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Rússia e China unem forças para criar uma estação de investigação na Lua

Os Estados Unidos estão claramente à frente na corrida espacial. Sendo a exploração da Lua o próximo grande objetivo, outras potências estão a unir forças para conseguir acompanhar o ritmo de avanço no espaço. Assim, Rússia e China anunciaram uma parceria para a criação de uma estação lunar.

Os dois países irão desenvolver infraestruturas para investigação na superfície ou na órbita da Lua.


Construir na Lua uma estação para ter humanos sempre presentes

O anúncio foi feito através da agência espacial russa Roscosmos, com um comunicado onde se dava a saber que o acordo estará já fechado com a Administração Espacial Nacional da China.

De acordo com Roscosmos, a parceria tem como foco a realização de investigações fundamentais, bem como reconhecer o potencial para realizar novas operações não tripuladas de longo prazo, e até mesmo estudar a viabilidade de manter uma presença humana na Lua.

A agência chinesa afirma que tanto a China quanto a Rússia cumprirão os princípios de consulta conjunta, construção conjunta e benefícios partilhados.

Por outro lado, destaca o facto de ambos os países quererem que a futura Estação Científica Lunar Internacional seja aberta a todos os países interessados e parceiros internacionais. Isto é, esta abertura vai em contramão à política da Estação Espacial Internacional. Pese o facto da Rússia participar, a verdade é que existe uma lei que proíbe a NASA de trabalhar com a China.

 

O conhecimento da Rússia versus o dinheiro da China

No entanto, ainda há uma grande diferença nas carreiras aeroespaciais dos dois países. É importante ter em conta que a Rússia lançou a sua primeira missão espacial tripulada em abril de 1961, enquanto a China só alcançou este marco em 2003. Claro que não há dúvida que nos últimos anos a China tem investido muitos milhões e o desenvolvimento de tecnologias já colocam o gigante asiático nos principais países à corrida espacial.

Aliás, basta ver o sucesso conseguido na sua recente e primeira missão com a sonda Tianwen-1 que chegou a Marte.

No momento, este anúncio indica que nem a Rússia, nem a China estabeleceram ainda um cronograma para a sua proposta. Portanto, ainda há muita informação em falta, principalmente o timing para o início da construção ou mesmo o planeamento desta estação lunar.

Apesar disso, um memorando emitido pelas agências faz menção à próxima missão chinesa, Chang’e-7. Segundo a informação, a cooperação poderá já desempenhar um papel importante na missão da nave espacial orbital Luna-Resurs -1 da Rússia. Além disso, poderá haver também cooperação já em 2024 com a missão que levará uma sonda chinesa ao Polo Sul da Lua.

O espaço está definitivamente no radar das superpotências e estas cooperações entre países poderá beneficiar o planeta.

 

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