Uma maçaneta de porta que se desinfeta a cada utilização? Já existe!
A inovação acontece muitas vezes em seguimento de uma necessidade. Portanto, tempo de pandemia exige novas formas de higienização e de proteção da saúde pública. Nesse sentido, uma empresa suíça criou, como lhe chama, “a primeira maçaneta de porta inteligente autodesinfetante do mundo”.
Como fica claro pelo nome, o puxador limpa-se automaticamente com desinfetante após cada utilização.
Maçaneta garante higienização constante
Com a pandemia, a perceção de alguns hábitos tomados como comuns alterou-se. Agora, parece absurdo ir ao supermercado sem desinfetar, constantemente, as mãos, andar na rua, nos transportes e nos espaços sem máscara e tocar em coisas alheias sem preocupação.
Com a necessidade de garantir essa constante higienização, surgem inovações que facilitam o processo.
Por exemplo, o caso da abertura de portas públicas. Uma solução que tem sido globalmente adotada implica que as pessoas utilizem um mecanismo de pé, de forma a não haver contacto com a pele. Embora resulte, é uma transição complicada e dispendiosa.
E se a solução for colocada nas maçanetas existentes, sem ser necessário alterar o procedimento normal?
É para responder a essa pergunta que a Tweaq, uma empresa suíça, criou aquilo a que chama “a primeira maçaneta de porta inteligente autodesinfetante do mundo”.
Cartuchos do Touch 1 contêm bateria de lítio e desinfetante
De acordo com a empresa, a instalação do Touch 1, e a substituição do puxador de porta manual existente, demora apenas 10 minutos e não exige qualquer modificação na porta. Além disso, a pessoa que o usar não tem de fazer mais nada que não seja usá-lo normalmente.
Ou seja, uma pessoa usa a maçaneta e, uma vez libertada, um sensor faz com que seja bombeado desinfetante líquido proveniente de um reservatório incorporado. Esse líquido desinfetante chegará até uma esponja localizada no interior de um anel metálico que fica à volta do puxador da porta.
Por sua vez, um mecanismo permite que o anel deslize ao longo do comprimento da maçaneta. De acordo com a Tweaq, elimina “99% das bactérias e vírus em menos de três segundos”.
O Touch 1 é alimentado por uma bateria de lítio, alojada no mesmo cartucho que contém o desinfetante, que dura mil limpezas até precisar de ser substituído. À medida que vão sendo trocados, os cartuchos podem ser enviados de volta para a Tweaq, de modo a que sejam reabastecidos e recarregados.
Para que nenhuma maçaneta fique desprotegida, o Touch 1 mantém e envia um registo de uso para uma aplicação móvel, alertando quando precisa de ser substituído.
Quanto ao preço, um par de unidades, um Touch 1 para cada lado da porta, estará disponível, em julho, por 550 dólares. A substituição dos cartuchos custará cerca de 20 dólares.
Além disso, existirá um plano de 9 dólares mensais para acesso completo à conectividade IOT, que simplifica a manutenção de grandes instalações, bem como o envio gratuito dos cartuchos de substituição.
Embora seja relativamente caro, a empresa considera que o dispositivo pode ser uma mais-valia a longo prazo e neste momento de pandemia, descartando um regime de limpeza manual.
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Este tipo de coisas já existem há muito tempo, mas num cenário pré-pandemia ninguém lhe deu o devido valor, agora não devem faltar empresas a querer investir neste tipo de equipamentos.
Lembro-me de há largos anos a LG ter anunciado um sistema de desinfeção de corrimões de escadas rolantes. Nunca mais se ouviu falar disso…
Estas maçanetas teriam particular interesse para portas de WC em espaços públicos. Mas assim que a pandemia passar ninguém vai querer gastar dinheiro em cosias destas. O mesmo se aplica por exemplos aos displays touch que existem nos espaços públicos, por exemplo, o dispositivos de encomenda do McDonalds que eram limpos (e não desinfetados provavelmente) com sorte uma vez por dia, e só com a pandemia é que sentiram a necessidade de desinfetar os display com frequência.
Na minha rica terra o McDonalds desligou os dispositivos de encomenda e passou a ter sempre duas caixas normais abertas. Devem ter feito as contas e saia mais barato pagar dois putos o salário mínimo com subsidio do governo do que ter uma pessoa ali o dia inteiro a desinfectar ecrãs em que eles tinham que pagar o desinfectante e o funcionário.
Escusado será dizer que agora ficas uns bons 20/30 minutos só para pedir. Lá foi o conceito de fast food.
Já não vou a shoppings à muitos meses, mas lembro-me que no início o McDonalds tinha uma funcionária a desinfetar o display depois da interação de cada cliente. Eles estavam ali o dia todo só a fazer isso.
A questão é que isto surge por necessidade do momento e não por obrigação em situação normal. Há um estudo de uma universidade britânica (se não estou em erro) em que detetaram presença de matéria fecal nesses displays do McDonalds. As pessoas vão ao quarto de banho ou fazem sabe-se lá o que com as mãos, e depois vão todos usar esses dispositivos sem qualquer higiene. E eu estou a dizer isto e nem sou germofobico e continuo a usar estes dispositivos sempre que vou ao McDonalds.
Mas por exemplo, puchadores de quarto de banho e corrimões de escadas rolantes evito tocar sempre que possivel.
Há outra solução mais simples, puxadores em cobre. O cobre é excelente para isso, tanto que o DIU aplicado nas mulheres é de cobre. https://theconversation.com/copper-is-great-at-killing-superbugs-so-why-dont-hospitals-use-it-73103