Aplicações de saúde mental têm péssimas políticas de privacidade, diz estudo
A proteção da privacidade dos utilizadores aquando do uso das aplicações deveria ser um elemento crucial a ter em conta. No entanto, nem sempre é assim. Um novo estudo descobriu que, de todas as categorias, as de saúde mental têm as piores políticas de privacidade.
Também as de oração deixam muito a desejar.
Segundo o The Verge, um novo estudo analisou, por categoria, a proteção de privacidade garantida por algumas aplicações. A conclusão dos investigadores da Mozilla dita que as aplicações de saúde mental garantem menos proteção para os utilizadores do que a maioria das outras categorias. Além desta, também a categoria de oração possui padrões de privacidade insuficientes.
A grande maioria das aplicações de saúde mental e de oração são excecionalmente assustadoras. Elas seguem, partilham, e capitalizam os pensamentos e sentimentos pessoais mais íntimos dos utilizadores, como humores, estado mental, e dados biométricos.
Revelou Jen Caltrider, da Mozilla, numa declaração.
No mesmo documento a equipa disse que as aplicações são concebidas para questões sensíveis como as condições de saúde mental dos utilizadores, contudo, recolhem grandes quantidades de dados pessoas sob políticas de privacidade vagas.
Além disso, os investigadores também denotaram que a maioria das aplicações ficava aquém nas questões de segurança. Isto, porque, apesar de os dados partilhados serem altamente pessoais, as empresas responsáveis permitiam que as suas passwords fossem fracas.
De acordo com a Mozilla, as aplicações com piores práticas são a Better Help, Youper, Woebot, Better Stop Suicide, Pray.com e Talkspace. Por exemplo, a Woebot informa que recolhe informação sobre os utilizadores e partilha-a para fins publicitários. Dessa forma, torna o propósito da aplicação questionável.
Funcionam como máquinas sugadoras de dados com um aspeto de aplicação de saúde mental. Por outras palavras: um lobo em pele de ovelha.
Disse Misha Rykov, investigador da Mozilla, numa declaração.
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Este tipo de artigos é verdadeiro serviço público. Pena é que raramente vejamos este importante tipo de serviço público ser prestado por quem, na verdade, tem a obrigação de o proporcionar, como é o caso da RTP.
Falta agora fazer-se uma averiguação ao tipo de permissões a que estas aplicações têm acesso… E falta também informar o público sobre o código destas aplicações… Trata-se de aplicações de software livre? Hum, sinceramente dúvido imenso… Trata-se de aplicações proprietárias, pelo que não temos, sequer, a possibilidade de ler, analisar e sindicar o respectivo código, para sabermos, efectivamente, como as coisas estão a ser feitas, de que forma, e com que alcance?
Congratulo o Pplware por ter publicado aqui os nomes de algumas das aplicações em causa, o que nos vai permitir fazer agora o pertinente trabalho de averiguação. Confesso que a primeira coisa que vou averiguar é a natureza secreta/proprietária ou não das aplicações denunciadas.
A segunda coisa a averiguar é: as ditas aplicações correm em que sistemas operativos, e são disponibilizadas em alguma, ou algumas, lojas de software?; se sim, onde mesmo?
CNPD e a de segurança cibernetica , não ?