Fugatto: som inédito criado por IA abre novos caminhos na música
A inteligência artificial (IA) continua a desafiar os limites do que é possível no campo da criatividade humana. Recentemente, uma equipa de cientistas e músicos anunciou a criação de um som completamente novo, denominado "Fugatto", desenvolvido através de sistemas de inteligência artificial.
O projeto foi desenvolvido por uma equipa da gigante dos chips informáticos Nvidia, que tinha como objetivo criar um "canivete suíço para o som". O resultado foi um som, que não tem precedentes na história da música, e que representa um marco tanto para a tecnologia, como para a arte, levantando questões pertinentes sobre a colaboração entre humanos e máquinas na criação artística.
O Fugatto é descrito como um som que combina características familiares, como timbres e ritmos reconhecíveis, mas que resulta numa experiência auditiva completamente nova.
A IA foi programada para explorar frequências, texturas e combinações harmónicas que não se encontram naturalmente em instrumentos tradicionais ou sintetizadores modernos. O nome "Fugatto" foi inspirado pela fusão entre a forma musical "fugato" e o desejo de criar algo completamente novo no mundo da música.
O processo de criação envolveu algoritmos de aprendizagem profunda que analisaram milhares de obras musicais e sons naturais. A IA foi programada não apenas para reproduzir ou combinar elementos conhecidos, mas para ir além, explorando áreas que nunca tinham sido tentadas pela música convencional. O resultado foi um som que não pode ser classificado dentro dos géneros existentes, como jazz, clássico ou eletrónico.
Como a IA criou o Fugatto
Para criar o Fugatto, os cientistas usaram redes neuronais profundas, que são sistemas de IA inspirados no funcionamento do cérebro humano. Estas redes foram alimentadas com vastas bases de dados que incluíam sons de instrumentos musicais, gravações de sons naturais e até padrões sonoros abstratos.
A IA foi então incentivada a experimentar, utilizando modelos generativos como o GANs (Generative Adversarial Networks), que são frequentemente usados para criar conteúdos inéditos, como imagens ou música.
Ao contrário de outros projetos de IA que procuram replicar estilos musicais existentes, o objetivo era criar algo completamente novo. A IA combinou frequências e padrões que, quando ouvidos por humanos, soam tanto estranhos como cativantes. Cientistas descreveram o Fugatto como um som que parece "familiar, mas impossível de identificar", algo que prende a atenção e desafia as expectativas.
A reação do mundo da música
Este projeto gerou uma onda de entusiasmo, mas também alguma controvérsia no mundo da música. Muitos artistas e compositores aplaudiram a criação, considerando-a uma nova fronteira para a criatividade. Segundo alguns músicos, o Fugatto pode servir como inspiração para a criação de novas formas de compor e experimentar com som.
Por outro lado, críticos levantaram preocupações sobre o papel da IA na arte. Algumas questões incluem a autenticidade da arte criada por IA, o impacto na criatividade humana e a propriedade intelectual.
Mas embora tenha sido inicialmente criado como uma experiência artística, as aplicações futuras do Fugatto podem ir muito além do mundo da música.
- Composição musical: O Fugatto pode ser integrado em bandas sonoras para filmes, jogos ou música experimental, proporcionando experiências auditivas completamente únicas.
- Terapia sonora: Sons inéditos como o Fugatto podem ser utilizados em terapias sonoras para relaxamento ou meditação, graças à sua natureza incomum e intrigante.
- Exploração científica: A criação de sons nunca ouvidos pode ajudar cientistas a compreenderem melhor como os seres humanos percebem e reagem ao som.
- Design de Produto: Sons deste género podem ser incorporados em produtos, como dispositivos de tecnologia ou sistemas de alerta, para atrair a atenção ou transmitir mensagens específicas.
Este é apenas mais um exemplo de como a inteligência artificial está a expandir os limites do possível no campo da criatividade. Embora a criação de som e música tenha sido tradicionalmente uma atividade exclusivamente humana, a IA está a mostrar que também pode ser uma colaboradora poderosa.
Mas o papel da IA na arte não deve ser visto como uma substituição da criatividade humana, mas como uma ferramenta para expandir horizontes. Tal como a fotografia não eliminou a pintura, mas trouxe novas formas de expressão artística, a IA pode complementar e enriquecer o mundo da música.
3 violas + 1 bateria e ouvido… é mais que suficiente!
Infelizmente no futuro a AI em termos de criação musical estará num nível em que dificilmente os humanos irão conseguir ser superiores. A música é em parte simples matemática com um número limitado variações em que a AI conseguirá fazer em segundos combinações que os humanos nem sequer conseguem imaginar.
Por enquanto a AI ainda não está ao mesmo nível, mas em poucos anos vai ultrapassar até o mais creativo dos humanos.
Hoje já é possível em serviços como o Spotify encontrar playlists com música 100% gerada por AI…
Verdade.
Ferramenta incrível, se o que ouvi é real, os artistas estão em sérios problemas.