Prepare-se, o eSIM vai fazer parte da sua vida. Sabe o que é?
Já falámos em vários dispositivos que têm já esta nova tecnologia embutida, como por exemplo o Apple Watch 3 com LTE. Referimos também que a Google atribuiu suporte ao eSIM nos seus mais recentes topos de gama, o Pixel 2 e Pixel 2 XL.
O tradicional cartão SIM que conhecemos há várias décadas também evoluiu e hoje o eSIM parece ser o futuro, já amanhã, para esta tecnologia.
O que é um cartão SIM?
O cartão SIM, que em inglês significa subscriber identity module, em português é módulo de identificação do assinante, é um circuito impresso do tipo cartão inteligente utilizado para identificar, controlar e armazenar dados de telemóveis e smartphones de tecnologia GSM (Global System for Mobile Communications). Este chip tem a capacidade de armazenar dados como informações do assinante, agenda, preferências (configurações), serviços contratados, SMS e outras informações.
O primeiro cartão SIM foi criado em 1991 na Alemanha, foi fabricado pela empresa Giesecke & Devrient, que vendeu os primeiros 300 cartões SIM para uma empresa finlandesa.
O cartão SIM que conhecemos consiste num microcontrolador, pois possui memórias RAM, ROM e EEPROM, além de UCP e ULA, Timer, Segurança e portas E/S. Os cartões SIM são divididos em versões, ligadas às fases da tecnologia GSM e à sua capacidade (em kilobytes - KB). Existem cartões SIM de diversos tamanhos, com o máximo de 256 KB, mas o mais popular (atualmente) é o cartão SIM de 128 KB.
Linha temporal de utilização:
- Full-size (1FF) 1991
- Mini-SIM (2FF) 1996
- Micro-SIM (3FF) 2003
- Nano-SIM (4FF) 2012
- Embedded-SIM (eSIM) 2013
E o que é um eSIM?
A GSMA começou a popularizar o eSIM, módulo de identidade de assinante embutido. Os dispositivos com suporte para o eSIM possuem um cartão SIM interno que está ligado à motherboard (placa-mãe). E os dispositivos podem ligar-se às redes das diferentes operadoras sem exigir um cartão SIM físico.
O conceito de eSIM não é novo. A GSMA começou a explorar as possibilidades de cartões SIM baseados em software já em 2010. O eSIM fornece a mesma interface elétrica que podemos encontrar nos cartões convencionais, micro e nano.
A versão inicial da especificação SIM embutida estava limitada ao suporte eSIM em smartwatches, tablets e dispositivos físicos de rastreio/monitorização. A segunda versão trouxe suporte para praticamente todos os dispositivos de consumo, incluindo smartphones.
Os dispositivos podem armazenar vários perfis das operadoras em simultâneo, mas apenas usar um de cada vez. Já do lado das operadoras de comunicações, estas podem configurar um SIM embutido via OTA, isto é, recorrendo à sua rede, um processo conhecido como Remote SIM Provisioning.
Apple Watch tem eSIM
Além das características referidas, esses dispositivos podem até mesmo partilhar o mesmo número e plano móvel. Como exemplo dessa funcionalidade é o Apple Watch Series 3 com LTE. Possui suporte eSIM e pode usar o mesmo número de telefone do seu iPhone e aproveitar a rede móvel. Nos Estados Unidos (entre outros países) podem já ter este sistema, apenas têm de pagar uma taxa extra.
Trazer o eSIM para o consumo tradicional pode ser benéfico para os fabricantes, operadoras e clientes. Isso reduziria o aborrecimento de manter diferentes cartões SIM. As operadoras poderão modificar os dados do eSIM de acordo com os seus requisitos. Num cenário possível, mudar entre operadoras pode tornar-se uma tarefa de apenas alguns minutos para os utilizadores.
Os dispositivos que possuem um built-in eSIM também podem economizar espaço no interior. Isso ajuda os fabricantes ao projetar hardware menor, pois não haverá slot para cartão SIM.
eSIM no Google Pixel 2 e outros dispositivos
O suporte eSIM no Google Pixel 2 e Pixel 2 XL está atualmente limitado aos assinantes do Project Fi da Google. Contudo, o utilizador poderá sempre recorrer ao seu cartão SIM tradicional, pois há um slot disponível.
Mas os dispositivos Pixel não são os primeiros na linha. O Samsung Gear S2 Classic 3G, lançado em fevereiro de 2016, foi o primeiro a suportar a especificação eSIM da GSMA. E mesmo antes disso, a Apple ativou funcionalidades semelhantes em modelos de iPad selecionados através da sua tecnologia chamada Apple SIM.
A chegada do SIM embutido pode beneficiar várias categorias de dispositivos como Internet Of Things, dispositivos de saúde, etc. Em breve, mais dispositivos irão necessitar de ligação de dados diretos, e também porque a modernidade exigirá que o utilizador não tenha de estar a mudar de cartão SIM sempre que quiser trocar de operadora, simplesmente porque não faz sentido.
Este artigo tem mais de um ano
Como os telefones estão a ficar maiores então há que tirar o Audio Jack, o slot para o SDCard e o slot do SIM para ter mais espaço… tá certo, faz sentido.
Pois o problema deve ser esse espaço… lol
Bom para usar em situações de roubo de telemóvel (ladrão já não pode tirar o SIM ) e com root até dá para impedir o telemóvel de se desligar
Exactamente. Com uma solução destas os smartphones com o sistema Encontrar, como os da Apple por exemplo, dificilmente poderão ser “apagados” do mapa 😉 estarão sempre Always connected, mesmo quando desligarem a bateria, visto ser apenas necessário um pouco de energia para este chip dar sinal.
“estarão sempre Always connected, mesmo quando desligarem a bateria” – LOL 😀
o SIM sem o hardware (tipo.. a antena.. por exemplo) não comunica nada com nada 😀
Não estás a perceber LOL. Quando deixas um equipamento em standby ele não está morto, ele apenas tem um consumo menor de recursos para diminuir o consumo de energia. Neste caso o sistema poderá manter estes métodos de rastreio do equipamento com baixo consumo de energia. Claro que mais dia menos dia a bateria irá acabar, ou a pilha pu a fonte que o alimenta, mas passa a não haver possibilidade de remover o SIM e cortar as comunicações de localização.
Estas comunicações de localização podem ser pacotes de dados com um consumo de recursos muito pequenos, lembra-te 😉 Percebeste?
com a bateria desligada/retirada.. o SIM não comunica com nada.. seja ele eSIM ou SIM tradicional.. anyway.. sendo o eSIM apenas “software”.. registos algures numa ROM qq no tlm.. de futuro com certeza aparecerá tools na net para limpar essa ROM.. mas de qualquer forma, sim, penso que é muito melhor ter um ou mais eSIMs nos tlms.. não faz sentido a presença de um cartão fisico.
O eSIM não é apenas software.
tendo em conta que a maioria dos telefones tem baterias embutidas, julgo que não seria esse o problema na hora de encontrar mais facilmente qualquer telefone
Bom seria algum operador PT suportar esta “nova” interface, desconheço se já existe algum a utilizá-la.
Resumidamente e mais uma vez, uma ‘calinada’ para a privacidade. Qualquer dia e se dou um pe## (pum)… fica registado algures.
Sim rapaz, isso também já é contabilizado:
https://super.abril.com.br/historia/os-puns-humanos-contribuem-para-o-aquecimento-global/
Dá para funcionar como um smartphone Dual-sim?
Pois, era mesmo bom conseguirmos usar o Pixel 2 com o SIM e o eSIM em simultano em operadoras diferentes (melhor ainda era usar o eSIM em 3 operadoras e ele escolher qual tinha melhor rede, que é mais ou menos o que acontece no Project FI ).
Mas o meu interesse era mesmo poder usar o numero pessoal e o profissional no mesmo telemovel…
Desde que o equipamento tenha hardware para suportar duas redes ao mesmo tempo, tal como os Dual SIM, sim.
acho que já é hora de parar de falar de dual sim e falar em multi sim… ate me custa a perceber porque tamos limitados… alias nao porque faz dinheiro
Não sei onde se enquadra, mas quase todos os telemoveis mesmo sem nenhum SIM conseguem fazer uma chamada de emergencia para o 112.
Que pode ser útil por exemplo se tivermos um telemovel (mesmo dos antigos) no carro desligado só para esta situação, mas depois há o problema de o manter com alguma carga na bateria, pois ao fim de 1 ano mesmo desligado o mais certo é já ter perdido a carga quase toda…
Eu costumo alternar entre 2 telemóveis, um iPhone e um Nexus.
Neste momento basta-me mudar o cartão SIM de um para o outro.
Se ambos os telemóveis fossem eSIM como é que eu poderia fazer isto? Seria possível simplesmente desactivar um e activar o outro através das respectivas definições?
Sim vamos ter localização em tempo real com ou sem bateria 100% disponível, correção, a NSA e outras agências governamentais vão ter a localização dos dispositivos em tempo real 100% uptime sem breakdowns, mesmo onde nós não temos rede para comunicar.
Isto é ponto assente. A questão da privacidade, essa eu deixo para vocÊs, quer se importem ou não, quer queiram ou não ela está lá, podem ignorar ou não adquirir estes dispositivos…
Anyway, é ou vai ser físico, porque pode-se assumir que se estiver numa memória ROM é físico, mesmo que o seu funcionamento seja apenas código, memória ROM não se apaga, e a memória é física, logo o chip passa a ser “físico!”, se o quiserem apagar, é simples.. retiram ou queimam a memóriam ROM! Se por acaso for a mesma memória ROM de um telemóvel por exemplo significa inutilizarem o telemóvel..
Utilidade??? para o consumidor, diretamente nenhuma, indirectamente alguma, menos cartões, processos mais simples, possibilidade de esquemas fraudulentos/roubos de equipamentos dimimuída. Utilidade para as agências governamentais over 9000.
E eles vão querer saber sempre onde estás 🙂 vão por um funcionário a ver todos os teus passos 🙂
Nós temos um interesse 😉 Por mim já devia estar implementado em portugal, e guardar o registo de localizações numa base de dados do governo, ia ajudar bastante as autoridades quando fosse para resolver crimes. Por exemplo assalto a joalharia, via-se que número de serie estava naquele momento no local e via-se quem era o dono do eSim, resultado = assaltante preso. Quem não deve não teme, a mim não me importuna.
O meu carro também tem um eSIM. Para controlar o carro pelo SmartPhone e ter internet.
Vamos aguardar mais algum tempo.
Depois é k se tiram conclusões.
Será que aqueles tarifários de rede móvel (kanguru) dão para activar no esim?