Telescópio Hubble da NASA detetou um monstro galáctico
O Telescópio Espacial Hubble da NASA/ESA captou um monstro em formação nesta observação do excecional aglomerado de galáxias eMACS J1353.7+4329, que se encontra a cerca de oito mil milhões de anos-luz da Terra, na constelação Canes Venatici.
Hubble continua a surpreender a humanidade
Este conjunto de pelo menos dois aglomerados de galáxias está em processo de fusão para criar um monstro cósmico, um único aglomerado gigantesco que atua como uma lente gravitacional.
A lente gravitacional é um exemplo dramático da teoria geral da relatividade de Einstein em ação. Um corpo celeste, como um aglomerado de galáxias, é suficientemente maciço para distorcer o espaço-tempo, o que faz com que a trajetória da luz em torno do objeto seja visivelmente curvada, como se fosse uma vasta lente.
Take a look at this galactic monster mash from the galaxy cluster eMACS J1353.7+4329! This image captured by @NASAHubble is a collection of at least two galaxy clusters that are in the process of merging together to create a cosmic monster. Learn more: https://t.co/ni9e2R5uPd pic.twitter.com/omVecLPjXZ
— NASA Goddard (@NASAGoddard) July 14, 2023
A lente gravitacional pode também ampliar objetos distantes, permitindo aos astrónomos observar objetos que, de outra forma, seriam demasiado ténues e estariam demasiado longe para serem detetados.
Pode também distorcer as imagens das galáxias de fundo, transformando-as em feixes de luz. Os primeiros indícios de lente gravitacional são já visíveis nesta imagem, como arcos brilhantes que se misturam com a multidão de galáxias na eMACS J1353.7+4329.
Os dados nesta imagem são retirados de um projeto de observação chamado Monsters in the Making, que usou dois dos instrumentos do Hubble para observar cinco aglomerados de galáxias excecionais em múltiplos comprimentos de onda.
Estas observações de múltiplos comprimentos de onda foram possíveis graças à Wide Field Camera 3 e à Advanced Camera for Surveys do Hubble. Os astrónomos responsáveis por estas observações esperam lançar as bases para futuros estudos de vastas lentes gravitacionais com telescópios da próxima geração, como o Telescópio Espacial James Webb da NASA/ESA/CSA.
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Oito mil milhões anos luz de distância?
Essas galáxias a esta hora já se juntaram, não se deram bem e separaram se….
Calma, o divórcio ainda não foi decretado…
podemos ver o passado!
Tudo o que vês é passado
Calma! Monstro para a pequenez e insignificância do ser humano no universo. Pois, a nível macro-físico, o relatado é insignificante perante a grandeza infinita do universo!
Há uma coisa que me intriga e acaba por me dar um nó no cérebro… Supostamente o que estamos a ver passou-se há 8 mil milhões de anos né? E supostamente o universo está em constante movimento. Ora, a minha pergunta é: Ao captarmos estas imagens elas neste preciso momento ainda estão naquele preciso sítio do universo? Ou já estão “do lado oposto” do universo? Estamos a apontar um telescópio para um sítio que neste momento não está lá nada? Ou será que ainda está?! Tchei.. Acho que é por isso que só tenho o 9°ano.
P.S. adoro física simplesmente.