Apple estuda eletromiografia para controlar o iPhone e o Mac “sem usar as mãos”
A Apple tem desde há vários anos tecnologia no Apple Watch que permite ações e comandos sem usar as mãos, propriamente ditas. Isto é, com a leitura da atividade elétrica das membranas excitáveis das células musculares esqueléticas do nosso corpo, podemos controlar o dispositivo e executar funções. A empresa de Cupertino está a levar esta investigação a outros patamares.
O que é a eletromiografia?
A Eletromiografia (EMG) é uma técnica de monitorização da atividade elétrica das membranas excitáveis das células musculares esqueléticas, representando os potenciais de ação deflagrados por meio da leitura da tensão elétrica ao longo do tempo.
Por outras palavras, esta técnica permite o registo de sinais elétricos. Estes acontecem quando os músculos estão em repouso ou em contração, sendo assim captados e registados. Na medicina esta avaliação tem como finalidade detetar doenças neuromusculares.
Patente: Apple quer ir mais longe no estudo da EMG
Uma nova patente revelou que a Apple está a aprofundar a investigação da eletromiografia. Esta tecnologia poderia ser implantada numa pulseira para permitir aos utilizadores interagir com dispositivos ligados sem sequer tocar no ecrã.
A Apple patenteou recentemente novos tipos de pulseiras que podem detetar gestos avançados das mãos utilizando a eletromiografia (EMG).
Estes dispositivos utilizam sensores para captar os sinais elétricos gerados pelos músculos durante os movimentos das mãos ou dos dedos.
Esta tecnologia poderá permitir controlar vários dispositivos eletrónicos (como um iPhone ou um Mac) sem lhes tocar diretamente, simplesmente através de gestos.
A patente descreve várias conceções para estas pulseiras, incluindo modelos leves e ajustáveis e modelos integrados em relógios conectados, como o Apple Watch.
As aplicações vão desde a navegação intuitiva na interface até ao suporte de ambientes de realidade aumentada ou virtual (AR/VR), como o Apple Vision Pro.
Controlar dispositivos Apple apenas com atividade elétrica
A patente da Apple descreve várias aplicações específicas para pulseiras conectadas baseadas em EMG:
- Interações precisas por gestos: os gestos dos dedos ou das mãos podem ser utilizados para manipular objetos virtuais, selecionar opções de um menu ou mesmo escrever num teclado virtual. Isto poderia revolucionar os comandos em ambientes AR/VR.
- Controlo sem toque: o objetivo é permitir interações naturais e intuitivas com dispositivos, eliminando a necessidade de tocar num ecrã ou teclado. As pulseiras poderão mesmo reconhecer gestos complexos ou personalizados para diferentes utilizadores.
- Design modular: a Apple está a considerar pulseiras que se integrem noutros produtos, como o Apple Watch, ou modelos autónomos que possam ser ajustados de acordo com a utilização ou o conforto do utilizador.
- Adaptação médica e desportiva: estas pulseiras poderão também ser utilizadas para monitorizar a atividade muscular em contextos médicos ou desportivos, por exemplo para analisar o desempenho ou detetar perturbações neuromusculares.
A tecnologia é semelhante à que já é utilizada em pequena escala no Apple Watch e no Vision Pro.
Apertar dois dedos ou fechar um punho, por exemplo, pode fazer com que o relógio ligado reaja sem tocar no ecrã.
O mesmo se aplica aos óculos AR/VR, em que se pode apertar o polegar e o indicador para agarrar e alargar uma janela.
A Meta revelou recentemente uma pulseira EMG para controlar os futuros óculos Orion AR e potencialmente outros dispositivos com gestos das mãos. Embora o sistema seja promissor, a Meta afirmou que nunca irá substituir completamente os comandos do Quest, por exemplo.
A pulseira EMG ainda está longe de ser uma tecnologia madura. Não esqueçamos que se trata apenas de uma patente.
As tecnologias mencionadas e esboçadas podem nunca ver a luz do dia. No entanto, confirma que a Apple ainda tem ideias em carteira para melhorar a interação com os seus vários dispositivos.
Parece que a Huawei já tem grab & release a funcionar.
Verdade, mas parece que por aqui não se deve falar!
Falas, mas falhas muito 😉 . https://bit.ly/41i87OV
Really??? Sabem há quantos anos a Samsung fez isto??? E mais uma vez…nas noticias da Apple é tiudo novidades “antigas”…mas são muito bons…algo de novo já agora?
Repara que a Samsung não tem oferta na área dos smartwatches que esteja há anos em desenvolvimento. Primeiro apostaram no Tizen, depois votaram ao Wear OS e foram “começando” de novo. Repara que, apesar de ser bom, tudo da Samsung está edificado em cima do software Google. Não vês destaque por isso mesmo. Se fossem bons, o Tizen hoje era rei. 😉
Enquanto não se encontrar uma forma de as App’s poderem funcionar em qualquer OS, a inovação e a competição entre sistemas operativos é muito limitada.
Sim, isso também faz ao caso. No entanto, as empresas hoje neste mundo tão “pequeno” têm de ter investigação para anteciparem o futuro. Hoje, pensar numa coisa para o ano seguinte tem de ter base legal, investigação que promova a segurança no que toca à propriedade intelectual.
A Apple trabalha próxima com institutos, universidades e daí resultam muitos dos projetos que a empresa acaba por patentear. Não quer dizer que vá utilizar tudo o que patenteia.
A Apple tem cerca de 96 mil patentes registadas, 78.104 delas ainda ativas. Muitas delas não se sabe para o que servem e outras, como vimos há dias (com o Apple Vision Pro), só 15 anos mais tarde se percebeu a utilidade.
No caso da investigação na área da saúde, a empresa tem vários programas ativos, constantemente. Isso permite um desenvolvimento e evolução do assunto. E, se nalguns casos a Apple espera pelo mercado, noutros dá passos firmes. Por exemplo, o Apple Watch desde há vários anos que tem já na Acessibilidade o controlo de funções através dos gestos. Gestos que são essenciais no visionOS, que equipa os Apple Vision Pro.
Claro que a Apple esperou que a Microsoft, mesmo a Google, a META, a Sony, entre outros dessem força ao mercado da realidade mista, mas pouco conseguiram. O hype reapareceu com os Apple Vision Pro. Assim como estas tecnologias usadas no Apple Watch estão a levar para as outras marcas a necessidade de concorrência e seguem caminhos parecidos.
Por exemplo, a Apple tem muitas patentes no que toca à leitura da íris, mas só com o visionOS implementou essa sua tecnologia. Poderia já ter feito isso no iPhone, mas tinha melhor, o Face ID.
Ser concorrente é bom, mas pode não ser determinante, se a marca tiver já o seu caminho delineado.
Acalma-te, jovem. E mesmo que a Samsung tenha feito isto ou aquilo, qual é o problema em publicitar isto vindo da Apple? Deixem de ser tão fanáticos. Acalmem-se um pouco. Viver revoltado não faz bem à saúde.
A DJI tem um controlador de drones que usa os movimentos da mão para controlar o movimento do drone.
Já existe no mercado, não é uma ideia para o futuro!