AeroScope – DJI lança tecnologia que identifica e localiza drones
A DJI, como principal fabricante de drones, tem-se focado em tentar desenvolver um método de ajudar a prevenir incidentes em locais restritos como os aeroportos.
De forma a ajudar as autoridades a identificarem os drones no ar, foi agora lançada a tecnologia AeroScope que irá permitir aos agentes, em terra, receber alguns dados dos drones a voar na área circundante.
Há alguns meses surgiram, tanto em Portugal como em várias partes do mundo, alguns incidentes com drones em aeroportos. Embora surja a dúvida se todos os casos foram reais, não se registou qualquer acidente por culpa destas aeronaves.
Resultante destes acidentes, em Portugal foi iniciado o processo de regulamentação deste tipo de aeronaves, estando agora nos últimos dias de consulta pública o projeto de decreto-lei que pretende tornar obrigatório o registo e seguro dos drones.
Além de Portugal, outros países também se mostraram preocupados com esta questão e, além de procurar estratégias para defesa dos pontos sensíveis, procuraram pressionar a DJI, empresa responsável por 3/4 do mercado dos drones, para desenvolver algum método que pudesse ajudar na identificação das aeronaves.
AeroScope - Tecnologia para ajudar a proteger os aeroportos
A DJI apresentou na Bélgica o AeroScope, uma tecnologia que irá permitir às autoridades em terra identificar e monitorizar os drones em voo perto da sua localização.
Esta nova tecnologia utiliza a ligação já existente entre o drone e o comando para transmitir informações do drone como o seu registo, o número de serie ou mesmo dados de telemetria como a localização, altitude, velocidade ou direção. Uma vez que utiliza uma ligação já existente no drone, o AeroScope é compatível com todos os modelos DJI e não precisa de qualquer alteração do drone. Este procedimento também poderá ser facilmente adaptado a outros fabricantes.
As drones have become an everyday tool for professional and personal use, authorities want to be sure they can identify who is flying near sensitive locations or in ways that raise serious concerns
Com o AeroScope, as autoridades irão conseguir identificar e monitorizar os drones que voem em e aeroportos ou outros pontos que carecem de segurança adicional. Esta tecnologia já está em testes em dois aeroportos internacionais desde abril e, tal como foi demonstrado na Bélgica, permite identificar drones mal estes sejam ligados e transmitir desde logo a sua posição, assim como o seu número de série.
Para assegurar a privacidade dos utilizadores, a DJI irá adicionar no seu software uma área de definições para a identificação de drones, que irá permitir aos utilizadores decidir que informações quer partilhar, escolha esta sempre limitada e dependente das obrigações legais de cada país. Como o AeroScope faz uso de uma ligação local, os dados apenas são partilhados com as autoridades em terra.
Esta nova tecnologia junta-se assim ao GeoFencing na tentativa de tornar o voo destas aeronaves mais seguro tanto para os pilotos, como para os aeroportos e outras zonas restritas.
Este artigo tem mais de um ano
Tanta invenção desnecessária. Que tal tornar obrigatório o “transponder” que existe nas aeronaves ditas convencionais? Simples, não?
Nada simples. E os milhares de drones que já existem? Este sistema tanto funciona para novos drones como para os que já estão no mercado.
Além disso qual a vantagem adicional do transponder? Ele pode ser desativado. Quem quiser fazer voos sem ser identificado faz na mesma.
Vc não acha que o usuário mal intencionado não desligar ia?
Se eu percebi bem, este novo sistema só detecta os drones de uma marca correto?
Sim certo.
Simplesmente brilhante, DJI! Criamos um problema e agora criamos a solução para o problema. $$$
E os drones artesanais feitos em casa?
Esses não estão abrangidos por esta tecnologia
E se for um DJI mas com App Litchi?
Recentemente vi num notociário na TV um vídeo que um passageiro fez através da janela do avião na aproximação ao aeroporto, em que um drone cortou a ponta da asa, a que fica dobrada para cima.
Esse vídeo é fake.
Eu também e profissionais da área mostraram de que era montagem.
Foi na CM Tv só pode
. Aquele vídeo FALSO de um drone
que embate na parte superior da asa ?
Curioso ter deixado de ser notícia os crimes nos aeroportos…. É incrivel as coisas que se inventam para roubar mais uns cobres ao zé provinho
Queria dizer drones. Foi a correção automática
Não consigo perceber como é que este aparelho vai evitar que alguém mal intencionado seja impedido de executar uma acção com um drone.
Se alguém quiser usar um drone para executar um ataque com intenção de provocar um incidente com avião comercial ou até militar só se for muito tenrinho e inocente é que vai faze-lo com um equipamento “off the shelf” registado!
Há montes de aparelhos que podem ser construídos sem grandes conhecimentos técnicos no dias dias de hoje, que não são registados nem são possíveis de rastrear, a não ser por meios de detecção convencionais, tais como radares e só podem ser inibidos ou desactivados por dispositivos especiais que têm de ser usados a pouca distância para serem minimamente eficazes, além de serem provavelmente muito difíceis de abater por uma bateria anti aérea ou até por misseis ar-ar.
Só por curiosidade, que seja publico, os F-16 portugues só usam 2 tipos e de misseis, o AIM 9 sidwinder com capacidade de interceptar alvos a curta distancia menos de (20Km em condições ideais) mas que requer que o sensor do míssil adquira a assinatura térmica do alvo, duvido que por exemplo um DJI gere a assinatura necessária para obter um “lock”. O outro míssil que os F-16 portugueses podem transportar é o AIM 120 AMRAM
que possui um alcance eficaz a cima de 100Km nas versões mais modernas, mas que na prática se sabe ser inferior a 50Km e depende das condições de disparo, trajectoria do alvo, altitude, etc… que é usado em conjunto com o radar do avião, aqui neste caso não há muita literatura que dê pistas se o radar de um caça de 4ª geração consiga seguir com eficácia um objecto do tamanho de um drone comercial que produz uma ssinatura de radar semelhante a uma ave de dimensões médias e gerar uma solução de tiro para o missil.
Mas mesmo que fosse possível, não estou a ver a autorização ser dada para disparar uma arma dessas por cima de Lisboa ou Porto, só porque um artista se lembrou de ir brincar para onde não devia!
Em relação a tentar eliminar ameaças aéreas com sistemas terra-ar , só temos em Portugal o sistema Chaparral baseado no missil AIM 9 Sidwinder adaptado e o lança misseis portáteis STINGER que funcionam ambos por captura da assinatura térmica do alvo.
Isto tudo serve para dizer que os meios convencionais disponíveis em portugal , servem para isso mesmo, impedir ameaças convencionais, detectar, seguir e interceptar uma aeronave não autorizada de grande porte e que se rege por comportamentos e movimentos minimamente expectáveis para um avião convencional, os drones não são ameaças convencionais.
Ou seja, nesta fase ainda estamos totalmente expostos a este tipo de ameaça e longe ter meios de defesa aérea ou terra-ar eficazes na detecção, identificação, tomada de decisão se o objecto é bem ou mal intencionado e por fim com a capacidade imediata de inibir ou destruir qualquer objecto que tente aproximar-se de um aeroporto ou rotas de aproximação/descolagem de aeroportos.
Até lá podem legislar o que quiserem, arranjar os brinquedos com aspecto vindo de um filme de série B de Hollywood que quiserem não vai resultar nada.
Só me convencem no dia quem mostrarem um radar ou rede de sensores capazes de detectar objectos de pequenas dimensões, capaz de seguir os objectos independentemente de mudanças bruscas de altitude e direcção de voo, capaz de identificar se é ou não um voo autorizado, e ser capaz de gerar uma solução de tiro eficaz para intercepção do objecto quer seja por meio de disrupção de sinal de controlo direccionado, intercepção e sobreposição de sinal de controlo, ou por exemplo o envio de outro drone para captura ou barragem física da ameaça (esta solução já vi ser testada com algum sucesso), ou em ultimo recurso, o tal sistema de detecção e seguimento ser capaz de direccionar tiro quer de pequenas armas anti-áreas ou pequenos misseis, que acho pouco provável que seja permitido sobre zona povoadas.
Resumindo, estou a falar de uma espécie de “Sistema Unicórnio” porque não existe, mas que infelizmente será para onde se terá de caminhar.