México processa a Google pela alteração do “Golfo da América” para os utilizadores dos EUA
O governo mexicano iniciou uma ação judicial contra a Google, na sequência de uma alteração cartográfica que renomeou o "Golfo do México" para "Golfo da América" para utilizadores do Google Maps nos Estados Unidos da América.
México processa a Google
A Presidente mexicana, Claudia Sheinbaum, confirmou em conferência de imprensa que o processo contra a gigante tecnológica Google já foi apresentado. Contudo, conforme reportado pelo The Guardian, a data e o local exatos da submissão da ação não foram divulgados.
A argumentação central da Presidente Sheinbaum assenta no facto de que a ordem da administração Trump, que motivou a alteração do nome, se aplica apenas à porção norte-americana da bacia oceânica, não concedendo ao governo dos EUA autoridade para renomear a totalidade do corpo de água.
Tudo o que pretendemos é que o decreto emitido pelo governo norte-americano seja cumprido nos seus termos.
Afirmou. A ação judicial visa, portanto, reverter a alteração global que, segundo o México, excede a jurisdição norte-americana.
A génese da alteração do nome
A Google procedeu à renomeação do "Golfo do México" para "Golfo da América" para os utilizadores que acedem à aplicação Google Maps nos EUA em fevereiro. Esta alteração foi anunciada previamente em janeiro, com a empresa a indicar que aguardava a oficialização por parte do governo norte-americano no Geographic Names Information System (GNIS), que serve como "o padrão federal e nacional para a nomenclatura geográfica".
De acordo com a BBC, o governo mexicano já tinha contactado a Google antes desta alteração para solicitar que reconsiderasse a decisão, tendo posteriormente ameaçado com ações legais face à iminente mudança.
Quando a Google comunicou a alteração do nome para os utilizadores nos EUA, justificou a sua decisão com a prática de longa data de exibir nomes locais oficiais para os locais no Maps, especialmente quando estes variam entre diferentes países.
É importante notar que, no México, a bacia continua a ser designada como "Golfo do México". Para os utilizadores fora dos dois países, a designação apresentada é "Golfo do México (Golfo da América)", procurando, assim, conciliar as diferentes denominações e sensibilidades geográficas.
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Na América manda a América e pelos vistos já passou na Câmara dos Representantes, agora só um novo Presidente pode mudar isso.
O México chama o que quiser, a América chama o que quiser.
E quase aquela luta dos pastel de Belém e pastel de nata, muda o nome mas o cheiro é o mesmo.
Todos os democratas da Câmara dos Representantes votaram contra e um republicano. A proposta não passa no Senado. Trump não manda tanto como queria e os seus sicários gostavam – e sobre denominação geográficas só manda no território pertencente aos EUA, incluindo a plataforma continental.
Não e bem assim, entao agora nos outros paises decidem chamar ao nosso pais Espanha e fica tudo bem? Tem juizo
A Presidente do México tem razão – argumenta que a ordem executiva de Trump sobre o assunto se aplica apenas à parte da plataforma continental pertencente aos Estados Unidos.
“Tudo o que queremos é que o decreto emitido pelo governo dos EUA seja cumprido”, disse Sheinbaum. “O governo dos EUA chama apenas a parte da plataforma continental dos EUA de Golfo da América, não todo o golfo, porque não teria autoridade para nomear todo o golfo”, acrescentou ela.
Foi a Google que batizou, indevidamente, como Golfo da América o resto do Golfo do México, para além da plataforma continental dos EUA.
Tanto dilema é tudo América seja América do norte ou América do Sul.
Os Mexicanos querem lhe chamar Taco estão no direito deles os Americanos querem lhe chamar Hambúrguer estão no direito deles, cada país dá o nome que quer as coisas, mais uma vez é tudo América desde 1507 que um Alemão se lembrou de dar esse nome.
Ó Marocas, não é assim, há instituições internacionais para a atribuir os nomes geográficos, que são internacionalmente reconhecidos. Dentro do seu próprio país é que de vez em quando há uns maduros que alteram os nomes, e uns que não percebem nada e acham que é o mesmo que chamar pastéis de nata ou pastéis de belém.
Acredita marocas que os nomes das coisas são dados por aliens…
Ó Marocas. é o United Nations Group of Experts on Geographical Names (UNGEGN) que dá os nomes geográficos reconhecidos internacionalmente – e que reconheceu o nome de Golfo do México para o Golfo do México. Trump pode mudar os nomes – no território dos EUA, o que inclui a sua plataforma continental. O México só está a obrigar a Google a reconhecer que Trump não pode alterar as designações geográficas internacionalmente reconhecidas, para além do território dos EUA. Isto não são pastéis de belém – é permitir ou não que a pesporrência de Trump vá além das fronteiras dos EUA:
É preciso que trump saiba o que é direito internacional. Nem direito nacional sabe, quanto mais… Mas de criminosos não se pode esperar grande coisa (sim, foi condenado em tribunal americano logo é criminoso).
Oh Marocas o UNGEGN dá o nome que quiser é mais um a dar nomes, mas na América mandam os americanos como em qualquer país, embrulha.
Ó Marocas, no intervalo da aula pergunta à p’sora 😉
Os americanos são é pobres de espírito e não têm qualquer noção de história. Se tivessem, saberiam que o golfo não se chama de México por causa do país, mas sim do povo que habitava toda aquela zona muito antes de lá chegarem os europeus, sejam do lado norte, seja os do lado sul. Mas com esta leva, lá se vão os nomes Los Angeles, Califórnia, Texas, New York, Alabama e tantos, tantos nomes por aí fora., já que esses e muitos outros nomes não são “americanos”. Bem que podem começar a mudar todos para murica ou trump que daqui a nada é um país de acéfalos sem identidade própria.
Estão no seu direito de mudar o nome das coisas? Nas que estão dentro das fronteiras deles sim, já no que toca a zonas em águas internacionais e que ocupam também outros países, deveriam, a bem da boa coexistência, não o mudar unilateralmente. Mas meter alguma coisa na cabeça dura de alguns americanos (incluindo que existe mundo além da murica), como o seu presidente, é muito complicado. Estão toldados pela ignorância e pela falta de cultura geral e abertura ao mundo. Acham que tudo gira à sua volta. Em alguns aspetos, a sociedade americana consegue ser mais fechada a chinesa.
Antes de ser murica era outra coisa. Olha, era a zona onde moravam os Náhuatl que chamavam àquela zona Metztli Xictli Co, que derivou para Me Xi Co. Isto muito antes de lá haver americanos, europeus ou alemães a dar o nome às coisas.
Triste é um país não ter noção de história nem de coabitação com outros povos. Mas também de um presidente daqueles, o que esperar?
Vão mudar o nome de Los Angeles? Texas? New Orleans? New York? Acho que deviam, já que não se enquadra na narrativa de homogeneização. Faz lembrar os tempos da união soviética que passavam a a vida a mudar o nome das cidades. Curioso…
claro que tem. ela só quer obrigar a google a cumprir a nomenclatura atribuída internacionalmente e e limitar-se ao estrito âmbito ordem executiva, coisa que agoogle excedeu claramente.
aliás, pergunto-me porque raio é que eu vejo golfo da américa no google earth e no google maps?!
vão renomear o que quiserem mas dentro do seu território, não internacionalmente.
que aquilo é país de bosta como não há igual, já se sabia há muito agora só está a ser confirmado para até os cegos conseguirem ver
E quem é que lá estava antes dos Náhuatl?
No limite a Google pode mudar o nome para todo o planeta, e deixa de prestar serviços no território mexicano, problema resolvido.
Eu diria que não pode, mas não sou especialista em direito internacional. Mas a colocar-se como um provedor de serviços (neste caso os mapas) tem de cumprir com as normas e denominações aprovadas internacionalmente. Aliás, na minha opinião (que não vale de nada) o México tem toda a razão quando diz que o a google não pode mudar o nome de locais sem a devida indicação dos países onde estes locais se encontram. No caso de locais “internacionais”, existem entidades internacionais, e a google deve cumprir.
O Golfo do México é um nome reconhecido internacionalmente, logo o seu nome só pode ser alterado pela entidade (ou entidades) internacionais competentes. Se os americanos querem mudar nos mapas deles, é com eles. Internacionalmente é outra conversa.
“americanos querem mudar nos mapas deles”
Ora aí está, América chama o que quiser.
E ler o texto? O que é contestado é a alteração do nome a nível global.
A presidente Sheinbaum, sarcasticamente, deu a sugestão de se propor um novo nome para os EUA de “América Mexicana”, tal como o era em 1814. Achas que os norte-americanos iriam gostar disso?
É tudo uma questão de respeito histórico. Por exemplo, Los Angeles, San Francisco, etc continuam com esse nome por conta disso.
“Golfo do México” para “Golfo da América” para utilizadores do Google Maps nos Estados Unidos da América.
A seguir muda-se o nome de Mar-a-Lago ou Florida. Soa demasiado amexicanado.
Mas mesmo para utilizadores americanos, um serviço de mapas não pode mudar o nome de uma parcela para a qual não foi devidamente alterado o nome. E o trump disser que a Eslovénia passa a chamar-se Melania, está bem? Claro que não. Senão, perde toda a credibilidade e poderá até violar leis e direitos soberanos dos locais afetados. É exatamente esse o ponto do México. Querem que a parte mexicana e a parte internacional do golfo apareça com o nome que lhe foi atribuído. Apesar de achar que sim, o cabeça de trump não manda no mundo todo.
Ó Mário, lê novamente!
“Nível global” não é o mesmo que “utilizadores do Google Maps nos Estados Unidos da América.”
A nós, por exemplo, é mostrado “Golfo do México (Golfo da América)”. Nós não somos utilizadores dos EUA
Portugal vai pedir à google para mudar o nome do Golfo de Cádiz para Golfo da Manta Rota. Afinal de contas, cada um dá o nome que quer como diz ali o Mário… lol
A Google recorreu a um artifício – todo o Golfo do México aparece Golfo da América para os norte-americanos, Golfo do México para os mexicanos e com dupla grafia “Golfo do México (Golfo da América)” para os restantes países. Parece uma sentença salomónica (do sujeito que, para fazer justiça, ameaçou cortar uma criança em duas e dar metade a cada uma das duas mães que o reclamava). Mas o México não achou graça. Eu achei graça à presidente do México – não contestou o direito de Trump de dar o nome que quiser à parte referente à sua plataforma continental, mas exige à Google que dê o nome internacionalmente aceite à parte restante, mesmo que seja para os norte-americanos. Como diria alguém: “Quanto mais uma pessoa se agacha mai o c* lhe aparece”,