As taxas que a União Europeia (UE) decidiu impor aos carros elétricos oriundos da China resultaram, agora, numa queixa à Organização Mundial do Comércio (OMC).
Após alguns meses de investigação, a Comissão Europeia decidiu impor taxas aduaneiras aos carros elétricos oriundos da China. Conforme defendeu, essas taxas servem para proteger as empresas da UE contra a alegada concorrência desleal. Na perspetiva europeia, as empresas chinesas beneficiam injustamente de subsídios governamentais, conseguindo, dessa forma, manter os seus preços baixos.
Entretanto, na sexta-feira, o Governo chinês informou sobre uma queixa apresentada junto da OMC relativamente às taxas aplicadas pela UE aos veículos elétricos fabricados no país.
China alega que a sua indústria de carros elétricos cresceu naturalmente
O Ministério do Comércio informou que a China recorreu ao mecanismo de resolução de litígios da OMC “para salvaguardar os direitos e interesses de desenvolvimento da indústria de veículos elétricos e a cooperação na transformação verde global”.
Além de defender que a sua indústria de veículos elétricos prosperou naturalmente, a China argumenta que o seu apoio a esta está em conformidade com as regras da OMC, pelo que a decisão da UE “carece de uma base factual e jurídica”.
Na sua queixa, o Ministério do Comércio da China argumenta que as taxas da UE violam as regras da OMC e prejudicam a cooperação global em matéria de alterações climáticas.
De facto, dentro da UE, há quem critique estas taxas aduaneiras sobre os produtos chineses, salientando que irão encarecer a transição ecológica da Europa, segundo a Euronews.
As duas partes têm até ao início de novembro para resolver as suas divergências. Após este período, as taxas, que são ainda de cariz provisório, serão fixadas por um período de cinco anos.
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