A AMD, Intel e Qualcomm são algumas das fabricantes que pedem ajuda aos Estados Unidos para reduzir a dependência de chips estrangeiros.
Desta forma, as três gigantes norte-americanas, representadas pela entidade SIA, pretendem incentivos e procuram investimento para financiar o fabrico de chips no país.
Em 2019, a SIA (Semiconductor Industry Association) solicitou ao governo dos EUA uma injeção de 5 mil milhões de dólares. Mas agora a entidade enviou uma carta ao novo presidente Joe Biden onde pede ajuda para reduzir a dependência dos Estados Unidos das importações de chips.
Fabricantes norte-americanas pressionam para fabrico de chips nos EUA
Robert Swan, ex-CEO da Intel, Lisa Su, CEO da AMD, e Steve Mollenkopf da Qualcomm, foram três dos executivos que assinaram a carta. Mas outras empresas também se juntaram a esta causa, como a Nvidia, Broadcomm e IBM.
Em suma é destacada a necessidade do governo, juntamente com o Congresso, financiar incentivos para o fabrico de chips nos EUA. O objetivo é a diminuição da enorme dependência existente de fabricantes estrangeiras.
Os executivos da indústria dos semicondutores solicitam então financiamento e isenção de impostos. Segundo a carta, procuram “fundos substanciais destinados a incentivos para o fabrico de semicondutores, em forma de subsídios e/ou créditos fiscais”.
Para além das instalações da Intel Corporation, todos os chips mais recentes vendidos pelas empresas norte-americanas são fabricados fora dos EUA. A maioria é fabricada fora da América, em processos de 5 nm e 7 nm pela TSMC (Taiwan Semiconductor Manufacturing Company) e também pela Samsung Electronics e Samsung Foundry.
Mas esta dependência também acontece noutros países. Contudo, ultimamente ganhou mais destaque porque as montadoras em todo o mundo não estão a conseguir comprar chips, devido à recuperação da entrega de carros, sobretudo na China.
Neste sentido as fabricantes lamentam a falta de incentivos nos EUA para atrair novas instalações de fabrico de semicondutores no país. Para além de que o investimento do governo norte-americano para a pesquisa de chips tem sido relativamente baixo ao longo dos anos.
Para que esta ajuda se concretize, serão necessários cerca de 3 mil milhões de dólares para investir em “instalações e equipamentos nos EUA destinados ao fabrico, montagem, teste, embalagem avançada, pesquisa e desenvolvimento de semicondutores”.