NVIDIA violou lei antimonopólio, afirma China
A autoridade reguladora do mercado chinês afirmou, esta segunda-feira, que a NVIDIA violou a lei antimonopólio do país, de acordo com uma investigação preliminar. Mais acrescentou que o país continuará a sua investigação sobre a gigante norte-americana de semicondutores.
No final do ano passado, a Administração Estatal de Regulamentação do Mercado da China (em inglês, SAMR) abriu uma investigação sobre a NVIDIA relativamente à aquisição da Mellanox e alguns acordos feitos durante a aquisição.
A gigante dos semicondutores adquiriu a empresa de tecnologia israelita de soluções de rede para centros de dados e servidores, em 2020, num acordo aprovado pela China, na altura, sob condições específicas.
Entretanto, numa investigação preliminar, a SAMR afirmou que a NVIDIA violou as leis antimonopólio da China relativamente a essa aquisição e às suas condições.
O regulador de mercado chinês não especificou, no entanto, como a NVIDIA teria violado as leis do país.
Esta alegação de violação da lei antimonopólio pode complicar as negociações comerciais entre autoridades chinesas e americanas. Estas começaram, no domingo, em Madrid, Espanha.
Antes disso, no sábado, a China abriu duas investigações separadas sobre semicondutores: uma é uma investigação antidumping sobre determinados chips importados dos Estados Unidos, e a outra é uma análise antidiscriminação das restrições dos Estados Unidos à indústria de chips da China.
NVIDIA tem procurado apostar na China, apesar das tensões
Envolvida na volatilidade geopolítica, conforme descrito pela CNBC, a NVIDIA tem tido uma relação conturbada com o mercado chinês, no qual quer, conforme já afirmou, apostar.
De facto, o diretor-executivo da empresa de semicondutores, Jensen Huang, já pediu publicamente que as empresas americanas fossem autorizadas a vender para a China, dizendo que o mercado local de Inteligência Artificial atingirá provavelmente cerca de 50 mil milhões de dólares nos próximos dois a três anos.
Além disso, Huang já disse que, se as empresas americanas não estiverem presentes na China, players domésticos como a Huawei preencherão a lacuna.
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A aquisição da Mellanox pela Nvidia, por 6,9 mil milhões de dólares ficou concluída em 2020. Por ser uma aquisição em setores estratégicos da tecnologia (neste caso, GPUs, redes de alta velocidade e adaptadores ethernet) teve que ser aprovada pelos reguladores de vários países. A China aprovou a aquisição, com condições, sujeitas a acompanhamento.
Diz quem sabe que é desse acompanhamento de que se fala agora … a antecder as negociações, na próxima 6ª Fª, entre a China e os EUA. Ou seja, esta questão, agora, é só uma ligira pressão sobre os EUA, sem efeitos práticos.