Ex-porta-voz da TSMC diz que a Lei dos Chips não ajudará a aumentar a produção nos EUA
Tal como temos revelado através de várias notícias, os Estados Unidos estão comprometidos e empenhados em se distanciar da dependência estrangeira no que respeita à produção de chips, apostando assim fortemente na produção interna, através das suas fabricantes locais. Para tal, tem sido desenvolvida a Lei dos Chips, na qual o país distribuiu subsídios apelativos para incrementar a construção de novas fábricas e, por conseguinte, o aumento do fabrico de componentes.
No entanto, parece que tal não ser muito convincente aos olhos de alguns. E, recentemente, uma ex-porta-voz da gigante taiwanesa TSMC afirmou que a Lei dos Chips não irá ajudar a impulsionar a produção de chips nos EUA.
Lei dos Chips não trará vantagens na produção nos EUA, diz ex-porta-voz da TSMC
A Lei dos Chips norte-americana foi aprovada e promete um investimento de 52 mil milhões de dólares para aumentar a produção de chips nos EUA, assim como a pesquisa e desenvolvimento, incluindo os chips com a nova litografia de 3 nm. Mas uma ex-porta-voz da TSMC, Elizabeth Sun, que atualmente é a maior fabricante de componentes do mundo, acredita que essa mesma lei não vai ajudar os Estados Unidos a impulsionar a indústria de chips.
Estas informações foram captadas através de uma conversa na rede social Twitter no início da semana passada, realizada pelo canal Bloomberg Technology a Elizabeth, que trabalhou na gigante taiwanesa durante 16 anos (de 2003 a 2019). No entanto, a ex-porta-voz salienta que as suas opiniões não são representativas da TSMC, uma vez que já não trabalha lá.
A entrevistada diz que a indústria global de chips sempre contou com uma rede de fornecimento bem estabelecida. No entanto, de repente, agora todas as regiões e países querem competir nessa mesma indústria. Desta forma, ela questiona se não seria melhor uma união para atenuar as dificuldades do setor, em vez de serem gastos milhões na construção de capacidades de produção separadas por vários locais.
Por outro lado, Elizabeth também refere que os 52 mil milhões de dólares que o governo dos EUA vai investir neste mercado "não é muito dinheiro", e compara ao montante que a TSMC gasta em apenas um ano. Como tal, considera o investimento norte-americano baixo para os projetos e objetivos que tem em mãos.
A ex-porta-voz é da opinião que os governos devem tentar elaborar modelos colaborativos, ao mesmo tempo que evitam conflitos entre os vários países do mundo. Como tal, Elizabeth acredita que a paz mundial é necessária para uma indústria de semicondutores saudável e harmoniosa.
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“ A ex-porta-voz é da opinião que os governos devem tentar elaborar modelos colaborativos, ao mesmo tempo que evitam conflitos entre os vários países do mundo. Como tal, Elizabeth acredita que a paz mundial é necessária para uma indústria de semicondutores saudável e harmoniosa.”
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