Negócios da China: alugar powerbanks
Há negócios que evoluíram com as necessidades da sociedade. Se cada vez mais andamos com os smartphones na mão, não será boa ideia alugar powerbanks carregados? É pois, e na China é um negócio rentável... e há em cada esquina!
Powerbanks - um negócio de esquina, em qualquer lugar
Recentemente, numa deslocação à China, para visitar as novidades do Salão Automóvel de Shanghai, percebi que há um negócio interessante a acontecer. Existem máquinas que dispensam powerbanks em qualquer lugar, literalmente em todo o lado.
Vi as máquinas nos restaurantes, nas estações de metro, na rua, penduradas em motorizadas, nos cafés, na receção de um hotel, cada piso desse mesmo hotel, até mesmo à porta de uma tabacaria!
Como funciona o serviço?
Os chineses não complicam, as regras são para se cumprir e isso facilita... em muitas coisas. Portanto, em cada caixa dispensadora e carregadora dos powerbanks existe um código QR.
Quem quiser um powerbank só tem de ler esse código QR com o WeChat ou Alipay. Então será liberta uma bateria externa. O utilizador pode levar o carregador para onde quiser.
Como estas caixas dispensadoras estão por todo o lado, podemos levar num sítio, e entregar noutro qualquer. Sim, há milhares destas máquinas espalhadas pelas cidades.
Quem comercializa?
Por detrás deste pequeno milagre logístico estão empresas como a Meituan, Energy Monster, Xiaodian, Jiedian ou Soudian. Empresas que não só operam redes de aluguer de baterias portáteis, como também criaram uma infraestrutura quase invisível, perfeitamente adaptada à dependência móvel da vida moderna chinesa.
O preço é tão modesto quanto o serviço é ubíquo: geralmente ronda entre 1 e 8 yuans por hora (de 0,12 a 1 euro), com um limite diário que raramente ultrapassa os 50 yuans (cerca de 6,5 euros), especialmente em zonas de grande movimento.
Algumas empresas exigem um depósito reembolsável, que varia entre 50 e 200 yuans (de 6 a 24 euros), embora muitas plataformas já tenham eliminado esse requisito para utilizadores verificados.
E se alguém decidir não devolver a bateria?
Ao caminharmos pelas ruas, onde existiam dezenas de motorizadas elétricas com este tipo de caixas pelos passeios, na nossa cabeça saltitava uma pergunta: e se não devolverem a bateria?
Nada de dramático, mas também não sai de graça. Na maioria dos serviços, como o Volt+, se a bateria não for devolvida em 48 horas, é automaticamente cobrado um valor que geralmente ronda os 99 yuans (cerca de 12 euros) através da conta vinculada.
Assim, o aluguer torna-se, na prática, numa compra forçada: ficas com o powerbank, e eles cobram-te por ele. Além disso, a penalização pode variar se a bateria for devolvida noutra cidade diferente da de origem ou se for devolvida danificada.
Este ecossistema não é apenas útil para o utilizador. Os estabelecimentos que alojam as estações recebem uma pequena comissão por cada aluguer, além de aumentarem o fluxo de clientes — algo que já vemos também em Portugal, onde as lojas das vilas são transformadas em pontos de recolha de encomendas.
Este tipo de negócio tornou um processo que causava stress, a falta de bateria nos dispositivos móveis, numa forma de ganhar dinheiro sem muito esforço.
Espalharam as máquinas que carregam e dispensam os powerbanks por todo o lado, em qualquer traseira das motoretas que vagueiam pelos espaços onde existem pessoas, nem que seja num spot onde os adolescentes vão fazer imagens e vídeos para as suas redes sociais.
Apesar de já haver por cá, em Portugal, alguns sistemas de aluguer de powerbanks, ainda estamos longe desta facilidade que existe nas cidades chinesas.
A ideia é boa e é caso para se dizer que "na China, nada se perde, tudo é negócio".
A MEO já tem uma solução em Portugal
A MEO já tem uma solução em Portugal
só nas lojas
Há um restaurante aqui perto de minha casa que tem isso. E não é asiático.
Por acaso não estive a ver as condições, mas quando voltar dou uma vista de olhos.
Em vários centros comerciais (da margem sul do Tejo), existe serviço semelhante. Não são máquinas automáticas. Balcões onde é possível pagar, para ter acesso a um cabo, que permite carregar o telemóvel. Exige pagamento, com cartão de crédito ou mbway, pois regista 50 euros, que são corrigidos, para o tempo que o telemóvel esteve a carregar. Ronda os 3 euros, por hora. Creio que o mínimo são 75 cêntimos (ou 1 euro).
Para alugar um powerbank, também conheço um centro comercial, em Lisboa, em que se pode pagar uma caução (50 euros) recebendo um powerbank carregado (a 85%). Por cada hora são 8 euros. Até tem app, que permite alugar, levar para casa, entregar, no dia seguinte, desde que esteja nos 85%, pagar só o valor, até ao encerramento da loja, do dia do aluguer.
Brick by MEO: https://www.meo.pt/energia/powerbank-brick
LOL! A malta anda mesmo viciada! Até já precisam de powerbanks 24/7!
Não largam o smartphone!!!
Com bateria de 15.000… tenho bateria para quase 15 dias… “Fossibot”