Altice Portugal responde à ANACOM no caso dos preços na TDT
A ANACOM aprovou determinar à MEO a aplicação do preço anual do serviço de transporte e difusão do sinal de televisão digital terrestre (TDT) de 885,1 mil euros por Mbps, a que corresponde uma redução de 15,16% nos preços anuais por Mbps que a MEO cobra aos operadores de televisão (RTP, SIC e TVI) pela prestação do serviço de TDT.
Numa nota enviada ao Pplware, a Altice Portugal considera que ANACOM atua de forma imponderada e promove o declínio e a degradação do serviço público da TDT.
A Altice Portugal foi notificada pela ANACOM da decisão final que determina uma redução dos preços da Televisão Digital Terrestre (TDT) em 15,16%. Num comunicado enviado ao Pplware, a Altice manifesta a sua total oposição a mais uma decisão do regulador setorial, que considera injusta, infundada e com impacto negativo para o futuro da TDT em Portugal.
Segundo informações, "foi estabelecido um contrato entre um Operador e o Estado, com regras, termos e prazos, e agora surge uma entidade estranha ao contrato celebrado, que pretende unilateralmente intervir, extravasando claramente o seu âmbito"
A Altice Portugal reforça que esta determinação vem aprofundar a incerteza jurídica e a quebra de confiança regulatória que têm marcado o projeto TDT, comprometendo criticamente a sustentabilidade e o futuro desta plataforma. Este tipo de decisões por parte do regulador compromete projetos nacionais com interesse público, em prejuízo da qualidade do serviço e dos utilizadores.
A Altice Portugal, cujo plano de investimento na TDT ficará neste âmbito inevitavelmente condicionado, evidencia os seguintes argumentos:
- a Altice Portugal não reconhece que estejam verificadas as condições fixadas na Lei n.o 33/2016, de 24 de agosto, que justifiquem a intervenção da ANACOM sobre os preços praticados;
- os preços atualmente praticados com os operadores de televisão são bastante inferiores aos preços que incluiu na proposta vencedora do concurso público para atribuição da licença para o MUX A, preços estes que foram acordados com os operadores por canal, em função do número de emissores e anexados à proposta;
- assim, os preços atualmente praticados cumprem com os critérios fixados na Lei n.o 33/2016, de 24 de agosto, e mais: a. estão abaixo dos custos, como a própria ANACOM reconhece; b. estão abaixo dos preços apresentados no concurso; c. fazem com que o projeto TDT se mantenha num nível muito deficitário para a Altice Portugal, tal como a própria ANACOM já confirmou;
- o Direito de Utilização de Frequências associado ao MUX A sempre referiu, desde a sua versão original de 2008, o “preço médio anual de disponibilização do serviço por Mbps” sem que tal tenha impedido os operadores de televisão e a Altice Portugal de acordar preços por canal e não preços por Mbps, e sem que a ANACOM se tenha oposto;
- a Altice Portugal considera que a ANACOM faz uma interpretação incorreta da Lei n.o 33/2016, de 24 de agosto, ao determinar que o preço apresentado na proposta que venceu o concurso público, e que se deve ter por referência, é o preço por Mbps, apesar de a Lei não o especificar;
- com esta decisão a Altice Portugal será confrontada com o agravamento dos prejuízos em que vem incorrendo com a TDT, não obstante estar a cumprir todas as suas obrigações de cobertura, não discriminação e transparência, conforme é reconhecido pelo regulador.
A licença atribuída à Altice Portugal (em finais de 2008) decorreu do concurso público aberto nesse mesmo ano e deu origem ao início de emissões TDT em Portugal em abril de 2009. Esta licença previa uma obrigação de cobertura de 85% da população nacional com TDT por meios hertzianos, devendo os restantes 15% ser assegurados por meios complementares.
A Altice Portugal implementou uma rede que assegura uma cobertura claramente superior ao estabelecido, uma vez que atualmente mais de 95% da população nacional tem cobertura com TDT terrestre, disponibilizando para as populações não abrangidas uma cobertura TDT complementar com recurso a satélite.
Em consequência desta decisão agora anunciada pelo regulador de redução dos preços da TDT em 15,16%, a Altice Portugal refere ainda que "está a analisar todas as formas de reação que tem ao seu dispor e não deixará de agir em defesa dos seus direitos e na prossecução dos seus legítimos interesses, bem como, naturalmente, em defesa do interesse de todos os cidadãos cuja experiência de televisão depende do acesso à TDT"
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Este artigo tem mais de um ano
Uma idea,
Se estão tao preocupados com a qualidade do serviço (não, não é com o dinheiro que enchem os bolsos), porque não rescindem o contrato?
Será que os operadores da televisão digital espanhola não estariam interessados em concorrer em um novo concurso?
E se calhar muito mais barato com muito mais conteudo?
Eu até nem me importo de começar a ver o telejornal ou os desenhos animados em espanhol 🙂
Nota: Os desenhos animados são para o meu filho 🙂
Você sabe o que é a Espanha ?
As licenças da rede TDT deveriam ser atribuídas as estações nacionais RTP,SIC,TVI , cada uma com a sua própria rede TDT , seguindo a mesma analogia de rede na era analógica onde as licenças das estações de televisão era atribuídas devido a ocupação do espaço radio elétrico ” canal radio elétrico equivalente a MUX na era digital” , a TDT como esta ate diria é ilegal pois um operador de telecomunicações pode cortar o sinal das estações nacionais se assim entender , tal como já aconteceu em varias zonas do país onde sinal da TDT era cortado em terminados momentos de interesse televisivo , e no dia seguinte o comerciais da meo batiam a porta nas zonas afetadas pelo corte.
A TDT não deve ser um espelho das plataformas proprietárias de tv das operadoras telecomunicações , a TDT deve assegurar que todos tenham acesso a informação independentemente da sua condição financeira .
Pois amigo, estamos em PT.
Devia de ser uma coisa, mas é só business as usual.
Já se perguntou o pq de libertar o espectro radio-eléctrico.
Já se perguntou o pq de ser mpeg-4 e não o mais acessivel mpeg-2.
Já no tempo do monopólio oficial com a linha de cobre, paga por todos, foi a mesma treta.
Portanto a juntar às antenas de GSM dos 3 operadores teríamos mais (pelo menos) o triplo de antenas de TDT que temos hoje. A acrescentar a isso teríamos mais antenas ainda nas casas de quem não tem TV por cabo.
Isso para já não contar com todas as restantes antenas dos outros serviços .
Que fantástico ninho de ratos
tudo que mexa com muita massa em Portugal cheira logo a muita roubalheira para os mesmo de sempre…PT no seu melhor
Mais areia…
anda aqui o zé a pagar tarifa audiovisual para ligar a TV e ver a Cristina Ferreira a arreganhar os dentes até já mete dó, ver sempre os mesmos totós lá nos concursos… só de pensar que sou obrigado a pagar CAV para isto, apetece-me vomitar, é que são 36€ por ano, são 2 contas da luz que eu podia pagar com esses 36€!
para mim nem devia haver contribuição audio-visual atualmente, no tempo em que havia Levanta-te e ri, Malucos do Riso, Batanetes, etc, até pagava 5€ de CAV, agora pagar 3 para ir ver sempre a mesma porcaria todos os dias? “Ligue, Ligue vai sair a sorte grande”… já tou farto… ou são concursos ou são Novelas… é que já nem imaginação para novelas têm, vou ver a novela da 1, 3 ou 4 é tudo a mesma treta, só mudam as pessoas!
fartei-me, já não ligo a TV à meses…
FAK A taxa audiovisual nada tem a haver com a TDT nem com Cristinas Ferreiras.
A taxa audiovisual é toda para o grupo RTP.
A TDT é paga pelas operadoras de televisão (RTP, SIC, TVI, Estado na AR-TV).
Devia era ser pior, só os protegem. A meo quer ter o monopólio das redes e a anacom ainda a ajuda
As redes de distribuição de telecomunicações (TDT, telefone fixo, telefone movel, internet) Luz, e agua deveriam ser estatais, e os operadores privados deveriam usar essas mesmas redes e pagar pela utilização, assim todos tinham a mesma cobertura com as mesmas condições, onde os operadores teriam de lutar pelos clientes com serviços de qualidade e bons preços, e o estado ganhava com o aluguer das respectivas redes de distribuição, como estamos hoje cada um tem a sua rede enchendo as casas de cabos nas pardes, brigando-se por causa de acesso a postes, pois os municípios não deixam colocar mais postes, e prejudicando os cidadãos que este operador tem o preço que pode pagar mas não chegq a sua casa e o que chega, e porque é o único faz o preço que quer.
+1
Há um aspeto engraçado nisto, o TDT complementar, serviço de satélite onde a cobetura TDT não chega, um serviço subsidiado pelo estado e garantido pelo MEO.
Quando fui pedir, os funcionários da MEO teimavam que eu tinha de subscrever a um serviço MEO para poder aderir ao serviço TDT, FRAUDE!
Comeram com uma reclamação por escrito.
Mais, como vingança, não enviaram os papeis para a a TDT Portugal para eu poder receber o reembolso. Acabei por ter que pagar todos os custos.
Por mim, desde que acabassem com a contribuição do audio-visual, até podiam fechar a TDT. É que só dá m**da, quando não estão a enganar as pessoas com os concursos da treta, de ligue para gastar mais de 1€, só porque sim…. completo lixo.
Eu dou muito valor ao serviço informativo independente que o telejornal da RTP nos garante, à programação cultural de qualidade da RTP2, entre outras coisas que ocasionalmente passa nos generalistas.
Obviamente que esse lixo populista e sensacionalista prolifera por ali para pagar aquilo tudo, mas pelo menos ainda sinto que posso ligar uma televisão e ter contreúdos mínimos sem ter que ter um contrato que me foi abusivamente imposto a 60-80 €/mês.
60-80 euros para ter conteúdos mínimos de TV não é bem assim.
Até acho a TV “por cabo” barata.
Por exemplo, pago 56€/mês para ter +- 200 canais TV + Internet 200 Mbps + telefone fixo ilimitado + 1 cartão móvel com chamadas ilimitadas e com 4GB de Internet.
Se formos aquilo que pago pelos 200 canais no meio do meu serviço todo de 56€ é algo muito baixo.
A RTP é subsidio dependente é obrigada a fazer o denominado serviço público.
A questão aqui é poder ou não escolher.
Se o TDT só serve para a parca miséria de canais existentes é muita caro.
A Altice é a dona da Meo não é? aquela empresa que gosa com os clientes, impõe regras abusivas e quem não estiver bem que se ponha, é a mesma empresa que afirma aqui que quer defender os utilizadores do TDT, a hipocrisia dessa empresa raia o ridículo.