ATM de criptomoedas são cada vez mais comuns. Mas há perigos à espreita
São parecidos com um comum multibanco, mas apenas lidam com criptomoedas. Não obstante serem uma tendência crescentes, estas máquinas ATM de criptomoedas obrigam a alguma atenção por parte dos utilizadores. É que há algumas rasteiras pelo caminho...
ATM de criptomoedas? Atenção que não é uma máquina qualquer
São uma tendência em crescimento. Nos Estados Unidos da América já se contam aos milhares e começam aos poucos a espalhar-se por todo o mundo. Falamos das caixas automáticas (ATM) de criptomoedas, quiosques eletrónicos independentes que permitem aos utilizadores comprar e vender criptomoedas em troca de dinheiro ou com um cartão de débito.
Todos estes ATM vendem Bitcoin, mas já há alguns a oferecer outro tipo de criptomoedas. No entanto, nem todas permitem a venda: algumas destas máquinas são limitadas apenas a compras.
As ATM de criptomoedas não estão ligadas à sua conta bancária, como acontece com um multibanco tradicional. Em vez disso, estão conectadas à carteira digital do utilizador para processar a transação e enviar a criptomoeda ao cliente.
As transações são processadas a partir da tecnologia blockchain, um registo digital de transações financeiras de criptomoedas. Para usar estes ATM, o utilizador conecta a sua carteira digital (normalmente via um código QR), deposita dinheiro, e a criptomoeda comprada é transferida diretamente para a sua carteira digital.
A maioria destas máquinas só oferece transações unilaterais, o que significa que é possível comprar criptomoedas, mas não vendê-las. Alguns ATM de criptomoedas permitem transações bidirecionais, permitindo aos utilizadores comprar e vender em troca de dinheiro.
A venda de criptomoedas segue um processo semelhante ao da compra: o utilizador utiliza o código QR da sua carteira digital, escolhe quanto quer vender, e recebe o dinheiro da ATM após o processamento da transação. Os ATM que oferecem esta opção geralmente requer uma verificação de identificação com foto.
Riscos dos ATM de criptomoedas
É verdade que estes ATM são uma maneira rápida de trocar dinheiro por criptomoedas, mas envolvem alguns riscos:
- Altas taxas: cobram taxas elevadas, algumas ultrapassando os 10% por transação. Em comparação com as taxas de uma bolsa de criptomoedas tradicional (1% a 4%), os utilizadores pagam significativamente mais ao usar uma ATM de criptomoedas.
- Fundos não assegurados: embora algumas bolsas de criptomoedas ofereçam serviços de custódia com seguro antirroubo, estes ATM exigem que os fundos sejam depositados na própria carteira digital do utilizador. A autocustódia pode ser uma forma segura de proteger as criptomoedas, mas não há seguro contra roubo ou perda.
- Limites de transação: tal como na maioria das bolsas de criptomoedas, normalmente existem limites mínimos e máximos de transação definidos pela empresa do ATM. Os mínimos e máximos de transação costumam variar entre 10 e 10.000 dólares.
- Disponibilidade: os ATM de criptomoedas são limitadas em número e localizações, o que pode obrigar a percorrer longas distâncias para aceder a uma.
- Segurança: tal como os ATM tradicionais, os de criptomoedas são máquinas físicas que correm software, o que significa que existe a possibilidade de roubo, designadamente com dispositivos de clonagem ou outros métodos de adulteração. Esteja atento ao ambiente ao seu redor ao usar estes quiosques, pois as criptomoedas são valiosas e podem atrair a atenção dos amigos do alheio.
Mercado volátil
As criptomoedas continuam a mostrar grande volatilidade em 2024, com a Bitcoin e a Ethereum a serem fortemente influenciados por fatores macroeconómicos e decisões políticas nos EUA.
Recentemente, ambos sofreram quedas acentuadas, mas ainda mantêm um potencial de recuperação à medida que as expectativas de cortes nas taxas de juro podem injetar mais liquidez no mercado. As previsões dos especialistas indicam que o Bitcoin poderá variar entre 54.000 e 72.000 dólares, enquanto o Ethereum poderá ficar entre 2.250 e 3.350 dólares ainda durante este mês de setembro.
Este cenário de incerteza oferece tanto riscos como oportunidades, sendo que o aumento da emissão de stablecoins e o interesse institucional sugerem uma confiança subjacente nos criptoativos. Contudo, os investidores devem estar atentos às flutuações bruscas do mercado e possíveis eventos inesperados que podem causar instabilidade.
Bom dia! O autor do post , se pensar bem, vai ver que está a cometer algumas incongruências nos riscos associados a ATMs de bitcoin.
a)
Analise este exemplo numa perspectiva 1990.
O smartphone dificilmente será uma alternativa ao bip e gsm porque:
1 – alto preço. Os smartphones são muito mais caros de produzir e muito mais do que 10% mais caros.
2 -rede em implementação. A rede è ainda muito fraca. Cobertura baixa. Fraca disponibilidade.
Acredito que captou a ideia: está a confundir riscos e desvantagens temporais com as características da tecnologia e a evolução que ela permite a longo prazo.
b)
E, ainda assim, escolhe alguns riscos que são na verdade vantagens ou riscos distorcidos.
– limite de transação è definido por cada ATM e não pela rede, como acontece com dinheiro tradicional (em que por exemplo só podemos levantar 400€ por dia). No exemplo que deu no post, estamos a falar de até 10k por transação. Não me parece de todo que seja uma desvantagem. Prece-me ser uma quantia mais que razoável e ainda assim evitar transferências de lavagem de dinheiro ilícito via rede btc (os que o fazem è na ordem das várias centenas de milhares ou milhões de eur. De facto não seria ético permitir isso via uma caixa ATM.
Fundos não assegurados: mais uma vez º autor incorre uma interpretação errada ou propositadamente enviesada pois a auto-custódia è na verdade uma vantagem jà que o único dinheiro que permite de facto autocustodia è o cash em mão. E este irá desaparecer em poucos anos. Não há almoços grátis. Com grande poder vem grande responsabilidade. E no futuro, o valor da feature de auto-custódia vai naturalmente trazer novas ferramentas que o permita fazer de forma simples e segura.
E por falar em segurança, mais uma vez o autor incorre um erro de análise.
A segurança da rede btc è considerada a melhor em todo o universo de ativos transacionáveis crypto ou não crypto. Impenetrável. Mas claro , para ser usável, acaba por deixar espaço para erro naquela entidade que está entre o teclado e a cadeira. Nada è 100% seguro. Mas se falarmos de segurança com certeza essa não será uma característica a apontar como negativa. De todo.
A proliferação deste tipo de caixas irá naturalmente baixar as taxas, aumentar a concorrência e trazer novos produtos baseados em btc. Muitos serviços focar -se-ao em educar a pessoas. Outros em explorà-las. Sempre haverá de tudo em todo o lado.
Mas considero que está mais do que na hora deste excelente blog começar a educar as pessoas em vez de publicar light content.
Obrigado
Uma casa não se começa pelo telhado. E os pontos apresentados são atuais, bem 2024. Contudo, e como foi referido, o futuro está aí à porta. Antes de toda essa excitação em volta de algo que ainda é desconhecido, é importante acautelar. O que mais vemos neste mercado que gravita à volta das criptomoedas são os muitos que perdem para poucos ficarem com o seu dinheiro. Alguns dão-se hoje ao luxo de ir viver no Dubai depois de enganarem milhares de pessoas e ficarem com o seu dinheiro em esquemas no YouTube e outros canais online.
Não arrisquem no escuro, primeiro instruam-se. Primeiro tenham atenção, o medo faz parte e ativa a atenção redobrada. Não embarquem numa retórica que “a rede btc é impenetrável”, porque o perigo está em todo o esquema novo, ainda desconhecido das massas, que são perigosos, antes mesmo da tentativa de penetrar na rede. Não misturem a beira da estrada, com a estrada da Beira.
Por fim, e como referimos, as criptomoedas continuam a mostrar grande volatilidade em 2024, com a Bitcoin e a Ethereum a serem fortemente influenciados por fatores macroeconómicos e decisões políticas nos EUA. Não deixa de ser uma reserva e um possível bom negócio, se conhecerem as boas ferramentas, se dominarem o conceito. E até poderá ser uma boa poupança se investido no sítio certo. Mas, antes de se atirarem de cabeça, receiem, e estudem. Nunca comecem uma casa pelo telhado.
Sobre este tema, estamos a ir ponto a ponto, com cautelas e informação segura. Nunca deixamos ninguém por esclarecer e desde há muitos anos, seguramente ume década, que deixamos toda a informação possível, o que é, como apareceu, como ter, como se proteger, como viver no dia a dia com criptomoedas. Temos tudo isso em dezenas, se não mesmo, centenas de artigos. 😉
O tema é bom, mas exige ponderação. E nunca iremos dizer para investirem.
Olá Victor, obrigado pela resposta.
Bitcoin nao è investimento.
Pelo menos nao o vejo assim.
E também nao confundir mercado crypto com bitcoin.
Tal como não confundir a estrada da beira com a beira da estrada.
Bitcoin è a estrada da Beira, que leva a qualquer lugar e recebe de todo o lugar, sem autoridade central.
Crypto è a beira da Estrada onde caminham altcoins, shitcoins e derivados, vigarices e oportunistas.
Educar não è necessariamente incentivar a comprar. Pode ser só experimentar, usar e usufruir das suas características.
Aprender sobre o ecossistema atual (usar a rede, apps de node, apps carteira, lightning, etc), aprender como guardar, aprender como gastar… Isso irá aos poucos dar a resposta se devem ser donos de um pedacinho maior ou não. Se achar boa ideia eu posso escrever um artigo educacional e enviar-lhe. Assim que tiver tempo e me apetecer, claro. Sem compromisso. 🙂
Abraço.
É uma abordagem interessante, apesar de eu olhar como um investimento. Isto porque não é uma moeda corrente, nem um meio de pagamento tradicional, quem compra Bitcoins pensa em quê se não em investir? Atenção, para mim, o Bitcoin (assim como outras criptomoedas) não passam de um investimento (depois há outras nuances, mas dava outra discussão).
Depois, não podemos confundir mercado crypto com bitcoin. Verdade, mas também não deves discordar que não podemos dissociar o Bitcoin com o impulso e a propaganda/publicidade do mercado crypto. E não sendo a mesmas estrada, tens razçao, são associadas.
E sim, altcoins, shitcoins e derivados, vigarices e oportunistas… tudo isso está de alguma forma ligado ao Bitcoin. Basta ver qual a criptomoeda que na alta roda do crime organizado é usada. Mas o mundo das criptomoedas é muitos maior. As tecnologias são de uma grandeza inolvidável.
Também concordo. E entendemos que educar é informar, é mostrar os cenários, as ferramentas, consequências/resultados. Nunca incentivaremos a investir. Nem o devemos fazer, não nos compete fazer isso.
E sim, dizes e bem, é importante aprender sobre o ecossistema atual (usar a rede, apps de node, apps carteira, lightning, etc), aprender como guardar, aprender como gastar… Isso irá aos poucos dar a resposta se devem ser donos de um pedacinho maior ou não.
Isso temos feito desde há muitos anos. As tags bitcoin, ou criptomoeda/criptomoedas agregam artigos que datam de há mais de uma década. E tem de tudo um pouco. Da história à prática, ao uso.
Sobre escreveres, claro que sim. E é um tema em constante evolução. :). O meu mail todos conhecem.
Abraço.
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