Samsung utiliza Inteligência Artificial para automatizar o design dos chips

As tecnologias estão cada vez mais evoluídas e, consequentemente, permitem que se criem outros produtos, facilitando também o seu processo de fabrico. Estas melhorias verificam-se sobretudo na indústria, onde cada vez mais são utilizadas tecnologias de ponta para agilizar a produção de equipamentos.

Desta forma, um porta-voz da Samsung confirmou recentemente que a empresa sul-coreana está a utilizar um software de Inteligência Artificial para automatizar o design dos seus chips.

Samsung usa IA para automatizar o design dos seus chips

As empresas têm que estar em constante evolução, procurando assim soluções inovadoras para melhorar os seus produtos. E esta tendência é esperada sobretudo das grandes marcas tecnológicas, como a Samsung.

Neste sentido, a empresa sul-coreana confirmou, através de um porta-voz, que está a usar software de Inteligência Artificial (IA) da Synopsys. Esta é uma das empresas que lidera o segmento de software destinado ao design de chips e que é usado por muitas marcas.

A IA ficará então responsável por projetar os futuros chips Exynos da Samsung, os quais serão usados nos próximos smartphones, sejam ou não da marca. Para além dos telefones, estes chips vão integrar-se em tablets e, em breve, poderão estar também presentes em computadores portáteis.

De acordo com Aart de Geus, co-CEO da Synopsys, "estamos a assistir ao primeiro projeto de um processador comercial real com IA".

A Samsung junta-se assim a outras fabricantes, como a Nvidia e a IBM, que já antes falavam em adotar a Inteligência Artificial para o design dos chips.

Mike Demler, analista do Linley Group, que gere softwares de design de chips, diz que a inteligência artificial é adequada para automatizar mil milhões de transístores em apenas um chip.

A ferramenta da Synopsys designa-se DSO.ai e pode ser a que terá o maior alcance uma vez que a empresa trabalha com várias marcas. A tecnologia tem poder para acelerar o desenvolvimento de semicondutores e desbloquear novos designs de chips, de acordo com fontes da indústria.

Obviamente que estas tecnologias não ficam nada baratas para as empresas. No entanto, o objetivo é que gradualmente se tornem em processos mais acessíveis, à medida que também são mais eficientes. Mas, mesmo assim, há algumas tarefas em que estas tecnologias não conseguem dar resposta. Como tal, os designers profissionais continuarão a ser necessários.