Dia Internacional da Mulher: o papel das mulheres na Tecnologia
Hoje, dia 8 de março, assinala-se o Dia Internacional da Mulher, o dia reservado para que não nos esqueçamos da luta pela igualdade económica, social e laboral, para lembrar tudo o que já foi conquistado e o que ainda há por conquistar.
E na tecnologia... Neste mundo tão dos homens, qual o papel das mulheres?
O Dia Internacional da Mulher
O dia 8 de março foi a data elegida pelas Nações Unidas para assinalar o Dia Internacional da Mulher, em 1975. Uma data para celebrar as conquistas de igualdade de género conseguidas ao longo de mais de um século e para refletir sobre tudo aquilo que ainda há por fazer.
A origem deste dia data de 1857 quando, precisamente a 8 de março, um grupo de mulheres da indústria têxtil organizou uma marcha a exigir melhores condições de trabalho e horas de trabalho iguais às dos homens, em Nova Iorque. Na mesma cidade, 50 anos depois, uma nova manifestação foi levada a cabo para homenagear as mulheres que iniciaram esta luta e para exigir o direito de voto.
Mas esta não foi uma luta do século XX cingida aos Estados Unidos. Na Rússia, e noutros países da Europa, muitas foram as manifestações em prol dos direitos das mulheres e da igualdade de géneros.
A data continua a fazer sentido de ser assinalada, porque apesar de muitas conquistas, ainda se continuam a assistir a graves disparidades e injustiças um pouco por todo o mundo.
Não, este não é um artigo para falar sobre aquilo que ainda falta fazer, mas sim para falar sobre o papel das mulheres numa área que ainda é tão de homens e recordar aquelas que contribuíram profundamente para o desenvolvimento de áreas cruciais na tecnologia dos dias de hoje.
As mulheres na tecnologia
Durante anos, e sejamos sinceros, ainda nos dias de hoje, a tecnologia sempre esteve mais do lado dos homens do que das mulheres, basta ver pelo nosso público que é composto atualmente por 67% de homens e 33% de mulheres. Não estamos a falar de capacidades, mas sim de preferências e influências.
Acredito que as mudanças que estão a acontecer no mundo da tecnologia são naturais e pouco têm a ver com preconceitos e muito menos com falta de aptidões.
O interesse pela tecnologia cresce à medida que cresce a informação e as inúmeras possibilidades de trabalho nas mais diversas áreas. Hoje, as jovens mulheres (dos 18 aos 24 anos) revelam um maior interesse por tecnologia e por áreas de estudo relacionadas do que mulheres com mais de 35 anos. Com a revolução dos computadores, apesar de hoje haver menos pessoas a programar antes dos 16 anos, a verdade é que já não existe uma disparidade tão grande entre géneros.
No entanto, há uma verdade inevitável: as mulheres continuam a progredir menos na carreira que os homens, em qualquer faixa etária. Este facto está associado a outro e, esse sim, ainda longe de ser resolvido: as tarefas domésticas ainda acabam por estar muito associadas às mulheres, deixando-lhes menos tempo para investir na progressão da carreira, segundo um relatório do Instituto Europeu da Igualdade de Género.
Um facto interessante para Portugal é que o nosso país é um dos países da UE onde mais cresce a presença feminina na área das tecnologias da informação e comunicação (TIC), ainda que o país se mantenha abaixo da média europeia, havendo um longo caminho a percorrer.
No mesmo estudo, em 2012 apenas 11,9% dos trabalhadores da área TIC eram mulheres, e em 2016 esse número subiu para os 16,1%, com a média europeia a situar-se nos 17%.
Os estereótipos profundamente enraizados são um dos principais obstáculos para as carreiras das mulheres no setor de TIC. Em idade precoce, as meninas aprendem a considerar os rapazes mais adequados para aprender e desenvolver habilidades digitais. Mais tarde, na vida, elas procuram opções de carreira noutras áreas e ignoram os benefícios de ter um emprego na tecnologia. Se não rompemos esses estereótipos, a UE continuará a perder potenciais talentos.
| Refere Virginija Langbakk, diretora do Instituto Europeu da Igualdade de Género
As mulheres que mudaram a tecnologia
Números à parte, ao longo da história da evolução da tecnologia existem nomes de mulheres que merecem ser referidos.
- Ada Lovelace (1815-1852) - A mãe da programação: Ada Lovelace foi o primeiro ser humano a perceber que uma máquina, a que hoje chamamos computador, poderia fazer muito mais do que uma "coisa", ou seja, podia ser reprogramada. As suas contribuições nos ramos da matemática e ciência de computadores perduram e são estudadas até aos dias de hoje.
- Edith Clarke (1883-1959) - A primeira Engenheira Eletrotécnica no MIT: Depois do estudo e ensino de Matemática, Edith Clarke entrou no MIT e tornou-se na primeira mulher com diploma em Engenheira Eletrotécnica, tendo passado posteriormente pela General Electric, foi a primeira mulher a marcar presença no Instituto Americano de Engenheiros Eletrotécnicos e a primeira a dar aulas da área na Universidade do Texas.
- Grace Hopper (1906-1992) - A rainha do software: Esta almirante e analista de sistemas da Marinha dos Estados Unidos, nas décadas de 1940 e 1950, criou a já extinta linguagem de programação Flow-Matic, que serviu de base à criação do COBOL (linguagem de programação orientada para o processamento de banco de dados comerciais). Grace Hopper foi também uma das primeiras programadoras do Harvard Mark I em 1944.
- Evelyn Boyd Granville (1924) - Uma mulher negra dos Estados Unidos na tecnologia: A luta de Evelyn Boyd Granville foi certamente mais além do que um lugar de uma mulher na tecnologia, já que foi a segunda mulher negra a receber um doutoramento em Matemática na Universidade de Yale. Começou a trabalhar na IBM, sendo responsável por software de projetos espaciais da NASA como Vanguard e Mercury.
- Mary Kenneth Keller (1913-1985) - A freira mãe da informática: Esta mulher, freira e educadora, foi pioneira na ciência da computação, sendo mesmo a primeira pessoa, ao lado de Irving Tang, a doutorar-se na área, pela Universidade Washington em St. Louis, tendo um papel fundamental na igualdade entre géneros na área da tecnologia.
- Carol Shaw (1955) - A primeira a desenvolver videojogos: Com uma Licenciatura em Engenharia Eletrotécnica e Ciências da Computação, Carol Shaw foi contratada pela Atari, tendo desenvolvido o seu primeiro jogo de vídeo (e o primeiro desenvolvido por uma mulher) em 1978, o 3D Tic-Tac-Toe, e mais tarde o River Raid.
- Hedy Lamarr (1914 - 2000) - Do cinema ao Wi-Fi: Depois de uma carreira ligada ao cinema, com participação em mais de 30 filmes, Hedy Lamarr foge da Áustria para os Estados Unidos e, ao lado de George Antheil, inventa um sistema de comunicações para as Forças Armadas dos Estados Unidos que serviu de base para a tecnologia de comunicação moderna, tal como COFDM usada em ligações de Wi-Fi e CDMA utilizada nos telemóveis.
- Barbara Beskind (1924) - A "inventora" sem idade, que continua a trabalhar: Com uma carreira ligada à terapia ocupacional, Barbara Beskind aos 89 anos, em 2013, oferece os seus conhecimentos à empresa IDEO de Silicon Valley, onde hoje é consultora da empresa na área do design de produtos dirigidos a pessoas com idade avançada e com problemas de visão.
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As mulheres mais poderosas da tecnologia
Todos os anos, a revista Forbes lança uma lista das mulheres mais poderosas no mundo da tecnologia, que ainda são uma minoria, mas que estão a crescer. Estas são as 10 mulheres mais poderosas de 2017 num mundo dominado por homens:
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- Sheryl Sandberg - É atualmente a COO do Facebook, tendo ocupado anteriormente o cargo de vice-presidente de vendas globais na Google
- Susan Wojcicki - É CEO do YouTube desde 2014, tendo sido uma das responsáveis pelo aumento da contratação de mulheres na empresa.
- Ginni Rometty - A mulher que está à frente da IBM como CEO, desde 2017, apresenta-se como a terceira mais poderosa deste universo.
- Meg Whitman - Foi a mais nova CEO da HP, ocupando o lugar desde 2011, e a segunda mulher a ocupar o cargo.
- Angela Ahrendts - É um dos rostos conhecidos da Apple, sendo vice-presidente sénior da empresa, responsável pelas lojas físicas e online e ainda pelo departamento de contactos.
- Safra Catz - É Co-CEO da Oracle desde 2014, estando na empresa desde 1999.
- Ruth Porat - A inglesa que representa a Alphabet e a subsidiária Google como CFO.
- Lucy Peng - É a executive chairman da Alibaba, tendo passado anteriormente por outros cargos dentro da empresa.
- Amy Hood - Representa a Microsoft como CFO, estando na empresa desde 2002 e a ocupar o cargo de CFO desde 2013.
- Jean Liu - É a prova do poder do mercado chinês na tecnologia, onde também as mulheres têm um papel de destaque. Jean Liu é a presidente da Didi Chuxing, que presta serviços na área de tecnologia e do transporte privado por aplicação móvel.
Como ter mais mulheres na tecnologia?
Segundo o estudo do Instituto Europeu da Igualdade de Género, há dois argumentos fortes para atrair mais mulheres para a área: horário de trabalho flexível e menor diferença salarial entre géneros.
Nesta área há, por norma, uma flexibilidade de horário maior, há mais facilidade em tirar umas horas de trabalho durante o dia e não há tanto o mau hábito de entrar cedo ao trabalho e sair muito tarde. Resumidamente, tende a haver mais produtividade, onde 90% dos trabalhadores da área consideram-se mesmo satisfeitos com os seus horários de trabalho.
O salário nesta área tende também a ser mais justo entre homens e mulheres, não registando uma disparidade tão grande quanto nos outros setores.
Este artigo tem mais de um ano
Já ando neste mundo do IT á mais de 20 anos e progressivamente cada vez vejo mais mulheres nas areas tecnologicas das empresas. Mesmo nas camadas jovens vejo uma grande mudança (falo por mim quando jogo fortnite em duel com a minha miuda de 15 anos 🙂 )
“… á mais de 20 anos …”: atenção ao h; “há mais…”
É du teklado, tenhu us dedos grossoz i az tekas ção pekenmnaz 🙂
🙂
Só falta a Lisa Su
https://en.wikipedia.org/wiki/Lisa_Su
Uma excelente referência. Há tantas outras que faltam na lista… 🙂 Obrigada pela partilha.
Flexibilidade de horário, sim, mas essa do não haver habito de sair muito tarde, eu diria que vai depender da àrea específica e/ou fase do projeto. Julgo que a maioria conhece a velha piada do “Programador é aquele que transforma café em código”
Nao depende nem da àrea específica e/ou do fase do projecto, é simplesmente uma questao de mentalidade, em portugal entao senao se fizer umas horitas a mais fica-se logo mais visto.
Um projecto tem que ser bem planeado para ser feito dentro das horas de trabalho óbvio que por exepcao pode-se ficar mais 1-2h para acabar algo mais urgente, mas em regra nao deveria ser mais que 1-2 dias por mes e já se está a esticar muito.
Agreed! Não podia concordar mais.
+1 Toni
Idealmente seria assim. Da mesma forma que idealmente não existiria “legacy code”. E por muito bem que o projeto seja planeado, estimativas serão sempre apenas estimativas.
Regra geral um erro que parece demorar apenas 1 hora para corrigir pode acabar por demorar 1 dia a corrigir e as coisas escalam.
Mas isso é o normal em qualquer projecto, por isso é que em em qualquer planeamento coloca-se sempre um mínimo de 25% extra de tempo para contingência. Em casos desses, mal se veja que vai haver derrapagem é informar o Gestor de projectos e ele logo irá lidar com o problema da melhor forma.
Se for suporte ai pode ser diferente, mas o tipo de contrato também é diferente onde muitas vezes é necessário estar sempre disponivel.
Por vezes faço trabalho de 3rd line support (alguns em legacy code com mais de 20 anos), e não é por isso que fico mais tarde.
Em assuntos urgentes por vezes é necessário dar uma resposta ao cliente no prazo máximo de 2h (mas dentro do horário de trabalho), se o pedido for efectuado 30 minutos antes da hora de saída, pode muito bem ser respondido no dia seguinte.
Grandes lençóis na 2ª foto :
Falta por exemplo referir a actual Secretária de Estado da Justiça: Anabela Pedroso. Foi ela quem introduziu o Cartão do Cidadão em Portugal, Portal do Cidadão, Portal da Empresa, as lojas do cidadão, etc…..
Inovou em muitas áreas da Função Pública e que todos nós utilizamos no dia-a-dia.
Apesar de não ser da cor partidária, não tenho dúvidas de que merece a referência.
E bom dia da mulher!
(tenho de comprar algo para a Maria)
https://www.portugal.gov.pt/pt/gc21/area-de-governo/justica/secretarios-de-estado?i=justica
Mais uma grande referência!
“Evelyn Boyd Granville (1924) – Uma mulher negra dos Estados Unidos na tecnologia”
Sobre isto, recomendo o filme Hidden Figures (2016).
Feliz dia da Mulher para todas as mulheres!
Acho giro este artigo mas acho que também seria pertinente falar dos motivos os quais levam as mulheres a não seguirem a área tecnologica. No artigo dizem “Não estamos a falar de capacidades, mas sim de preferências e influências.”, discordo na totalidade, já trabalhei em muitos sitios, e posso dizer que por todos os sitios que passei sempre que contratava novos recursos havia sempre intenção e força do lado da administração para se contratarem mulheres, no entanto em entrevistas ficavam sempre aquém, mesmo os recursos masculinos mais de 90% ficava aquém, e quando mesmo assim se tentava apostar numa mulher, tipicamente a coisa não corria bem, tipicamente acabavam sempre a fazer documentação ou análise funcional ou testes por não se adaptarem ou não conseguirem estar à altura das áreas mais técnicas.
Tenho claro algumas excepções na equipa actual, em mulheres que ficam à frente de muitos homens, no entanto é uma rara excepção e acho que em vez de tentar abafar o assunto dizendo que são tão capazes quanto os homens, eu na grande maioria dos casos discordo e acho que tem a ver com uma questão genética e socio-cultural.
Um engenheiro da google fez uma carta aberta a dizer porque é que as mulheres tinham menos oportunidades e eram menos, algo que sempre vi como sendo lógico e partilho aqui o blog do james damore sobre o assunto.
https://firedfortruth.com/
“Carol Shaw (1955)”, “tendo desenvolvido o seu primeiro jogo de vídeo (e o primeiro desenvolvido por uma mulher) em 1938”, MIC, deve haver aí um engano. Será que trocaste os anos…? (1955/1938).
Troquei a tecla, é 78. Corrigido, obrigada!
E a Lisa Su? 😛
Boa selfie, Inês!
Tava a ver que era o único que tinha reparado na selfie da Inês.
E também um bom dia da mulher há Inês do Pplware.
Não foste, simplesmente optei por ficar “calado”… 😀
Como ter mais mulheres na tecnologia em Portugal?
Simples que mais mulheres se inscrevam e terminem cursos de engenharia que segundo pordata “Engenharia, Indústrias Transformadoras e Construção”, ronda os 26.4% a única área inferior aos homens todas as outras estão em maioria e duas áreas a rondar os 40.7% e 47.6 %, Ciências, Matemática e Informática e Serviços respectivamente.
As mulheres não são iguais aos homens e há uma razão pela qual há mais envolvência destas na tecnologia e não é por causa do interesse que têm. Há pressões enormes para se contratar mulheres hoje em dia, especialmente em tecnologia, em detrimento de homens mais capazes só porque são homens. Informem-se sobre grey e white matter e percebam as diferenças em quantidades nos homens e nas mulheres. As mulheres usam cerca de 10x mais white matter que os homens e estes usam cerca de mais de 7x grey matter que as mulheres. O que é que isto significa? Que as melhores são melhores para multitasking mas o nível de atenção, concentração e abstração dos homens é superior. Os homens são melhores para trabalhar que envolvem raciocínio constante, sem interrupções, durante largos períodos do tempo (programação por exemplo). Há razões pelas quais o rácio de enfermeiros é de 20 mulheres para 1 homem e ao contrário no caso da engenharia. Isto em países como a Noruega/Suécia/etc que são os países que mais avançaram em termos de igualdade de oportunidades para as mulheres. As mulheres têm toda a escolha e todo o apoio para seguirem o que querem (têm mais apoio incondicional que os homens) mas mesmo assim não escolhem tanto àreas de engenharia porque simplesmente, no geral, não é o campo delas e sabem perfeitamente disso.
Apoio o dia pelo que ele simboliza, a primeira onda de feminismo pela igualdade de oportunidades. Hoje em dia é uma fachada, as mulheres não são iguais aos homens e ainda bem. As mulheres são capazes de fazer coisas que os homens não são (por exemplo um dos milagres da vida que é dar à luz) e vice-versa.
Agora apoiar a igualdade e querer um rácio 50:50 em tecnologia só porque sim não é igualdade, nem é justo. É pouco eficiente e é mesmo discriminação de género contra os homens porque descartam homens, com mais capacidades, só porque são homens. Para ir para a guerra, para fazer certos trabalhos de risco a igualdade já não interessa. A igualdade só interessa para trabalhos de escritório e isso está errado. Há coisas que as mulheres sempre vão achar que é trabalho de homem. Contradizem-se severamente.
Btw: https://firedfortruth.com/
E muitos mais eu posso deixar aqui se quiserem. Este homem foi silenciado e despedido da google por simplesmente, expor factos. Factos! Opressão sempre vai existir, quem muda são as vítimas. 😉
Concordo muito com parte do teu comentário. Mas estás a restringir as mulheres apenas a uma área da tecnologia. Não acho que tem que haver 50:50 até porque cada pessoa deve estar a fazer aquilo com que mais se realiza, seja como CEO de uma grande empresa, seja em casa a cuidar dos filhos, válido para mulheres como para homens.
O que deve haver é igualdade de direitos e as mulheres que aqui apresentei e tantas outras que ficaram por falar tiveram e continuam a ter um papel fundamente nessa luta.
Obrigado por responderes ao meu comentário com educação e não levares a peito. É verdade que no meu exemplo restringi à parte da engenharia (programação). O 50:50 de que falei tem haver com uma notícia que vi há pouco tempo sobre uma plataforma para aprender línguas (Duolingo) em que o CEO procurava um rácio de 50% mulheres e 50% homens ENGENHEIROS pela questão de “igualdade”. Irritou-me isso tal como me irritaria ter 50% homens e 50% mulheres na área da saúde pela mesma questão. Eu quero o melhor serviço e certas pessoas são melhores para certos tipos de serviço. As pessoas que partilhavam da minha opinião e que opinaram, foram silenciadas no post, comentários removidos, quando não eram removidos eram ofendidos (até pelo próprio CEO) como idiotas, machistas, etc sem estes nunca terem faltado ao respeito a ninguém.
Quanto à igualdade de direitos e oportunidades, concordo contigo, sou completamente a favor! No entanto acho que os movimentos de hoje em dia vão mais para além disso. Nas culturas western civilizadas como a Europa e a América faz pouco sentido. Na realidade os direitos das pessoas são iguais e cada um faz o que quer da sua vida. Estas coisas só servem para dividir as pessoas do verdadeiro inimigo. 🙂
Uma dúvida: As mulheres do IT são só as programadoras?
Não. Entre outras posicoes, já tive ou tenho colegas a trabalhar em:
Suporte técnico
Consultoras (de implementação ou suporte)
Gestoras de projecto
Gestoras de produto
Formação (seja em cursos de IT ou formação a clientes)
Beta testers/QA
Existe nas variadas áreas.
Isto como se diz o mundo é como nos o fazemos, sempre vi mas nunca concordei com o receber menos que os homens fazendo os mesmos trabalhos e as mesmas horas, e para mim não se tratam de direitos trata se muitas vezes de respeitar o sexo oposto pois hora vamos ver. Sao mulheres sim, tem uma vida pior que os homens num mundo que as descrimina por ser o ser mais fraco, sao maes, muitas vezes fazem o papel de pai e mãe, trabalham, cuidam da casa, dos filhos e ainda tem de ter energia para nos aguentar a nos homens (maridos, namorados). É de se louvar este ser humano pois nasce, cresce, tem o dom de trazer a vida a este MUNDO e ter as melhores sensaçoes durante 9 meses. E uma coisa é certa e sabida, a mulher é nao depende do homem para nada hoje em dia. Nao quero ofender ninguém com o que disse tanto homem como mulher mas o homem ainda tem de aprender muito com elas
Parabéns pelo artigo, contudo, falta fazer referência aos que algumas mulheres Portuguesas fazem nas TI e junto das Comunidades. Sim, essas também existem e estão ai para desmistificar determinados cenários. Veja-se por exemplo as Portuguese Geek Girls, as Microsoft MVPs, entre tantas outras.
Fica a referência destas mulheres para que para o próximo ano, também delas se fale.
Aumentem mas é os ordenados para todos…isto é só conversa para desviar as atenções…quem passa o dia no trabalho devia ganhar o suficiente para poder contratar alguém que lhe fizesse as tarefas domésticas…Problema resolvido.
Posso perguntar porquê razão todas as mulheres listadas são amwricanas ou trabalharam para empresas americanas? Não houve mulheres noutros países na área da tecnologia que deixaram a sua marca até hoje?
“Durante anos, e sejamos sinceros, ainda nos dias de hoje, a tecnologia sempre esteve mais do lado dos homens do que das mulheres (…)”
Ao contrário da nossa percepção, isto nem sempre isto foi verdade, no ínicio da informática os homens não era predominantes na área. O artigo “Born for it” de Birgitta Böckeler discute o fenómeno : https://martinfowler.com/articles/born-for-it.html
E assim se continuam a passar atestados de estupidez às mulheres.
Num mundo ocidental onde cada um trabalha onde quer, falar em discrepância de quantidade de pessoas em qualquer profissão é uma palhaçada.
Aposto que ninguém neste país conhece sequer 1 caso em que, com a mesma educação e experiência, um homem e uma mulher recebam ordenados diferentes.
Já em contratações… Para além das ridículas quotas ainda há muita gente que diz abertamente que, para qualificações semelhantes, contrata uma mulher.
Um bem haja aos que referenciaram o gajo da Google (exemplo clarissimo do degredo que o feminismo se tornou). Aos outros que comentaram com falinhas mansas (a ver se lhes calha alguma coisa) e aos que chamam Maria/patroa à sua mulher: acordem