França confirma investigação à Nvidia por práticas anticoncorrenciais
Após ter sido noticiado que a Nvidia estaria sob o radar da autoridade da concorrência de França, sabe-se agora que a fabricante de chips, que explodiu em popularidade nos últimos tempos, está a ser alvo de uma investigação por práticas anticoncorrenciais.
A Nvidia tem beneficiado largamente da popularidade da Inteligência Artificial (IA), estando, hoje em dia, a par de gigantes tecnológicas como a Apple e a Microsoft em matéria de valorização de mercado. De facto, o crescimento tem sido impressionante.
Apesar do sucesso, a autoridade francesa da concorrência confirmou, esta segunda-feira, que está em curso uma investigação à fabricante de chips por alegadas práticas anticoncorrenciais. À Reuters, o presidente da autoridade, Benoit Coeure, revelou que a Nvidia será acusada "se a investigação for profícua".
Nvidia alvo de investigação por práticas anticoncorrenciais
No início deste mês, a agência noticiosa havia partilhado, citando pessoas com conhecimento direto do assunto, que a Nvidia estaria prestes a ser acusada pelo regulador antitrust francês.
Num relatório publicado na mesma altura sobre a concorrência no setor da IA generativa, a autoridade francesa manifestou preocupações quanto à dependência do setor do software de programação de chips CUDA da Nvidia, o único sistema que é 100% compatível com as GPU que se tornaram essenciais para a computação acelerada.
A mesma autoridade citou, também, o desconforto com os recentes investimentos da Nvidia em fornecedores de serviços de nuvem focados em IA, como a CoreWeave.
Se violarem as regras antitrust francesas, as empresas arriscam multas que podem atingir 10% do seu volume de negócios anual global. Apesar disto, podem fazer concessões para evitar sanções.
No ano passado, num documento regulamentar, a Nvidia revelou que as autoridades reguladoras da União Europeia, China e França tinham pedido informações sobre as suas placas gráficas.
Inveja à la carte
Precisamente por serem o monopólio é que as placas gráficas têm os preços obscenos que se vê.
Concordo. Por outro lado se os consumidores fossem um pouco mais informados e votassem com a carteira (bastava que isto acontecesse numa única “geração” de placas), por exemplo adquirindo os modelos da concorrente principal, a história poderia ser diferente. Em alternativa e enquanto governos (como o francês) tiverem orçamento para se debaterem numa batalha legal contra um gigante da envergadura da nvidia é esperar que a coisa, pelo menos, não piore muito.
Nenhuma empresa consegue mais de 80% de mercado sem fazer malandrice.