smartphone' e gera alertas quando é detetado um grande aglomerado de pessoas ou se o risco de contágio na área é elevado
Ainda antes de saírem as colocações dos mentores, fomos abordados por vários possíveis mentores que estavam interessados no projeto.
Pedro Gomes
Além de Pedro Gomes, fazem parte da equipa Fernando Melo Rodrigues e Filipe Caetano (professores no IPG), Pedro Coelho (aluno no Instituto Superior Técnico) que é responsável técnico, Clarissa Pereira e Dimeji Mudele (especialistas em Computer Vision) e Leticia Lucero (investigadora de biologia molecular e celular).
O projeto foi batizado de Camlion (Camera Learning Vision), visto estar a trabalhar com Machine Learning e Computer Vision.
Este artigo tem mais de um ano
Fonte: Lusa
Neste artigo: Covid-19, IPG, Politécnico da Guarda
Boa, Pedro Gomes e amigos.
Acabaram de criar mais um mecanismo de controlo, que irá ser usado para penalizar quem não tenha imenso cuidado em não “sair da linha”.
Assim se domesticam cidadãos, para que sejam muito obedientes – e nunca se atrevam a (ou pensem sequer em) revoltar contra os abusos de autoridade – tal como se faz com o gado.
Já estou a ver isto a ser usado conjuntamente com tecnologia de reconhecimento facial e bots, com os altifalantes a dizer: “Cidadão X, afaste-se! Cidadão Y, atenção à proximidade… Cidadão Z, mais uma violação da regra de proximidade e será multado/preso.”
O que dizer, quando é o próprio Povo que constrói as ferramentas através das quais é escravizado?
Tudo isto, por causa de um vírus que, na prática, não é pior do que uma gripe… (E que está claramente a ser usado como pretexto para a implementação – e ensaio – de medidas de controlo social.)
Sabiam que, no tempo do Estado Novo, também havia a infracção/crime de “concentração” de pessoas?
Como o espaço físico total não aumentou e não diminuiu o número de trabalhadores (onde isso, felizmente, tenha sido possível), para criar a distância física de segurança entre eles – em alguns lados anda-se a falar de trabalho por turnos, por exemplo, um turno das 8H às 14H e outro das 14H às 20H.
Não é preciso a app para perceber que na mudança de turno, uns a sair e outros a entrar às 14H a tal distância física de segurança não é respeitada nessa altura. Criando algum desfasamento e com a app já dava para perceber melhor o que acontecia, com uns que ficam até mais tarde, outros que chegam mais cedo.
Ao contrário dos entusiastas das máscaras – de que não é preciso criar a distância física de segurança, basta usar máscara, eu sei o que custa usar máscara. Depois de certo tempo e com calor, as máscaras passam para baixo do queixo ou são tiradas.
Por isso, considero indispensável que se assegure a distância física de segurança, nos espaços de circulação de pessoas, mas também nos locais de trabalho, salas de aula e outros espaços de atividades. A aplicação do post parece-me um instrumento muito útil.
Muitos parabéns ao Pedro Gomes,como também a toda a equipa,pela criação deste sistema.De notar que no interior de Portugal também há muitos e bons cérebros,tenham noção disso.Portugal não é só Lisboa,Porto e Coimbra,era só o que mais faltava !!