Aeroporto: porque passam uma tira de papel nas mãos de alguns passageiros?
Se já viajou de avião, é possível que já tenha sido selecionado para um teste de segurança feito com uma tira de papel: deixou a sua bagagem na máquina de raio-x, verificou se não tinha mais itens para colocar na caixa e, quando passou pelo detetor de metais, a segurança chamou-o e passou-lhe uma tira de papel nas mãos e cintura? Saiba porquê!
Os processos até ao embarque num avião nem sempre são óbvios, havendo tarefas que os passageiros são chamados a cumprir que, por vezes, não compreendem.
Na zona do controlo de segurança, após passar a máquina de deteção de metais, é possível que já tenha sido selecionado para um teste que envolve passarem-lhe uma tira de papel ou outro material pelas mãos e cintura.
É através disso que a segurança faz o chamado teste de deteção de vestígios explosivos, ou Explosive Trace Detection (ETD).
Como o próprio nome sugere, é um procedimento de segurança implementado nos aeroportos com o objetivo de identificar a presença de resíduos de substâncias explosivas, e integra um conjunto mais amplo de medidas destinadas a prevenir ameaças e garantir a segurança de passageiros, tripulações e das próprias infraestruturas.
Como funciona o ETD?
O processo baseia-se na análise de pequenas partículas que podem permanecer nas mãos, roupa, bagagens ou objetos pessoais de um indivíduo que tenha estado em contacto com material explosivo.
Para recolher estas partículas, a segurança utiliza um pano ou tira de material específico, passando-o sobre as superfícies a inspecionar, como as mãos e a cintura, normalmente.
Depois de recolhida, a amostra é inserida numa máquina de deteção que utiliza tecnologia de espectrometria de mobilidade iónica (em inglês, IMS) ou outros métodos analíticos avançados.
No caso da IMS, a máquina aquece a amostra para libertar as moléculas presentes e analisa a sua mobilidade quando submetidas a um campo elétrico. Cada substância apresenta uma "assinatura" química única que permite a identificação rápida.
Conforme já deve ter testemunhado, o resultado do teste é obtido em poucos segundos. Se for detetada alguma substância suspeita, o passageiro ou objeto é sujeito a procedimentos adicionais de inspeção.
De ressalvar que um resultado positivo não significa necessariamente que a pessoa transporta explosivos. Afinal, podem ocorrer falsos positivos causados por substâncias com composição semelhante.
A vantagem dos ETD reside na sua elevada sensibilidade, que permite identificar quantidades extremamente pequenas de material.
Apesar disso, a eficácia ainda depende de fatores como a correta recolha das amostras e a manutenção adequada do equipamento.
Nos aeroportos modernos, os ETD desempenham um papel crucial no equilíbrio entre a segurança e o fluxo de passageiros.
Como são selecionados os passageiros?
Os testes ETD são conduzidos em passageiros selecionados de forma aleatória, mas, também, em indivíduos ou objetos que possam ter levantado suspeitas anteriormente.
Este tipo de teste de deteção complementa o uso de scanners de raio-x e equipamentos de deteção corporal, dando forma a um sistema de segurança robusto.
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Já me aconteceu em Itália e deu falso positivo por duas vezes. Só à terceira é que deu negativo já estava a ver que ia de cana.
Não deve ser muito aleatório, nunca me aconteceu em país nenhum
O facto de nunca te ter acontecido é sinal que não é aleatório? Bravo Einstein…. também deves então achar que o euromilhões não é aleatório (parto do princípio que nunca te saiu o 1ª prémio).
Ai tu não sabias como o mundo funciona? Passa tudo pela aprovação do senhor doutor Zé Fonseca A.
tendo em conta o meu histórico de viagens e histórico de países visitados teria sido alvo, quando fui viver para os EUA era recorrentemente barrada a minha entrada antes de ter visto de residência, devido ao meu histórico de viagens, e nem assim nunca me fizeram nenhuma avaliação destas.. por isso digo que não será aleatório, sou branco, bonito, visto-me bem e viajo em executiva, nos aeroportos lá fora passo na segurança em zona prioritária sem filas, tudo isso pesa
Eras barrada ou barrado ? não deves ter viajado muito, já fiz algumas viagens e já fiz o teste umas duas ou três vezes, é simplesmente random 🙂
Ai homem… Sinceramente.
Também viajo sempre com embarque prioritário e assistência especial (sou cego) e até para voos internos, Lisboa, Faro, me já me fizeram esse teste.
E também me visto bem e sou ceguinho.
Ou então acham que os ceguinhos vão todos levar bombas. Metia-as no rabo da minha cadela guia…
De certeza que não viajas na classe executiva com aceso vip como eu faço. Claro que é apenas para pessoas com alguma classe igual à minha. Como também não estou na fila como os outros por isso que nunca me calhou a mim fazer o teste. Como disse sou mais facilmente barrado pelo meu longo histórico de viagens pelo mundo…
O comentário acima foi um trol
“lá fora passo na segurança em zona prioritária sem filas, tudo isso pesa”. Ainda não conseguiste encontrar o Fast Tracking no aeroporto de Lisboa? Quem viaja em business passa por aí… Da próxima vez, pede ajuda a um daqueles miúdos da t-shirt “can I help you?”… Não te prives dos teus direitos exclusivos e superiores.
Se já usaste devias saber que cá nao é para quem viaja em business mas sem para quem viaja em business numa companhia aérea portuguesa ou com protocolo de fast track com a ANA, que são quase nenhumas, para os restantes tens de comprar directamente à ANA e andares com dois QRs. Para quem viaja off peak não vejo necessidade em Lisboa de fazer isso, e eu nunca me meto em aviões em horários de pico nem em época alta.
Zé Fonseca A, deves ser o maior com o que bens para aqui gabar-te, ele é dinheiro que nunca mais acaba,viagens a rodos, vivendas aos pontapés, visto de residência no USA e a Pièce de résistance, para nos rirmos um pouco, “branco, bonito, visto-me bem e viajo em executiva”.
Que personagem! haja pachorra pelo que a Internet esta a criar por detrás de um teclado.
Estudasses. Vivi mais de 15 anos fora, 10 nos quais nos USA, 5 anos com visto E1 e após isso green card. Quando tinha E1 e vinha de países do médio oriente entre sempre barrado para interrogatório privado, viajei muito às custas da empresa a trabalho, descansa que não ficava de papo para o ar num hotel.
O comentário acima foi um trol
Eu desconfio mais que nem de casa te deixam sair, quanto mais…
Ja me aconteceu a mim em LX e na Belgica todas as malas que passavam eram abertas para passar o pano
pois, e a mim acontece-me sempre … ainda ontem vim de nantes e, obviamente, fui novamente testado … devo ter cara de terrorista 😉 😉 😉
Pensava que era para me limpar as mãos depois de ter comido uma sandes de presunto e queijo. Não querem gordura nos aviões. Afinal está explicado.
AHAHHAAHHAHAHA
Se comeres peta zetas acusa logo.
Afinal vale a pena ler os comentários
:))))
Adorei
No aeroporto de Sevilha nas Partidas já fui selecionado por duas vezes, pode ser coincidência e nada ter a ver, mas dessas duas vezes tinha barba bem acentuada (devido à cor da minha pele, pareço cigano quando estou com barba), de todas as outras vezes, foram sem barba e nunca passei pelo teste.
Apenas relato mais um que fez o teste aleatório.
Nota irrelevante. Ia acompanhado da minha esposa (que passou sempre a minha frente na máquina de metais) que é loira, olhos azuis e pele clara.
Já por várias vezes até à saída de Lisboa, até em escala em Amsterdam, depois de um voo da Tailândia e sem sair da zona de transfer e como vou muitas vezes à Tailândia geralmente à saída de Bangkok.
Este é um tipo de notícia que não ajuda nada para quem viaja de avião.
Preferia ficar na ignorância.
Todos temos um deslumbre de que uma pessoa que se assemelha a um muçulmano é o protótipo de bombista certo?
Agora imaginem estarem vocês numa fila de segurança para entrar num voo e de repente eis que fazem este tipo de teste a um muçulmano que vai no teu voo.
Pânico no voo. Para depois descobrir que afinal é apenas um inocente sufi.
Toda a informação é importante neste meio. Lembro-me de há três ou quatro anos, estar no aeroporto El Prat, hora de embarque para Lisboa, e numa das zonas de controlo, duas senhoras (todas tapadas com a sua veste muçulmana), serem postas de lado para uma inspeção feita por uma senhora desse mesmo controlo. Foram levadas para uma área ao lado, mais reservada, e… o que se ouviu não foi bonito. A fulana deve ter posto as mãos onde quis e bem lhe apeteceu, as fulanas gritavam algo que não percebi e notei grande agitação nas pessoas que estavam mais perto dessa zona. Levantou-se alguma contestação, agentes da polícia apareceram de imediato e, perante alguns berros de familiares(amigos (ou alguém que viajava com elas) outras pessoas também se pronunciaram contra algo que poderia estar a acontecer. Até que um dos agentes diz em voz alta: se alguém tentar entrar no vosso avião e levar explosivos, vocês vão agradecer o controlo dar conta disso! O ruído dos que contestavam amainou de imediato. O voo das senhoras ia para a Turquia.
Nem preciso de viajar, que na maioria das vezes quando vou trabalhar, fazem o teste.
No início do COVID, os primeiros álcoois-gel tinham glicerina na sua composição, e com muita regularidade davam falso positivo, só depois de lavar as mãos somente com água, é que o teste passava.
Já fui a essa “inspecção detalhada”, várias vezes. Ao contrário, do milhão e meio, de pessoas, que já escreveram, não tenho barba grande e viajo sozinho. A única coisa, que me aconteceu, algumas dezenas de vezes, é que adquiro, o bilhete, nos balcões, no aeroporto. Quase sempre (creio que só 2, ou 3, vezes, não fui chamado, para a direita) vou a essa inspecção, assim como fazem perguntas, sobre o que levo, dentro da mala. Quase todas, abrem, olham e mandam-me fechar.
E, principalmente, no centro da Europa (Holanda, Alemanha, Polónia e Suécia) é comum. Acho que são 10%, dos passageiros, que são chamados, para esse teste. Como compro bilhetes, em cima da hora, sou, dos últimos, lá vou falar com os 3 seguranças.
Em Lisboa, só me aconteceu, 1 vez: porque levava um gel, de barbear, que a máquina não reconheceu. Foi preciso fazer esse registo. A segurança, colocou uma “ervilha”, do gel, de barbear, no papel, dobrou, esfregou, desdobrou e passou algodão. Colocou, na mesma máquina, resultado negativo. Segui viagem. Vi uma rapariga (creio que era Croata ou Eslovena) que deu positivo, é que usava um creme, na cara, que tinha alguma coisa, que a máquina reconhecia como sendo, parte de explosivos. Depois de analisarem, ela veio, no mesmo avião, que eu e, não fui o último a sentar-me.
Eu e a minha mulher já fomos alvos deste teste, em voos diferentes.
Penso que o perfume usado por ter a ver com o teste. A mim foi o alarme (raio-X) que disparou e depois fizeram-me o teste na mão. Como não tinha metal comigo só pode ter sido algo no perfume que libertou algumas moléculas aéreas que activaram o alarme quando passei.
Eu então é quase todos dias.
Trabalho numa zona restrita.
Para entrar tenho que passar raio x e cartão magnético.
Se lavar as mãos com sabonete de manhã e for ao controlo aleatório, é certinho que aquela porcaria dá vermelho e depois têm que chamar a PSP e mais ninguém passa entretanto.
Uma confusão…
Estamos juntos nessa luta
Já me passaram a fita pelas mãos mas não tinha nada a ver com ETD e sim com NTD…
Deviam falar pelo menos dos 2 casos mais frequentes onde nos passam com a tira de papel (ou pano) pelas mãos…